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Filosofia e sociedade

Professora : MSc. Bebiana de Sousa


Curso de Engenharia
2º ano/Manhã e Tarde
 O homem é produto da sociedade em que vive.

 Segundo Chaui (2012) uma das formas de conhecimento mais


antigas através da qual o homem busca explicações para a
Introdução realidade social em que vive é através do conhecimento
filosófico;
Aula nº 1
Apresentação do conteúdo
Programático
 A disciplina de filosofia e sociedade ocupa-se essencialmente em
responder as questões inerentes ao significado da vida do
individuo em sociedade, as causas da mudança social, a relação
com a comunidade, tendo como apoio a sociologia, de modo a
compreender vários fenómenos sociais.
 O objectivo da disciplina é dotar os alunos de conhecimento sobre
alguns fundamentos na area de filosofia e sociologia focando a
partir do contexto do seu surgimento e autores que se mais
notabilizaram bem como as principais contribuições para o mundo
da ciência .

 Desenvolver nos alunos a capacidade de análise, crítica e


Objectivos resolução de problemas;

 Estimular a capacidade de raciocinar de forma lógica;

 Compreender a realidade social por meio de exemplos práticos;


A palavra filosofia tem origem do grego: philo ( amigo, amor, ) + sophia
(sabedoria, conhecimento) = a amor ao conhecimento ou amor à
sabedoria.

A literatura refere que o termo Filosofia é de autoria de Pitágoras, que


preferiu ser chamado de amigo da sabedoria em detrimento de sábio
Aula nº2 (Mondi,1981).
Contexto Histórico do
surgimento da Filosofia
Todavia considera-se Tales de Mileto, como primeiro filósofo (atribue-se
ao autor muitas descobertas e um dos sábios). Foi o primeiro a colocar a
seguinte questão:
“ Qual é a causa última, o príncipio supremo de todas as coisas?”
 Os filósofos procuravam estudar as causas últimas das coisas e
compreende-lo por meio da razão e na busca da verdade:

 As causas da morte;

 As causas da doença;
Aula nº2
Contexto Histórico do
surgimento da Filosofia  As causas das catástrofes naturais;

 As causas das mudanças sociais;

 As causas da desigualdade social


 Será que os filósofos estudaram tudo? ( ver resposta em Mondin V.1
pag,8).

 R1 Porque todas as coisas podem ser examinadas a nível científico e


também filosófico.

Aula nº2  R2 Porque algumas ciências estudam pequenas dimensões da


Contexto Histórico do realidade e a filosofia estuda o todo, o universo.
surgimento da Filosofia

 A diferença entre a filosofia e outras ciências, assenta no facto da


mesma estudar a realidade oferecendo explicações complexas;

 O método da filosofia não se limita a verificação nem em descrever os


factos, nem na experimentação… assenta na justificação lógica
racional(oferece explicação conclusiva por meio da razão).
 O que estuda a filosofia?

 Segundo a perspectiva de vários autores, existem várias definições sobre


o campo de estudo da filosofia, sendo assim apresentamos um resumo
de alguns filósofos sobre a definição de filosofia:

Aula nº2  Para Aristóteles, a filosofia deveria estudar: as causas últimas de todas as
Contexto Histórico do coisas.
surgimento da Filosofia

 Para Cícero: a Filosofia é estudo das causas humanas e divinas das coisas.

 Descartes: a filosofia ensina como raciocinar bem;

 Hegel: a filosofia estuda o saber absoluto.


 Quanto aos objectivos( Mondin,1981) :

 A filosofia não busca os fins práticos;

Aula nº2  A filosofia tem como único objectivo o conhecimento;


Contexto Histórico do
surgimento da Filosofia
 Procura a verdade, prescindindo eventuais práticas;

 A filosofia tem finalidade teórica, não procura a verdade, por


motivo que não seja a própria verdade.
 A filosofia surge do esforço da humanidade de explicar a coisas e as causas
dos fenómenos da natureza;

 A humanidade contentava-se em explicar a realidade social com base no


mito;
Aula nº2
Contexto Histórico do  Mito segundo Mondin (1981), é uma representação fantasiosa,
surgimento da Filosofia
O mito e a Filosofia espontaneamente delineada pelo mecanismo mental do homem a fim de
dar interpretação e explicação aos fenómenos da natureza e da vida.

 A sua função consiste em fornecer explicações para os acontecimentos da


natureza e da existência humana: para guerra. Paz, tempestade, saúde,
doença…

 Entre todas as mitologias, a grega é que mais de destaca pela riqueza,


ordem e humanidade. Por essa razão, a filosofia é conhecida como sendo
desenvolvida a partir da mitologia grega.
Diferentes abordagens
 Na Antiguidade, os filósofos; investigação racional em busca do

conhecimento;

 na Idade Média, a Escolástica; o estudo da teologia(conhecimento de Deus) e


da filosofia( conhecimentos humanas da natureza e coisas por via da razão);

 Filosofia contemporanea/moderna: na Actualidade( XVII), os problemas, as leis

mais gerais do ser, do pensamento, do conhecimento e da acção.


Filosofia Sec Alguns Filósofos Discussões
Antiga V e VI a.C Os Pré socráticos Estudo do universo

Medieval I e XVI Deus no centro do


mundo
São Tomás de Aquino, Santo o que deu lugar ao
Agostinho pensamento
antropocêntrico (homem
no centro do mundo).
A filosofia e sua abordagem
Moderna XV e XVIII Rene Descartes Baseada na
(considerado pai da Filosofia experimentação, a
moderna) relacionação dos seres
Thomas Hobbes, Maquiavel, Jean humanos com a
Jacques Rousseau…. natureza.

Contemporânea XVIII e XX Escola de Frankfurt: Theodor Marco histórico da


Adorno, Jurgen hebermes, revolução Francesa e
Hegel, Auguste Comte, Karl Industrial
Marx….
 Para o autor o mito tem significado religioso, filosófico e social
bem como pessoal.

Aula nº2  Diferente do Mito a Filosofia procura atingir os seus objectivos


Contexto Histórico do
surgimento da Filosofia com base na explicação exaustiva das coisas, com rigor lógico,
O mito e a Filosofia com espirito crítico, com motivações racionais, com
argumentação rigorosa e em princípios
 diferença entre o mito e a filosofia reside no seguinte:
“Primum vivere, deinde Philosophare”
Thomas Hobbes

 O mito nos diz como se estrutura o universo, com base no mundo


dos deuses, dos homens e das coisas, a filosofia quer apresentar o
porquê do mundo, do homem e de Deus.
 Os pré socráticos são considerados os primeiros filósofos que
antecederam Sócrates ( VII- V a.c). São os primeiros pensadores
que dão expressão filosófica ao problema da existência da
humanidade de uma causa suprema de todas as coisas( divididos
em escolas e pensamentos).
Escola Principais Estudo do Universo
Denominação Nascimento
Aula3 Filósofos

Pré-socráticos Tales de Mileto 624-548 a. C A água era a essência


de todas as coisas
Jónica /Jônios
Anaximandro de 610 -547 a. C O princípios de todas
Mileto as coisas era matéria
infinita ( ápeiron)

Anaxímenes de 588-524 a.C O principio de todas


Mileto as coisas era o ar

Heráclito 570-497 a.C O princípio de todas


as coisas era o fogo
Pitágoras (matemático, astrónomo, filosofo..) é o fundador
da escola pitagórica, nasceu em samos nos anos 571 a.C

O princípio de todas as coisas é a mônada… os números;


Aula 3 Teorema de Pitágoras
Escola Pitagórica
“ o quadrado da hipotenusa é
igual a soma do quadrado dos A alma é essencialmente imortal.
catetos”

A coisa mais importante na vida humana é convencer a alma


para o bem ou para o mal;

Os homens são mais felizes quando têm alma boa..


Faz parte dos filósofos pré socráticos. Nome atribuído pelo facto de grande parte dos Filósofos
nascerem em Eleia. As questões principais desta escola pautava-se na compreensão dos valores
sensíveis e do conhecimento racional.

Escola Principais Nascimento Estudo da Razão


Denominação Filósofos
Xenófanes 570-475 a.C Fundador da escola opondo-se
Aula 3 conta o misticismo e o
Escola Eleática antropomorfismo
Parmênides 530-460 a.C Poeta a sua obra sobre a
natureza, dividido em duas
partes: verdade e opinião. Foi o
Eleática primeiro filosofo a explicar a
jamais poderá existir força de constrangimento
noção do ser.

que faça ser aquilo que não é
Zenão 490-430 a.C Reforço a ideia de Parmênides
sobre a dialética e o paradoxo
Demócrito 460-370 a.C O ser constitui-se de átomos
que são partículas visíveis ou
invisíveis


Surge apos o término do movimento pré socrático, dominavam a retórica e
discurso.

Ela desperta interesse, como o maior centro da política e cultura da Grécia.


Os Sofistas
Aula 3
Interesse em estudar a capacidade cognitiva do homem, essencialmente nas
questões humanísticas e gnosiológicas( conhecimento e valor humano).

Os ensinamentos dos sofistas alargou-se a aristocracia com encargo de instruir os


seus filhos nas matérias de gramatica, literatura, filosofia, religião e
principalmente na retórica. Principais filósofos:
o homem é a medida de todas
coisas; das que são, enquanto são, Protágoras – 481 a.C “ não existe verdade absoluta”. Os homens interpretam os
e das que não são, enquanto não dados de acordo o seu interesse.
são.
Górgias 484 a.C- o ser não existe, seja não gerado ou gerado… uma coisa é o
pensar, outra o ser… destacou-se como orador e retorico..

