tentativade sistematizar o conhecimento racional PERÍODO SOCRÁTICO OU ANTROPLÓGICO Desenvolvimento das cidades, do comércio, do artesanato e das artes militares. Atenas centro da vida social, política e cultural da Grécia, período de esplendor,- Século de Péricles. Florescimento da democracia- importate para o futuro da Filosofia, afirmava a igualdade de todos os homens adultos perante as leis e o direito de todos de participar diretamente do governo da cidade, da polis Democracia Garantia a todos a participação no governo, - direito de exprimir, discutir e defender em público suas opiniões sobre as decisões que a cidade deveria tomar. Surgia, a figura política do cidadão. Estavam excluídos da cidadania o que os gregos chamavam de dependentes: mulheres, escravos, crianças e velhos, os estrangeiros. Grécia Rural Dominavam as famílias aristocráticas, senhoras das terras, , valendo-se dos dois grandes poetas gregos, Homero e Hesíodo, criaram um padrão de educação, próprio dos aristocratas - homem ideal ou perfeito era o guerreiro belo e bom. Belo: seu corpo era formado pela ginástica, pela dança e pelos jogos de guerra, imitando os heróis da guerra de Tróia (Aquiles, Heitor, Ájax, Ulissesa . Coragem diante da morte, na guerra. A democracia/ educação Se instala e o poder vai sendo retirado dos aristocratas. Ideal educativo é - Século de Péricles é a formação do cidadão.- A Arete é a virtude cívica. cidadão , cidadania- Quando opina, discute, delibera e vota nas assembléias. Nova educação estabelece como padrão ideal a formação do bom orador, isto é, aquele que saiba falar em público e persuadir os outros na política. os sofistas são os primeiros filósofos do período socrático. Os sofistas mais importantes foram: Protágoras de Abdera, Górgias de Leontini e Isócrates de Atenas. Diziam que os ensinamentos dos filósofos cosmologistas estavam repletos de erros e contradições e que não tinham utilidade para a vida da polis. Apresentavam-se como mestres de oratória ou de retórica, afirmando ser possível ensinar aos jovens tal arte para que fossem bons cidadãos. Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”
Um dos responsáveis para que Protágoras se tornasse
um dos mais conhecidos sofistas foi Platão, que dedicou a ele uma obra, mesmo sem concordar com o sofismo, respeitou o pensamento de Protágoras ao ponto de se dedicar a elaborar objeções. Foi nomeado por Péricles para redigir a constituição de uma colônia ateniense No diálogo Teeteto, Platão Platão traz um importante pensamento de Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas, das que são como são e das que não são como não são”. - que se uma pessoa pensa que uma coisa é verdade, tal coisa é a verdade para ela. Ou seja, a verdade é subjetiva e relativa, não objetiva e absoluta sofistas A arte da persuasão. Ensinavam técnicas de persuasão para os jovens, que aprendiam a defender a posição ou opinião A, depois a posição ou opinião contrária Numa assembléia, soubessem ter fortes argumentos a favor ou contra uma opinião e ganhassem a discussão. sofistas Professores itinerantes que percorriam as cidades ensinando, mediante pagamento, a arte da retórica. A principal finalidade de seus ensinamentos era introduzir o cidadão na vida política. termo que significava “sábios”, adquiriu o sentido de desonestidade intelectual. Aristóteles e Platão. Aristóteles, por exemplo, definiu a sofística como "a sabedoria (sapientia) aparente mas não real” sofistas Ensinavam a argumentação a respeito de qualquer tema, mesmo que os argumentos não fossem válidos, não estavam interessados pela procura da verdade e sim pelo refinamento da arte de vencer discussões A verdade é relativa de acordo com o lugar e o tempo em que o homem está inserido. Relativismo. tudo o que se refere à vida prática, como a religião e a política, era considerado fatores culturais, logo podiam ser modificados. sofistas Rejeitam questões metafísicas. - resolução em questões da vida prática da pólis. - contribuiria