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Sócrates

&
Platão
Prof. Thalles Sena

A democracia de Péricles
• Os primeiros filósofos buscavam compreender a Physis.
• A partir do séc. V a.C, há uma mudança nesse objeto.
• As transformações sociais e políticas acontecidas em Atenas foram
provavelmente o motivo dessa mudança de foco.
• Governo de Péricles > Era de ouro de Atenas
• Nesse contexto que viveu Sócrates.
• Considerado um marco para a Filosofia.
• Transição da Filosofia da natureza para a filosofia humanista.
Democracia ateniense
• Isonomia > Igualdade perante as leis
• Isegoria > Igualdade de expressão
• Isocracia > Igualdade na participação política.
• Todo cidadão tinha direito de participar da política
• No entanto... Nem todo indivíduo era cidadão
• Cidadão – Aquele que participa das leis da cidade.
• Mulheres, escravos, crianças, pobres e estrangeiros não eram cidadãos.

Os sofistas.
• O avanço da democracia fez crescer a necessidade de dominar a
linguagem.
• Para argumentar politicamente, era preciso dominar as palavras, a
lógica, o raciocínio...
• Uso da palavra como forma de persuasão e convencimento.
• Surgiram professores itinerantes vindos de várias colônias gregas.
• Eram mestres da retórica e da oratória.
• Acreditavam que a verdade é relativa, depende sempre das
circunstancias e de como nossos sentidos percebem a realidade.
• A estes, deram o nome de Sofistas.
Sócrates
• Sócrates tem como foco o ser humano.
• Pregava a busca pela verdade, mesmo que esta não existisse.
• “Uma vida sem reflexão não vale a pena ser vivida”.
• No entanto, antes de conhecer a verdade sobre o Universo, era preciso
conhecer a si próprio.
• “conhece-te a ti mesmo”
• Sócrates acreditava que o método ideal para a obtenção de
conhecimento é através do diálogo
• Método dialético socrático

Método dialético socrático


• Para ele, esse processo dialético era dividido em 4 etapas.
• I > Exortação: Convite ou chamado para o debate.
• II > Indagação: Questionar o convidado para conhecer suas ideias e
opiniões.
• III > Ironia: Buscar as partes mais contraditórias dos pensamentos do
convidado visando uma busca constante por conhecimento.
• IV > Maiêutica: dar a luz a um novo conhecimento (Parto de ideias)
Sua morte
• Sócrates foi condenado a beber um copo de sicuta.
• Acusado de corromper a juventude contra a democracia e contra os
deuses.
• Em seu julgamento, pediu para seus discípulos que tratassem seus
filhos como ele os tratava, e assim estariam dando-lhe justiça.
• Não deixou nada escrito pois para ele a escrita era inimiga da memória
• Tem sua vida e pensamentos escritos por Platão, seu mais proeminente
discípulo.

Percepção da realidade – Sentidos ou


razão?
• Alguns conhecimentos conseguem ser capturados pelos sentidos
humanos.
• O sol possui uma alta temperatura, a agua se encontra em estado
molhado, um objeto contundente causa dor ao entrar em contato com a
pele humana.
• Já outros tipos de conhecimento só podem ser percebidos através do
intelecto.
• Não possuem forma visual, tocável ou concebível através dos nossos
sentidos.
• Ex: a teoria atômica de Leucipo e Demócrito.
• Só consegue ser compreendido pela nossa racionalidade.
Platão
• Foi Platão quem embasou essa forma de compreender a realidade.
• Tentou compreender o próprio entendimento humano.
• Seu nome de nascimento era Arístocles, Platão foi um apelido dado
por seu professor de luta – significa costas largas.
• Platão acreditava no Orfismo
• Acreditava na dualidade entre Soma (Corpo) e Psique (Alma)
• Crença na punição e recompensa no pós vida

A teoria das ideias.


• Assim como seu mestre, Platão tentou entender o conhecimento
humano.
• Tentou entender os saberes abstratos na mente humana.
• Conceitos que não podem ser concebidos através dos sentidos.
• Adotou o Inatismo – ideias que preexistem na mente humana. Coisas
que o ser humano aprende de forma inata.
• De onde vem esses conceitos? Por que se manifestam de maneira
semelhante em indivíduos diferentes?
• Ex: A matemática
• Em seu diálogo Fedon, Platão disserta sobre o dualismo.
• Somos almas imortais encarnadas em corpos mortais.
• O conhecimento que vem dos sentidos, vincula-se ao corpo.
• O conhecimento inato vem da alma.
• Coisas sensíveis e coisas inteligíveis.
• Assim como corpo e alma se relacionam sendo coisas diferentes, os
objetos sensíveis se relacionam a ideias inteligíveis.
• Existiam dois mundos: Mundo sensível e mundo inteligível

• Para Platão, as coisas ideias estão no mundo das ideias.


• As coisas que estão no mundo sensível são imperfeitas, são meras
representações das coisas ideais.
• Ex: Amor platônico – amor que existe apenas no mundo das ideias
• O mundo sensível é uma cópia do mundo inteligível
• Todos nós já estivemos no mundo inteligível, mas caímos para o
mundo sensível.
• Quando caímos para este mundo passamos por um processos de
amnésia. Não conseguimos reproduzir o mundo inteligível.
• Processo de reminiscência.
• Ato de lembrar do mundo inteligível
• Conseguimos lembrar do mundo inteligível através da busca pelo
conhecimento, da busca pelo entendimento.
• Utiliza também o método dialético
• Tese + Antítese = síntese.

O Mito da caverna
• (ENEM 2012) Para Platão, o que havia de verdadeiro em
Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de
razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma
relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que
privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas
irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua
mente.

ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São


Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).
O texto faz referência à relação entre razão e sensação, um
aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427
a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Platão se situa

a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.


b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a
eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação
são inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a
sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é
superior à razão.
a) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a
eles.
c) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação
são inseparáveis.
d) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a
sensação não.
e) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é
superior à razão.

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