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Filosofia

Módulo - A
Filosofia
Ao que nos remete????
Definição Na Grécia Antiga, o chamado filósofo era o amigo, ou
amante da sabedoria...
Espanto, curiosidade, admiração...
Faz parte das Ciências Humanas.
• Phília: amor; Filosofia é o que fazemos quando estamos livres de nossas
amizade atividades cotidianas e temos uma chance de nos perguntar
o que é a Vida e o Universo.
• Phílos: amigo
Questionar é o atributo de um filósofo,
• Sophía: sabedoria; porque não há outro início para a filosofia além desse
conhecimento;sabe (Platão).
r
• Sophós: sábio
Níveis de conhecimento e sua
aplicação no dia a dia:

• Empírico (senso comum): conhecimento usado para orientar nossas ações;


• Teológico: conhecimento religioso que, em geral, não permite ser questionado;
• Espiritual: conhecimento que não se baseia em lógica, mas em elementos pouco
tangíveis;
• Artístico: conhecimento relacionado à produção e apreciação de obras de arte,
em geral;
• Científico: conhecimento utilizado pelos cientistas para dar forma as suas
descobertas e teorias;
• Filosófico: envolve um pensamento investigador e reflexivo. Não se ensina
Filosofia, ensina-se a filosofar, explorar, investigar e, procurar suas soluções...
Entendendo melhor...

Nome: Filosofia - Cortella


Link: https://vimeo.com/680476711/a7f838fd7f
Quais habilidades a Filosofia pode nos dar?

 Pensamento claro: exercício diário para a mente ensinando as


habilidades necessárias para um pensamento claro e lógico;
 Habilidades de apresentação: o debate filosófico desenvolve
habilidades para apresentar um ponto ou mais pontos de vista. Ser
convincente! (Campo das ideias);
 Negociação e mediação: ser capaz de reconhecer forças e
fraquezas de um argumento (percepção; troca de lugares, “bom
senso”);
 Solução de problemas: a lógica, em especial ensina habilidades de
raciocínio práticas, técnicas que ajudam na tomada de decisões
racionais (sistematização; metodologia; organização; planejamento,
etc...)
 Pensamemto independente: não aceitar a sabedoria convencional.
Os filósofos tendem a exigir uma justificativa racional em vez de fé
ou preconceito e a possibilidade de desenvolver novas ideias).
Grécia- 2.500 anos atrás...
Existência e Conhecimento
Observação e questionamento;
Busca de explicações para todas as coisas para satisfazer sua
curiosidade e seu intelecto;
Do que é feito o Universo?
Qual a natureza do que quer que exista?

Ramo da Filosofia: Metafísica


Por que há algo ao invés de nada?
Metafísica
Considera a natureza da existência humana e as implicações
de nossa condição de seres conscientes, ou seja:
-Como percebemos o mundo a nossa volta?
-As coisas existem, independentemente, da nossa percepção?
-Qual a relação entre mente e corpo?
-Existe tal coisa chamada alma imortal?

Ontologia (Estudo do Ser)- ramo da Metafísica que trata de


questões da existência e forma a base de grande parte da
Filosofia Ocidental.
E agora? Como podemos saber?

Epistemologia: como adquirimos conhecimento,


como chegamos a conhecer o que
conhecemos- o conhecimento ou parte dele?
Inato x Adquirido
Conhece-se algo a partir, exclusivamente, da
razão?
Escopo x Limites do conhecimento;
Ilusão x Sentidos.
Lógica e Linguagem
 Lógica x Explicações Supersticiosas e religiosas;
 Necessidade de se construir um argumento racional para que
suas ideias tivessem validade;
 Lógica: técnica de raciocínio, gradualmente, aperfeiçoada, ao
longo do tempo. Apresenta regras e convenções próprias,
tornando-se ela mesma, outro ramo importante da Filosofia (ex.
Matemática);
 Lógica x Exatidão- diferentemente, da Matemática, a Lógica
expressa-se em palavras e, não em números, ou símbolos e,
portanto, está sujeita às ambiguidades e sutilezas inerentes à
Linguagem;
 Linguagem X Precisão- Filosofia da Linguagem- investiga os
termos e sus significados.
Sócrates
O tipo de pergunta que Sócrates fez aos cidadãos de
Atenas buscou chegar ao cerne do que eles, realmente,
Moralidade, arte e política
acreditavam que eram certos conceitos.
Sócrates costumava fazer as seguintes perguntas:
O que é justiça?
O que é beleza?
Filosofia Moral- como nos comportar, como chegar à
felicidade, como ter uma vida “virtuosa”?
Estética/Arte- como ou no que se constitui a beleza?
E aqui permanecem alguns
questionamentos...

