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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Funcionalidade da Escola

Curso: Licenciatura em Ensino de História


Disciplina: Didática de História III
Ano de frequência: 4° Ano
Turma: A

Docente: Dr. Celso Queha

Beira, Abril, 2023


Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura
organizacionais ✓ Discussão 0.5
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
✓ Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
✓ Metodologia
adequada ao objecto 2.0
do trabalho
✓ Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 3.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e
✓ Revisão bibliográfica
discussão
nacional e
internacional 2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos
2.5
dados
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª
✓ Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:

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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 3

1.2.1. Objectivo geral ................................................................................................................. 4

1.2.2. Objectivos específicos ...................................................................................................... 4

1.3. Metodologias ....................................................................................................................... 4

2. Definição do conceito ............................................................................................................. 5

2.1. Escola .................................................................................................................................. 5

2.2. Função da Escola ................................................................................................................. 5

Conclusão ................................................................................................................................... 7

Referências bibliográficas .......................................................................................................... 8


1. Introdução
O presente trabalho aborda sobre “Funcionalidade da Escola. A função da escola é o
entendimento do que queremos da educação dentro da sociedade, e, onde queremos chegar com
essa educação enquanto sociedade, essa função da escola será repassada através de toda gestão
escolar, mas, principalmente através do professor, porque vai ser articulador desse
entendimento. Dentre os sujeitos que integram na escola estão os alunos, são eles que estudam
e só existe a escola porque há alunos dentro dela, o professor porque ele transmite o
conhecimento para os alunos e promove o saber científico, também o diretor para organiza a
escola como ela deve ser, o gestor para prever o entendimento da escola toda, e o pedagogo que
tem a responsabilidade de encaminhar as ações pedagógicas, assim os pais e a comunidade
também participam da gestão escolar fazendo parte da vida escolar de seus filhos.

Assim, trabalho compreende três secções. A primeira corresponde a presente introdução,


objectivos do estudo e a metodologia usada para a prossecução dos resultados esperados da
pesquisa. A segunda foi reservada a apresentação do quadro teórico. Finalmente, apresenta-se
a conclusão da presente pesquisa, seguida da lista de referências bibliográficas.

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1.2.1. Objectivo geral
➢ Conhecer a função da Escola.

1.2.2. Objectivos específicos


➢ Definir o conceito Escola

➢ Identificar as funções da Escola;

➢ Explicar as funções sociais da Escola

1.3. Metodologias
Segundo Spínola e Silva (2003: 11), uma Pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir do
material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos já catalogados
em bibliotecas, editoras, internet e em videotecas. É a pesquisa realizada através de material
já publicado em livros, revistas, jornais, meios electrónicos acessíveis ao público em geral
(Vergara, 2005).

Neste caso, fez-se revisão dos dados publicados e não publicados, em diversas formas, tais
como livros, dissertações, relatórios apresentados em vários fóruns, artigos de revistas, quase
todos relacionados com o tema em estudo constituiu a principal técnica para o
desenvolvimento do tema.

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2. Definição do conceito

2.1. Escola
A escola, concebida como instituição socializadora das novas gerações, cumpre uma função
puramente conservadora: “garantir a reprodução social e cultural como requisito para a
sobrevivência da sociedade” (Pérez Gómez, 1998, p. 14).

Nesse contexto, o processo de socialização que a escola cumpre assume dois objetivos: preparar
os alunos para o futuro ingresso no mercado de trabalho e formar o cidadão para sua intervenção
na vida pública, emergindo daí as contradições internas que consagram a escola como
reprodutora da arbitrariedade cultural.

Com o intuito de formar o cidadão capaz de intervir na vida pública a escola deve provocar o
desenvolvimento de conhecimentos, idéias, atitudes e pautas que permitam sua incorporação
na vida política e social, esferas que requerem “participação ativa e responsável de todos os
cidadãos considerados por direito como iguais” (Pérez Gómez, 1998, p. 20).

Como afirma Silva (2012), A “escola” se configura como o espaço mais adequado para a
produção do conhecimento sistematizado.

Entende-se por escola a instituição que se dedica ao processo de ensino e aprendizagem entre
alunos e docente. A escola é uma das instituições mais importantes na vida de uma pessoa,
talvez também como uma das primordiais da família, já que na atualidade se estabelece que
uma criança faça parte da escola desde a sua infância para finalizar aproximadamente na idade
adulta. (APA, 2017).

2.2. Função da Escola


A escola é o espaço onde se produz a educação devidamente organizada, ela propaga projetos
culturais. Saviani aponta a escola como sendo o lugar de socialização do saber sistematizado;

“[...] não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao
conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e
não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.” (Saviani, 1984, p.
2).

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É função da escola trabalhar com o conhecimento científico, a escola deve possibilitar ao aluno
o acesso ao saber sistematizado, o acesso à ciência por meio de uma ferramenta chamada
currículo. Formamos uma sociedade e para bom andamento da mesma é preciso que todos os
elementos estejam correlacionados. É uma exigência da sociedade o saber sistematizado, tendo
isso em prática torna-se fundamental que a escola tenha um bom currículo. Ao tratarmos
currículo, é preciso esclarecer que não se remete a todas as atividades desenvolvidas na escola,
existem as atividades extracurriculares que acabam por tomar muito tempo do que deveria ser
trabalhado e não podem de forma alguma substituí-las. Saviani (1984) define o currículo como
sendo a organização do conjunto das “atividades nucleares distribuídas no espaço e tempo
escolares” é o instrumento que viabiliza a função real da escola, seu elemento central é a
aprendizagem;

Vê-se, assim, que para existir a escola não basta a existência do saber sistematizado. É
necessário viabilizar as condições de sua transmissão e assimilação, isso implica dosá-
lo e seqüenciá-lo de modo que a criança passe gradativamente do seu não-domínio ao
seu domínio. Ora, o saber dosado e sequenciado para efeitos de sua transmissão-
assimilação no espaço escolar, ao longo de um tempo determinado, é o que nós
convencionamos chamar de “saber escolar”. (Saviani, , p.4, 1984).