Hípias 430 a.C foi orador e um dos sofistas mais importantes, tendo se destacado
em várias área do saber…
Nasceu em 469 a.C em Atenas.
Não deixou nenhum escrito, o seu pensamento foi por meio de outras fontes,
nomeadamente Platão, Xenofonte, Platão e Aristóteles;
Diferente dos Sofistas, Socrátes preocupava-se em alcançar uma verdade absoluta
que servisse de fundamento a ética e a organização política da sociedade;
orientando as pessoas em busca do bem e da verdade
Sócrates preocupava-se com a formação de bons cidadãos, destacando deste
Sócrates modo a moralidade:
``sei que nada sei`` Sócrates exaltava aos seus discípulos a virtude, porque na sua perspectiva
-conheça a ti mesmo- constitui o bem supremo sem a qual não podemos ser felizes…
Relacionava a virtude com o conhecimento: _ Justiça e conhecimento.
Aristóteles atribui a Sócrates a figura de grande filósofo que ensina doutrinas
interessantes;
Platão refere que o mesmo era metafísico
O seu método preferido era a ironia (uma espécie de simulação com finalidade de
descobrir a verdade)- Maiêutica(arte de dar a luz buscando a verdade).
 Nasceu em Atenas em 427 a.C
 Foi discípulo de Sócrates
 Fundador da Primeira Universidade ( Academia)
 As obras de Platão resumem-se em 36, acrescendo 36 diálogos e 13
cartas;
 Teoria das ideias: metafisico, ético, epistemologia;

Platão  Existem dois mundos: sensível e o inteligível


 O mundo inteligível(mundo das ideias) traduz-se em três
argumentos:
 A) reminiscência: conhecimento baseado na recordação;
 B) verdadeiro conhecimento: não existe ciência a não ser do ser
verdadeiro; a verdade exige conhecimento e a realidade, o único
conhecimento humano que merece o nome de ciência é o que esta
ligado aos conceitos universais.
 O argumento da contingência: Platão afirmou que deve existir a
ideia necessária e estática para que se explique o nascer e o perecer
das coisas: uma coisa bela é bela não por certa combinação de
cores, mas porque é aparição terrena do Belo em si, o dois é dois
não pela adição, mas pela participação da dualidade.
 O mundo sensível: depende do primeiro mundo
 Conhecimento: sensitivo(alma) e intelectivo( corpo).

Platão  O homem era somente alma e existia o mundo das ideias.


 Psicologia: o homem tem três almas
 Racional: cabeça- sabedoria
 Irascível: peito- Fortaleza
 Concupiscível: temperança- ventre- Justiça
 Ética: ele ensinava os homens a desprezarem os prazeres e a
riqueza e renunciar aos bens do corpo e praticar a virtude.
 Na Política: os ensinamentos de platão encontram-se mais
extensos e desenvolvidos em três escritos: República, Política e
Leis
 Na sua obra a República: Platão demonstra que é mais feliz o justo
no meio dos sofrimentos do que o injusto num mar de delícias.
 Formula conceito :Origem do estado, as classes sociais, ao
comunismo…
Platão  Três classes de estado: trabalhadores, guerreiros e magistrados.
 Os menos dotados intelectualmente devem ser enquadrados na
classe dos trabalhadores
 A classe dos guerreiros são destinados os que se revelam
espiritual e fisicamente mais dotados para ginástica, musica,
aritmética, geometria e astronomia.
 E a virtude do magistrado é a sabedoria.
 Na estética: Foi o primeiro a resolver o ponto de vista filosófico a
relação entre a arte e metafisica.

Platão  A arte não é autónoma mas esta ligada a metafisica e a moral;

 A arte é o “entusiasmo divino” que impede a alma para


imortalidade, para alcança.la deve gerar e procriar o belo.
 Aristóteles nasceu 384 a.C em Estagira
 Discípulo de Platão
 A sua escola teve o nome de Peripatética: prelecções no corredor
 As obras: organon( dividida em categorias)
 14 livros de Metafisica
 8 livros de Física
Aristóteles  10 livros de Ética
 8 livros de Politica
 3 livros Alma
 Geração da corrupção 2 livros
 Poética 1 livro
 A forma literária: o tratado Filosófico
 Tentativa de conduzir a indagação filosófica na forma de dialogo,
preferiu o tratado, por conduzir a pesquisa com mais ordem,
clareza e objectividade.
 Lógica: foi o primeiro a fazer estudo sistemático dos conceitos,
procurou descobrir as propriedades que eles têm enquanto
produzidos na nossa mente;
Aristóteles
 Elaborou a técnica do silogismo: três preposições encadeadas de
tal forma que as duas primeiras impliquem necessariamente a
terceira.
 Metafísica : que não se restringem ao mundo físico.
 O principio da não contradição: entre todas as verdades há uma
que goza de prioridade absoluta em relação as outras por ser a
garantia do valor delas….
 Na Física : a característica principal das coisas naturais é o
movimento.

 Na Psicologia: é considerado como fundador da psicologia tanto


sob aspecto científico e filosófico.

Aristóteles  Ética: a felicidade do homem não pode consistir em riquezas. O


homem é racional.

 Política: a origem do estado é natural e não convencional

 Estética: a arte não se preocupa nem com a natureza nem com a


historia mas sim com a beleza.
 A sociologia é uma palavra que provem do latim=societas=
sociedade e logos, do grego= estudo da razão.

Surgimento da  Auguste comte foi considerado um dos fundadores da Sociologia,


1839.
Sociologia

 O aparecimento da sociologia está ligada ao sec. XVIII com a


revolução industrial e Francesa
Clássicos Objecto da Sociologia Método

Auguste Comte(1798- Positivismo Cientifico


1857)

Emile Durkhiem( 1858- Facto Social Explicativo


Os clássicos da 1917)

Sociologia
Max Webber(1864-1920) Acção social Compreensão social

Karl Marx (1818-1883) Classes Socias Dialéctica


Auguste
Comte, o
Pai do
Positivis
mo

1798 - 1857 
 Comte foi um pensador francês que além de fundar o positivismo,

Positivis foi conhecido como o sistematizador da sociologia.

mo
 A sua filosofia visava em reorganizar o conhecimento humano,
atraves de experiências e os factos positivos.

 Com base nos seus ideias, Comte definiu aquilo que era realidade,
possibilitando a criação de leis naturais para orientar os homens
de como agir na modificação da natureza.
 Esta lei se fundamenta nas observações feitas por Comte em relação
à evolução das concepções intelectuais da humanidade. Assim, ele
declarou que ela passa por três estados diferentes:

A Lei dos  Estado Teológico ou Fictício: factos sobrenaturais onde Deus é o


centro das coisas;

3 Estados  Estado metafísico ou abstracto: Predominância das idéias naturais,


com um pouco de influência ainda daquelas baseadas no
sobrenatural. É considerado um estado intermediário, onde ocorreu
uma leve expansão da indústria;

 Estado Científico ou Positivo: Fatos explicados por leis


inteiramente positivas/era intelectual da humanidade.
 Opúsculos de Filosofia Social (1816/1828)
 Curso de Filosofia Positiva (1830/1842)
 Sistema de Política Positiva (1851/1854)
 Discurso sobre o Espírito positivo (1844)
Principais Obras
 Catecismo Positivista (1852)
 Apelo aos conservadores (1855)
 Síntese Subjetiva (1856)
 Correspondência (1816/1857)
Émile Durkheim
(1858 —1917)
As Regras do Método Sociológico
“Nem todo facto social é norma”.
 “ a sociedade não é simples soma de indivíduos e sim sistema
formado pela associação que representa uma realidade específica
Concepção com os seus caracteres próprios, não se pode produzir o colectivo
se as consciências particulares não existirem.
sociológica da
sociedade  É preciso que as consciências estejam associadas, combinadas e
este factor é que resulta a vida social.( Vila Nova,2009)
 A fase positivista marca o início das suas obras, e considera que,
para tornar-se uma ciência independente, precisava delimitar seu
objecto próprio: os factos sociais.

 Para Durkheim, a sociologia compete estudar os factos sociais que


consistem em maneiras de agir, pensar e de sentir exteriores ao
Objecto de individuo, dotados do poder de coerção em virtude do qual se lhe
impõem.
Estudo da
Sociolgia  Características dos Factos sociais: são gerais(independentes da
manisfestação individual, são extensivos a sociedade, são
exteriores( são partilhados colectivamente, possuem existência
própria.. São coercitivos( exercem uma pressão externa sobre o
comportamento do individuo.
 Durkheim estabelece como um dos princípios metodológicos
básicos da investigação sociológica, estudar os factos sociais
como coisas, isto é uma realidade Objectiva passível de ser
observada, com base nos seguintes pressupostos:
 “considerar factos sociais como coisas.” Segundo o autor, um
facto social é o conjunto de acções, pensamentos e
sentimentos exteriores do indivíduo impostos ao indivíduo pela
Factos sociais sociedade
como “Coisa”
 Afastar sistematicamente as ideias pré-concebidas;

 os fenómenos a serem estudados deverão ser definidos e


tratados a partir das características que lhes são comuns e
deverão ser considerados, independentemente das
manifestações individuais.
Conceito de Educação Conceito de solidariedade A teoria do suicídio

A finalidade da educação, segundo Mecânica: sociedade simples Constatou que esse fenómeno
o autor, é constituir em cada Indivíduos semelhantes; decorre não apenas por factores
membro da sociedade o “ser Sem divisão social do trabalho psicopatológicos individuais mas
social”, realizar, em cada um deles, Poucos desenvolvidos por factores sociais
Conceitos portanto, o “segundo nascimento”

associados aos
Factos sociais É a sociedade que, para poder
manter-se , tem necessidade de
dividir o trabalho entre seus
Orgânica : sociedade industrial
Indivíduos diferentes
Com divisão;
Em algumas sociedades o
suicídio é legitimo ou até mesmo
obrigatório como o caso do
membros, e de dividi-los de certo Muito desenvolvidos Japão.
modo. Eis por que já prepara, por Suicídio: altruísta: o individuo é
suas próprias mãos, por meio da levado a tirar a vida em respeito
educação, os trabalhadores aos valores da colectividade…
especiais de que necessita. É, pois,
por ela e para ela que a educação
se diversifica