• Quem somos?
• Por que é que vivemos?
• Haverá uma vontade ou sentido por detrás
daquilo que acontece?
Módulo – A

Item – 1.1

Momento - Gamification
Módulo - B
Sócrates- 469 a.C

Procurava a verdade, sem preconceito. Sem medo;


Pressupunha qualquer coisa. Mas respeitava a opinião
formada;
Sabia que a justiça estabelecida, aquela que estava
escrita e que regia os seus semelhantes, devia ser
respeitada e ouvida. Não importava aqui se estava a
favor ou não;
A Justiça é essencial e, deve ser buscada
incessantemente.
Justiça e Verdade- Por onde começar??
1. No conceito clássico (filosófico), Justiça é um
conceito que delimita, justifica e dá razão de
ser as ações do ser humano no seu dia a dia

O que é errado? perante seu semelhante.

O que é justo? 2. Dá ao ser humano a dimensão de
compreender o que ele é perante o seu

O que seria injusto? semelhante e como ele deve justificar as suas

Quem define a Justiça? ações.
3. Você é justo quando entende o outro.
.
4. Você pode ter as sua convicções, as suas
certezas, mas nada importará se não levar em
consideração o que o outro pensa. E não
somente leva em consideração, mas se
importa. Isso é justiça.
 Sócrates contrariou os Sofistas, o que resultou na sua
condenação e morte...

 Sofismo ou sofisma significa um pensamento ou retórica que


procura induzir ao erro, apresentada com aparente lógica e
sentido, mas com fundamentos contraditórios e com a intenção
de enganar.
 Os Sofistas eram considerados ardilosos oradores;
 Fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando como
transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa;
 Era fácil era convencer conforme seus interesses, por isso conseguiam
provar que uma coisa ora era branca, ora preta;

O importante era convencer a qualquer custo. Mediante salários (ou


seja, cobravam pelo ensino), eles ensinavam a quem pudesse pagar,
sobre qualquer coisa, dizendo serem portadores de um saber
universal.;

Na prática, no entanto, ensinavam como refutar o seu adversário, não


se preocupando com a relação que as palavras tinham com as coisas,
articulando-as segundo as necessidades do debate para convencer e
derrotar seu oponente.
PARA SÒCRATES
Lei humana (nomos) – é um
artifício humano e não da
natureza – poderia ser justa
ou injusta, porém, ele
pregava a irrestrita O Direito = instrumento de coesão social (LEVA AO BEM
obediência à lei. COMUM) "desenvolvimento integral de todas as
potencialidades humanas.
O indivíduo nas suas elucubrações poderia questionar os
Coerência ou critérios de justiça de uma lei positiva (externa), mas
Incoerência???????? somente criticá-la, sem desobedecê-la, evitando, assim, o
caos por levar outras pessoas a desobedecê-la;
Para Sócrates, com base num juízo moral, não se podem
derrogar leis positivas. O foro interior e individual deveria
submeter-se ao exterior e geral em benefício da
Coletividade."
Platão (Arístocles)- 400 a.C
Filho de tradicional família de políticos;
Viveu a fase áurea da democracia ateniense;
Tornou-se discípulo de Sócrates aos 20
anos;
Duas décadas depois, Platão funda sua
primeira Academia, a qual ensinava Filosofia
e Matemática, inclusive para mulheres;
Aristóteles foi professor da Academia por 20
anos.
Os diálogos de Platão
são divididos em 3
Talento literário e gosto
fases: pelas artes cênicas
influenciaram o gosto de
Diálogos
Sócrates
da
Platão pelo diálogo;
Virtude e
Velhice
Ciência (1º
Aristótele
 Platão escreveu mais de 35
fase)
s escritos filosóficos, cujo
protagonista, na maioria
Sócrates
Ideias de delas, foi seu mestre
Platão (2º e Sócrates.
3º fase
Os dois trabalhos mais importantes
de Platão