A escola tem seu papel de humanização, de aproximar o homem a sua humanidade por meio
do que foi produzido histórico e culturalmente. A educação escolar é uma educação formal
capaz de humanizar, instruindo os homens que não nascem com aptidões, sua natureza é dada
de acordo com as condições de vida e mediações específicas para seu desenvolvimento
enquanto ser humano, portanto a mediação estabelecida no interior da escola precisa ser de fato
uma mediação que visa à humanização do homem, por meio de aprendizagens significativas.

“A compreensão da natureza da educação enquanto um trabalho não-material cujo produto não


se separa do ato de produção nos permite situar a especificidade da educação como referida aos
conhecimentos, idéias, conceitos, valores, atitudes, hábitos, símbolos sob o aspecto de
elementos necessários á formação da humanidade em cada indivíduo singular, na forma de uma
segunda natureza, que se produz, deliberada e intencionalmente, através de relações
pedagógicas historicamente determinadas que se travam entre os homens.” (Saviani, 1984, p.6).

Sendo assim é preciso que a escola forme o homem não apenas para sua inserção no mercado
de trabalho, mas também para que seja um sujeito critico criativo.
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Silva afirma que a escola é o lócus de construção de saberes e de conhecimentos. O seu papel
é formar sujeitos críticos, criativos, que domine um instrumental básico de conteúdos e
habilidades de forma a possibilitar a sua inserção no mundo do trabalho e no pleno exercício da
cidadania ativa. (Silva, 2002, , p.196).

Entende-se que a educação escolar pode ser tanto conservadora quanto transformadora. A partir
da apropriação do conhecimento pode ocorrer a transformação e resolução dos problemas
sociais, sendo o aluno formado como um cidadão ativo capaz de transformar, modificar o meio
em que está inserido. A escola tem o papel de trabalhar com a participação da comunidade, ser
democrática, onde todos na escola têm o direito de decisão. O trabalho que se é desenvolvido
no interior da escola deve possibilitar ao aluno o desenvolvimento de sua autonomia.

Quanto à função da escola, ela não pode ser o reflexo da estrutura da sociedade capitalista,
ainda que esta vise o individualismo e a competitividade, ainda que seja entendida por uma
concepção de lógica de mercado como mercado lucrativo a sua especificidade não pode se
perder de vista é preciso trabalhar para que a escola seja hoje um espaço de humanização e não
apenas o local onde se prepara homens para o mercado de trabalho. Faz-se necessário trabalhar
para formar homens criativos, críticos reflexivos, para que desenvolvam sua autonomia e possa
dar continuidade à produção do conhecimento.

Contudo, a escola tem um importante papel na sociedade atual. Além de transmitir os


conhecimentos científicos, assume também a função de formar um sujeito integral,
comprometido, competente, humilde, persistente, educado. Porém, em muitos momentos,
existe a dificuldade em concretizar este trabalho, daí a necessidades em remodelar a função que
à escola é incumbida, bem como a forma com que esta é colocada em prática naquele ambiente.

Conclusão
Concluímos que na escola, como em qualquer outra instituição social, existem espaços de
relativa autonomia que podem ser usados para desequilibrar a tendência reprodutora, uma vez

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que o processo de socialização envolve um complexo movimento de negociação em que as
reações e resistências de professores e alunos podem chegar a provocar a recusa e ineficiência
das tendências reprodutoras da escola.

A função educativa da escola, ou seja, a utilização do conhecimento social e historicamente


construído, da experiência e da reflexão como ferramentas de análise para compreender a
sociedade e a ideologia dominante, quebra ou pode quebrar o processo reprodutivista. O grande
desafio da escola é fazer com que sua função educativa assuma um caráter compensatório, isto
é, atenda às diferenças de origem, oportunizando o acesso à pautas de conduta que a criança
assimila em sua vida paralela e anterior à escola.

Referências bibliográficas
1. Spínola, Mauro Mesquita; Da Silva, Jacira Jacinto. (2003). O Método de Estudo de Caso
e Sua Aplicação em Pesquisa Espírita. 3ª Versão. Centro de Pesquisa e Documentação
Espírita. São Paulo.

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2. Vergara, Sílvia Constant. (2005). Projetos e relatórios de pesquisa em administração.
5. ed., São Paulo: Atlas.
3. Saviani, Demerval. (1984). Sobre a Natureza e a Especificidade da Educação.
Recuperado a 03 de abril de 23 em: <ead.bauru.sp.gov.br/.../Sobre-a-natureza-e-
especificid.
1. Silva, Aida M. Monteiro. (2002). Da Didática em Questão às Questões da Didática.
CANDAU, Vera Maria (org) Didática, Currículo e Saberes Escolares X ENDIPE. 2ª
Ed. Rio de Janeiro: DP&A.p.187-197.
2. Pérez Gómez, A. I. (1998). As Funções Sociais da Escola: da reprodução à reconstrução
crítica do conhecimento e da experiência. In GIMENO SACRISTÁN, J.; PÉREZ
GÓMEZ, A. I. Compreender e Transformar o Ensino. 4 ed. Porto Alegre: ArtMed.
3. (APA): Editora Conceitos.com (2017). Conceito de Escola. Recuperado a 03 de abril
de 23 em: https://conceitos.com/escola/. São Paulo, Brasil.

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