Você está na página 1de 38

ÉTICA E CIDADANIA

WEBCONFERÊNCIA II

Dra. Andressa R. Queiroz


Diferenças entre ética e moral?

• Cada sociedade, em diferentes épocas de sua história, define os


valores positivos e negativos, os atos permitidos ou proibidos para
seus membros. Ser ético e livre será, portanto, estar de acordo com as
regras morais de nossa sociedade, interiorizando-as (CHAUÍ, 2000).
Moral e sociedade
• O homem, enquanto ser social constituído na história, apresenta em sua própria
existência a dependência de viver de forma social. Tudo se torna social.

• E o trabalho, enquanto natureza humana acaba por ser o fundamento da ontologia do


mundo dos homens.

• O trabalho, no seu sentido ontológico, é uma atividade essencialmente humana.

• A natureza humana organiza o trabalho para atender às necessidades materiais e sociais


sendo produto da história.

• O trabalho é o que primeiro possibilita a distinção dos homens dos demais animais e
enquanto categoria gerada pelo mundo dos homens, rompe com a categoria natural,
exigindo instrumentos, habilidades e conhecimento para a sofisticação das
necessidades.
Moral e sociedade
• Desde a existência da convivência em grupos, existe a moral.

• A moral é fruto da história, pois para haver a vida em sociedade e a


organização social, são necessárias regras de convivência.

• E ela pode ser entendida de forma plural, pois delibera sobre escolhas em
nível mais pessoal e está vinculada à vida cotidiana, a respostas imediatas,
sempre com validade temporal.
Moral e sociedade
• A consciência é conhecida como a ciência que se faz, do que se projeta, do
conhecimento do que se vai realizar. Já a liberdade pode ser entendida
como a habilidade para escolher o necessário para ser livre e possuir
alternativas para o seu exercício. Todas essas ações são desenvolvidas a
partir do trabalho.

• A consciência moral conhece as diferenças e também avalia sua própria


capacidade de julgar as condutas e de agir em consonância com valores
morais.
Ética e responsabilidade moral
• Responsabilidade quer dizer que uma pessoa deve ser capaz de prestar
contas por suas ações e pelas consequências que delas decorrem. Sendo
assim, só pode responder por suas ações o indivíduo capaz de possuir a
liberdade de escolha. Para que se possa falar em responsabilidade moral é
necessário que se entenda o livre arbítrio.

• A responsabilidade é o que nos faz sujeitos e objetos da ética, do direito ou


das ideologias.

• Como parte integrante da ética, a responsabilidade moral tem como


objeto as ações que possam, a qualquer modo, causar danos ou ofensas a
outros.
Ética e responsabilidade moral
• Responsabilidade moral é um segmento das obrigações éticas, circunscrito
pela interseção das esferas que o separam, em um plano o direito e em
outro plano a responsabilidade privada. Ser moralmente responsável é
cuidar para que as relações não sejam negativas. Isso compreende cada ser
humano e a humanidade como um todo.

• A responsabilidade moral esgota-se na prevenção dos males que possam


causar e na reparação daqueles que vieram a causar, sem ter a intenção
de fazê-lo.

• É preciso verificar as condições concretas nas quais a responsabilidade


moral seja determinante. Logo, se existe a possibilidade de opção e de
decisão necessárias para transferir a responsabilidade moral, os indivíduos
serão responsáveis pelas suas ações na sua concretude.
Ser cidadão
• Segundo Aristóteles, ser cidadão é se reconhecer enquanto parte de um
grande conjunto de pessoas que possuem vontades, desejos e
ambições diferenciadas, mas que são unidos pela busca pela
felicidade.

• Compreender que a administração pública deve prover os meios para que a


felicidade geral seja atingida, e não a de um pequeno grupo, isto é, buscar
beneficiar a todos e não apenas uma pequena parte, é essencial.

• Ser cidadão consiste em agir em prol daquilo que proverá um maior bem a todos,
mesmo que diretamente você não seja atingido. Deve-se estar consciente de
que, indiretamente, toda decisão em prol do bem alheio também lhe proverá
uma melhor condição de vida.
Ser cidadão
• Em um sentido teórico, ser cidadão demanda responsabilidade para com o
próximo, reconhecimento de pertencimento e confiança em seus
governantes. Em contrapartida, o governo deve manter um canal de
comunicação constante com seus cidadãos e, acima de tudo, deve ser ético
em seu compromisso de prover o bem comum.
A desigualdade social
• A sociedade é fruto de um sacrifício voluntário consequente do despertar
da necessidade por segurança, visto que, em um estado natural, todo
indivíduo é visto como uma ameaça em potencial, não havendo limites
para o desejo de matar, roubar ou, até mesmo, violentar (HOBBES, 2014).