Suicídio anímico: aquele que


deriva da desorganização social.
Os seus estudou
demonstrou que mesmo
Um dos estudos um acto pessoal como
clássicos da suicídio é influenciado
sociologia que pelo mundo social.
explora a relação Constatou que esse
do individuo com a fenómeno decorre não
sociedade (análise apenas por factores
psicopatológicos
de Durkheim sobre
individuais mas por
o suicídio). factores sociais

Teoria do
Durkheim foi o
Suicídio primeiro a explicar de
Ao examinar alguns casos de suicídio
em França, descobriu que
forma sociológica determinadas categorias de pessoas
este fenómeno. Logo, eram propensas a cometer suicídio
o suicídio é um facto por exemplo: verificou mais suicídios
social que apenas entre os homens do que entre as
podia ser explicado mulheres, entre protestantes do que
entre católicos, mais entre os ricos
por outros factos do que os pobres e mais entre
sociais. solteiros do que em casados.
Este estudo levaram a Durkhiem
Suicídio Fatalista: quando o
a concluir que existem forças
individuo era excessivamente
sociais externas ao individuo que
regulado pela sociedade, ou
influenciam as taxas de suicídio.
seja a opressão do individuo
O autor relacionou a sua
traduz-se num sentimento de
explicação com a ideia de
impotência social.
solidariedade e de regulação
social

Teoria do
Suicídio Suicídio Anómico: aquele
As pessoas que estavam
solidamente integradas
em grupos sociais, e cujos
que deriva da
desejos se regiam com as
desorganização
normas sociais, tinham
social/instabilidade social
menor probabilidade de se
suicidar;

Suicídio Egoísta: Suicídio altruísta: o


caracteriza-se por uma individuo é levado a tirar a
fraca integração social e vida em respeito aos
ocorrem quando o valores da colectividade…
individuo está isolado.
Max Webber-
1864-1920
Acção Social
Acção social de Max Weber foi um grande erudito e o seu campo de actuação não se limitou somente na área da
Propôs-se em compreender a natureza e as causas da
Max Weber A
ostarefa
Na sua perspectiva,Defendeu ada
factores sociologia
ideia
económicos erasociologia
de que aeram
Um elemento importante da perspectiva
sobreeas
nas
procurar
sociologia
importantes
devia
mudança
mudanças
acção
entender
centra-se
mas as
social
sociológica
estruturas,
socialsociais.
.
era
onasentido
ideias
acção da tinham impacto
e os social
valores
. a ideia do tipo ideal
 Weber identificou um componente universal e específico da vida social entre
os seres humanos e, ao mesmo tempo fundamental para organização social
entre os seres humanos( Vila Nova,p.84 2009)

 A acção social é a comunicação dentro da sociedade, e tem como objectivo


principal uma intenção, a qual é orientada para o (outro).

 Ou seja, a acção social envolve acções e reacções é estabelecida quando


entramos em contacto com o outro, afectando seu comportamento( possui
significado atribuido).
 Em toda humana é necessariamente social

 Para Max Weber, a função do sociólogo é compreender o sentido da acções


sociais, e fazê-lo é encontrar as causas que as determinam. 
Todo indivíduo, ao agir,
(actor social), age guiado
por motivações que, por
sua vez, são baseadas em
valores

COMPREENSÃO
SOCIAL
O cientista deve descobrir
Um actor age sempre em
os possíveis significados
função de sua motivação
(sentidos) da acção
e da consciência de agir
humana presente na
em relação a outros
realidade social que
atores.
interessa estudar.
ACÇÃO RACIONAL COM
ACÇÃO TRADICIONAL ACÇÃO AFETIVA
RELAÇÃO A VALORES

Tipologia da ACÇÃO RACIONAL COM Determinada por um


especialmente emotiva,
determinada afectos e
RELAÇÃO A FINS costume familiares”
acção social estados sentimentais actuais

determinada por
determinada pela crença
expectativas, condições ou
consciente em valores
meios para alcançar fins
(ético, estético, religioso ou
próprios, racionalmente
qualquer outra forma)”
perseguidos
Karl Marx-
1818-1883
“ A sociedade se resume à
luta de classes”
 As ideias de Karl Marx contrastam as de Comte e Durkhiem.
 Marx teve interesse pelo movimento operário europeu e pelas
ideias socialistas.
 A maior parte dos seus estudos centrou-se nas questões
económicas com enfase na organização social.
 A Concepção de Marx é que a organização social se baseia nas
relações de produção.
Karl Marx e as  As relações de produção entre os homens dependem das suas
Classes sociais relações com os meios de produção.
 Este meios podem ser: máquinas, terra, ferramentas, matérias
primas e as fábricas.
 Os homens são diferenciados em classes sociais. Os que detêm a
posse dos meios de produção podem apropriar-se dos que não
possuindo estes meios, só têm mesmo a vender a força de
trabalho para sobreviver.
 As classes só existem nas relações de classe e, mais precisamente
nas lutas de classe que opõem classes antagónicas.

 Por um lado os detentores dos meios de produção - proprietários


fundiários e capitalistas – e, por outro, os que só detêm a sua força
Karl Marx de trabalho – os proletários.

 Classe é o conjunto de agentes que no processo de produção,


estão nas mesmas condições.
 Pode falar-se em classe social quando um conjunto de pessoas
têm em comum:
 a) oportunidades de vida.
 b) interesses económicos ( posse de bens /oportunidade de
rendimentos ).
 c) Condições de mercado de bens ou de trabalho.
Classes sociais
A situação de classe é uma situação de mercado. A situação de
estatuto integra toda a componente típica da vida das pessoas,
determinada por uma atribuição social de prestígio, positivo ou
negativo.
A pertença a um grupo de estatuto social refere-se à partilha de
um certo estilo de vida.
Filosofia
 2- Lógica, O Pensamento e o Discurso

 2.1- A lógica na perspectiva de Aristóteles

 2.2- Lógica Simbólica

 2.3- Verdade vs Validade

 2.4- Silogismos

 2.5- Falácias

 2.6- Dedução, Indução e Hipótese

 2.7- As dimensões do Discurso


Filosofia
 A Lógica etimologicamente vem do grego clássica logos, que
significa palavra “pensar, expressão, discurso, ideia, argumento,
relato, razão lógica ou princípios lógicos” e é uma ciência de
natureza matemática e fortemente ligado a filosofia.
 Em diversas manuais e dicionários alguns autores apontam diversas
definições de vários pontos de vistas como por exemplo:
Lógica,
        - Para Liard a lógica é a ciência das formas do pensamento;
O Pensamento e         - Para L. Hegermberg : lógica é a linguagem que estrutura as
o Discurso linguagens descritivas.
        -Para Gofredo Telles Junior:  Lógica é a ciência de argumentação
e descrição de operações de raciocinar; e
        Para Jackes Maritain:  Lógica é a arte que dirige o período, acto
da razão, isto é, que nos permite chegar com ordem facilmente e
sem erro, ao próprio acto da razão.
Filosofia

Perante estas conceituações, podemos concluir que a lógica é a disciplina que trata as
formas do pensamento da linguagem descritiva do pensamento, das leis de
argumentação e raciocínio corrente dos métodos e dos princípios que regem o
pensamento.
Lógica, Na filosofia a lógica é uma disciplina propedêutica, é o instrumento que vai permitir o
caminho a verdade.
O Pensamento e
Já que o pensamento é a manifestação do conhecimento, e que o conhecimento busca
o Discurso a verdade, é preciso estabelecer algumas regras para que essa meta possa ser atingida.
Assim a lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar, ou do pensar
correcto, portanto um instrumento de pensar.
Segundo Da Costa (1994:256) Lógica é a designação para o estudo de sistemas
prescritos de raciocínio, ou seja, sistemas que definem como se deveria pensar para
não errar, usando a razão, dedutivamente e indutivamente.
Filosofia

O príncipio organizada da lógica clássica foi definido


pela primeira vez por Aristóteles, com a sua obra
chamada Organon, que passou a designar por Lógica
Aristotélica (o sistema lógico desenvolvido por ele a
quem se deve o primeiro estudo do raciocínio), o
fundador da lógica (Aristóteles) dividiu a lógica em
formal e material:

A lógica na perspectiva -Lógica Formal ou Lógica Simbólica – preocupa-


de Aristóteles se basicamente, com a estrutura do raciocínio;
lida com a relação entre conceitos e fornece um
meio de compor provas de declaração. Na Lógica
Formal os conceitos são rigorosamente definidos,
e as orações são transformadas em simbolos.

-Lógica Material – trata-se de aplicação de operações


do pensamento segundo a matéria ou natureza do
objecto a conhecer. Neste caso à lógica é a própria
metodologia de cada ciência. É somente campo da
lógica material que se fala da verdade; o argumento é
valido quando as premissas são verdadeiras e se
relacionam adequadamente a conclusão.
 Em suma, A lógica sendo a disciplina filosófica que cuida das
regras de bem pensar ou do pensar correcto; foi fundado por
Lógica, Aristóteles com a sua obra Organon. A divisão da lógica é muito
vasta e complexa, mas a filosofia propõe a lógica formal e a lógica
material.
O  Há elementos básicos que são necessários para a compreensão da
lógica como a linguagem, comunicação, discurso e o pensamento
Pensament que estão associado com sua definição.

oeo  Contudo, a lógica trata das dimensões do discurso humano onde


se focaliza as dimensões sintácticas, semântica e a pragmática e
que estão extremamente ligados entre si; e por fim aquistão de
Discurso domino das tecnologias na comunicação actual.
A lógica estuda as condições do pensamento válido, isto é, do pensamento e discurso
que procuram alcançar a verdade, apesar de haver um estreita ligação entre elas.