para uma vida melhor Questões como a origem do seres, a vida após a morte e a existência dos deuses, ou seja, questões de ordem metafísica, eram rejeitadas. consolidação da democracia na Atenas do século V a.C., era imprescindível desenvolver a habilidade de argumentar em público. ANTILÓGICA Estratégia de ensino - defender uma posição para, em seguida, defender oposto. criticada por Platão e Aristóteles por corromper os jovens com a prática da mentira. Os contemporâneos, consideram essa técnica como uma atividade característica do espírito democrático por respeitar a existência de opiniões diferentes Protágoras em sua obra Antilogia A técnica argumentativa dos sofistas. Era preciso aprender a argumentar pró e contra determinada posição, pois todas são verdadeiras. A antilógica era um bom recurso para se preparar para debates. Conhecer os principais argumentos contra e a favor de determinado assunto, possibilita defender bem qualquer posição tomada sobre ele e objetar com eficácia os argumentos dos adversários. Sofistas/sócrates Considerado o patrono da Filosofia, rebelou-se contra os sofistas, dizendo que não eram filósofos, pois não tinham amor pela sabedoria nem respeito pela verdade, defendendo qualquer idéia, se isso fosse vantajoso. Corrompiam o espírito dos jovens, pois faziam o erro e a mentira valer tanto quanto a verdade. Sócrates Propunha que, antes de querer conhecer a Natureza e antes de querer persuadir os outros, cada um deveria, primeiro e antes de tudo, conhecer-se a si mesmo. A expressão “conhece-te a ti mesmo” que estava gravada no pórtico do templo de Apolo, patrono grego da sabedoria, tornou-se a divisa de Sócrates. Por fazer do Autoconhecimento ou do conhecimento que os homens têm de si mesmos a condição de todos os outros. Sócrates/ Platão O retrato que a história da Filosofia possui de Sócrates foi traçado por seu mais importante aluno e discípulo, o filósofo ateniense Platão. Platão nos deixa de seu mestre,- O de um homem que andava pelas ruas e praças de Atenas, pelo mercado e pela assembléia indagando a cada um: “Você sabe o que é isso que você está dizendo?”, “Você sabe o que é isso em que você acredita? Sócrates Nasceu em 477 ou 469 a.C. em Atenas. Filho de Sofrônico – escultor e de Fenáreta – parteira. Procurava a essência verdadeira das coisas. Procurava o conceito e não a mera opinião. Opinião varia de pessoa de lugar, de época – instável, mutável. Conceito- verdade, intemporal, universal – essência universal. SÓCRATES Suas perguntas tocaram ideias, valores , práticas, comportamentos- suscitaram dúvidas. Assumia atitude de aprender com seus interlocutor, multiplicando perguntas, até que se deparasse com sua própria ignorância. – Ironia socrática, por meio de perguntas, conduzia – o por indução – casos particulares para o geral Maiêutica – parto das ideias que afloravam. • Sócrates As pessoas esperavam que Sócrates respondesse por elas ou para elas, que soubesse as respostas às perguntas, como os sofistas pareciam saber, mas Sócrates, para desconcerto geral, dizia: “Eu também não sei, por isso estou perguntando”. Donde a famosa expressão atribuída a ele: “Sei que nada sei”. Sócrates A consciência da própria ignorância é o começo da Filosofia. - Sócrates Procurava a definição daquilo que uma coisa, uma idéia, um valor é verdadeiramente. Procurava a essência verdadeira da coisa, da idéia, do valor. Procurava o conceito e não a mera opinião que temos de nós mesmos, das coisas, das ideias e dos valores. sócrates A opinião varia de pessoa para pessoa, de lugar para lugar, de época para época. É instável, mutável, depende de cada um, de seus gostos e preferências. O conceito, ao contrário, é uma verdade intemporal, universal e necessária que o pensamento descobre, mostrando que é a essência universal, intemporal e necessária de alguma coisa. Sócrates As perguntas de Sócrates se referiam a idéias, valores, práticas e comportamentos que os atenienses julgavam certos e verdadeiros em si mesmos