• A desigualdade social se daria, portanto, por meio da relação de poder


entre os donos dos bens (que antes eram públicos) e aqueles que passaram
a ter de se sujeitar à obediência de acessar apenas aquilo que lhes fosse
permitido acessa (ROUSSEAU, 2014).
A desigualdade social
• Na prática, ocorre a exploração e a sujeição de uns ao poder de outros
como consequência, tanto na perspectiva de Hobbes quanto na de
Rousseau, pois, independente da teoria, existe um movimento de
preservação de uma estrutura de poder e a manutenção de uma massa
orientada à obediência.
Diferenciação e preconceito
• A desigualdade social decorre de um direito auto atribuído, que define
benefícios exclusivos a um determinado grupo em detrimento a outros.

• Essa desigualdade, muitas vezes, é oriunda de um sentimento de


superioridade em relação ao próximo, o que, por consequência, institui a
depreciação das qualidades alheias. Diferentemente do que se possa
pensar, a desigualdade não tem uma raiz comum, ela pode ser originária de
diferenciações econômicas, partidárias, religiosas, culturais, étnicas, sexuais
ou de outros motivos quaisquer.

• A diferenciação que origina a desigualdade pressupõe uma relação de


valorização das qualidades de um determinado grupo e a condenação das
qualidades de outros grupos.
Conceito de razão moral objetiva
• Dentre os argumentos para sustentar a tese de que a moral é objetiva,
costuma-se utilizar:

• A noção histórica de que fatos como os ocorridos durante a Segunda Guerra


Mundial, como, por exemplo, o holocausto, são imorais objetivamente, isto é,
independentes dos resultados que levaram à queda do regime nazista.

• A afirmação de que a noção contrária, isto é, de que a moral seria o resultado da


construção subjetiva e intersubjetiva, não é capaz de sustentar a obrigatoriedade da
ação moral, o que tornaria permissível qualquer tipo de comportamento em
particular.

• Na ausência de Deus e, por conseguinte, na ausência de leis morais objetivas, nada


seria “bom” ou “mau”, pois tudo dependeria da perspectiva definida pelo próprio
observador de acordo com seu ponto de vista em particular.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas
• Em termos modernos, encontramos em correntes como o empirismo e o
materialismo histórico uma semelhante negação às razões morais
objetivas, tendo por fundamento a premissa de que as fontes de todo
conhecimento e de toda a legislação ética são concretas e dependes da
experiência histórica.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas

• No empirismo, de autores como John Locke e


David Hume, a raiz de todo conhecimento é a
experiência empírica, concreta, pela qual o
indivíduo apreende informações do mundo real
e transforma tais impulsos em pensamentos,
inicialmente simples e posteriormente mais
complexos. Assim, mesmo noções
extremamente abstratas, como a concepção de
um Deus, ou qualquer tipo de divindade
transcendente, seriam produto de processos
mentais a partir de elementos que foram
capturados a princípio pela experiência
concreta coma matéria.
Distinção entre as razões morais objetivas e as
relações concretas

• De acordo com o materialismo histórico, de Karl Marx, as


condições concretas que definem os modos de produção e
consumo, o sistema econômico adotado e as constituições
sociais e políticas desenvolvidos pela cultura ao longo do
tempo, determinam também os valores que são
legitimados enquanto ideologia dominante.

• Tais valores se tornam a base para as distinções morais que,


segundo esta perspectiva, não teriam existência
independente da dinâmica concreta, objetiva, mas seriam o
produto mais sofisticado dos modos de vida que foram
assumidos pela sociedade.
Ética e política
• A marca característica da ética na Antiguidade era a sua
indissociabilidadeda política. Para Platão, a constituição da polis deve
passar por governantes sábios, justos e virtuosos. Aristóteles, sendo
discípulo de Platão, seguiu ideia do seu mestre.

• Platão, em A república, no Livro II, afirma que o homem justo se


assemelhará à cidade justa. É nessa concepção que Platão compara a ideia
de justiça tanto para o indivíduo quanto para a sociedade, sendo harmônica
essa relação. Essa relação compreende o estudo tanto da ética quanto da
constituição da polis.
Ética e política
• Essa relação entre ética e política estava ligada diretamente ao conceito de
justiça. Tanto para Platão quanto Aristóteles, justiça (dikaiosýne) é também
uma virtude (areté), uma vez que a justiça é tanto a ordem da comunidade
dos cidadãos quanto a virtude individual de cada cidadão, indicando para
eles o discernimento do que é justo e injusto.

• À luz dessa filosofia de Platão e Aristóteles, é inconcebível pensar o projeto


individualista do liberalismo moderno, uma vez que, para os gregos, a
liberdade se situa, sobretudo, na esfera política.