O pensamento exprime nossa existência como seres racionais e capazes de


conhecimentos abstracto e intelectual e sobretudo manifestar a capacidade para dar
a si mesmo leis, regras e princípios para alcançar a verdade de alguma coisa.
LINGUAGEM,
PENSAMENTO E O termo discurso é usado na filosofia para significar uma operação intelectual que
DISCURSO se processa por uma serié de operações elementares e sucessivas, numa sequência
ordenada dos antecedentes, procurando chegar a determinadas conclusões.

O discurso tem uma ligação forte com a lógica, visto que é considerada a ciência
reflexiva. Para os linguístas o discurso é, em primeiro lugar, um acontecimento de
linguagem, uma actualização da língua na palavra, materializada no acto da fala e
num acto de comunicação linguística e o discurso segundo DUBOIS (1973) designa
todo enunciado superior a frase.
 A lógica é extensivamente usada em áreas como inteligência artificial e ciências de
computação; desde década 50 e 60, pesquisadores previam que quando o conhecimento
humano pudesse ser expresso usando a lógica como a capacidade de pensar, ou seja,
inteligência artificial.
a)      Informática
 Criado por Philippe Dreyfus, em 1962 e introduziu oficialmente a informática como a
ciência do tratamento racional, por maquinas automáticas da informação considerada
como suporte dos acontecimentos e das comunicações nos domínios técnicos, económicos
OS NOVOS e social.
DOMÍNIOS DA  b)     Cibernética
LÓGICA E SUAS  Platão usou o termo para designar a “arte” de pilotar navios mais a teoria cibernética
(1958) posta por matemático Norte-Americano Norbert Wiener que passo a ser ciência da
IMPLICAÇÕES comunicação e do controlo de homens e as maquinas. Com o fruto do seu trabalho, deste
movimento surge o primeiro computador da nossa era que se desenvolveu a posterior
robotização.
 c)      Inteligência Artificial
 É o domínio relativamente recente que começa com o desenvolvimento dos computadores
que oferece enorme possibilidade de armazenamento e processamento de informação a
altas velocidades. A inteligência encontra sua fonte de inspiração na inteligência natural
dos seres humanos.
 A verdade e a validade são diferentes.
 A verdade (tal como a falsidade) é uma característica das proposições.
 A validade (tal como a invalidade) é uma característica dos argumentos.
 Por isso, é incorrecto dizer que uma proposição é válida ou inválida, tal
como é incorrecto dizer que um argumento é verdadeiro ou falso.
Verdade e  Todavia, isso não significa que a validade e a verdade não têm nenhuma
relação.
Validade  Pode-se falar de verdade sem falar de validade, tal como se pode falar
de proposições sem falar de argumentos.
 No entanto, não se pode falar de validade sem falar de verdade, tal
como não se pode explicar bem o que é um argumento sem falar de
proposições.
 A validade diz respeito à relação entre o valor de verdade das
premissas e o valor de verdade da conclusão. Um argumento válido é
um argumento em que as premissas justificam a conclusão, pois ela é
uma consequência lógica delas. Ora, isso significa que a verdade das
premissas assegura (de modo necessário no caso dos argumentos
dedutivos e de modo provável no caso dos argumentos não dedutivos) a
verdade da conclusão.
Verdade e  Um argumento válido pode ser constituído por proposições falsas, mas
Validade o facto de ser válido, de haver um nexo lógico entre premissas e
conclusão, permite-nos perceber que caso as premissas fossem
verdadeiras a conclusão também seria.
 A verdade e a falsidade são características possíveis das diferentes
partes de um argumento: premissas e conclusão. A validade e a
invalidade são características da ligação dessas partes – ou seja, do
próprio argumento.
 Podemos dizer que um argumento válido é um argumento
correctamente ligado, correctamente organizado – de tal modo
que a verdade de uma parte (premissas) leva à verdade da outra
Verdade e parte (conclusão).

Validade  Um argumento inválido é um argumento incorrectamente ligado,


incorrectamente organizado – de tal modo que a verdade de uma
parte (premissas) não leva à verdade da outra parte (conclusão).
 Um silogismo é uma combinação de premissas das quais é inferida uma conclusão,
com um termo médio que liga dois termos contidos nas premissas. Logo um
silogismo, deve ter três termos.
 Estrutura do silogismo:
 A ideia geral do silogismo é a seguinte:
 A é verdade de B
 A é verdade de C
 Logo B é verdade de C

Silogismos
 O termo maior( predicado da conclusão)
 O termo menor(sujeito da conclusão)
 conclusão
 A função do termo médio é de ligar os termos( maior e menor).
 A 1ª proposição é dita premissa maior;
 A 2ª proposição é dita premissa menor;
 A 3ª proposição é dita conclusão
Desde os tempos medievais, os quatro tipos de proposições
categóricas são indicadas por letras:

Universal Universal negativa Particular Particular negativa


Afirmativa afirmativa
Todo S são P Nenhum S é P Alguns S são P Alguns S não são P
Classificação
das Exemplo: Todos Exemplo: Nenhum Exemplo: Alguns estudantes
proposições os estudantes sã estudantes é
Angolano
Alguns
estudantes são
não são Angolanos

Angolanos Angolanos
A figura do silogismo referem-se à posição ocupada pelo termo
médio nas premissas.
1ª figura 2ª Figura 3ª Figura 4ª figura
O termo médio é o sujeito na O termo médio é predicado O termo médio é o termo médio é
premissa maior e predicado na em ambas as premissas sujeito em ambas predicado na
premissa menor. as premissas premissa maior e
sujeito na menor

Figura dos
Silogismos 1-Todos os homens são atletas.
(premissa maior)
2. Os Angolanos são homens.
Todos os homens jogam
futebol.
Nenhum indiano joga
Todos os
religiosos são
pais.
Nenhum militar é do
desportista.
Alguns desportistas
(premissa menor) futebol. Todos os são militares.
Logo, os angolanos são atletas. Logo, nenhum indiano é religiosos são Logo, alguns
homem. pessoas honestas. desportistas não são
militares.
Logo, algumas
pessoas honestas
são pais.
 Regras do silogismo: segundo alguns teóricos, em cada figura, cada uma das proposições
pode assumir quatro formas( a, e, i, o) e deve apresentar 4*4*4= 64 modos. No total são
256modos. (4*64).
 Todavia as regras demonstrativas do silogismos excluem vários modos até 19 que são
 Regras dos considerados válidos. Ou seja os modos não válidos não estabelecem uma relação de
dedução entre os termos contidos nas premissas.
Silogismos  Regras demonstrativas do silogismo:
(Chauí, Introdução a Filosofia, vol.
I, pag. 370)
 1- um silogismo só deve possuir três termos( maior, menor e o médio);

 2- o termo médio deve aparecer nas duas premissas, pelo menos em uma das premissas em
toda a sua extensão( universal);

 3- Nenhum termo pode ser mais extenso na conclusão do que nas premissas.
 4- a conclusão não pode conter o termo médio; apenas os termos maior e menor que

são conectados com o termo médio.

 5- se as duas premissas forem negativas nada se pode concluir;


Regras dos  6-Duas premissas afirmativas devem ter conclusão afirmativa;
Silogismos  7-A conclusão sempre acompanha a parte mais fraca( no caso particular);

 8- se uma premissa for negativa, a conclusão deverá ser negativa;

 9- se houver uma premissa particular, a conclusão deverá ser particular;

 De duas premissas particulares ( sejam afirmativas ou negativas) nada de pode concluir.


Falacias Tipo Definição

Formais: Afirmação do Esta falácia tem a aparência de uma


  consequente dedução logicamente válida, mas na
  verdade é inválida.
Constituídas por
 
raciocínios
inválidos de
Ex: "Se caíres na piscina, ficarás todo
natureza molhado. Você está todo molhado, logo
descritiva caiu na piscina."
Falácias
Negação do Tem origem em má interpretação de
consequente princípios lógicos simples.
Ex: Se o preço do dólar subir, você ficará
rico. O preço do dólar não subiu, portanto
você não ficou rico.
Informais: Apelo a pena A aceitação do argumento é justificado pelo uso de
(Ad Misericordiam) termos que procuram conquistar a simpatia ou a
  ligação emocional das pessoas com o objecto da
Falácias cujas premissas conclusão, mesmo desconsiderando as evidências do
não são relevantes para a contrário.
conclusão; Não fornecem Ex: Advogado: " o Juíz acaba de demonstrar que o réu
dados suficientes para matou seu pai e sua mãe."
garantir a conclusão; estão Réu: "Como podem vocês me condenar? Não veem
formuladas com linguagem que agora eu sou um pobre órfão?"
ambígua. Apelo à Ignorância é um argumento falacioso que conclui que algo é
A capacidade persuasiva (Ad Ignorantum) verdadeiro só porque não pode ser provado como
desses argumentos, está falso, ou vice-versa.
 
Falácias frequentemente no
impacto psicológico sobre o
público
Ex: "Existe vida em outro planeta, pois nunca
provaram o contrário."
"Como não provaram que fantasmas não existem,
Informais  
  Apelo à Autoridade
então eles devem existir."
Ocorre quando procuramos suportar o argumento na
(Ad Verecundiam) declaração de uma autoridade que faz comentário
  fora de sua área de especialidade.
  EX: "Albert Einstein falou que a cada maço de cigarros
que alguém fuma, terá sua vida reduzida em 5 dias."
 
Apelo à Força Este caso ocorre quando a tentativa de persuadir alguém é feito
  não através da força da argumentação, mas sim pelo uso de
ameaças. É claro que nestes casos pouco importa a qualidade
das premissas, já que a força é o que se está propondo
indevidamente como justificativa da conclusão.
Ex:
O Filho para a mãe:
"Mãe, porque tenho que tomar banho todos os dias?"
"Porque sim, não discuta, sou sua mãe e se você não me
obedecer, ficará de castigo."
 
