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Filosofia - anotações de aula

Ana Flávia Xavier

Pré-socráticos
Contexto
● A filosofia surge na Grécia em reação ao mito
● É uma ruptura no sentido de buscar entender e explicar a realidade de modo racional
● Preocupações da mitologia da época
↪ Teogonia: explicação da origem dos deuses
↪ Cosmogonia: explicação da origem do universo
● A cosmologia (sustentada pelos filósofos da natureza - physis) busca explicar a realidade a partir de
uma perspectiva científica. Explicar o princípio formador das coisas - a arché

Principais pré-socráticos
● Tales: acreditava que a água era a arché
● Heráclito: acreditava que tudo estava em constante movimento/mudança. O fogo seria a arché
↪ “Um homem não se banha no mesmo rio duas vezes, pois o rio não é mais o mesmo, nem o
homem”
↪ O fogo é o elemento formador de tudo pois é inconstante
↪ Traz uma perspectiva de que a realidade não pode ser percebida a partir de uma certeza,
dado que as coisas estão em constante mudança e a essência das coisas não pode ser
acessada - a realidade é incompreensível
● Parmênides: acreditava na permanência das coisas. As mudanças são sutis mas a essência é
imutável. A mudança é apenas aparente, as coisas não mudam verdadeiramente
● Demócrito: desenvolve a teoria atomista que defende que o átomo é uma unidade comum a todas as
coisas. Tudo é formado por átomos e a aparência das coisas se dá a partir da reorganização desses
átomos

Sofistas
● A classificação é arbitrária quanto a que escola eles pertencem, se seriam pré-socráticos ou não, dado
que alguns são contemporâneos a Sócrates e outros são pré-socráticos
● Preocupam-se com a oratória e com a retórica
● A verdade não importa de fato e sim a forma que se fala
● Visão mercadológica da educação - “prostitutas do saber”. No entanto, não se preocupavam com o
saber e a transmissão de conhecimentos, mas sim com a argumentação e com o convencimento
● Córax e Tísias: primeiros sofistas
● Górgias: acreditava que a verdade não existe
● Não têm amor à pólis, não são patriotas
● O homem como medida de todas as coisas

Sócrates
Conceitos importantes
● Maiêutica (parto de ideias): a verdade é alcançada através da dúvida e dos questionamentos
● Ataraxia (imperturbabilidade): o filósofo não deve ser pertubado por seus sentidos

Conhecimento e virtude
● A busca pela verdade está relacionada à prática das virtudes. Quem conhece o bem e não o pratica,
não o conhece verdadeiramente
● Ser virtuoso é conhecer e praticar o bem
● A virtude relaciona-se com a prática
● “A ignorância é o único mal”

Reconhecimento das limitações


● Sócrates reconhecia suas limitações e acreditava que a percepção/consciência de sua ignorância era o
ponto de partida para a busca pela verdade
● Reconhece os limites do seu conhecimento - “só sei que nada sei”
● “O universo das coisas que eu não sei é infinitas vezes maior do que o universo das coisas que eu sei”

Ideias de bem
● Em um primeiro momento, a concepção de bem estava atrelada a uma visão utilitarista
● O bem também relaciona-se ao prazer
● Sócrates acreditava que o bem estava relacionado à prática das virtudes

Universais
● Observando as coisas de modo particular, pode-se extrair conclusões universais
● Origina, posteriormente, a teoria do mundo das ideias

Platão
Concepções iniciais
● Discípulo de Sócrates
● Principal obra: A República - 10 diálogos que possuíam Sócrates, na maioria das vezes, como
protagonista
● Fundou a Academia - primeira instituição de ensino teórico da filosofia no Ocidente
● Foi crítico da democracia ateniense pois dizia que ela se baseava na opinião da maioria e não na
busca pela verdade