e por si mesmos. Ao fazer suas perguntas e suscitar dúvidas, Sócrates os fazia pensar não só sobre si mesmos, mas também sobre a polis. Aquilo que parecia evidente acabava sendo percebido como duvidoso e incerto. Sócrates Para os poderosos de Atenas, Sócrates tornara-se um perigo, pois fazia a juventude pensar. Por isso, eles o acusaram de desrespeitar os deuses, corromper os jovens e violar as leis. Levado perante a assembléia, Sócrates não se defendeu e foi condenado a tomar um veneno - a cicuta - e obrigado a suicidar-se Por que Sócrates não se defendeu? Porque ”, dizia “se eu me defender, estarei aceitando as acusações, e eu não as aceito. Se eu me defender, o que os juízes vão exigir de mim? Que eu pare de filosofar. Mas eu prefiro a morte a ter que renunciar à Filosofia”. O julgamento e a morte de Sócrates são narrados por Platão numa obra intitulada Apologia de Sócrates, isto é, a defesa de Sócrates, feita por seus discípulos, contra Atenas. Sócrates nunca escreveu O que sabemos de seus pensamentos encontra-se nas obras de seus vários discípulos, e Platão foi o mais importante deles. Se reunirmos o que esse filósofo escreveu sobre os sofistas e sobre Sócrates, além da exposição de suas próprias idéias, poderemos apresentar como características gerais do período socrático: A Filosofia se volta para as questões humanas No plano da ação, dos comportamentos, das idéias, das crenças, dos valores e, portanto, se preocupa com as questões morais e políticas. É a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de conhecer-se a si mesmo e, portanto, capaz de reflexão para conhecer se; é a consciência capacidade para conhecer as coisas, alcançando o conceito ou a essência delas. Como se trata de conhecer a capacidade de conhecimento do homem, a preocupação se volta para estabelecer procedimentos que nos garantam que encontramos a verdade, A Filosofia está voltada para a definição Das virtudes morais e das virtudes políticas, - isto é, as ideias e práticas que norteiam os comportamentos dos seres humanos. Encontrar a definição, o conceito ou a essência dessas virtudes, para além da variedade das opiniões, As perguntas filosóficas se referem, assim, a valores como a justiça, a coragem, a amizade, a piedade, o amor, a beleza, a temperança, a prudência, etc., que constituem os ideais do sábio e do verdadeiro cidadão. Opinião/ ideias separação radical entre, a opinião e as imagens das coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos, nossos hábitos, pelas tradições, pelos interesses, e, de outro lado, as idéias se referem à essência íntima, invisível, verdadeira das coisas e só podem ser alcançadas pelo pensamento puro, que afasta os dados sensoriais, os hábitos recebidos, os preconceitos, as opiniões. A diferença entre os sofistas, de um lado, e Sócrates e Platão, de outro, é dada pelo fato de que os sofistas aceitam a validade das opiniões e das percepções sensoriais e trabalham com elas para produzir argumentos de persuasão, enquanto Sócrates e Platão consideram as opiniões e as percepções sensoriais, ou imagens das coisas, como fonte de erro, mentira e falsidade, formas imperfeitas do conhecimento que nunca alcançam a verdade plena da realidade. OS PRÈ SOCRÀTICOS preocupavam-se em definir a relação do homem com o mundo através da percepção. Discutiam se o mundo existe porque o homem o vê ou se o homem vê um mundo que já existe. Havia uma oposição entre os idealistas (a idéia forma o mundo) e os materialistas (a matéria que forma o mundo já é dada para a percepção). SOCRÀTES na Antiguidade ganha consistência. Sua principal preocupação era com o limite que separa o homem dos animais. Desta forma, postulava que a principal característica humana era a razão. A razão permitia ao homem sobrepor-se aos instintos, que seriam a base da irracionalidade SOCRATES Ao definir a razão como peculiaridade do homem ou como essência humana, Sócrates abre um caminho que seria muito explorado pela Psicologia. As teorias da