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Instrumentos de controle social

Instrumentos responsáveis pela harmonia da


vida social além do direito:

Regras
Religião Moral de trato
social
1. DIREITO E RELIGIÃO
Direito e Religião
 Aspectos históricos:

 A falta de conhecimento científico era suprido


pela fé, daí em épocas passadas a religião tinha
domínio absoluto sobre as coisas humanas.
 Deus interferia a acompanhava os
acontecimentos terrestres.
 Modernamente, os povos separaram o Estado
da Igreja, apesar de alguns sistemas jurídicos
continuarem sendo regidos por livros
religiosos, como no mundo mulçumano (ex. Irã
– alcorão, livro que disciplina a vida do seu
povo ).
 A religião, que pode ser definida como
conjunto de crenças em uma determinada
divindade, é uma criação humana que busca
explicações para o mundo e a existência
humana.
 A religião, na sua doutrina, estipula valores e
princípios a serem seguidos e obedecidos pelo
homem durante a vida.

 Valores que induzem seus fiéis a condutas


sociais e proibições para que o objetivo final,
que é o bem, seja atingido.
 O Direito e a religião se parecem por
expressarem mecanismos de controle social. A
religião depende da convicção pessoal do
indivíduo o direito não.
 A religião gera insegurança. A Igreja oferece
respostas que teriam credibilidade pela fé,
sendo seus principais pressupostos
inatingíveis.

 O Direito, diversamente, parte de


pressupostos concretos e fornece segurança e
proteção ao indivíduo nas suas relações.
2. Direito e moral
5.2. Direito e Moral

 Tema abordado na Filosofia Jurídica.

 Quem pratica um ato, consciente da sua moralidade,


já aderiu ao mandamento que obedece. A moral é
autêntica.

 No mundo moral a consciência é essencial.

E NO MUNDO JURÍDICO??????
2.1. Direito e moral: distinções formais
a) A Bilateralidade do Direito e a
Unilateralidade da Moral;
b)Exterioridade do Direito e Interioridade da
Moral;
c) Heteronomia do direito e Autonomia da
moral;
d) Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade
da Moral.
A) A Bilateralidade do Direito e a
Unilateralidade da Moral:
 Bilateralidade do direito:  Unilateralidade da
moral:
 As normas jurídicas são
imperativo-atributiva, ou  A moral impõe deveres
seja, ao mesmo tempo apenas. Ninguém tem o
que impõem um dever poder de exigir uma
jurídico a alguém, conduta moral de
atribuem um poder ou outrem.
direito subjetivo a
outrem.
B)Exterioridade do Direito e Interioridade da Moral:

 Exterioridade do direito:  Interioridade da moral:

 O direito cuida das  A moral se preocupa


ações e dos atos que se com a vida interior das
exteriorizam. pessoas, como a
 O direito não interfere consciência.
no plano do pensamento,
da consciência, dos atos
que não se exteriorizam.
C) Heteronomia do direito E Autonomia da
moral
 Heteronomia do direito  Autonomia da moral
 As normas jurídicas são  As normas de religião,
heterônomas, não moral, boa educação
dependem da convicção exigem a autonomia, a
pessoal, ou seja, são liberdade de ação do
impostas sujeito.
independentemente da  Essas normas não são
vontade de seus cumpridas contra a
destinatários. vontade da pessoa ou
sem a sua vontade.
D) Coercibilidade do Direito e Incoercibilidade da Moral:

 Coercibilidade do Direito:  Incoercibilidade da Moral:

 Entre os instrumentos de  A moral carece do elemento


controle social apenas o coativo. É incoercitivel.
direito é coercível, ou
seja, capaz de adicionar a
 A moral é
INCOMPATÍVEL com a
força organizada do
violência, com a coação,
Estado na hipótese da não
mesmo quando a força se
observância dos preceitos manifesta juridicamente
legais. organizada.
2.2. Direito e moral: quanto ao conteúdo:

Teorias dos Círculos


 Teorias
B.1. A teoriados Círculos
dos círculos e o “Mínimo Ético”.
concêntricos (filósofo
inglês,Jeremy Bentlam 1748-
1832)
 O campo da moral é mais
amplo que o do direito;
 O direito se subordina a


moral.
As validades das leis se
condicionam à sua adaptação
MoralDireito

aos valores morais.


 A teoria do mínimo ético:
(Jellinek) Reale
 MORAL – IMORAL - AMORAL
 De acordo com a imagem dos círculos “tudo
que é jurídico é moral, mas nem tudo que é
moral é jurídico”. Reale.
 O direito tutela muita coisa que não é moral,
ex. prazos processuais.
 Não é exato dizer que tudo que se passa no
mundo jurídico seja ditado por motivo de
ordem moral.
 B.2. A teoria dos
círculos secantes (Du
Pasquier):

 O direito e a moral
possuiriam uma faixa de Moral Direito
competência comum, e
ao mesmo tempo, uma
área particular
independente.
 Por essa teoria haveria dois círculos que se
cruzam até um determinado ponto apenas.
Portanto, há sim uma parte do direito que não é
comum à moral, algumas questões sociais se
incluem nos dois setores.

 Utilizada pelo nosso ordenamento jurídico, onde


há uma intersecção entre diversos pontos do
direito e moral.
 B.3. Os círculos
independentes (Hans
Kelsen)
 A norma jurídica é o
único elemento essencial
ao Direito, cuja validade Direito Moral
não depende de
conteúdos morais.
5.3. Direito e as regras de trato social
 Visando tornar o  Etiqueta;
ambiente social mais  Cortesia;
ameno, a sociedade  Educação;
elabora padrões de  Amizade;
conduta social.  Etc.

 Propicia um ambiente de
bem estar aos membros
da coletividade
5.3.1. Características:
 Unilateralidade: impõem  Incoercibilidade: não
deveres e não atribuem sofrem intervenção do
poderes de exigir seu Estado.
cumprimento.
 Sanção difusa: Consiste
 Heteronomia: os padrões na reprovação, censura,
de conduta não nascem da
crítica ou até expulsão
consciência do indivíduo.
do grupo social.
A sociedade cria regras e
cada pessoa se adapta a
elas.
COERCIBILI- HETERONO- BILATERALI- SANÇÃO
DADE MIA DADE
ATRIBUTIVA
DIREITO + + + SANÇÃO
PREFIXADA

RELIGIÃO _ _ _ SANÇÃO
GERALMEN-
TE É
PREFFIXADA
MORAL _ _ _ SANÇÃO
DIFUSA

REGRAS DE _ + _ SANÇÃO
TRATO DIFUSA
SOCIAL
Ética
MORA
ÉTICA
L
Latim Grego
mos éthos

costumes costumes
 A moral não é ciência, é
 Ética é a ciência dos
objeto da ciência, é o
costumes. Como ciência
conteúdo da especulação
procura extrair dos fatos
ética.
morais os princípios a
eles aplicáveis.
 Nalini

 A ética constitui num


saber especulativo acerca
da moral, e que, portanto,  A ética não pode se
parte desta mesma para desvincular da moralidade,
se constituir e elaborar pois este é seu instrumento
suas críticas. de avaliação, mensuração,
 Bittar discussão e crítica.
CONCEITO
 “Ética é a ciência do comportamento moral do homem na sociedade.”
Adolfo Sánchez Vásques

O saber ético não é o estudo das virtudes, ou o estudo do bem, mas o saber
acerca das ações e dos hábitos humanos, e portanto, das virtudes e dos
vícios humanos, e das habilidades para lidar com umas e com outros.
Eduardo C. B. Bittar

O saber ético estuda o agir humano.

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