Falácias
Informais
Apelo ao Público Justifica-se o argumento falaciosos por causa de sua
  popularidade, ou seja, a maioria concorda com o que se está
alegando.
 
Ex: “Todos estão a votar para que a Joana seja a líder do
projecto, por isso você deve votar nela também.”
Argumentum ad hominem Essa falácia consiste em referir-se ao oponente de forma pessoal
(ataque ao argumentador) e abusiva por meio de insultos e ataques verbais. Usamos o "ad
  hominem" como arma para desacreditar ou reduzir a força da
 
argumentação de nosso adversário.
Ex:
Ateísmo é uma filosofia malévola, praticada por comunistas e
assassinos."
" Se foi um burguês quem disse isso, certamente é um engodo."
"O senhor está bêbado, como posso aceitar que me diga para
não estacionar meu carro em cima do passeio?"

Falácias Clamando pela Questão


(Petitio Principii)
Ocorre quando as premissas são tão questionáveis quanto a
conclusão alcançada.
 
Informais "Sócrates tentou corromper a juventude da Grécia, logo foi justo
condená-lo à morte"
 
“Eu não sou um marginal, porque não fiz nada de criminoso."
 

Tu Quoque Essa falácia se estabelece quando se usa os erros cometidos por


(Você Também) outros - principalmente pelo próprio oponente na discussão -
  para desconsiderar o argumento apresentado.
 
Ex: "Como posso aceitar o argumento de que fumar faz mal à
saúde, se é dito por um médico que fuma tanto quanto eu?"
Tu Quoque Essa falácia se estabelece quando se usa os
(Você Também) erros cometidos por outros - principalmente
  pelo próprio oponente na discussão - para
  desconsiderar o argumento apresentado.
Ex: "Como posso aceitar o argumento de que
fumar faz mal à saúde, se é dito por um
médico que fuma tanto quanto eu?"

Apelo à Tradição Argumento em que se justifica sua aceitação


Falácias (Ad Antiquitatem) baseado no facto de que "sempre foi feito
  assim."
Ex: Nesta empresa nunca foi permitido que
mulheres ascendessem à posição de diretoria;
sempre foi assim, e não é por termos agora
acionistas feministas que isto precisa mudar."
Espantalho A falácia do espantalho é uma tentativa de reconstrução do argumento
  oponente de forma diferente, mais fraca e não representativa da
intenção original do argumentador. Em outras palavras transforma-se o
argumento original em um” espantalho”.
EX: João: “Eu acho que o capitalismo é bom porque ele incentiva as
pessoas a trabalhar e poupar”.
José: “Você acha que o capitalismo é bom porque diz que a riqueza vem
a mão de quem trabalha, mas isso é claramente falso, já que muitas
ricas simplesmente herdam suas fortunas sem nunca trabalhar, por isso
capitalismo é um fracasso.” 
Falácias José acabou de reconstruir um espantalho, pois transformou o
argumento de João na ideia de que herdeiros conseguem riquezas sem
trabalhar e isso seria, na sua visão, um demérito do sistema capitalista
Informais capaz de aniquilar todo as outras vantagens. Mas José nada disse sobre
o que João realmente argumentos, a idéia de que o capitalismo
incentiva o trabalho e a poupança.
 

Ad Logicam  Esta Falácia propõe que uma conclusão é falsa só porque foi
  anteriormente apresentada como resultado de um argumento
(Falácia da falaciosos. Se o argumento for falacioso ainda não podemos deduzir
Falácia) que a sua conclusão é falsa: ela pode ser suportada por um outro
  argumento, mais bem-sucedido.
Ad Lo g ic a m Esta Fa lá c ia p ro p õ e q ue uma c o nc lusã o é fa lsa só p o rq ue fo i
a nte rio rme nte a p re se nta d a c o mo re sulta d o d e um a rg ume nto
(Fa lá c ia da Fa lá c ia ) fa la c io so s. Se o a rg ume nto fo r fa la c io so a ind a nã o p o d e mo s
d e d uzir q ue a sua c o nc lusã o é fa lsa : e la p o d e se r sup o rta d a p o r
um o utro a rg ume nto , ma is b e m-suc e d id o .
No Se quitur Re p re se nta e m g e ra l a rg ume nto s q ue te m no mínimo uma
(Nã o Há Explic a ç ã o ) d e sc ulp a inc o e re nte .
No Se q uitur o c o rre q ua nd o nã o há c o ne xã o ló g ic a e ntre
p re missa e c o nc lusõ e s, to d o s o s a rg ume nto s p re c isa m q ue a s
p re missa s le v e m-no s a c re r na v e ra c id a d e d a c o nc lusã o . O s
a rg ume nto s q ue c o me te m o No Se q uitur fa lha m ne sse se ntid o .
Po d e a té se r q ue a c o nc lusã o se ja v e rd a d e ira , ma s nã o fo i p o r
c a usa d a s p re missa s utiliza d a s.
Falácias Ex: “p ro te g e nd o o s ma c a c o s, e sta re mo s p ro te g e nd o no s
me smo s, p o rq ue e le s sã o o s a nima is ma is p ró ximo s d o ho me m.
Brig itte Ba rd o t, d ura nte EC O -92 (Styc e r 1996)
Que stã o Co mple xa A p rinc ip a l id e ia d e sta fa lá c ia é c o lo c a r uma q ue stã o q ue nã o
imp o rta q ue re sp o sta s te nha , c o mp ro me te o o p o sito r. Q ue m fo r
te nta r re sp o nd e r a q ua lq ue r uma d e sta s p e rg unta s, e sta rá e m
a p uro s.
Ex: “O nd e fo i q ue v o c ê e sc o nd e u o d inhe iro q ue ro ub o u? ”
É o o p o sto d o Ap e lo à Tra d iç ã o . No Ap e lo a o No v o , a ssume -se
Ape lo a o No vo q ue uma id e ia , le i, p o lític a , e tc , é b o a , simple sme nte po rque é
no va .
"No sso time p e rd e u fe io na te mp o ra d a p a ssa d a , ma s a g o ra a s
c o isa s v ã o mud a r, g ra ç a s a o no v o té c nic o q ue a c a b a mo s d e
c o ntra ta r."
Ape lo à Emo ç ão Esse tipo d e fa lá c ia o c orre q ua ndo se te nta a rg ume nta r c om
a lg ué m q ue fa z uso de fo rte s e moç õe s o u se ntime ntos - p ositivos
o u ne ga tiv os - e m ve z de a pre se nta r pre missa s e e vidê ncia s
c onv inc ente s. As e moç õe s tip ic a me nte usa da s sã o a inve ja , a
ra iva , o me do - va ria nte s de ste c a so sã o c ha ma d a s de Ape lo à
Fo rç a - ou o a mo r, a c ob iç a , a c ulp a , ve rg onha , e tc .
Se ntime nto s usa do s c om fre q uê nc ia inc lue m p a tiotrismo , no ç õe s
d e c unho fa milia r, e tc .
Ex: "Se i que vo c ês, d e sta c ida de , nã o a gue nta m ma is v e r ric os e
p ode roso s se e nrique ce nd o c om o dinhe iro púb lic o, e nq ua nto
nó s a q ui p a ssa mo s ne c e ssida de . Por isso, pe ç o se u voto , pa ra
Falacias Falác ia do Ac ide nte
p ode r mud a r e sse e sta d o d e c o isa s."
Oc orre qua nd o uma re gra g e ra l é a p lic a da a um c a so p a rtic ular
Dic to Simplic ite r q ue pod e se r uma e xc e ç ã o.
"Cristã o s e m ge ra l o d e ia m os a te ísta s. Vo c ê é um c ristã o ,
p orta nto d e ve o dia r os a te ísta s."

Culpado po r Assoc iaç ã o Oc orre qua nd o se re futa um a rg ume nto b a se a do a p e na s na


Guilt by Assoc iatio n id e ia de q ue e sse s a rgume nto s sã o típ ic o s de um grupo d e
p e ssoa s no to ria me nte c ritic áve is.
"Como v o c ê pod e vota r no José pa ra líd e r da c omunid a de ?
Voc ê sa b ia q ue to d a s a s g ra nde s indústria s po luid ora s o e stã o
a poia nd o?"
 A Dedução e a indução são procedimentos racionais que nos levam do já conhecido ao
ainda não conhecido, isto é, permitem que adquiramos conhecimentos novos graças a
conhecimentos já adquiridos.
 Dedução.
 A dedução consiste em partir de uma verdade já conhecida (seja por intuição, seja por
Dedução, uma demonstração anterior) e que funciona como um princípio geral ao qual se
subordinam todos os casos que serão demonstrados a partir dela.
Indução e  Em outras palavras, na dedução parte-se de uma verdade já conhecida para
demonstrar que ela se aplica a todos os casos particulares iguais. Por isso também se
Hipóteses em diz que a dedução vai do geral ao particular ou do universal ao individual. O ponto de
partida de uma dedução é ou uma idéia verdadeira ou uma teoria verdadeira.
filosofia  Por exemplo, se definirmos que :
 Todo ser humano é mortal e racional.
 e João, Marcos e Maria são humanos,
 então, eles serão mortais e racionais. Neste caso, Parte-se uma teoria geral para
chegar a uma conclusão em relação a seres particulares.
 Indução.
 A indução realiza um caminho contrário ao da dedução. Com
a indução, partimos de casos particulares iguais ou
semelhantes e procuramos a lei geral, a definição geral ou a
teoria geral que explica e subordina todos esses casos
particulares.
 A definição ou a teoria são obtidas no ponto final do
percurso.
Indução  Por exemplo:
 Os livros de Matemática e de Física têm capas vermelhas e
foram obras literárias do INIDE.
 Eu tenho um livro que tem capa vermelha,
 então, esse livro será obra literária do INIDE.
Método
Hipotético- 1.
problema,
2. solução
proposta
3. testes de
falseamento

Dedutivo CONH
PROB Teoria
FALSE
que surge,
em geral,
de
consistindo
numa nova
teoria com
: tentativas
de
refutação,
ECIME AMEN base na entre outros

(Popper) NTO
LEMA s
TO
conflitos,
expectativ
as e
dedução de
na forma de
proposições
meios, pela
observação
e
teorias passíveis de experimenta
existentes; teste; ção.
a) Colocação do Problema:
Descoberta do problema - encontro de lacunas ou incoerências no que já
existe;
Método
Hipotético- Formulação do problema - colocação de uma questão que tenha alguma
Dedutivo probabilidade de ser correcta;

( Bunge)
b) Construção de um modelo Teórico:
seleção dos factores pertinentes - suposições plausíveis que se relacionem
a variáveis supostamente pertinentes( construção de hipoteses);
C) Dedução de conseqüências particulares: procura de suportes empíricos -
tendo em vista as verificações disponíveis ou concebíveis.