consciência são, de certa forma, frutos dessa primeira sistematização na Filosofia. Fundador da ciência em geral – doutrina do conceito, da ciência moral – eticidade significa racionalidade. Virtude é inteligência, razão, ciência. PLATÃO Nasceu em 427 a. C em uma importante família aristocrata atenienses. Era filho de Aristo, descendente do rei Codro – fundador de Atenas - e de Perictona, descendente de Sólon. Seus dois irmãos, Adimanto e Glauco ficarão conhecidos como personagens dos diálogos Republica e Banquete Platão nasceu no Século de Péricles Momento da expansão da cidade rica e poderosa. Sua juventude e maturidade foi na Atenas que estabelecia e desfazias alianças com outras cidades para tentar vencer Esparta na Guerra do Peloponeso. Platão morreu em 347 a.C, aos 81 anos, Atenas estava em decadência, prestes a ser vencida por Felipe da Macedônia. PLATÃO Recebeu a educação tradicional dos jovens aristocratas de Atenas: o ginásio, para a formação do guerreiro belo; a música e os poetas, para formação do guerreiros bom. Destinado, como todo cidadão, a participar da vida política e, como aristocrata, a lutar pelo poder. Frequentou os sofistas para aprender retorica. Aos 20 anos, levado por amigos, passou a frequentar o círculo de Sócrates, tornando-se seu discípulo mais importante. (CHAUÍ, 2002, p. 212) PLATÃO Alegoria da caverna. No Livro VII da Republica, Platão escreve um diálogo entre Glauco e Sócrates que trata do conhecimento. Sócrates pede para Glauco imaginar uma moradia subterrânea com apenas uma entrada de luz, onde homens que lá viviam desde a infância estavam acorrentados pelas mãos, pernas e pescoço. Após a apresentação da alegoria, Platão busca estabelecer a sua relação com a realidade de forma muito clara na fala de Sócrates: Agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar, ponto por ponto, esta imagem ao que dissemos atrás e comparar o mundo que nos cerca com a vida da prisão na caverna, e a luz do fogo que a ilumina com a força do Sol. Quanto à subida à região superior e à contemplação dos seus objetos, se a considerares como a ascensão da alma para a mansão inteligível, não te enganarás quanto à minha idéia, visto que também tu desejas conhecê-la. Só Deus sabe se ela é verdadeira. Quanto a mim, a minha opinião é esta: no mundo inteligível, a idéia do bem é a última a ser apreendida, e com dificuldade, mas não se pode apreendê-la sem concluir que ela é a causa de tudo o que de reto e belo existe em todas as coisas; na mundo visível, ela engendrou a luz e o soberana da luz; no mundo inteligível, é ela que é soberana e dispensa a verdade e a inteligência; e é preciso vê-la para se comportar com sabedoria na vida particular e na vida pública. (PLATÃO, Republica, Livro VII) teoria de Platão acerca da existência de dois mundos o inteligível e o sensível. Os conhecimentos que todos os homens buscam esta no mundo inteligível. O mundo em que vivemos sensível somente existe sombras. Teoria do conhecimento Sendo então a alma imortal e tendo nascido muitas vezes, e tendo visto tanto as coisas „que estão‟ aqui quando as „que estão‟ no Hades, enfim todas as coisas, não há o que não tenha aprendido; de modo que não é nada de admirar, tanto com respeito à virtude quanto ao demais, ser possível a ela rememorar aquelas coisas justamente que já antes conhecia. Pois, sendo a natureza toda congênere e tendo a alma aprendido todas as coisas, nada impede que, tendo „alguém‟ rememorado uma só coisa fato esse precisamente que os homens chamam aprendizado – . (PLATÃO, Menon,) Nessa passagem para Platão a alma é imortal por isso ela pode procurar algo que, aparentemente, o homem não conhece, pois antes de nascer contemplou/aprendeu todas as coisas mas, quando a alma se uniu ao corpo, esqueceu de tudo que conhecia. PLATÃO Fundou nos jardins de Academo sua célebre escola – Academia ( 387 a. C.) Cidade modelo – três segmentos: os sábios- ordem dos governantes; os corajosos zelar pela segurança – orfem dos guardiões e os