A alma
● Existiriam três tipos de caráter que moldavam as almas das pessoas e cada um desses tipos estariam
mais predispostos a exercer uma dada função na sociedade
I) Caráter concupiscível: prevalecem na alma dos desejos e as paixões mais primitivas - seriam
os artesãos e trabalhadores gerais
II) Caráter irascível: prevalecem na alma os impulsos da ira, braveza, agressividade e força -
seriam os militares e os soldados
III) Caráter racional: há o predomínio absoluto da razão na alma - seriam os filósofos
● Sofocracia: no sistema político ideal de Platão, as pessoas que tem uma alma de prevalência caráter
racional seriam os governadores e legisladores ideais, pois a capacidade racional e o intelecto os
levariam a um modo de governar justo e que atendesse da melhor forma a cidade
● Transmigração da alma: quando a alma se separa do corpo, alcança o bem. Porém, quando reencarna
esquece do que aprendeu no mundo inteligível, inclinando-se ao mal
↪ O bem é alcançado quando a alma deixa o corpo

Idealismo platônico
● Teoria que defendia a Teoria dos Dois Mundos: mundo inteligível (das ideias) e mundo sensível
● Argumenta que o ser humano era composto por duas partes: a alma e o corpo
↪ Alma: pertencia ao mundo das ideias - onde tudo é imaterial, permanente e perfeito
↪ Corpo: pertencia ao mundo sensível - onde tudo é material, impermanente e imperfeito: uma
cópia
Mundo sensível
● Pode ser percebido pelos sentidos
● É onde habitamos e tudo que percebemos é uma cópia do mundo das ideias
● Quando tentamos chegar a uma conclusão com base em nossos sentidos, não conseguimos
alcançar a verdade, apenas uma opinião (doxa)
● Os sentidos são falhos e conduzem os seres humanos a uma vida de ignorância
● O verdadeiro conhecimento está no uso da razão
● No mundo sensível, estamos condenados à ignorância, pois tudo que percebemos pelos sentidos
não passa de uma imitação de uma ideia
● Para alcançar a verdade (episteme), precisamos alcançar o mundo das ideias, o que ocorre através do
intelecto e da razão - pensando racionalmente e libertando-se de opiniões e crenças provenientes dos
nossos sentidos
Mundo inteligível
● A ideia não depende do pensamento e nem do sujeito cognoscente - o que pensamos vem de um
conhecimento a priori (inato)
● O homem sábio é aquele que percebe as coisas imutáveis
● Se o prazer for ordenado para o bem é válido (propósito)
Mito da Caverna
● A caverna representa o mundo ilusório e confuso onde todos vivem
● As correntes as quais os homens estão presos representam os preconceitos e opiniões
● O mundo exterior à caverna representa o conhecimento verdadeiro
● As sombras na parede da caverna representam a falsidade dos sentidos
● O prisioneiro que se solta das correntes representa aquele que vai além das opiniões de senso comum
- o filósofo

Ideias principais
● O belo, o bem e a virtude são imutáveis no mundo das ideias (influência de Parmênides)
↪ O bem é a causa das outras virtudes - todas as virtudes advém do bem
● No mundo sensível tudo muda e é uma cópia imperfeita do mundo das ideias (influência de Heráclito)
↪ O mal vem da matéria
↪ O mal é a ausência do bem
● Demiurgo: Platão acreditava numa “causa primeira de todas as coisas” - uma força que estava por trás
de tudo que não se explica com exatidão
● Sobre a retórica - inclusive, refere-se a Górgias (o sofista)
↪ Retórica material: possui compromisso com a verdade, com as virtudes, com o bom e com o
belo
↪ Retórica formal: preocupa-se com o convencimento, com o agradar. Primazia da técnica -
qualquer meio para o convencimento é válido

Aristóteles
Concepções iniciais
● Discípulo de Platão - acredita-se que o pensamento aristotélico deriva de Platão
● No entanto, a concepção de virtude de Aristóteles não era idealizada (pertencente ao mundo das
ideias). Para ele, as virtudes devem ser vivenciadas pelo homem
● Noção de sociabilidade: “o homem é um animal político” - a “fraqueza física” do homem faz com que ele
precise viver em sociedade, uma vez que a vida em comunidade torna os homens mais fortes
● Natureza x liberdade: certas coisas são determinadas pela natureza, outras são de escolha do homem
↪ O direito relaciona-se, na maior parte das vezes, com a liberdade de escolha, ação
● Acredita que a realidade pode ser conhecida através dos sentidos

