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Filosofia entre os gregos

É entre os filósofos gregos que surge a primera


tentativade
sistematizar o conhecimento racional
PERÍODO SOCRÁTICO OU
ANTROPLÓGICO
Desenvolvimento das cidades, do comércio, do
artesanato e das artes militares.
 Atenas centro da vida social, política e cultural da
Grécia, período de esplendor,- Século de Péricles.
Florescimento da democracia- importate para o futuro
da Filosofia, afirmava a igualdade de todos os homens
adultos perante as leis e o direito de todos de participar
diretamente do governo da cidade, da polis
Democracia
Garantia a todos a participação no governo, - direito de
exprimir, discutir e defender em público suas opiniões
sobre as decisões que a cidade deveria tomar.
Surgia, a figura política do cidadão.
Estavam excluídos da cidadania o que os gregos
chamavam de dependentes: mulheres, escravos,
crianças e velhos, os estrangeiros.
Grécia Rural
Dominavam as famílias aristocráticas, senhoras das
terras, , valendo-se dos dois grandes poetas gregos,
Homero e Hesíodo, criaram um padrão de educação,
próprio dos aristocratas - homem ideal ou perfeito era
o guerreiro belo e bom. Belo: seu corpo era formado
pela ginástica, pela dança e pelos jogos de guerra,
imitando os heróis da guerra de Tróia (Aquiles, Heitor,
Ájax, Ulissesa .
Coragem diante da morte, na guerra.
A democracia/ educação
Se instala e o poder vai sendo retirado dos aristocratas.
Ideal educativo é - Século de Péricles é a formação do
cidadão.- A Arete é a virtude cívica.
 cidadão , cidadania- Quando opina, discute, delibera
e vota nas assembléias.
Nova educação estabelece como padrão ideal a
formação do bom orador, isto é, aquele que saiba falar
em público e persuadir os outros na política.
os sofistas
 são os primeiros filósofos do período socrático.
Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de
Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas.
 Diziam que os ensinamentos dos filósofos
cosmologistas estavam repletos de erros e contradições
e que não tinham utilidade para a vida da polis.
Apresentavam-se como mestres de oratória ou de
retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal
arte para que fossem bons cidadãos.
Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”

Um dos responsáveis para que Protágoras se tornasse


um dos mais conhecidos sofistas foi Platão, que
dedicou a ele uma obra, mesmo sem concordar com o
sofismo, respeitou o pensamento de Protágoras ao
ponto de se dedicar a elaborar objeções.
Foi nomeado por Péricles para redigir a constituição
de uma colônia ateniense
No diálogo Teeteto, Platão
 Platão traz um importante pensamento de
Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas,
das que são como são e das que não são como não são”.
- que se uma pessoa pensa que uma coisa é verdade, tal
coisa é a verdade para ela. Ou seja, a verdade é
subjetiva e relativa, não objetiva e absoluta
sofistas
A arte da persuasão.
Ensinavam técnicas de persuasão para os jovens, que
aprendiam a defender a posição ou opinião A, depois a
posição ou opinião contrária
Numa assembléia, soubessem ter fortes argumentos a
favor ou contra uma opinião e ganhassem a discussão.
sofistas
Professores itinerantes que percorriam as cidades
ensinando, mediante pagamento, a arte da retórica.
A principal finalidade de seus ensinamentos era
introduzir o cidadão na vida política.
termo que significava “sábios”, adquiriu o sentido de
desonestidade intelectual.
Aristóteles e Platão. Aristóteles, por exemplo, definiu a
sofística como "a sabedoria (sapientia) aparente mas
não real”
sofistas
Ensinavam a argumentação a respeito de qualquer
tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos,
não estavam interessados pela procura da verdade e
sim pelo refinamento da arte de vencer discussões
A verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo
em que o homem está inserido.
Relativismo.  tudo o que se refere à vida prática,
como a religião e a política, era considerado fatores
culturais, logo podiam ser modificados.
sofistas
Rejeitam questões metafísicas. - resolução em
questões da vida prática da pólis. - contribuiria para
uma vida melhor
Questões como a origem do seres, a vida após a morte
e a existência dos deuses, ou seja, questões de ordem
metafísica, eram rejeitadas.
 consolidação da democracia na Atenas do século V
a.C., era imprescindível desenvolver a habilidade de
argumentar em público.