Método
d) Teste das hipóteses: observações, medições, experimentos; realização
Hipotético- das operações planificadas e nova coleta de dados; elaboração dos dados -
Dedutivo procedimentos de classificação, análise, redução inferência da conclusão - à
luz do modelo teórico, interpretação dos dados já elaborados.
( Bunge)
e) Adição ou introdução das conclusões na teoria:
reajuste do modelo - caso necessário, eventual correcção ou sugestões para
trabalhos posteriores - caso o modelo não tenha sido confirmado, procura
dos erros ou na teoria ou nos procedimentos empíricos; caso contrário
poderá servir de para inclusão nas outras areas do saber.
 O discurso humano é constituído por diversas dimensões onde se destacam
as seguintes:
 a) Dimensão Sintáctica: é o plano ou grau de todo o conjunto dos meios
que nos permite organizar os enunciados, afectar a cada palavra uma função
e marcar as relações que se estabelecem entre as palavras sem por em causa
a ordem das palavras.
 b) Dimensão Semântica : trata das relações dos signos (as palavras e
AS DIMENSÕES DO frases) com os seus significados e destes com as realidades que dizem
DISCURSO HUMANO respeito. No domínio da semântica podemos considerar a semântica lexical
(significação de palavras), semântica da frase (significado da
palavra/contexto) e a semântica do discurso (frase e enunciado).
 c) Dimensão Pragmática o estudo do uso das preposições; a linguagem
procura ter em conta a adaptação das expressões simbólicas aos contextos
referencial, situacional, de acção interpessoal. A pragmática procura o
sentido nos sistemas de signos, considerando sempre o contexto.
 Não se pode isolar as três dimensões de discurso, pois, por exemplo; a
sintaxe preocupa-se com a forma gramatical da linguagem; a semântica
coloca o problema do significado das palavras e frases e a pragmática
preocupa-se com o uso da linguagem num dado contexto.
 As Três Dimensões do Discurso: Sintaxe, Semântica,
Pragmática
 Charles Peirce (1839-1914) foi quem pela primeira vez imaginou o
projecto de uma teoria geral dos signos ou uma semiótica, uma
ciência da linguagem.
 Para Peirce, a lógica não é senão um outro nome da semiótica.
Charles Morris (1901-1979) e Rudolph Carnap (1891-1970),
As dimensões retomando a ideia de Peirce, concebem a semiótica como dividida
em três partes: a sintaxe, a semântica e a pragmática.
do discurso  c.1) A sintaxe estuda as relações entre os signos (as relações que
os signos estabelecem ou podem estabelecer uns com os outros),
independentemente da sua significação.
 A sintaxe é a teoria das leis formais de formação e de
transformação das relações entre signos, no interior do sistema da
língua, fixando os modos corretos de associação de signos no
interior do discurso.
 O estudo das relações entre signos pertence à sintaxe gramatical.

 A sintaxe diz respeito à disposição e combinação dos signos nas


frases (proposições) e das frases no discurso.
 Fala-se de sintaxe lógica quando aquele estudo passa do domínio
As dimensões das linguagens naturais para o domínio mais restrito das
linguagens formalizadas que visam pôr a claro o aspeto formal,
do discurso sintático, das linguagens científicas.
 a semântica diz respeito ao estudo das significações das
expressões linguísticas, enquanto estas designam ou denotam
uma referência (objeto extralinguístico), dizendo alguma coisa (a
frase, o discurso) acerca de alguma coisa (as coisas, o mundo)
 A pragmática diz respeito às relações entre os signos e os seus
utilizadores, à relação entre os signos e os usos que deles fazemos
em diferentes contextos.

 A análise pragmática do discurso chama a atenção para o facto de


que o sentido das expressões linguísticas não deriva apenas das
respetivas estruturas sintáticas e das suas relações semânticas, mas
Pragmática também do seu uso contextual, enraizado na esfera intersubjetiva,
social, que é a da comunicação.

 Mais radicalmente do que pelas suas dimensões sintática e


semântica, a linguagem significa efetivamente enquanto é meio de
comunicação de significações intersubjectivamente (quer dizer,
socialmente) partilháveis, em contextos específicos, de algum modo
comuns ao emissor e ao receptor.
 A possibilidade de uma comunicação efetiva entre um emissor e
um receptor exige, não apenas uma comunidade de código
(signos, regras sintáticas, catálogo de significados), mas também
a comparticipação do emissor e do receptor, do orador e do
auditório, de um mesmo contexto de uso do discurso.

Pragmática  Assim a compreensão do discurso exige, para além da


consideração dos seus aspectos sintático e semântico, uma
competência pragmática, uma capacidade de usar eficazmente a
linguagem "no interior de um universo de crenças comuns sobre a
natureza das coisas, dentro do quadro de um sistema de
instituições sociais" (N. Chomsky).
Sociologia
 3- Cultura e Globalização

 3.1- O que é cultura?

 3.2- Aculturação, Contracultura e Aculturação

 3.3- Etnocentrismo e Relativismo Cultural

 3.4- O que realmente é a Globalização?

 3.5- Vantagens e desvantagens da Globalização

 3.6- A questão dos Valores Cívicos e Morais


 Diferente dos animais o homem aprendeu a usar roupas, criar
inovações, instrumentos e conseguiu transmitir para as outras
Conceitos de gerações tudo aquilo que descobria;

Cultura e  O entendimento de cultura envolve hábitos, costumes e valores;


Sociedade
(Anthony  A cultura não pode ser entendida como melhor ou inferior a outra-
Guiddens) serão somente diferentes;
 Uma sociedade é um sistema de inter-relações
que envolve os indivíduos colectivamente;
Conceitos de
Cultura e  O que une as sociedades é o facto dos seus
membros se organizarem em relações sociais
Sociedade estruturadas segundo uma única cultura;
(Anthony
Guiddens)  As culturas não podem existir sem sociedades
do mesmo modo, nenhuma sociedade pode
existir sem cultura.
 Os sociólogos falam do conceito de cultura, referindo-se como aspectos
das sociedades humanas que são apreendidos e herdados. Esses
elementos são partilhados pelos membros da sociedade, por meio de
crenças, ideias, valores, símbolos e objectos.

Conceitos de  Existem diversidade acerca da definição de cultura;

Cultura e
 Allan Johnson( dicionário de sociologia) define cultura como sendo um
Sociedade conjunto de símbolos, ideias e produtos materiais associados a um
sistema social, seja família ou sociedade;

 Edward Taylor ( 1871) afirmou que cultura é todo o complexo que inclui
conhecimento, crença, arte, moral, direito, costume e outras
capacidades e hábitos adquiridos pelo homem como sendo membro da
sociedade
Transmissão da herança cultural

Características Compreende totalmente a criação humana

da cultura
Característica exclusiva das sociedades
humanas
 Aculturação ocorre quando grupos de indivíduos de culturas diferentes
entram em contacto directo e contínuo, com mudanças resultantes de
um deles ou ambos os grupos.
 Aculturação ocorre quando grupos de indivíduos de culturas diferentes
Aculturação, entram em contacto directo e contínuo, com mudanças resultantes de
um deles ou ambos os grupos.
subcultura e
contracultura  A fusão de duas culturas diferentes quando entram em contato
contínuo originam mudanças nos padrões da cultura de ambos os
grupos. Pode abranger numerosos traços culturais, apesar de na troca
recíproca entre as duas culturas, um grupo dar mais e receber menos.
 Subcultura: Significa alguma variação da cultura total. Pode ser
considerada como um meio peculiar de vida de um grupo menor
dentro de uma sociedade maior.
 Contracultura:
Etnocentrismo
é a tendência de valorizarmos a nossa cultura, como sendo a mais
importante, para avaliar e julgar as demais.

As culturas podem ser difíceis de serem entendidas quando vistas de fora.


 A concentração da riqueza, ou seja, a maior parte do dinheiro fica nos países mais
desenvolvidos, o que faz disparar o número de pessoas que vivem em extrema
pobreza.
 A diferença entre países ricos e pobres é cada vez maior. O mesmo dentro de cada
país, os pobres são cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos;
 A globalização económica, a revolução tecnológica e científica são as principais
A globalização causas do aumento do desemprego;

Vantagens e  Para reduzir custos e poder baixar os preços, as empresas tiveram de aprender a
produzir mais, com menos empregados. Ao incorporar novas tecnologias e
Desvantagens máquinas, o trabalhador perdeu espaço.
 Outra grande desvantagem é a grande dependência que temos dos grandes
países, como os EUA.
 A globalização favorece a deslocalização de empresas e empregos.
 Países que oferecem boas condições (mão-de-obra e matéria prima barata, etc…)
atraem empresas que saem de países onde o custo de produção é alto. Este facto
acaba por provocar desemprego, principalmente, nos países mais desenvolvidos).
 Podemos destacar diversas vantagens que são resultantes da globalização. Uma
das vantagens que todas as pessoas se beneficiam é justamente o produto
importado que acompanhando a globalização;
 A facilidade de comunicação;
 A globalização atraiu investimentos de outros países, o que desenvolve as
A globalização economias nacionais;
 Melhora o relacionamento com outros países;
Vantagens e  Promove as trocas comerciais internacionais, gerando assim riqueza;
Desvantagens  Os meios de transportes também impulsionaram a globalização e também
melhoraram de acordo com a mesma.
 Dentre as desvantagens, ou seja, os aspectos negativos
da globalização, podemos relatar algo que mais merece destaque que é a maior
competitividade por vagas de emprego.
 Com a grande busca por vagas de empregos muitas pessoas procuram melhores
formações profissionais e fica cada dia mais difícil conseguir um bom emprego.
 Valores morais são conceitos que adquirimos ao longo da vida
com base nos ensinamentos que recebemos da família e da
comunidade na qual estamos inseridos.