• Para os gregos, ética e política não poderiam ser dissociadas. Essa


dicotomia surgiu com o liberalismo moderno, que acabou por romper os
laços com a polis, uma vez que buscou fortalecer a dimensão do
individualismo humano.
Ética e política
• Em O príncipe, Maquiavel, não rejeita os princípios éticos, somente defende
a autonomia da política em relação à ética, devendo o príncipe saber usar
de artifícios estratégicos que contrastem, por exemplo, com a moral, se
quiser manter o seu poder
Ética na política brasileira frente à Lei da Ficha
Limpa
• Com todas as instituições em xeque, inclusive o judiciário, o sentimento de
desesperança impera entre a população, que busca em políticos demagogos e até
mesmo autoritários uma segurança que não consegue encontrar mais nem no
judiciário, que sofre devido ao fenômeno de politização.

• Nesse momento de crise, não só política, mas das instituições, impõe-se a


necessidade de reflexão a respeito de ética e política.

• Universo político não pode ser reduzido simplesmente ao campo da ética ou da


moral, uma vez que os valores políticos transcendem os valores éticos, já que a
política é muito mais do que simplesmente o agir de forma proba, com caráter,
pois a política liga as relações sociais.
Ética na política brasileira frente à Lei da Ficha
Limpa
• Na política brasileira, há inúmeros escândalos de corrupção, que, por mais
que pareçam surgir com determinado partido ou grupo político, sempre
existiram no Brasil, o que mostra a necessidade de um exercício histórico-
crítico.

• Privataria tucana;
• Mensalão;
• Operação lava jato
Lei da Ficha Limpa
• Movimento de combate à corrupção;
• Associação brasileira de magistrados;
• Procuradores e promotores eleitorais;
• Central única dos trabalhadores (CUT);
• Ordem dos advogados do brasil (OAB);
• Diversas organizações não governamentais.
Lei Complementar nº. 135/2010 (BRASIL,
2010) trouxe foram:
• Aumento no rol dos crimes;
• Quando houver rejeição das contas relativas ao exercício de cargos ou funções públicas ou a ação do agente
for dolosa, exige anulação ou suspensão da decisão pelo poder judiciário, não apenas o ajuizamento da ação
judicial;
• Inelegibilidade para os condenados por captação ilícita de sufrágio;
• Previsão de inelegibilidade para os excluídos do exercício da profissão;
• Aplicação de inelegibilidade aos condenados que simularam a cessação do vínculo conjugal ou da união
estável para evitar a inelegibilidade em razão de parentesco;
• Exclusão da incidência da lei que estabelece casos de inelegibilidade sobre os crimes culposos, os de menor
potencial ofensivo, os de ação penal privada e a renúncia para fins de desincompatibilização;
• Abolição da exigência do trânsito em julgado da decisão judicial para fins de inelegibilidade, bastando
decisão proferida por órgão judicial colegiado;
• Prioridade na tramitação dos processos que versarem sobre desvio ou sobre abuso do poder econômico ou
do poder de autoridade;
• Possibilidade de suspensão cautelar da inelegibilidade por decisão proferida do órgão colegiado
competente;
• Aumento do prazo das inelegibilidades para 8 anos.
Código de Ética e Decoro Parlamentar do
Senado Federal e da Câmara dos Deputados
• Ética e política vêm estabelecendo um exame de comunhão na aplicação do debate
político;

• Os códigos de ética e decoro parlamentar nas diferentes casas legislativas, como


resposta ao anseio popular de cada vez mais buscar uma política transparente e menos
corrupta, no mesmo passo do surgimento do projeto de lei de iniciativa popular
conhecido como lei da ficha limpa.

• O decoro está inserido paralelamente à moral.

• O decoro é a decência, a honradez e a dignidade, enquanto norma de conduta social


que deve orientar a atividade parlamentar.

• A quebra desse decoro pode ser punida com a perda do mandato de forma temporária
ou definitiva.
Código de Ética e Decoro Parlamentar do
Senado Federal e da Câmara dos Deputados
• Dentro do parlamento brasileiro, tanto a Câmara dos Deputados quanto o
Senado Federal têm as suas atividades regidas por um Código de Ética e
Decoro Parlamentar próprio para cada Casa Legislativa, que dispõe sobre
os deveres e os atos incompatíveis e atentatórios contra o decoro
parlamentar, impondo penalidades e demais sanções.
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
• Nas duas Casas Legislativas, há um Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
que, entre outras atribuições:

• busca observar os preceitos éticos;


• preservar a dignidade parlamentar
• responder consulta à mesa diretora, comissões parlamentares e deputados acerca
de matérias de sua competência.