demais agricultura, comercio,ordem dos produtores. Caráter humano - em face o universal vir-a-ser, nascer, e perecer em face do mal, dadesordem – no homem – corpo é inimigo do espírito, o sentido se opõe ao intelecto, a paixão a razão. PLATÃO O espirito humano é um mero prisioneiro na caverna do corpo – libertar-se do corpo para realizar o seu fim – chegar a contemplação do inteligível. A gnosiologia platônica tem seu caráter cientifico e filosófico. Conhecimento – sensível , particular, mutável e relativo e o conhecimento intelectual, universal, imutável, absoluto que ilumina o primeiro, mas que dele não se deriva. PLATAÕ Alma - superioridade – ser eterno. Libertação da alma durante a vida terrestre progride mediante a filosofia. Separação espiritual – morte – conhecer o mundo ideal. A Republica complementa sua teoria da alma (Pysché) Funções cognitivas, intelectuais e morais Defende a tese do inatismo da razão ou das ideias verdadeiras – diálogos Mênon e Sócrates – A República. PLATÃO Teoria da reminiscência – Nascemos com a razão e as ideias verdadeiras e a Filosofia nos faz lembrar essas ideias. ( Pastor ER) A ideia de justiça era inata – Uma pessoa é justa quando faz que o intelecto ou a razão domine seus impulsos passionais – sentimentos, emoções irracionais A sociedade justa cria uma hierarquia de classes sociais e de poderes com domínio de cima para baixo sem abuso do poder para não prejudicar a todos. PLATÃO Procurou definir um “lugar” para a razão no nosso próprio corpo. Definiu esse lugar como sendo a cabeça, onde se encontra a alma do homem. A medula seria, portanto, o elemento de ligação da alma com o corpo. Este elemento de ligação era necessário porque Platão concebia a alma separada do corpo. ARISTÓTELES Filósofo grego nasceu em 384 a.C., na cidade antiga de Estágira, e morreu em 322 a.C. Pensamentos filosóficos tem influências na educação e no pensamento ocidental contemporâneo. É considerado o criador do pensamento lógico. Suas obras influenciaram o mundo medieval na teologia – Santo Tomás de Aquino Interesse/ influência Física, metafísica, poesia ,teatro, música, retórica, política, governo, ética, biologia, zoologia. Filosofia Ocidental, Alexandre o Grande, Avicena, Averróis, Maimônides, Alberto Magno, Tomás de Aquino, Ptolomeu, Copérnico, Galileu Galilei, e a maior parte da filosofia islâmica, filosofia judaica e filosofia cristã, e a ciência em geral. ARISTÓTELES Foi para Atenas aos 17 anos, onde conheceu Platão. Discípulo de Platão mais notável. Passou o ano de 343 a.C. como preceptor do imperador Alexandre, o Grande, da Macedônia. Fundou em Atenas, no ano de 335 a.C, a escola Liceu, - voltada ao estudo das ciências naturais. Estudos filosóficos baseavam-se em experimentações para comprovar fenômenos da natureza Estudante da Academia de Platão por 19 anos. critica seu mestre : Mundo sensível e inteligível . Funda sua própria escola O Liceu. Para Platão : sensação é traiçoeira. Em Aristóteles : é na experiência do mundo sensível que estão os seres que devemos compreender - As sensações são ferramentas importantes do conhecimento pois é por meio delas que poderemos encontrar a essência das coisas. ARISTÓTELES Memória e experiência - Lembrança de acontecimentos passados. Experiência : capacidade humana de estabelecer relações com aquilo que aprendemos pelos sentidos. O humano recebe acontecimentos pela experiência e os retém pela memória . valorização da inteligência humana, única forma de alcançar a verdade. Farta produção de obras nas áreas do conhecimento: Política, lógica, moral, ética, teologia, pedagogia, metafísica, didática, poética, retórica, física, antropologia, psicologia e biologia , obras de cunho didático. Valorizava a educação para o crescimento intelectual e humano. Grande obra é o livro Organon, que reúne grande parte de seus pensamentos ARISTÓTELES Principais obras : Ética e Nicômano - Política - Órganon - Retórica das Paixões - A poética clássica - Metafísica - De anima (Da