ANTILÓGICA
Estratégia de ensino - defender uma posição para, em
seguida, defender oposto.
 criticada por Platão e Aristóteles por corromper os
jovens com a prática da mentira.
Os contemporâneos, consideram essa técnica como
uma atividade característica do espírito democrático
por respeitar a existência de opiniões diferentes
Protágoras em sua obra Antilogia
A técnica argumentativa dos sofistas.
Era preciso aprender a argumentar pró e contra
determinada posição, pois todas são verdadeiras.
A antilógica era um bom recurso para se preparar
para debates.
Conhecer os principais argumentos contra e a favor de
determinado assunto, possibilita defender bem
qualquer posição tomada sobre ele e objetar com
eficácia os argumentos dos adversários.
Sofistas/sócrates
Considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra
os sofistas, dizendo que não eram filósofos, pois não
tinham amor pela sabedoria nem respeito pela
verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse
vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois
faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade.
Sócrates
Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e
antes de querer persuadir os outros, cada um deveria,
primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si mesmo.
 A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava
gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego
da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates. Por fazer
do Autoconhecimento ou do conhecimento que os
homens têm de si mesmos a condição de todos os
outros.
Sócrates/ Platão
O retrato que a história da Filosofia possui de Sócrates
foi traçado por seu mais importante aluno e discípulo,
o filósofo ateniense Platão.
Platão nos deixa de seu mestre,- O de um homem
que andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo
mercado e pela assembléia indagando a cada um:
“Você sabe o que é isso que você está dizendo?”, “Você
sabe o que é isso em que você acredita?
Sócrates
Nasceu em 477 ou 469 a.C. em Atenas.
Filho de Sofrônico – escultor e de Fenáreta – parteira.
Procurava a essência verdadeira das coisas.
Procurava o conceito e não a mera opinião.
Opinião varia de pessoa de lugar, de época – instável,
mutável.
Conceito- verdade, intemporal, universal – essência
universal.
SÓCRATES
Suas perguntas tocaram ideias, valores , práticas,
comportamentos- suscitaram dúvidas.
Assumia atitude de aprender com seus interlocutor,
multiplicando perguntas, até que se deparasse com sua
própria ignorância. – Ironia socrática, por meio de
perguntas, conduzia – o por indução – casos
particulares para o geral
Maiêutica – parto das ideias que afloravam.
• Sócrates
As pessoas esperavam que Sócrates respondesse por
elas ou para elas, que soubesse as respostas às
perguntas, como os sofistas pareciam saber, mas
Sócrates, para desconcerto geral, dizia: “Eu também
não sei, por isso estou perguntando”. Donde a famosa
expressão atribuída a ele: “Sei que nada sei”.
Sócrates
A consciência da própria ignorância é o começo da
Filosofia. - Sócrates Procurava a definição daquilo que
uma coisa, uma idéia, um valor é verdadeiramente.
Procurava a essência verdadeira da coisa, da idéia, do
valor.
Procurava o conceito e não a mera opinião que temos
de nós mesmos, das coisas, das ideias e dos valores.
sócrates
A opinião varia de pessoa para pessoa, de lugar para
lugar, de época para época. É instável, mutável,
depende de cada um, de seus gostos e preferências. O
conceito, ao contrário, é uma verdade intemporal,
universal e necessária que o pensamento descobre,
mostrando que é a essência universal, intemporal e
necessária de alguma coisa.
Sócrates
As perguntas de Sócrates se referiam a idéias, valores,
práticas e comportamentos que os atenienses julgavam
certos e verdadeiros em si mesmos e por si mesmos.
Ao fazer suas perguntas e suscitar dúvidas, Sócrates os
fazia pensar não só sobre si mesmos, mas também
sobre a polis. Aquilo que parecia evidente acabava
sendo percebido como duvidoso e incerto.
Sócrates
Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um
perigo, pois fazia a juventude pensar. Por isso, eles o
acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os
jovens e violar as leis. Levado perante a assembléia,
Sócrates não se defendeu e foi condenado a tomar um
veneno - a cicuta - e obrigado a suicidar-se
Por que Sócrates não se defendeu?
Porque ”, dizia “se eu me defender, estarei aceitando
as acusações, e eu não as aceito. Se eu me defender, o
que os juízes vão exigir de mim? Que eu pare de
filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter que renunciar à
Filosofia”. O julgamento e a morte de Sócrates são
narrados por Platão numa obra intitulada Apologia de
Sócrates, isto é, a defesa de Sócrates, feita por seus
discípulos, contra Atenas.
