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Moral: conjunto de regras que determinam o comportamento dos indivíduos na sociedade. Exterior e
anterior ao indivíduo existe uma moral constituída que orienta o seu comportamento por meio de normas
(valores).
o Moral: aquilo que se submete a um valor;
o Imoral é o que se opõe a qualquer valor;
o Amoral é o que se é indiferente ao valor.
Comportamento: varia de local, no tempo, conforme as exigências das condições nas quais os homens se
organizam ao estabelecerem as formas efetivas e práticas de trabalho. Na idade média, por exemplo, o
sistema feudal era composto por suseranos, vassalos e servos, na qual a moral cavalheiresca prevalecia
(pressupõe superioridade da classe nobre, exaltando a lealdade e a fidelidade). Havia também a escravidão,
e a burguesia foi responsável pela libertação dos escravos.
Hegel.
o A moralidade subjetiva é o cumprimento do dever pelo ato da vontade ética.
o A moralidade objetiva é a obediência a lei moral enquanto fixada pelas normas, leis e costumes da
sociedade moral.
Caráter social e pessoal da moral: grau da consciência, liberdade, responsabilidade em relação a aceitação
das normas torna o ato moral livre e consciente. Um ato, portanto, só será propriamente moral se passar
pelo crivo da aceitação pessoal das normas. As normas, leis e costumes, em sua rigidez, constituem o caráter
social.
o Predomínio do caráter social – medo e intolerância a não-observância das leis: dogmatismo,
legalismo, farisaísmo e vivência moral empobrecida.
o Predomínio do indivíduo: depende da sanção pessoal (individualismo). Corre-se o risco de destruir a
moral por ausência de princípios.
Estrutura do ato moral: o mundo moral exige do homem a consciência crítica (consciência moral). O
conjunto de exigências dos códigos e leis que reconhecemos como válidos para orientar a nossa escolha é
que vai discernir o valor moral de nossos atos. O ato moral tem dois aspectos:
o Normativo – normas e regras de ação e os imperativos que enunciam o que deve ser;
o Factual – os atos humanos enquanto se realizam efetivamente (moral, imoral, amoral, não moral).
Ato moral: voluntário.
o Responsável: provoca efeitos no indivíduo e nos próximos na sociedade.
o Obrigatório: o comportamento moral é consciente livre e responsável e também obrigatório (criar
um dever, tem um juiz interno).
O juiz interno informa-se da situação, consulta normas, interioriza-as como próprias ou não,
decide e julga seus próprios atos.
o Autonomia: quando decide cumprir uma norma, o centro da decisão é o próprio indivíduo, sua
consciência moral (autodeterminação).
Ethos: “morada”, “hábito”. Hábito é um estado ou uma disposição; adquire-se por meio de um treinamento
ou da contínua execução de certos atos. Pode ser intelectual, que facilita ao espírito as operações
conceituais básicas, e moral, que é o hábito dos princípios práticos superiores.
A ética é uma arte, hábito (ethos), esforço repetido até alcançar a excelência no agir. A ética é a arte que
forma bom aquilo que é feito (operatum) e que o faz (operantum), é a arte do bom, a ciência do bom –
Ethica est ars bonum faciens operatum e operantum (1150). A ética ou filosofia moral é a parte da filosofia
que se ocupa com a reflexão a respeito dos fundamentos da vida moral.
A metafísica como ciência básica da ética: o pensador metafísico procura descobrir algo basilar, firme e
permanente e a partir do qual interpreta a dinâmica das coisas e dos homens. Este elemento basilar
constitui a substância, a essência, fundamento ou modelo de interpretação do mundo.
Bioética: é o estudo sistemático de conduta humana no âmbito das ciências da vida e da saúde, enquanto
essa conduta é examinada à luz de valores e princípios morais. Segundo a Enciclopédia de Bioética, é o
estudo sistemático das dimensões morais, incluindo visão, decisão, conduta e normas morais das ciências da
vida e da saúde, utilizando uma variedade de metodologias éticas, num contexto multidisciplinar.
Compreende quatro aspectos importantes:
o Problemas relacionados com valores em todas as profissões da saúde e afins;
o Aplica-se as investigações biomédicas e do comportamento;
o Aborda ampla gama de questões sociais relacionadas à saúde;
o Aborda questões relacionadas à vida dos animais e das plantas.
Paradigmas da bioética.
o Principalista: propõe 4 princípios como orientadores da ação – beneficência, não maleficência,
justiça e autonomia.
o Libertário: valor central na autonomia e no indivíduo inspirado no liberalismo americano. Polêmico,
pois envolve, por exemplo, venda de sangue, de órgãos, entre outrs.
o Virtudes – Aristotélico: baseado na ética das virtudes. A virtude sendo uma disposição que se
aperfeiçoa com o hábito. O agente (profissional) integrado ao paciente no seu processo de decisão.
o Casuístico: suscita a análise de caso por caso.
o Hermeneútico: reconhece que toda a experiência está sujeita a uma interpretação.
o Direito natural (jus naturalismo): estabelece bens fundamentais em si mesmo, vida, conhecimento,
amizade, religiosidade. Moral será toda a ação que contribuir para desenvolver esses valores.
o Contratualista: defende contatos entre médico e paciente e sociedade e contato mais amplo acerca
dos princípios orientadores da relação médico-paciente.
o Antropológico – personalista: filosofia humanista atenta a compreender o homem em todas as suas
dimensões.
