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Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
✓ Índice 0.5
✓ Introdução 0.5
Aspectos
Estrutura ✓ Discussão 0.5
organizacionais
✓ Conclusão 0.5
✓ Bibliografia 0.5
✓ Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução ✓ Descrição dos
1.0
objectivos
✓ Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
✓ Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão ✓ Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
✓ Exploração dos dados 2.5
✓ Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
✓ Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
✓ Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de Feedback dos tutores:
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Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 3
Conclusão ................................................................................................................................. 13
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1.2. Objectivos
1.3. Metodologias
Para o desenvolvimento do presente trabalho foi utilizada a metodologia de pesquisa
bibliográfica, utilizando a abordagem qualitativa, que é uma técnica de pesquisa que utiliza
como base de dados conteúdos materiais já publicados em revistas, manuais, livros, artigos e
teses, assim como também materiais disponíveis na internet.
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2. Constituição de 1975
A primeira Constituição de Moçambique entrou em vigor em simultâneo com a proclamação
da independência nacional em 25 de Junho de 1975. Nesta altura, a competência para
proceder a revisão constitucional fora atribuída ao Comité Central da Frelimo até a criação da
Assembleia com poderes constituintes, que ocorreu em 1978. Considerando a importância da
constituição como a “lei-mãe” do Estado moçambicano, e daí a necessidade do seu
conhecimento pelos cidadãos, de seguida é feita uma breve menção sobre a evolução
constitucional de Moçambique.
Segundo Jorge (1997) salienta que o sistema político era caracterizado pela existência de um
partido único e a FRELIMO assumia o papel de dirigente. Eram abundantes as fórmulas
ideológicas - proclamatórias e de apelo das massas, compressão acentuada das liberdades
públicas em moldes autoritários, recusa de separação de poderes a nível da organização
política e o primado formal da Assembleia Popular Nacional. (p. 237).
Outras alterações são trazidas com a nova CRM que apenas com uma exposição mais
detalhada poderíamos deixar registadas. No entanto, não sendo este o intuito do presente
1
Art. 4 da CRPM de 1975.
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artigo, deixou-se ficar algumas linhas que nos permite uma visão geral sobre a evolução
constitucional em Moçambique, testemunhando desse modo o crescimento político, social e
económico da nossa sociedade.
3. Constituição de 1990
Segundo Mazula (2000) afirma que a revisão constitucional ocorrida em 1990 trouxe
alterações muito profundas em praticamente todos os campos da vida do País. Estas mudanças
que já começavam a manifestar-se na sociedade, principalmente na área económica, a partir
de 1984, encontram a sua concretização formal com a nova Constituição aprovada.
Resumidamente, podemos citar alguns aspectos mais marcantes. A constituição de 1990 veio
a introduzir o Estado de direito democrático, que se funda na separação de poderes,
pluralismo político, liberdade de expressão e respeito pelos direitos fundamentais. Ou seja,
com esta constituição de 1990, Moçambique pela primeira vez introduz o sistema
multipartidário, onde nas vésperas das primeiras eleições gerais multipartidários haviam sido
legalizados 18 partidos políticos.
A Constituição de 1990 foi elaborada no contexto das negociações de paz que culminaram
com a assinatura do Acordo Geral de Paz, e marcou uma ruptura radical com o passado,
consagrando a transição de uma economia centralizada para liberalização da economia, e
subsequente início da extinção das empresas estatais, dando início a um verdadeiro exercício
democrático consagrado no sufrágio universal, da liberdade de expressão, da liberdade de
reunião e de associação e, fundamentalmente, ocorre a passagem de um sistema mono
partidário para a democracia multipartidária, e tendo o cidadão como figura central
relativamente ao Estado. (Adelson Rafael, in Jornal O país: quinta feira, 26 de Agosto de
2010).
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Portanto, a CRM de 1990 sofreu três alterações pontuais, designadamente: duas em 1992 2 e
uma em 19963. Destas merece especial realce a alteração de 1996 que surge da necessidade de
se introduzir princípios e disposições sobre o Poder Local no texto da Constituição,
verificando-se desse modo a descentralização do poder através da criação de órgãos locais
com competências e poderes de decisão próprios, entre outras (superação do princípio da
unidade do poder).
3.1. Vantagens
De forma resumida, vêm descriminadas, abaixo, algumas das vantagens que a Constituição da
República trouxe, aquando da sua promulgação, ora vejamos:
• Introdução de um sistema multipartidário na arena política, deixando o partido
Frelimo de ter um papel dirigente e passando a assumir um papel histórico na
conquista da independência;
• Inserção de regras básicas da democracia representativa e da democracia participativa
e o reconhecimento do papel dos partidos políticos;
• Na área económica, o Estado abandona a sua anterior função basicamente
intervencionista e gestora, para dar lugar a uma função mais reguladora e controladora
(previsão de mecanismos da economia de mercado e pluralismo de sectores de
propriedade);
• Os direitos e garantias individuais são reforçados, aumentando o seu âmbito e
mecanismos de responsabilização;
• Várias mudanças ocorreram nos órgãos do Estado, passam a estar melhor definidas as
funções e competências de cada órgão, a forma como são eleitos ou nomeados;
• Preocupação com a garantia da constitucionalidade e da legalidade e consequente
criação do Conselho Constitucional; entre outras.