Sócrates nunca escreveu
 O que sabemos de seus pensamentos encontra-se nas
obras de seus vários discípulos, e Platão foi o mais
importante deles. Se reunirmos o que esse filósofo
escreveu sobre os sofistas e sobre Sócrates, além da
exposição de suas próprias idéias, poderemos
apresentar como características gerais do período
socrático:
A Filosofia se volta para as questões
humanas
No plano da ação, dos comportamentos, das idéias, das
crenças, dos valores e, portanto, se preocupa com as questões
morais e políticas.
É a confiança no pensamento ou no homem como um ser
racional, capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz
de reflexão para conhecer se; é a consciência capacidade para
conhecer as coisas, alcançando o conceito ou a essência delas.
 Como se trata de conhecer a capacidade de conhecimento do
homem, a preocupação se volta para estabelecer
procedimentos que nos garantam que encontramos a verdade,
A Filosofia está voltada para a definição
Das virtudes morais e das virtudes políticas, - isto é, as
ideias e práticas que norteiam os comportamentos dos
seres humanos.
 Encontrar a definição, o conceito ou a essência dessas
virtudes, para além da variedade das opiniões,
 As perguntas filosóficas se referem, assim, a valores
como a justiça, a coragem, a amizade, a piedade, o
amor, a beleza, a temperança, a prudência, etc., que
constituem os ideais do sábio e do verdadeiro cidadão.
Opinião/ ideias
separação radical entre, a opinião e as imagens das
coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos,
nossos hábitos, pelas tradições, pelos interesses, e, de
outro lado, as idéias se referem à essência íntima,
invisível, verdadeira das coisas e só podem ser
alcançadas pelo pensamento puro, que afasta os dados
sensoriais, os hábitos recebidos, os preconceitos, as
opiniões.
A diferença entre os sofistas, de um lado, e Sócrates e
Platão, de outro, é dada pelo fato de que os sofistas
aceitam a validade das opiniões e das percepções
sensoriais e trabalham com elas para produzir
argumentos de persuasão, enquanto Sócrates e Platão
consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou
imagens das coisas, como fonte de erro, mentira e
falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que
nunca alcançam a verdade plena da realidade.
OS PRÈ SOCRÀTICOS
preocupavam-se em definir a relação do homem
com o mundo através da percepção. Discutiam se o
mundo existe porque o homem o vê ou se o homem
vê um mundo que já existe. Havia uma oposição entre
os idealistas (a idéia forma o mundo) e os
materialistas (a matéria que forma o mundo já é
dada para a percepção).
SOCRÀTES
 na Antiguidade ganha consistência. Sua principal
preocupação era com o limite que separa o homem dos
animais. Desta forma, postulava que a
principal característica humana era a razão. A razão
permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que
seriam a base da irracionalidade
SOCRATES
Ao definir a razão como peculiaridade do homem ou
como essência humana, Sócrates abre um caminho
que seria muito explorado pela Psicologia. As teorias
da consciência são, de certa forma, frutos dessa
primeira sistematização na Filosofia.
Fundador da ciência em geral – doutrina do conceito,
da ciência moral – eticidade significa racionalidade.
Virtude é inteligência, razão, ciência.
PLATÃO
Nasceu em 427 a. C em uma importante família
aristocrata atenienses.
 Era filho de Aristo, descendente do rei Codro –
fundador de Atenas - e de Perictona, descendente de
Sólon.
Seus dois irmãos, Adimanto e Glauco ficarão
conhecidos como personagens dos diálogos Republica
e Banquete
Platão nasceu no Século de Péricles
Momento da expansão da cidade rica e poderosa. Sua
juventude e maturidade foi na Atenas que estabelecia e
desfazias alianças com outras cidades para tentar
vencer Esparta na Guerra do Peloponeso.
Platão morreu em 347 a.C, aos 81 anos, Atenas estava
em decadência, prestes a ser vencida por Felipe da
Macedônia.
PLATÃO
Recebeu a educação tradicional dos jovens aristocratas
de Atenas: o ginásio, para a formação do guerreiro
belo; a música e os poetas, para formação do guerreiros
bom.
Destinado, como todo cidadão, a participar da vida
política e, como aristocrata, a lutar pelo poder.