Campo de atuação da bioética: procura delinear as relações entre bioética, medicina legal e deontologia
médica e conclui que a bioética enquanto ética aplicada ao campo biológico vai além da ética médica
tradicional. A bioética ultrapassa os limites dos problemas deontológicos decorrentes das relações entre
profissionais da saúde com seus pacientes e aborda quatro aspectos importantes:
o Compreende todos os problemas éticos relacionados às profissões da área da saúde e afins;
o Aplica-se as investigações biomédicas e do comportamento independentemente de influírem ou não
de forma direta na terapêutica;
o Aborda questões sociais relacionadas à saúde (medicina do trabalho, controle demográfico);
o Inclui questões relativas a vida de animais e plantas (meio ambiente).
A bioética trata de diversos temas que poderiam ser agrupados em:
o Bioética das situações persistentes – analisa temas cotidianos relacionados à vida das pessoas
(eutanásia, aborto, prolongamento artificial da vida, exclusão social);
o Bioética das situações emergentes – analisa limites e confrontos entre o progresso biológico e a
cidadania, os direitos humanos (fecundação assistida, transplantes, engenharia genética).
o Ação multidisciplinar – inclui, além das ciências médicas e biológicas, também a filosofia, direito,
antropologia, ciência política, teologia e economia.
Ética profissional.
o Profissão é o trabalho organizado por indivíduos em função da comunidade social; a profissão
constitui uma verdadeira necessidade social.
o Ética profissional é uma parte da ciência moral; não deve limitar-se a um feixe de normas. Ela
procura a humanização do trabalho organizado, colocando-o a serviço do homem, da sua promoção,
da sua finalidade social.
o A tarefa da ética profissional é realizar uma reflexão crítica, questionadora sobre as finalidades e a
conduta das profissões, tendo por finalidade promover o humano, a hipoteca social de toda
atividade profissional.
o No exercício profissional a obediência não pode prevalecer sobre o senso de responsabilidade. O
senso de responsabilidade determina que uma ação livre possa ser executada, mesmo que isso
implique oposição às ordens recebidas.
Ética da responsabilidade científica e social: não se pode mais privilegiar o bem estar deste ou daquele grupo
social, mas a sobrevida, a qualidade de vida e a integridade do gênero humano. O progresso científico e
tecnológico deve avançar em consonância com o ético, o ético não autoritário, não proibitivo do
desenvolvimento científico. Deve estimular o desenvolvimento das ciências dentro das fronteiras humanas e
desestimulá-la quando avançar em direção a limites desumanos.
Auto-percepção.
o Tendência a subestimar os problemas;
o Atribuir problemas ao envelhecimento;
o Comparações com o meio – comunidade e instituição;
o Atribuição de sintomas a causas externas;
o Associação com depressão.
Formas de apresentação da doença: rupturas súbitas na função devem ser consideradas como doenças, a
princípio. Por exemplo, parar de comer ou beber, cair, incontinência urinária, fraqueza, confusão aguda,
perda de peso.
Avaliação do paciente – exame geral.
o Atitude: ativa ou passiva.
o Musculatura: sarcopenia/obesidade sarcopênica, lesões corticais e cerebelares (hipotonia), lesões
piramidais (hipertonia).
o Hidratação.
o Pele e anexos: enrugada, flácida, deslizante, atrofia do tecido gorduroso, púrpura senil, unhas
quebradiças e sem brilho.
Medida da pressão arterial.
o Obrigatória em toda avaliação clínica;
o Respeitar condições ideiais;
o Realizar três medidas em cada consulta, com intervalo de um ou dois minutos, fazendo a média das
2 últimas medidas;
o A posição padronizada para o diagnóstico é a sentada, mas a medida na posição supina e ortostática
deve ser realizada em idosos, diabéticos, alcoolistas e/ou em uso de medicações anti-hipertensivas.
Hipotensão ortostática/hipotensão postural: o envelhecimento altera os mecanismos de controle da
homeostase e pode predispor os indivíduos à hipotensão postural (níveis pressóricos baixos acompanhados
de diminuição da amplitude ou desaparecimento dos pulsos periféricos, taquicardia e sinais de má perfusão
tecidual).
o Ao assumirmos a posição supina, o organismo utiliza vários mecanismos para manter os níveis
pressóricos e garantir a perfusão cerebral. A redução do retorno venoso serve de estímulo para que
os barorreceptores, localizados nas artérias caróticas e arco aórtico, desencadeiem aumento da
atividade simpática e redução da parassimpática, ocasionando constrição arteriolar e venosa e
aumento do tônus muscular e da frequência cardíaca. Falha nesses mecanismos leva a uma queda
de pressão arterial e pode ter como consequência hipoperfusão cerebral, que pode manifestar-se
com tonturas, síncope, quedas e acidente vascular cerebral.
o Os fatores que predispõem a hipotensão postural em idosos são: diminuição da sensibilidade dos
barorreceptores, diminuição da capacidade de conservar sal, baixos níveis de renina e aldosterona,
aumento do peptídeo natriurético atrial, diminuição da resposta de elevação da frequência cardíaca
com queda da pressão arterial e diminuição do enchimento ventricular.
o É diagnosticada quando ocorre uma queda de 20mmHg ou mais na pressão sistólica e/ou 10mmHg
ou mais na diastólica ao passar-se da posição deitada para a posição de pé.
Hiato auscultatório: até 30 a 40 mmHg. Subestima a pressão arterial sistólica ou superestima a pressão
arterial diastólica. Pode ser evitado com a associação com método palpatório.
Ausculta cardíaca.
o Frequentes alterações do ritmo;
o A quarta bulha pode ser confundida com desdobramento da B1;
o A terceira bulha é de grande importância;
o B1 com intensidade diminuída: IC e IM;
o Não há sopros inocentes em idosos. Os sopros mais comum são os mitrais e aórticos.