A questão dos  Estes conceitos norteiam a forma de ver o mundo e de agir em


sociedade, impondo limites ao nosso comportamento, uma vez
valores morais que muitas vezes tais valores entram em conflito com nossos
desejos e estabelem limites para nossas ações.
e cívicos
 Nesse sentido, se diferem das normas jurídicas apenas pelo facto
de que não possuem uma sanção clara e explícita, mas apenas no
plano interno de cada indivíduo.
A palavra valor vem do latim Valere, que significa “ser forte.” Assim, o
termo valor pode ser compreendido como a qualidade e importância que
nós projectamos e reconhecemos na realidade.

Os valores justificam as nossas escolhas e acções. As dimensões valorativas


são várias: valores éticos, que têm a ver com a nossa conduta, como por
A questão dos exemplo a honestidade; temos valores religiosos, relacionados com a ligação
do homem como o Outro (o transcendente), por exemplo, a santidade;
valores morais
valores estéticos, como a simetria. Existem valores políticos, como a
e cívicos participação cívica, etc. os valores não o são para todos em todos os
tempos e lugares.

A educação surge para harmonizar a diversidade de valores. A educação


constitui-se como um factor chave na organização, transmissão e
recuperação dos valores morais.
Ética é um conjunto de
conhecimentos extraídos da
investigação do
A questão dos comportamento humano ao
tentar explicar as regras
morais de forma racional,
valores morais científica e teórica. É uma
reflexão sobre a moral.

e cívicos Moral é o conjunto de regras


aplicadas no dia a dia e
usadas continuamente por
cada cidadão.

Essas regras orientam cada


indivíduo, norteando as suas
ações e os seus julgamentos
sobre o que é moral ou
imoral, certo ou errado, bom
ou mau.
 A palavra moral também tem origem latina, “mor, mores.” Este
termo significava para os latinos costume, carácter ou forma
habitual de agir.
 Assim, a moral pode ser compreendida como as regras da conduta
humana que radicam da sua capacidade e responsabilidade em
A questão dos distinguir o bem do mal.

valores morais
 Na perspectiva de Kant, a moral é a dimensão prática da razão que
e cívicos impõe regras de comportamento e acção.

 Assim sendo, o valor moral indica a qualidade de princípio


comportamental a partir da qual escolhemos e julgamos os nossos
actos.
A palavra cívica também vem do
latim Civitas que significa cidadania
romana. O objecto da cívica esta
ligado a cidadania. Para os latinos
cives, traduz-se em dizer cidadãos,
que eram distintos dos estrangeiros
(que eles chamavam de peregrini).

A questão da
moral e dos O objecto da
educação cívica pode
A cidadania é a articulação
explicativa dos direitos civis
(tais como liberdades

valores cívicos ser compreendido


como sendo a
individuais e o direito a
propriedade privada), direitos
políticos (a possibilidade de
cidadania, que quer exercer o poder) e direitos
dizer a participação sociais (segurança económica
na cidade. e social)
 O papel da educação em relação aos valores morais e cívicos é
anterior ao de resgate.
O PAPEL DA
EDUCAÇÃO EM  A educação tem um papel fundamental. A educação, enquanto
RELAÇÃO AOS processo humanizante e socializante, desperta o homem para os
VALORES MORAIS valores morais e cívicos(tem o papel primordial na manifestação
da moral e da cívica)..
E CÍVICOS
 É educação é chamada a entrar em acção quando os valores
morais e cívicos são julgados perdidos.
Para Américo Veigas
(2005), uma boa educação
moral deve abranger os
seguintes aspectos:
O sentido da liberdade e
responsabilidade;
Sentido e opção
Abertura aos apelos da pelo bem
consciência para o bem e a
verdade;
(identificar e
Motivações positivas e não escolher o bem);
defensivas ou negativas.

A educação
moral A vivência de algumas Reconhecimento da
virtudes humanas dignidade humana
fundamentais: Verdade, (com as suas liberdades
justiça, lealdade, rectidão, e igualdades
fidelidade, honestidade. fundamentais).
Respeito e promoção da vida;
O sentido do outro;
O sentido do bem comum e do
meio ambiente;
Para Rafael Yus Ramos (2002), existem 4 pilares da educação do século XXI:
incluindo
à Aprender a ser ( a educação para a saúde, educação
emocional e educação para o consumo);

à Aprender a fazer (Educação para a vida


activa; desenvolver a competência para vida,
Os pilares da ou seja conhecimento em acção);
educação
à Aprender a conhecer (estudar,
memorizar, resolver, etc.);

à e aprender a viver juntos (educação ambiental, educação


para democracia, educação para solidariedade, educação
intercultural, educação para a paz, educação para a
igualdade, educação cívica, aceitação e respeito das normas
cívicas, capacidade de desenvolver projectos comuns, etc.
(in Valores escolares y educación para la cidadania, p. 33ss).
• A desigualdade social, chamada muitas vezes de desigualdade económica, é um
problema social presente em todos os países do mundo. Ele decorre da má
distribuição de renda e da falta de investimento na área social.
Desigualdade
• Estudos afirmam que a desigualdade social surgiu com o capitalismo, que é o
Social sistema económico que passa a perpetrar a ideia de acumulação de capital e
de propriedade privada.

• Ao mesmo tempo, o capitalismo incita o princípio da maior competição e o nível


das pessoas baseados no capital e no consumo.

• A desigualdade social existe nos diferentes continentes, países, regiões, estados e


cidades. Há lugares em que os problemas são mais evidentes, por exemplo, nos
países africanos, os quais estão entre os mais desiguais do mundo.
• Desigualdade económica: desigualdade entre a distribuição de

renda.

• Desigualdade racial: desigualdade entre as raças: negro, branco.


Tipos de
Desigualdades • Desigualdade regional: desigualdade entre regiões,cidades.

• Desigualdade de género: desigualdade entre os sexos (homens e

mulheres).
A Revolução Na sociedade
Umas das
A estratificação Industrial e a características
ocidental
social esteve transformação dos contemporânea, por
fundamentais que
sistemas económicos exemplo, isto já é
presente em distingue nossa
contribuíram para possível, e a
sociedade das antigas
todas as que as questões é a possibilidade de
mobilidade social se

Estratificação épocas: desde sobre a desigualdade


social fossem melhor
mobilidade social.
Diferentemente da
dá especialmente
como consequência
os primeiros dos investimentos em
social grupos de
visualizadas,
discutidas e
percebidas,
sociedade medieval
na qual quem
nascesse servo,
educação, dos
investimentos de
indivíduos morreria servo, e na
formação e
principalmente capacitação para o
(homens das depois do advento do qual não era possível
trabalho, que podem
cavernas) até capitalismo, lutar por direitos e por
vir tanto do Estado
tornando-as mais uma oportunidade de quanto da própria
nossos tempos. evidentes. mudar de classe. iniciativa social.
Estratificação
Social
A estratificação social indica a existência de diferenças, de desigualdades entre
pessoas de uma determinada sociedade. Ela indica a existência de grupos de pessoas
que ocupam posições diferentes.

São três os principais tipos de estratificação social:


Estratificação económica: baseada na posse de bens materiais, fazendo
com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
Estratificação Estratificação política: baseada na situação de poder na
Social sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a
cada profissional pela sociedade. Por exemplo, a valorização de determinadas
profissões em detrimento de outras.
A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que
apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos,
protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc.

A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou


seja, existe estratificação porque existem desigualdades.
Podemos perceber a desigualdade em
diversas áreas:

Oportunidade de trabalho;

Cultura / lazer;

Estratificação Acesso aos meios de informação;


social
Acesso à educação;

Género (homem/mulher)

Raça; Religião; Economia (rico/pobre)


As castas  O sistema de castas é uma das formas específicas de organização social
em muitos lugares e tempos. No mundo antigo, temos uma série de
exemplos da organização em castas (Grécia, China, etc.).

 Mas é na índia que, temos a expressão mais acabada desse sistema.


Desde há muito, a Índia se organizou em um sistema de castas, em que
a hierarquização se dá com base na hereditariedade e nas profissões.
 Esse sistema é muito rígido e fechado Pode-se esquematizar a
estratificação social indiana pela seguinte pirâmide social de casta:
• brâmanes, sacerdotes e mestres da
erudiç ão sac ra. A elesc ompete
preservar a ordem social sob a
orientaç ão div ina.

Estratificação
social indiana
• x át rias, g uerreiro s qu e for mam a
ar isto cr acia mi litar; ent re el es est ão
g overn an tes, qu et êm af u nção de p rot eg er a
or dem so cial e o sag rado sab er.

pirâmide social
de casta:
• váixás, a ter ceir a gr ande
c asta, são os c omerc i antes,
os ar tesãos, os cam poneses.