Frequentou os sofistas para aprender retorica.
 Aos 20 anos, levado por amigos, passou a frequentar o
círculo de Sócrates, tornando-se seu discípulo mais
importante. (CHAUÍ, 2002, p. 212)
PLATÃO
Alegoria da caverna. No Livro VII da Republica, Platão
escreve um diálogo entre Glauco e Sócrates que trata
do conhecimento. Sócrates pede para Glauco imaginar
uma moradia subterrânea com apenas uma entrada de
luz, onde homens que lá viviam desde a infância
estavam acorrentados pelas mãos, pernas e pescoço.
Após a apresentação da alegoria, Platão busca estabelecer a
sua relação com a realidade de forma muito clara na fala de
Sócrates:
Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto,
esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que
nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que
a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região
superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares
como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te
enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas
conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a
minha
opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a
última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se
pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de
tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; na
mundo visível, ela engendrou a luz e o soberana da luz;
no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a
verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se
comportar com sabedoria na vida particular e na vida
pública. (PLATÃO, Republica, Livro VII)
teoria de Platão acerca da existência de dois
mundos
 o inteligível e o sensível.
Os conhecimentos que todos os homens buscam esta
no mundo inteligível.
O mundo em que vivemos sensível somente existe
sombras.
Teoria do conhecimento
Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas
vezes, e tendo visto tanto as coisas „que estão‟ aqui
quando as „que estão‟ no Hades, enfim todas as coisas,
não há o que não tenha aprendido; de modo que não é
nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto ao
demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas
justamente que já antes conhecia. Pois, sendo a
natureza toda congênere e tendo a alma aprendido
todas as coisas, nada impede que, tendo „alguém‟
rememorado uma só coisa fato esse precisamente que os
homens chamam aprendizado –
. (PLATÃO, Menon,)
 Nessa passagem para Platão a alma é imortal por isso
ela pode procurar algo que, aparentemente, o homem
não conhece, pois antes de nascer
contemplou/aprendeu todas as coisas mas, quando a
alma se uniu ao corpo, esqueceu de tudo que conhecia.
PLATÃO
Fundou nos jardins de Academo sua célebre escola –
Academia ( 387 a. C.)
Cidade modelo – três segmentos: os sábios- ordem dos
governantes; os corajosos zelar pela segurança – orfem
dos guardiões e os demais agricultura, comercio,ordem
dos produtores.
Caráter humano - em face o universal vir-a-ser,
nascer, e perecer em face do mal, dadesordem – no
homem – corpo é inimigo do espírito, o sentido se
opõe ao intelecto, a paixão a razão.
PLATÃO
O espirito humano é um mero prisioneiro na caverna
do corpo – libertar-se do corpo para realizar o seu fim
– chegar a contemplação do inteligível.
A gnosiologia platônica tem seu caráter cientifico e
filosófico.
Conhecimento – sensível , particular, mutável e
relativo e o conhecimento intelectual, universal,
imutável, absoluto que ilumina o primeiro, mas que
dele não se deriva.
PLATAÕ
Alma - superioridade – ser eterno.
Libertação da alma durante a vida terrestre progride
mediante a filosofia.
Separação espiritual – morte – conhecer o mundo ideal.
A Republica complementa sua teoria da alma (Pysché)
Funções cognitivas, intelectuais e morais
Defende a tese do inatismo da razão ou das ideias
verdadeiras – diálogos Mênon e Sócrates – A República.
PLATÃO
Teoria da reminiscência – Nascemos com a razão e as
ideias verdadeiras e a Filosofia nos faz lembrar essas
ideias. ( Pastor ER)
A ideia de justiça era inata –
Uma pessoa é justa quando faz que o intelecto ou a
razão domine seus impulsos passionais – sentimentos,
emoções irracionais
A sociedade justa cria uma hierarquia de classes
sociais e de poderes com domínio de cima para baixo
sem abuso do poder para não prejudicar a todos.
PLATÃO
Procurou definir um “lugar” para a razão no nosso
próprio corpo.
Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se
encontra a alma do homem. A medula seria, portanto,
o elemento de ligação da alma com o corpo. Este
elemento de ligação era necessário porque Platão
concebia a alma separada do corpo.
ARISTÓTELES
Filósofo grego nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de
Estágira, e morreu em 322 a.C.
Pensamentos filosóficos tem influências na educação
e no pensamento ocidental contemporâneo.