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Lei n.º 11/92 de 08 de Outubro, publicada no BR n.º 41, I Série, Suplemento de Quinta-feira, 08/10/1992 e Lei
n.º 12/92 de 09 de Outubro, publicada no BR n.º 41, I Série, 2º Suplemento de Sexta-feira, 09/10/1992
3
Lei n.º 9/96 de 22 de Novembro, publicada no BR n.º 47, I Série, Suplemento de Sexta-feira, 22/11/1996.
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do Estado de Direito Democrático, baseado no pluralismo de expressão, organização
partidária, o respeito e garantia dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos”. A
defesa e a promoção dos direitos humanos e a igualdade dos cidadãos perante a lei, é um dos
objectivos fundamentais estatuídos na alínea e) do artigo 11º, que faz parte do titulo I que
alude sobre os princípios fundamentais. O nº 02 do artigo 17º estabelece que a República de
Moçambique aceita, observa e aplica os princípios da Carta da Organização das Nações
Unidas e da Carta da União Africana , assumindo os direitos humanos fundamentais neles e as
garantias dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos conforme o artigo 43º são
interpretados e integrados de harmonia com a DUDH e Carta Africana dos Direitos do
Homem e dos Povos assumindo os direitos humanos fundamentais neles consagrado, numa
alusão clara à continuidade da formalização e desenvolvimento dos direitos humanos nos
instrumentos jurídicos internos. A formalização e desenvolvimento dos direitos humanos pelo
Estado moçambicano vai além da sua Carta Magna, ao ractificar através da Resolução nº
23/2013, de 03 de Maio, o Protocolo Facultativo à Convenção Contra a Tortura e Outros
Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. Por força do artigo 17 desse
Protocolo, que estabelece a criação de um ou mais mecanismos preventivos nacionais
independentes para a prevenção da tortura a nível interno, e de exercer a função de
monitoramento regular e independente, sobre aplicação dos direitos humanos fundamentais,
principalmente nos locais onde se encontrem pessoas privadas de liberdade o Estado atribuiu
a Comissão Nacional de Direitos Humanos criada através da Lei no 33/09 de 22 de
Dezembro, a competência para exercer essa função.
O artigo 43º da CRM, estabelece que os direitos humanos são interpretados de acordo com a
Carta das Noções Unidas, sobre a Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Carta
Africana, sobre os Direitos Humanos e dos povos, dando se assim primazia formal sobre
outros tipos de direitos estatuídos na Constituição de Moçambique.
O Titulo III, que preconiza sobre os direitos, deveres e liberdades fundamentais, ampliou as
matérias sobre os direitos humanos fundamentais distribuindo-os em cinco capítulos, com um
total de 59 artigos, portanto um acréscimo de mais 19 artigos que o texto legal anterior que
continha somente 40 artigos. Isto é de acordo com o nosso entendimento uma demonstração
clara de que o Estado existe para servir ao homem e não o homem ao Estado circunscrevendo-
se assim num Estado de Direito e, portanto, que observa os direitos humanos.
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3. Fontes de direito Constitucional
Segundo Moraes (2018) a Fontes materiais do Direito Constitucional são os fatos, elementos
materiais (biológicos, psicológicos, fisiológicos), elementos históricos (representados pela
conduta humana no tempo), elementos racionais (representados pela elaboração da razão
humana sobre a própria experiência da vida, formulando princípios universais) e elementos
ideias (representados pelas diferentes aspirações do ser humano, formuláveis em postulados
valorativos de seus interesses) dos quais emana o Direito Constitucional.
As fontes formais correspondem àquilo que foi construído, “significando a elaboração técnica
do material por meio de formas solenes que se expressam em leis, normas consuetudinárias,
decretos regulamentadores etc.”. Portanto, são as formas por meio das quais o Direito se
exterioriza, e a principal fonte formal do Direito Constitucional é a Constituição. Ela
estabelece a organização política, social e jurídica do Estado, as limitações do exercício de
seu poder, as formas de aquisição do poder, os direitos e garantias fundamentais etc. Todavia,
embora seja a principal fonte formal do Direito Constitucional (e, por isso, fonte formal
imediata), não é a única. Há outras fontes formais do Direito Constitucional, a saber: os
costumes, a doutrina, os princípios gerais do Direito Constitucional e a jurisprudência.
(Moraes, 2018).
Segundo Freire (2017) o direito público “o conjunto de normas jurídicas que disciplinam o
exercício das atividades públicas (ou das funções públicas).” Já o direito privado pode ser
definido como sendo o conjunto de normas que disciplinam o exercício das atividades
privadas.Nesse conceito, está implícito: quem exerce a atividade, como a exerce, qual o seu
conteúdo e quais os limites. Ao direito público caberá disciplinar o sujeito que exerce a
atividade pública (organização político-administrativa e exercício de funções públicas por
entes privados), os meios técnico-jurídicos por ele utilizados (leis, atos administrativos,
processo etc.), o conteúdo dessa atividade (inovação jurídica em caráter originário, resolução
de casos concretos com força de definitividade, serviço público etc.) e os seus limites. O
mesmo vale para o direito privado no que se refere à atividade privada.