• O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar somente atua mediante


provocação da mesa diretora das Casas Legislativas para instaurar processo
disciplinar contra deputado ou senador que tenha agido de forma a violar o
Código de Ética e Decoro Parlamentar.
Conselho de Ética e Decoro Parlamentar
• Os trabalhos dos Conselhos de Ética, tanto da Câmara dos Deputados
quanto do Senado Federal, são regidos por regulamentos próprios e
especificidades de cada casa legiferante.
O que é cidadania?
A palavra cidadania vem de civitas, que, do latim, refere-se ao indivíduo que
habita a cidade. Assim, com o início da vida na cidade, em coletividade, surge
a necessidade de os indivíduos exercerem seu papel de cidadãos — com
direitos e deveres;

• Na Grécia Antiga, o conceito de cidadania resumia-se aos direitos políticos,


e, ainda assim, nem todos eram considerados cidadãos;

• Na Roma Antiga, o conceito de cidadania está ligado à classe social à qual o


indivíduo pertencia. Havia três classes sociais: os patrícios, descendentes
dos fundadores; os plebeus, descendentes dos estrangeiros; e os escravos,
prisioneiros das diversas guerras e, também, aqueles que não pagavam
seus débitos.
O que é cidadania?
• Exercer a cidadania significa viver em constante luta por melhorias na
qualidade de vida — individuais e coletivas —, em busca de liberdade,
dignidade e igualdade.

• Rousseau, montesquieu, diderot evoltaire, já defendiam essa ideia de


cidadania, onde existiria um governo democrático e ampla participação
popular, findando os privilégios de classe e inaugurando os ideais de
liberdade e igualdade como direitos fundamentais dos homens (manzini-
covre, 2010).
O que é cidadania?
• É a prática do indivíduo em exercer seus direitos e deveres, no âmbito de
uma sociedade do Estado.

• Não se restringe somente ao ato de votar e ser votado, como pensado por
muitos, mas envolve viver em sociedade, cumprir seus deveres e ter seus
direitos garantidos, por meio da justiça social (PEREIRA, 2011).

• A cidadania, pois, deve garantir a plena emancipação dos indivíduos que,


por meio de seus deveres com a sociedade, têm seus direitos inerentes à
vida— como saúde, assistência social, educação, moradia, renda,
alimentação, entre outros, garantidos pelas políticas sociais.
O que é cidadania?
A cidadania brasileira, nesse sentido, permanece em uma constante
construção, num movimento de ampliação e encolhimento das políticas
sociais, à medida que, em muitos momentos históricos, inclusive atualmente,
muitos indivíduos não têm o direito de ter suas necessidades básicas
garantidas ou, nem mesmo, o mínimo necessário para sua subsistência e da
família (PEREIRA, 2011).
O que é cidadania?
• É por meio do exercício de cidadania, assumindo o papel de cidadãos, que
se dará a ampliação dos direitos mediante políticas sociais. As ações
coletivas, nesse sentido, são mais eficazes do que as individuais, e o que é
conquistado por meio do coletivo fortalece a cidadania de todos.
O desenvolvimento das políticas sociais
a partir da concepção de cidadania

• Desenvolvimento das políticas sociais está diretamente relacionado à


concepção de cidadania, com cidadãos portadores de direitos e deveres.

• A conquista da cidadania perpassa a efetivação dos direitos sociais,


políticos e civis, dentro de uma perspectiva de universalização dos direitos,
por meio das políticas sociais
O desenvolvimento das políticas sociais
a partir da concepção de cidadania

• A partir do momento em que os indivíduos reconheceram-se como


cidadãos pertencentes a um grupo social e ansiando pela sua condição de
cidadania, passaram a enfrentar, sobretudo em coletivo, a forma de
organização e produção da sociedade, sendo que os padrões de proteção
social e as políticas sociais são as respostas para esses enfrentamentos.

• As condições de trabalho e vida dos cidadãos têm forte relação com o


surgimento das primeiras iniciativas de proteção social e políticas sociais, já
que estas têm correlação direta com a luta de classes, ou seja, relação
capitalismo versus trabalhador.
O desenvolvimento das políticas sociais
a partir da concepção de cidadania

• É importante ressaltar algumas das políticas sociais que marcam o período, por
ordem cronológica, quase sempre em resposta às lutas coletivas pelos direitos
sociais. São elas:

• 1923 – Lei Eloy Chaves, que cria as Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAP), para os
trabalhadores ferroviários
• 1933 – Criação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAPs)
• 1942 – Criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA), destinada ao atendimento de
pessoas pobres, com apoio à maternidade e infância
• 1943 – Promulgação das Consolidações das Leis Trabalhistas (CLT)
• 1960 – Aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS)
• 1966 – Criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS)
• 1988 – Promulgação da Constituição Federal do Brasil, a chamada Constituição Cidadã

Você também pode gostar