É considerado o criador do pensamento lógico.
Suas obras influenciaram o mundo medieval na
teologia – Santo Tomás de Aquino
Interesse/ influência
Física, metafísica, poesia ,teatro, música, retórica,
política, governo, ética, biologia, zoologia.
Filosofia Ocidental, Alexandre o Grande, Avicena,
Averróis, Maimônides, Alberto Magno, Tomás de
Aquino, Ptolomeu, Copérnico, Galileu Galilei, e a
maior parte da filosofia islâmica, filosofia judaica e
filosofia cristã, e a ciência em geral.
ARISTÓTELES
Foi para Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão.
Discípulo de Platão mais notável.
 Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do
imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia.
Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, -
voltada ao estudo das ciências naturais.
Estudos filosóficos baseavam-se em experimentações
para comprovar fenômenos da natureza
Estudante da Academia de Platão por 19 anos.
critica seu mestre : Mundo sensível e inteligível .
Funda sua própria escola O Liceu.
 Para Platão : sensação é traiçoeira.
Em Aristóteles : é na experiência do mundo sensível
que estão os seres que devemos compreender - As
sensações são ferramentas importantes do
conhecimento pois é por meio delas que poderemos
encontrar a essência das coisas.
ARISTÓTELES
Memória e experiência - Lembrança de
acontecimentos passados.
Experiência : capacidade humana de estabelecer
relações com aquilo que aprendemos pelos sentidos.
O humano recebe acontecimentos pela experiência e
os retém pela memória .
valorização da inteligência humana, única forma de
alcançar a verdade.
Farta produção de obras nas áreas do conhecimento:
Política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia,
metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia,
psicologia e biologia , obras de cunho didático.
 Valorizava a educação para o crescimento intelectual e
humano.
Grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de
seus pensamentos
ARISTÓTELES
Principais obras : Ética e Nicômano - Política -
Órganon - Retórica das Paixões - A poética clássica -
Metafísica - De anima (Da alma) - O homem de gênio
e a melancolia - Magna Moralia (Grande Moral) - Ética
a Eudemo - Física - Sobre o Céu
ARISTóTELES
Postulou que alma e corpo não podem ser dissociados.
Para ele, a psyché seria o princípio ativo da vida.
Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta
possui a sua psyché ou alma. Desta forma, os
vegetais, os animais e o homem teriam alma
ARISTÓTELES
Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se define
pela
função de alimentação e reprodução. Os animais
teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem a função
de percepção e movimento. E o homem teria os dois
níveis anteriores e a alma racional, que tem a função
pensante.
ARISTÓTELES
chegou a estudar as diferenças entre a razão, a
percepção e as sensações. Esse estudo está
sistematizado no Da anima, que pode ser considerado
o primeiro tratado em Psicologia
2 300 anos antes do advento da ciência , os
gregos já haviam formulado duas “teorias”: a
platônica, que postulava a imortalidade da alma e a
concebia separada do corpo, e a aristotélica,
que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de
pertencimento ao corpo.
ÉTICA
Vem do grego Ethikós, que significa “modo de ser”.
Trata o comportamento humano pelo seu valor moral,
a natureza do bem e do justo.
É também chamada de filosofia moral, por tratar dos
valores em sociedade.
Elaborar uma reflexão sobre os problemas
fundamentais da moral , mas fundada num estudo
metafísica do conjunto das regras de conduta
consideradas como universalmente válidas.
ÉTICA ARISTOTÉLICA
 A finalidade (telos) última que todo ser humano
busca é a felicidade (eudaimonia).
A ética de Aristóteles é: Eudemonista (eudaimonia =
felicidade) Teleológica (porque tende a um fim = telos)
 Para uns, são bens terrenos, honras, fama, prazer, etc.
A felicidade é a vida contemplativa e intelectual que
desenvolve no homem um desejo permanente de fazer
o bem a si mesmo e aos que o cercam.
 É a vida racional que dá a garantia de ser feliz.
A Ética Aristotélica
Ética à Nicômaco é considerado um escrito de
Aristóteles maduro, com o seu sistema filosófico .
 Foi escrito entre 335 a.C. a 323 a.C.
A ética , nas obras Aristotélicas, é considerada como
uma parte ou um capítulo da política, que antecede a
própria política.
Diz respeito ao indivíduo, enquanto a política
considera o homem na sua dimensão social.