• su d ra s execu tam os trabalh os man uais e as


ocup ações ser vis de to da esp éci ee co nstit u em
a cast amai s b aixa; é seu dever server
p acifi camen te às três castas sup eri or es .

parías (a ba ixo da pi râmide socia l), grupo de mis erá ve is,


se m di reito a qua isque r privil égi os, sem profiss ão
definida e que s ó i nspiram a sc o e repugnância às de ma is
cas tas ; v ive mda piedade a lhe ia; por serem cons ide rados
i mpuros, não podem banhar-se no rio Ga nge s
 As classes sociais expressam, no sentido mais preciso, a forma como as
desigualdades se estruturam nas sociedades capitalistas.
 Classe social é um grupo constituído por pessoas com padrões culturais, políticos e económicos semelhantes.

 KarI Marx foi procurou colocar no centro de sua análise a questão das classes.
Para ele, dependendo de cada situação histórica, pode-se encontrar muitas
classes no interior dessas sociedades.

 As sociedades capitalistas, são regidas por relações em que o capital e o trabalho


Classe social assalariado são dominantes, em que a propriedade privada é o fundamento e o
bem maior a ser preservado, pode-se afirmar que existem duas classes
fundamentais a burguesia (que personifica o capital) e o proletariado (que
personifica o trabalho assalariado).

 Essa desigualdade se explica porque são diferentes as relações que as pessoas


mantêm com os elementos de produção (trabalho e meios de produção). O
prestígio social está associado às relações entre as pessoas e os elementos da
produção: os proprietários dos meios de produção sempre gozam de maior
prestígio social do que os trabalhadores.
 Mobilidade social é a mudança de posição social de uma pessoa num determinado sistema
de estratificação social.
 Tipos de mobilidade social
 Vertical :
- ascendente(subida) - quando a pessoa melhora sua posição no sistema de estratificação
social, passando a integrar um grupo em geral economicamente superior ao de seu grupo
MOBILIDADE anterior;

SOCIAL - descendente(descida) - quando a pessoa piora sua posição no sistema de estratificação


social, passando a integrar um grupo em geral economicamente inferior.

Exemplo1: O filho de um câmpones que, pelo estudo, passa a fazer parte da classe média é
um exemplo de ascensão social.
Exemplo2 : A falência e o consequente empobrecimento de um Empresário, por outro lado, é
um exemplo de queda social.

 HORIZONTAL
Uma pessoa que muda de posição dentro do mesmo grupo social. Ex: Um médico (que
pretende fazer uma especialização na area da saúde). Neste exemplo verificou-se alguma
mudança de posição social, mas que, apesar disso, permaneceu na mesma classe social.
Sociologia

Investiguem os casos práticos de Angola.


Desigualdade de Género
Segundo Dias(2007) socialização é a aquisição das maneiras de
agir, pensar e sentir próprias de um grupo, de uma sociedade ou
da civilização em que o individuo vive.

Esse processo tem inicio no momento em que a pessoa nasce,


continua ao longo de toda a vida e só acaba quando ela morre.

Socialização A socialização do individuo permita que ela adquira personalidade


própria, que o diferenciará dos demais e ao tempo o identificará
com o seu grupo social;
O processo de socialização é profundamente cultural, no sentido
da definição de que a cultura é tudo que é socialmente aprendido
e partilhado pelos membros da sociedade- inclui crenças, arte,
moral, costume…
 Socialização primária: É essencial na construção do caráter do indivíduo.
Tipos de
socialização
 Socialização secundária: expectativas que a sociedade ou o grupo
depositam no indivíduo.
A FAMÍLIA

OS
Socialização A ESCOLA
AGENTES DE
OS AMIGOS

SOCIALIZAÇÃO

OS MASS MEDIA
Por imitação Por identificação :
Por aprendizagem:
:repete-se assumimos
Processo de aprende-se por
mecanicamente os comportamentos
socialização tentativas, erros e
comportamentos com os quais nos
repetição.
observados identificamos.

Processo de
Socialização
Sociologia
A idéia de controlo social aparece a primeira vez nas obras de COMTE, curso de
Filosofia Positiva (18130-1842) e Política Positiva (1851-1854) e depois nos escritos de
LERTER WARD, Sociologia Dinâmica (1883).
Os primeiros autores que utilizam a expressão controle social foram SMALL e
VINCENT, em uma “Introdução ao estudo da Sociedade” (1894).

Controlo Social A primeira obra a tratar especificamente do assunto foi “Controlo Social” de EDWARD
ROSS, escrita em 1901.
Controlo Social è qualquer meio de levar as pessoas a se comportarem de forma
socialmente aprovada( Vila Nova,2010)

A socialização é o meio básico de controlo social uma vez que através da assimilação
de valores, crenças e normas o individuo pode comportar-se de modo socialmente
aprovado.

Ralph Linton(1967), considera que o controlo social é a necessidade de reacção que


fornece ao indivíduo seu principal estímulo para uma conduta socialmente aceitável.
 A expressão controlo social se refere as técnicas, estratégias e
reforços de regular o comportamento humano em qualquer
sociedade ( a sociedade provoca aceitação das normas básicas
quer sejam formais ou informais) por meio do controlo
social(Dias,2007)
Controlo Social  Uma sociedade exerce o controlo social sob três formas:

 Socialização, a pressão do grupo e as sanções.


 Por meio da socialização que um grupo ou sociedade faz com que
os seus membros se comportem de maneira esperada. A pressão
do grupo é sentida como um processo contínuo e na maior parte,
as vezes inconsciente(mostrando por vezes desagrado ou
aprovação.
 Uma norma deve ser entendida como obrigação social à qual o
individuo está submetido. Quando num grupo existe uma norma,
os seus membros estão prontos a aplicar sanções e a intervir
quando ela é infringida.
 Há duas categorias de normas:

Normas  Formais: codificadas no direito e sancionadas pelo poder público:


leis, decretos, resoluções, os códigos, estatutos, a constituição
etc…

 Informais: são aquelas que têm a mesma força coercitiva das


normas formais, mas que dependem dos costumes e
comportamentos.
O sistema de recompensas e punições utilizada para o controlo social denominam-se sanções.
Estas podem ser positivas e negativas.

Positivas: quando estimulam determinados comportamentos.

Sanções
Negativas: quando se referem a punição ou para reprimir um tipo de comportamento. Incluem-se
as prisões, o desprezo., a advertência .

As sanções podem ser ainda: formais e informais. Sanções formais( as publicas e oficiais como multas,
sentenças de prisão) as sanções informais: as de reprovação ou desagrado: um olhar de reprovação etc.

Outros tipos de sanções: físico( torturas, pena de morte) económicas(multa, recusa da matrícula de
um estudante por atraso no pagamento da propina) sociais( rejeição, descrédito).
 As regras que ordenam a vida em sociedade, quaisquer que sejam,
religiosas, morais, jurídicas ou de etiqueta, são evidentemente
emanadas ou formuladas, da ou pela sociedade, para serem
cumpridas.

 Não existe regra que não implique certa obediência, certo respeito. As
Sanções formas de garantia do cumprimento das regras denominam-se
“sanções”. 
 As sanções positivas procuram reforçar a socialização, a interiorização
das normas e valores sociais, através do sentimento de prazer,
propiciado aos que actuam de maneira socialmente aprovada.
 O psicólogo SKINNER as chamou de “reforço positivo” para a acção;
opondo-se entretanto às formas de punição ou repressão, por
considerá-las menos eficientes e desnecessárias. 
 O conceito de desvio, segundo Ávila(2007) refere-se á ausência ou à falta de
conformidade face às normas ou obrigações sociais.

 Só podemos estabelecer que um comportamento é desviante relativamente a uma dada


sociedade, à sociedade em que esse comportamento emerge.

 Neste sentido, o desvio deve ser, não só, encarado como um atentado à ordem social
vigente, mas também, deve ser perspectivado como uma incapacidade dos grupos e das
sociedades no que se refere à sua função socializadora e de controlo dos seus membros.

Desvio Social  O desvio social ou comportamento anormal varia de maneira significativa da norma
socialmente aceite.

 a caracterização do desvio varia de sociedade para sociedade. Por exemplo: o crime é


uma categoria de desvio social definido como violação as normas…
marginalidade( adere pouco as normas)… anomia( enfraquecimento das normas
Durkheim considerava anomia uma desorganização da sociedade que enfraqueceria a
integração dos individuos.
 
• DIAS, Reinado (2007) Introdução à Sociologia, São Paulo: Pearson.

• CHAUI, Marilena. Iniciação a Filosofia. São Paulo: Ática, 2012. 

• DUROZOI, G e ROUSSEL, A (2000) Dicionário de Filosofia, Porto: Porto Editora


 
Bibliografia • HEINEMANN, Fritz (2010) A Filosofia no Século XX, 7ª ed. Lisboa: Calouste
Gulbenkian
 
• MAIA, Rui Leandro (2002) Dicionário de Sociologia, Porto: Porto Editora.
•  
• MATAR, João (2010) Introdução à Filosofia, São Paulo: Pearson.

• NOVA, Sebastião Vila (2009) Introdução à Sociologia,6ª ed. São Paulo:


Atlas.
• Mondi, Battista. Curso de Filosofia. Volume I. São Paulo. Paulus.
1981
 
 
 DEMO, Pedro. Introdução à sociologia: Complexidade e Desigualdade Social, São
Paulo: Atlas. (2002)

 GASPAR, Paulo e DIOGO, Fernando Sociologia da Educação e Administração


Escolar, (S.l): Plural Editores. (2010)

 GIL, António Carlos. Sociologia Geral, São Paulo: Atlas. (2011)

Bibliografia  Giddens, Anthony.Sociologia. 6ª Edição Fundação Calouste Gulbekian. Lisboa. ( 2008)

 MAIA, Rui Leandro. Dicionário de Sociologia, Porto: Porto Editora. (2002)

 NOVA, Sebastião Vila. Introdução à Sociologia,6ª ed. São Paulo: Atlas. (2009)

 ROCHER GUY Sociologia Geral: A Organização Social, 5ª ed. Lisboa: Presença. (1999)

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