Eudaimonia
● O homem é dotado de razão e é isso que o separa de outros animais
● O homem é razão e vontade (eudaimonia = vida plena, plenitude → sinônimos de felicidade)
● Telos (teleologia): as coisas têm um fim útil, uma função. Uma coisa que não executa sua função não é
boa
↪ O telos do homem é encontrar a felicidade, a vida plena, a plenitude (exercício das
virtudes)
● Os homens não buscam apenas o prazer e evitar a dor, como os animais. O homem transcende os
seus sentidos, suas vontades

Virtudes
● O exercício das virtudes ocorre de acordo com a realidade, com o senso comum
● As virtudes não estão nos extremos e sim na moderação, plenitude
↪ A virtude encontra-se no meio do perdulário (excesso) e da avareza (falta)
● A partir da razão podemos alcançar os conceitos das virtudes, mas não basta conhecê-los e sim
exercê-los
● Ao contrário de Platão, as virtudes não eram idealizadas e deveriam ser exercidas na prática, no plano
real

Lógica aristotélica
● Silogismo: forma de organizar frases e orações de forma a extrair de ideias outras ideias (inferência)

Causas
● Causa: razão para a existência dos elementos da natureza
↪ A causa limita a matéria: dualidade entre essência (intrínseco ao elemento) e acidente (eles
acidentais não alteram a essência do objeto)
● Causa primeira: o motor primeiro de tudo
● Próaresis: discurso que deriva das causas. Respeita as causas e as usa para fundamentar os discursos
- discurso racional que deriva/segue as causas
Tipos de causas
● Material: o material do qual algo é composto
● Formal: a forma/o formato que algo possui
● Final: a finalidade (o telos)
● Eficiente: o que origina esse determinado algo

Ideias importantes
● Sophia x Praxes: dualidade entre o conhecimento teórico e prático
↪ Sophia: teoria
↪ Praxes: prática (phronesis)
↪ Sophia x phronesis: a prática advém da experiência
● Discursos
↪ Demonstrativo: baseado em experimentações científicas e verdades evidentes
↪ Opinativo (doxa): baseado em opiniões, o que parece ser verdade (verossimilhança) - muito
presente no campo do direito e da política. Muitos utilizam-se do argumento de autoridade para
legitimar o argumento

Santo Agostinho de Hipona


Concepções iniciais
● Filósofo africano que, apesar de estabelecer as bases para a filosofia medieval, viveu no final da
Antiguidade
● Inicia a filosofia cristã
● Principais obras: Confissões e A cidade de Deus
● Patrística: primeiros pensadores da Igreja Cristã. Padres da Igreja Primitiva

Influências
● Maniqueísmo: seita que reunia diversas crenças. Defendia a existência de dois deuses: um bom e um
ruim
↪ A matéria é ruim e o espírito é bom
↪ O bem e o mal vistos como entidades divinas
↪ Para Platão, diferentemente do maniqueísmo, o mal é a ausência do bem, o não-ser
e não a ideia do ser sagrados (as divindades, como defende o maniqueísmo)
Obs.: a Igreja pode usar da força para impor uma dada forma de conhecimento, sob a premissa de salvar as
almas do inferno, uma vez que o homem não é naturalmente bom
● Neoplatonismo: absorve a ideia de que os sentidos são enganosos e a razão do homem é corrompida
no mundo sensível
↪ O conhecimento da verdade não é impossível, apenas limitado - o conhecimento
através da razão é limitado e imperfeito
↪ Para conhecer a verdade é preciso da fé, da revelação divina. É preciso crer para conhecer
↪ A confiança deve vir da fé, da crença e não do intelecto (em um primeiro momento). A fé faz
com que a revelação divina ocorra
↪ Com a Igreja foi feita em Cristo, Agostinho confia nela e na Bíblia para buscar o
conhecimento - fé na autoridade da Igreja
● Cícero: a formação como burocrata e o estudo da retórica
↪ Cícero também é bastante influenciado por Platão, especialmente no que diz respeito à ética