O comportamento ético é o que se considera prudente.
 Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos
justos”. (ARISTÓTELES,II)
A Ética serve como condução do ser humano à felicidade.
Acredita que o exagero é motivador para criação de conflitos
com outros indivíduos ou com a sociedade.
 A ética do equilíbrio de Aristóteles - Reflexão ética
racionalista .
Perguntou-se sobre o fim último do ser humano A
FELICIDADE - encontra na vida teórica , que promove o que
há de mais especificamente humano : a razão .
VIRTUDE
Se contrapõe a Platão.
Aristóteles não acredita que a virtude seja algo inato
no ser humano, pois assim todos seriam virtuosos.
 Virtude: disposição da alma, uma vontade que temos
de ser virtuosos.
O homem pode adquirir a virtude através da prática da
vida contemplativa e intelectual e da educação.
É um nível intermediário entre a falta e o excesso. Ser
virtuoso é ser equilibrado em todas as situações.
Agir corretamente seria praticar as virtudes.
“A virtude moral é um meio-termo entre dois vícios,
um dos quais envolve o excesso e outro deficiência, e
isso porque a sua natureza é visar à mediania nas
paixões e nos atos”.
Aristóteles procura uma ética do meio- termo , onde a
virtude consistiria em procurar o ponto de equilíbrio
entre o excesso e a deficiência.
Coragem - covardia
ARISTÓTELES
Afirma a necessidade da responsabilidade para uma ação ser
considerada como moralmente válida.
Não há moralidade em uma ação irresponsável, ou naquela em
que o sujeito não agiu com pleno conhecimento.
As virtudes intelectuais são as melhores, porque a melhor parte
do homem é aquela que concebe um princípio racional.
Feliz é aquele que vive as virtudes dentro da “pólis”. É aquele que
vive uma vida intelectual, sendo capaz de dirigir bem a vida,
deliberando de modo correto o que é bem ou mal para si.
Há uma medida para todas as ações humanas, que é o justo-meio
JUSTIÇA DISTRIBUTIVA
Justiça como equidade distributiva Tratar os iguais como
iguais e os desiguais como desiguais. Dar a cada
particular aquilo que lhe é devido. Não se deve tratar a
todos como iguais se as pessoas são diferentes, umas tem
mais méritos, outras menos, umas tem mais capacidades
e esforços, outras menos.
JUSTIÇA COMO ATO VOLUNTÁRIO
Uma pessoa só pode ser considerada justa ou injusta se
cometer atos de forma voluntária e consciente. Ex:
meu carro atropela alguém acidentalmente. Não pode
ser considerado justo nem injusto pois não houve
“vontade” de realizar o ato. Ato de forma voluntária,
então a pessoa e o ato serão injustos e devem ser
censurados.
IDADE MÉDIA
Psicologia nesse período é relacioná-la ao
conhecimento religioso, já que, ao lado do poder
econômico e político, a Igreja Católica também
monopolizava o saber e, conseqüentemente, o estudo
do psiquismo.
Santo Agostinho
 inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre
alma e corpo.
 para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas
a prova de uma manifestação divina no homem. A
alma era imortal por ser o elemento que liga o
homem a Deus. E, sendo a alma também a
sede do pensamento, a Igreja passa a se
preocupar também com sua compreensão.
São Tomás
São Tomás de Aquino viveu num período que
prenunciava a ruptura da Igreja Católica, o
aparecimento do protestantismo — uma época que
preparava a transição para o capitalismo, com a
revolução francesa e a revolução industrial na
Inglaterra. Essa crise econômica e social leva ao
questionamento da Igreja e dos conhecimentos
produzidos por ela.
São Tomás de Aquino
 foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e
existência. Como o filósofo grego, considera que o
homem, na sua essência, busca a perfeição através de
sua existência. Porém, introduzindo o ponto de vista
religioso, ao contrário de Aristóteles, afirma que
somente Deus seria capaz de reunir a essência e
a existência, em termos de igualdade. Portanto, a
busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus.
São Tomás de Aquino
 encontra argumentos racionais para justificar os
dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o
monopólio do estudo do psiquismo
RENASCIMENTO
René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que
mais contribuiu para o avanço da ciência, postula a
separação entre mente (alma, espírito) e corpo,
afirmando que o homem possui uma substância
material e uma substância pensante, e que o corpo,
desprovido do espírito, é apenas uma máquina
DESCARTES
Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do
corpo humano morto, o que era impensável nos
séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado
pela Igreja, por ser a sede da alma), e dessa forma
possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que
iria contribuir em muito para o progresso da própria
Psicologia.