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Ainda segundo o mesmo autor refere que o conceito de direito público acima apresentado não
leva a uma identidade desse ramo com o exercício de poderes públicos. Em primeiro lugar,
porque, como já destacado, o dever de realização de fins públicos domina o direito público.
Em segundo, porque o Estado é titular de outras posições jurídicas, como direitos a
prestações, sem que isso signifique submissão aos princípios do direito privado. As posições
jurídicas ativas, enquanto estruturas, existem tanto num ramo como no outro. A diferença é
que, no direito público, todas as situações jurídicas ativas são funções; o seu exercício,
portanto, é obrigatório. De igual modo, quando se faz menção a “fins públicos” e “interesse
público”, adota-se uma concepção formal. Interesse público – conforme já apontado acima – é
aquele devidamente positivado na ordem jurídica a ser perseguido e protegido pelo Poder
Público. Os interesses privados são os demais, podendo ter natureza egoística ou não.
Assim, é bem verdade que há situações em que o Estado se relaciona com o particular como
se fosse outro indivíduo no mesmo plano jurídico (relações contratuais privadas). Mas, regra
geral, as relações entre o Estado e os demais são chamadas de relações de Direito Público.
Segundo Montoro (1977, p. 169) resalta que poderíamos continuar a enumeração de critérios
propostos. Mas nenhum é, inteiramente, satisfatório. O que revela o caráter não rigorosamente
lógico, mas sim prático e histórico dessa divisão, que acompanha desde Roma a evolução do
Direito e, apesar das críticas que recebeu durante séculos, não foi hoje substituída com
vantagem por qualquer outra.
Baseado nas ideias de Hannah Arendt, Tércio Sampaio Ferraz Jr. vincula a explicação da
origem da dicotomia Direito Público e Privado à estrutura socioeconômica da civilização
romana, que conhecia dois campos de poder, sendo eles a esfera pública e privada. Tércio
Sampaio afirma que a esfera pública abrangia o âmbito das necessidades, envolvendo o
exercício do homem voltado para sua sobrevivência, sendo este, o labor, exercido no próprio
lar. Pareado a essa atividade, o homem dado como livre, isto é, o cidadão, exercia a chamada
ação, que consistia na reunião de homens para a discussão de temas relevantes, troca de
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vivências e adoção de pensamentos comuns. Tal atividade era praticada na cidade (polis), da
qual se origina a expressão animal político.
A distinção nítida vista no sistema romano entre a esfera pública e privada e o domínio
particular não se verifica na Idade Média. As invasões bárbaras propiciaram uma nova
condição política, cuja consequência mais relevante se dará na estrutura de produção. Isso se
torna mais evidente na propriedade imobiliária, que dá lugar a um sistema com embasamento
na ideia das concessões. A adoção de tal sistema, isto é, da superposição de propriedades, não
permitia a diferenciação segura entre o público e o particular. Esse fato é agravado pela
incapacidade do rei de defender o reino de invasores, obrigando as várias classes sociais a
defender-se por meios próprios.
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aspecto formal da relação jurídica. Quanto ao aspecto formal, no Direito Privado a relação é
de coordenação, já no Direito Público a relação é de subordinação.
Contudo, percebe se que as fontes do Direito são, na verdade, a sua origem. E essa
percepção é extremamente importante, pois caso uma lei seja considerada injusta, poderá ter a
sua aplicação negada pelo Poder Judiciário – caso este entenda ter sido agredida alguma fonte
do Direito. Isso significa dizer que para a correta interpretação do Direito é preciso levar em
consideração o conteúdo das suas fontes, tanto as formais como as materiais.
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Conclusão
Concluimos que a CRM, sofreu sérias modificações ao longo dos anos, e foi cada vez, se
ajustando à realidade e às necessidades de cada época. É pretensão deste trabalho mostrar com
um pouco de detalhes como e quais foram os pontos que se foram abrangidos pelas revisões
constitucionais e sem fugir do nosso foco que são as Constituições de 1990 e 2004, importa
fazer, sempre, menção daquela que foi a primeira de todas, neste caso, a Constituição da
República de Moçambique de 1974 pela simples razão de ela ser a base de evolução das
posteriores e ser um bom ponto de partida para analisarmos a Constituição de 1990 e vermos
em que ela evoluiu e quais temas foram objectos de revisão. Confiramos a seguir uma tabela
discriminatória e comparativa das constituições de 1990, 2004 e 2018.
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Referências bibliográficas
Constituição da República de Moçambique de 1990;
Constituição da República de Moçambique de 2004 e 2018
Constituição da República Popular de Moçambique de 1975;
Jorge Miranda, (1997). Direito Constitucional, Tomo I, 6ª Edição, Coimbra Editora, pg. 237.
Montoro, André Franco. (1977). Introdução à ciência do direito. São Paulo: Martins. v. 2.
Moraes, Alexandre de. (2018). Direito constitucional. 34. ed. São Paulo: Atlas.
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