Ideais principais
● Conversão ao cristianismo: é preciso se converter para estudar, buscar o conhecimento e a verdade
● O homem é capaz de conhecer a verdade? O conhecimento da verdade através da razão é limitado,
a crença e a fé levam à verdade, ao conhecimento pleno. Só se conhece a verdade revelada por Deus
● Cidade de Deus x Cidade dos homens: lei divina x lei eterna x lei do homem
↪ Lei divina: é inacessível aos homens. É eterna e imutável
↪ Lei eterna: é um reflexo da lei divina, sendo imutável (direito natural). É capaz de ser
conhecida através da razão e da fé - argumento da autoridade
↪ Lei dos homens: é boa e deve espelhar-se na lei eterna, sendo justa
Obs.: a lei divina/justiça divina não é a mesma dos homens. A justiça humana não prevê a sacralização de
todos os homens

Escolástica Medieval: São Tomás de Aquino e os nominalistas


São Tomás de Aquino
Concepções iniciais
● Introdutor da laicidade na filosofia
● Principais obras: Suma Teológica e Suma Contra os Hereges
● Disputativo: metodologia de defesa da ideia contrária
● Ação de duplo efeito: uma ação da qual advenham consequências positivas, mas também negativas, é
justificável se a natureza do ato em si for moralmente boa ou neutra
● Retorno à filosofia aristotélica: enfoque na razão humana e nas percepções que advêm dos sentidos
● Monarquia: acreditava que a monarquia era a melhor forma de governo, pois seria uma só pessoa a
governar - metáfora do rei como um proprietário
● Propriedade: é uma necessidade do homem para fazer suas necessidades

Filosofia x Teologia
● Não é necessário ter fé para conhecer
● Deus é a fonte da verdade. Se Deus é naturalmente bom, ele é incapaz de fazer o mal
● O pensamento humano e a razão humana independem da fé. A razão humana é capaz de conhecer a
verdade
↪ A fé fundamenta/completa a razão e as percepções que advêm dos nossos sentido
↪ Deus é tão bom que dota o homem de razão para que ele possa conhecer a verdade
● Institui as bases para a laicidade no pensamento moderno
● A graça aperfeiçoa a natureza mas não a muda - a natureza estabelece certos limites
● A filosofia cuida das verdades da natureza e suas variações
● A teologia cuida dos saberes que levam à salvação

Direito
● O direito é válido e legítimo quando estiver de acordo com a razão - a lei natural é conforme a lei
humana, que é racional
● Ao relacionar o direito com a razão humana, não nega o direito positivo, entendendo que ele é
fundamental para os dogmas
● A natureza humana é mutável e o direito se modifica de acordo com as mudanças do homem

Causas
● Contingente: causa que necessita de uma causa anterior
● Necessária: causa que não é causada por algo anterior mas causa algo
Obs.: se o universo é infinito e sempre existiu, ele deve ser visto como causa contingente e para essa análise
deveria retroceder ao infinito. Deus é a causa necessária, a fonte da verdade - não foi causado por algo
anterior mas é causa de algo

Nominalismo
Concepções iniciais
● Principais nomes: Duns Scoto e Guilherme de Ockham
↪ Ockham defende que a religião e a filosofia devam ser separadas
● Introduz o individualismo na filosofia moderna
● Cisão entre razão e experiência
● Acreditam que se Deus é onipotente e ilimitado, ele não pode ser limitado nem por ele mesmo - Deus
cria o universo porque quer

A questão dos universais


● Não existem idéias fora das coisas, “eu” só sou capaz de conhecer o que é singular, o que é concreto
(contra o realismo de Platão que afirma que as ideias existem independente do sujeito cognoscente)
↪ Conhecimento centrado no indivíduo, no singular. Base do individualismo na concepção
moderna
● Só é possível conhecer a realidade concreta - os universais seriam apenas nomes, não há essência
por trás
↪ Enquanto Aristóteles entende que o conhecimento advém dos sentidos, ele também
considera que há formas substanciais comuns às coisas. Ockham considera apenas o singular
● O conhecimento só é obtido através da experiência, dos sentidos
↪ Com exceção de Deus que seria incognoscível - não é possível acessar Deus através da
razão, apenas da fé