alma) - O homem de gênio e a melancolia - Magna Moralia (Grande Moral) - Ética a Eudemo - Física - Sobre o Céu ARISTóTELES Postulou que alma e corpo não podem ser dissociados. Para ele, a psyché seria o princípio ativo da vida. Tudo aquilo que cresce, se reproduz e se alimenta possui a sua psyché ou alma. Desta forma, os vegetais, os animais e o homem teriam alma ARISTÓTELES Os vegetais teriam a alma vegetativa, que se define pela função de alimentação e reprodução. Os animais teriam essa alma e a alma sensitiva, que tem a função de percepção e movimento. E o homem teria os dois níveis anteriores e a alma racional, que tem a função pensante. ARISTÓTELES chegou a estudar as diferenças entre a razão, a percepção e as sensações. Esse estudo está sistematizado no Da anima, que pode ser considerado o primeiro tratado em Psicologia 2 300 anos antes do advento da ciência , os gregos já haviam formulado duas “teorias”: a platônica, que postulava a imortalidade da alma e a concebia separada do corpo, e a aristotélica, que afirmava a mortalidade da alma e a sua relação de pertencimento ao corpo. ÉTICA Vem do grego Ethikós, que significa “modo de ser”. Trata o comportamento humano pelo seu valor moral, a natureza do bem e do justo. É também chamada de filosofia moral, por tratar dos valores em sociedade. Elaborar uma reflexão sobre os problemas fundamentais da moral , mas fundada num estudo metafísica do conjunto das regras de conduta consideradas como universalmente válidas. ÉTICA ARISTOTÉLICA A finalidade (telos) última que todo ser humano busca é a felicidade (eudaimonia). A ética de Aristóteles é: Eudemonista (eudaimonia = felicidade) Teleológica (porque tende a um fim = telos) Para uns, são bens terrenos, honras, fama, prazer, etc. A felicidade é a vida contemplativa e intelectual que desenvolve no homem um desejo permanente de fazer o bem a si mesmo e aos que o cercam. É a vida racional que dá a garantia de ser feliz. A Ética Aristotélica Ética à Nicômaco é considerado um escrito de Aristóteles maduro, com o seu sistema filosófico . Foi escrito entre 335 a.C. a 323 a.C. A ética , nas obras Aristotélicas, é considerada como uma parte ou um capítulo da política, que antecede a própria política. Diz respeito ao indivíduo, enquanto a política considera o homem na sua dimensão social. O comportamento ético é o que se considera prudente. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos”. (ARISTÓTELES,II) A Ética serve como condução do ser humano à felicidade. Acredita que o exagero é motivador para criação de conflitos com outros indivíduos ou com a sociedade. A ética do equilíbrio de Aristóteles - Reflexão ética racionalista . Perguntou-se sobre o fim último do ser humano A FELICIDADE - encontra na vida teórica , que promove o que há de mais especificamente humano : a razão . VIRTUDE Se contrapõe a Platão. Aristóteles não acredita que a virtude seja algo inato no ser humano, pois assim todos seriam virtuosos. Virtude: disposição da alma, uma vontade que temos de ser virtuosos. O homem pode adquirir a virtude através da prática da vida contemplativa e intelectual e da educação. É um nível intermediário entre a falta e o excesso. Ser virtuoso é ser equilibrado em todas as situações. Agir corretamente seria praticar as virtudes. “A virtude moral é um meio-termo entre dois vícios, um dos quais envolve o excesso e outro deficiência, e isso porque a sua natureza é visar à mediania nas paixões e nos atos”. Aristóteles procura uma ética do meio- termo , onde a virtude consistiria em procurar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a deficiência. Coragem - covardia ARISTÓTELES Afirma a necessidade da responsabilidade para uma ação ser considerada como moralmente válida. Não há moralidade em uma ação irresponsável, ou naquela em que o sujeito não agiu com pleno conhecimento. As virtudes intelectuais são as melhores, porque a melhor parte do homem é aquela que concebe um princípio racional. Feliz é aquele que vive as