RENASCIMENTO
O conhecimento tornou-se independente da fé. Os
dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se
moveu. A racionalidade do homem apareceu, então,
como a grande possibilidade de construção do
conhecimento
RENASCIMENTO
Estavam dadas as condições materiais para o
desenvolvimento da ciência moderna. As idéias
dominantes fermentaram essa construção: o
conhecimento como fruto da razão; a possibilidade de
desvendar a Natureza e suas leis pela observação
rigorosa e objetiva. A busca de um método rigoroso,
que possibilitasse a observação para a descoberta
dessas leis, apontava a necessidade de os homens
construírem novas formas de produzir conhecimento.
ILUMINISMO
Nesse período, surgem homens como Hegel, que
demonstra a importância da História para a
compreensão do homem, e Darwin, que enterra o
antropocentrismo com sua tese evolucionista. A
ciência avança tanto, que se torna um referencial para
a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de
verdade passa, necessariamente, a contar com
o aval da ciência
o surgimento do Positivismo de Augusto Comte,
que postulava a necessidade de maior rigor científico
na construção dos conhecimentos nas ciências
humanas. Desta forma,propunha o método da ciência
natural, a Física, como modelo de construção de
conhecimento.
POSITIVISMO
em meados do século 19 que os problemas e temas do
conhecimento, até então estudados exclusivamente
pelos filósofos, passam a ser, também, investigados
pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os
avanços que atingiram também essa área levaram à
formulação de teorias sobre o sistema nervoso central,
demonstrando que o pensamento, as percepções e os
sentimentos humanos eram produtos desse sistema.
Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser
necessário compreender os mecanismos e o
funcionamento da máquina de pensar do homem —
seu cérebro. Assim, a Psicologia começa a trilhar os
caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e
Neurofisiologia
PSICOLOGIA
por volta de 1846, a Neurologia descobre que a
doença mental é fruto da ação direta ou indireta de
diversos fatores sobre as células cerebrais.
A Neuroanatomia descobre que a atividade motora
nem sempre está ligada à consciência, por não estar
necessariamente na dependência dos centros cerebrais
superiores.
Por volta de 1860, a formulação de uma importante lei no
campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que
estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo
a sua mensuração.
Segundo Fechner e Weber, a diferença que sentimos ao
aumentarmos a intensidade de iluminação de uma
lâmpada de 100 para 110 watts será a mesma sentida
quando aumentamos a intensidade de iluminação de 1000
para 1100 watts, isto é, a percepção aumenta em progressão
aritmética, enquanto o estímulo varia em progressão
geométrica.
PSICOLOGIA
Quando alguém queima a mão em uma chapa quente,
primeiro tira-a da chapa para depois perceber o que
aconteceu. Esse fenômeno chama-se reflexo, e o
estímulo que chega à medula espinhal, antes de
chegar aos centros cerebrais superiores, recebe uma
ordem para a resposta, que é tirar a mão.
PSICOLOGIA
Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de Leipzig, na
Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de
Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área,
ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica.
Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico,
segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem fenômenos
orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de
agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na mente
deste indivíduo. Para explorar a mente ou consciência do indivíduo,
Wundt cria um método que denomina introspeccionismo.
O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do
final do século 19. Wundt, Weber e Fechner
trabalharam juntos na Universidade de Leipzig.
Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa
nova ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o
americano William James.
Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta”
da Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai
novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos
padrões de produção de conhecimento, passam a:
• definir seu objeto de estudo (o comportamento, a
vida psíquica, a consciência);
• delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de
outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a
Fisiologia;
formular métodos de estudo desse objeto;
• formular teorias enquanto um corpo consistente de
conhecimentos na área.
Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da
metodologia científica, isto é, deve-se buscar a
neutralidade do conhecimento científico, os dados
devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento
deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para
outros experimentos e pesquisas na área.
A Psicologia científica nasceu na Alemanha, mas é
nos
Estados Unidos que ela encontra campo para um
rápido crescimento, resultado do grande avanço
econômico que colocou os Estados Unidos na
vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as
primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as
quais deram origem às inúmeras teorias que existem
atualmente.

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