Navalha de Ockham
● De todas as explicações teóricas, a explicação que advém da experiência, do caso concreto é a válida
● Recorte metodológico: cortam-se as hipótese sem evidências experimentais
● Institui a base para o método científico

A querela da pobreza
● Na época, a natureza da propriedade implicava o seu uso. Ockham afirma o contrário
● A ordem franciscana pregava a pobreza mas recebia muitos bens como doação. A partir disso, Ockham
afirma que pode-se usar os bens sem precisar ter a propriedade deles. Logo, a Igreja seria a
proprietária desses bens (o papa, especificamente)
● Institui a base para a ideia moderna de propriedade - legitimação da propriedade

Ockham, a natureza e o poder


● A natureza das coisas não as limita (oposto de Tomás de Aquino)
● Acreditava que a natureza não era limitadora e que a liberdade humana possibilita fazer escolhas.
Assim, é um direito do povo escolher quem os governa
● O governante era escolhido pelo povo, por isso ele podia agir conforme quisesse que seria legítimo
● A fonte fundamental do poder é a vontade do povo
↪ A ideia de povo é entendida como a soma das individualidades

Racionalismo: René Descartes e Baruch Spinoza


René Descartes
Concepções iniciais
● Principal obra: Discurso do Método
● O conhecimento independe da experiência, prioriza a razão
● O homem como o centro de todas as coisas - as coisas existem como extensão do pensamento
racional
↪ Autorreferência: o homem como fundamento da razão. O homem seria o ser pensante
fundamentador da razão
↪ As coisas existiriam em função do homem
● Possível influência de Santo Agostinho

Principais ideias
● “Cogito ergo sum”: penso logo existo - “eu posso duvidar do que estou pensando, mas não posso
duvidar que estou pensando”
● Defensor do pensamento dedutivo: as verdades são deduzidas da razão
● Não se curva à autoridade, deve colocar os princípios em questionamento
● A verdade pode ser alcançada exclusivamente pela razão
↪ Os princípios são evidentes na razão, independentes da experiência
● Defesa da análise - é necessário decompor para entender o que se pretende
● Deduz a ideia de Deus como causa
● Quanto mais abstrato o conhecimento, mais verdadeiro ele seria (oposto de Ockham)
● Não nega a experiência, mas define o conhecimento empírico como “não seguro”

Baruch Spinoza
Principais ideias
● Valorização da matemática - demonstração de princípios éticos a partir da matemática
● Ideia de Deus como causa de todas as coisas - causa não transcendente e sim imanente
↪ Panteísmo: Deus não está fora da natureza e sim em tudo (na natureza e nos homens). Deus
está em tudo e é a causa de tudo
↪ “Deus sive natura” (Deus ou a natureza, tanto faz)
↪ Se Deus é a natureza e está em tudo, não existe “o Deus”
↪ Ideia deduzida
Não há diferença entre o homem e a natureza, ambos possuem a mesma matéria
O homem consegue explicar as coisas através da razão, mas ela não o torna livre
↪ Ideia determinista: os homens não são livres, mas determinados pela natureza

Empirismo: David Hume e Condillac


David Hume
Concepções iniciais
● Primado da experiência - o conhecimento advém da experiência
● Tábula rasa: o homem nasce sem saber de nada, a experiência que vai deixando impressões
● Condillac: o conhecimento advém dos sentidos (sensualista)

Principais ideias
● Não existe nenhuma teoria que não precise ser provada pela experiência
● Uma experiência realizada diversas vezes não necessariamente resultará nas mesmas conclusões
↪ É necessário refazer a experiência para se chegar às próprias conclusões
● Todas as ideias que estão na razão derivam de impressões deixadas pela experiência
● Não existe conhecimento à priori (ideias inatas)
● Excepcionalmente, existem ideias que não precisam da experiência
● Não acreditava em verdade absoluta: paradoxo do relativismo - se tudo é relativo, há uma verdade
absoluta: a que tudo é relativo
● Necessidade de colocar os postulados científicos à prova

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