virtudes dentro da “pólis”. É aquele que vive uma vida intelectual, sendo capaz de dirigir bem a vida, deliberando de modo correto o que é bem ou mal para si. Há uma medida para todas as ações humanas, que é o justo-meio JUSTIÇA DISTRIBUTIVA Justiça como equidade distributiva Tratar os iguais como iguais e os desiguais como desiguais. Dar a cada particular aquilo que lhe é devido. Não se deve tratar a todos como iguais se as pessoas são diferentes, umas tem mais méritos, outras menos, umas tem mais capacidades e esforços, outras menos. JUSTIÇA COMO ATO VOLUNTÁRIO Uma pessoa só pode ser considerada justa ou injusta se cometer atos de forma voluntária e consciente. Ex: meu carro atropela alguém acidentalmente. Não pode ser considerado justo nem injusto pois não houve “vontade” de realizar o ato. Ato de forma voluntária, então a pessoa e o ato serão injustos e devem ser censurados. IDADE MÉDIA Psicologia nesse período é relacioná-la ao conhecimento religioso, já que, ao lado do poder econômico e político, a Igreja Católica também monopolizava o saber e, conseqüentemente, o estudo do psiquismo. Santo Agostinho inspirado em Platão, também fazia uma cisão entre alma e corpo. para ele, a alma não era somente a sede da razão, mas a prova de uma manifestação divina no homem. A alma era imortal por ser o elemento que liga o homem a Deus. E, sendo a alma também a sede do pensamento, a Igreja passa a se preocupar também com sua compreensão. São Tomás São Tomás de Aquino viveu num período que prenunciava a ruptura da Igreja Católica, o aparecimento do protestantismo — uma época que preparava a transição para o capitalismo, com a revolução francesa e a revolução industrial na Inglaterra. Essa crise econômica e social leva ao questionamento da Igreja e dos conhecimentos produzidos por ela. São Tomás de Aquino foi buscar em Aristóteles a distinção entre essência e existência. Como o filósofo grego, considera que o homem, na sua essência, busca a perfeição através de sua existência. Porém, introduzindo o ponto de vista religioso, ao contrário de Aristóteles, afirma que somente Deus seria capaz de reunir a essência e a existência, em termos de igualdade. Portanto, a busca de perfeição pelo homem seria a busca de Deus. São Tomás de Aquino encontra argumentos racionais para justificar os dogmas da Igreja e continua garantindo para ela o monopólio do estudo do psiquismo RENASCIMENTO René Descartes (1596-1659), um dos filósofos que mais contribuiu para o avanço da ciência, postula a separação entre mente (alma, espírito) e corpo, afirmando que o homem possui uma substância material e uma substância pensante, e que o corpo, desprovido do espírito, é apenas uma máquina DESCARTES Esse dualismo mente-corpo torna possível o estudo do corpo humano morto, o que era impensável nos séculos anteriores (o corpo era considerado sagrado pela Igreja, por ser a sede da alma), e dessa forma possibilita o avanço da Anatomia e da Fisiologia, que iria contribuir em muito para o progresso da própria Psicologia. RENASCIMENTO O conhecimento tornou-se independente da fé. Os dogmas da Igreja foram questionados. O mundo se moveu. A racionalidade do homem apareceu, então, como a grande possibilidade de construção do conhecimento RENASCIMENTO Estavam dadas as condições materiais para o desenvolvimento da ciência moderna. As idéias dominantes fermentaram essa construção: o conhecimento como fruto da razão; a possibilidade de desvendar a Natureza e suas leis pela observação rigorosa e objetiva. A busca de um método rigoroso, que possibilitasse a observação para a descoberta dessas leis, apontava a necessidade de os homens construírem novas formas de produzir conhecimento. ILUMINISMO Nesse período, surgem homens como Hegel, que demonstra a importância da História para a compreensão do homem, e Darwin, que enterra o antropocentrismo com sua tese evolucionista. A ciência avança tanto, que se torna um referencial para a visão de mundo. A partir dessa época, a noção de verdade passa, necessariamente, a contar com o aval da ciência o surgimento do Positivismo de Augusto Comte, que postulava a necessidade de maior rigor científico na construção dos conhecimentos nas ciências humanas. Desta forma,propunha o método da ciência natural, a Física, como modelo de construção de conhecimento. POSITIVISMO em meados do século 19 que os problemas e temas do conhecimento, até então estudados exclusivamente pelos filósofos, passam a ser, também, investigados pela Fisiologia e pela Neurofisiologia em particular. Os avanços que atingiram também essa área levaram à formulação de teorias sobre o sistema nervoso central, demonstrando que o pensamento, as percepções e os sentimentos humanos eram produtos desse sistema. Para se conhecer o psiquismo humano passa a ser necessário compreender os mecanismos e o funcionamento da máquina de pensar do homem — seu cérebro. Assim, a Psicologia começa a trilhar os caminhos da Fisiologia, Neuroanatomia e Neurofisiologia PSICOLOGIA por volta de 1846, a Neurologia descobre que a doença mental é fruto da ação direta ou indireta de diversos fatores sobre as células cerebrais. A Neuroanatomia descobre que a atividade motora nem sempre está ligada à consciência, por não estar necessariamente na dependência dos centros cerebrais superiores. Por volta de 1860, a formulação de uma importante lei no campo da Psicofísica. É a Lei de Fechner-Weber, que estabelece a relação entre estímulo e sensação, permitindo a sua mensuração. Segundo Fechner e Weber, a diferença que sentimos ao aumentarmos a intensidade de iluminação de uma lâmpada de 100 para 110 watts será a mesma sentida quando aumentamos a intensidade de iluminação de 1000 para 1100 watts, isto é, a percepção aumenta em progressão aritmética, enquanto o estímulo varia em progressão geométrica. PSICOLOGIA Quando alguém queima a mão em uma chapa quente, primeiro tira-a da chapa para depois perceber o que aconteceu. Esse fenômeno chama-se reflexo, e o estímulo que chega à medula espinhal, antes de chegar aos centros cerebrais superiores, recebe uma ordem para a resposta, que é tirar a mão. PSICOLOGIA Wilhelm Wundt (1832-1926). Wundt cria na Universidade de Leipzig, na Alemanha, o primeiro laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica. Wundt desenvolve a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem fenômenos orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na mente deste indivíduo. Para explorar a mente ou consciência do indivíduo, Wundt cria um método que denomina introspeccionismo. O berço da Psicologia moderna foi a Alemanha do final do século 19. Wundt, Weber e Fechner trabalharam juntos na Universidade de Leipzig. Seguiram para aquele país muitos estudiosos dessa nova ciência, como o inglês Edward B. Titchner e o americano William James. Seu status de ciência é obtido à medida que se “liberta” da Filosofia, que marcou sua história até aqui, e atrai novos estudiosos e pesquisadores, que, sob os novos padrões de produção de conhecimento, passam a: • definir seu objeto de estudo (o comportamento, a vida psíquica, a consciência); • delimitar seu campo de estudo, diferenciando-o de outras áreas de conhecimento, como a Filosofia e a Fisiologia; formular métodos de estudo desse objeto; • formular teorias enquanto um corpo consistente de conhecimentos na área. Essas teorias devem obedecer aos critérios básicos da metodologia científica, isto é, deve-se buscar a neutralidade do conhecimento científico, os dados devem ser passíveis de comprovação, e o conhecimento deve ser cumulativo e servir de ponto de partida para outros experimentos e pesquisas na área. A Psicologia científica nasceu na Alemanha, mas é nos Estados Unidos que ela encontra campo para um rápido crescimento, resultado do grande avanço econômico que colocou os Estados Unidos na vanguarda do sistema capitalista. É ali que surgem as primeiras abordagens ou escolas em Psicologia, as quais deram origem às inúmeras teorias que existem atualmente.