Teoria Política
Polis- cidade ideal Trabalhador Guardião Governante- Filósofo
de vida fraterna e • Temperança- • Fortaleza- assegura a • Sabedoria- razão para
compreende o domínio firmeza nas discernir em todas as
justa formada por da vontade sobre os dificuldades e a circunstâncias. Qual é o
3 categorias de instintos
proporcionando
constância na procura
do bem (coragem).
verdadeiro bem e
escolher os meios justos
cidadãos: equilíbrio. para atingi-lo.
trabalhador,
guardião e
governante;
Teoria Política:

 Casamentos coletivos (sem casais fixos)-


reprodução;
 Crianças seriam filhos da comunidade, criadas
pelo Estado;
 Mulheres não sofreriam discriminação, não
havendo diferença de sexo, inclusive para o
serviço militar;
 Interesse maior: COMUNIDADE
O Mito da Caverna (A República):
Teoria das Metáfora sobre a ilusão do mundo sensível, aquele
Ideias ou das aprendido pelos sentidos, em contraposição ao mundo
inteligível, aquele aprendido pelo intelecto.
Formas
O corpo aprisiona a Alma...
É um obstáculo ao
pensamento... Não devemos permitir que os sentidos nos
As ideias, a verdade, são seduzam, devemos ser conduzidos ao
eternas!
BEM e à VERDADE e, quem nos permite
isso é a Filosofia.
Platão achava que tudo o que podemos
tocar e sentir na natureza “flui”;
Não há, portanto, nenhum elemento
eterno. Tudo o que pertence ao “mundo
sensível” é composto por uma matéria que
o tempo consome;
Mas ao mesmo tempo, tudo é constituído
por uma forma intemporal que é eterna e
imutável.
Aristóteles- 384-332 a.C
Estagira (Macedônia);
Filho de médico;
Tutor de Alexandre Magno (Alexandre
O Grande);
Mudou-se para Atenas aos 18 anos
para estudar com Platão;
Abandonou Atenas aos 38 anos
quando Platão morre;
Fundou o Liceu (335 a.C), aos 49
anos, quando retornou à Atenas;
“ Método Peripatético”.
 Aristóteles tinha paixão por classificações: animais, vegetais, minerais,
virtudes, paixões, faculdades psicológicas e intelectuais- Construção
de um sistema;
O que se  Objeto de sua Filosofia: não apenas o Homem, mas o Universo,
incluindo em seus processos naturais- Física, Geografia, Astronomia,
estudava Medicina e Biologia;
no Liceu  Ainda que tenha sido reconhecido como um cientista, Aristóteles ficou
conhecido por suas obras filosóficas, entre elas a Retórica; Metafísica
e Ética;
Diferenças significativas
Sócrates-Platão-Aristóteles
Sócrates Platão Aristóteles
O que é a essência do -Concepção de dois -Existe apenas um mundo,
Homem? mundos (Sentidos e Ideias aquele o qual vivemos;
O Homem é a sua Alma. e Formas) As ideias e as formas
Todos nascem com o -Corpo e Alma perfeitas estão neste
conhecimento, cabe ao O Corpo aprisiona a Alma mesmo mundo;
Mestre fazer o parto que, nesse momento Corpo e Alma fazem parte
desse conhecimento passa a satisfazer as de algo único- não há uma
(Maiêutica) necessidades do Corpo. alma eterna;
-Método Dialético -Teoria Política: castas. As ideias teriam origem na
“Só sei que nada sei” própria experiência;
Teoria Política:
democracia.
Teoria das 04 Causas:
 Se eu consigo determinar
as causas, eu consigo de
fato conhecer...
 Material: diz respeito à
matéria, do que é feito;
 Formal: permite a
definição, o que leva à
individualização;
 Eficiência: determina a
existência, é o que a
promove;
 Finalidade: para que vai
servir? (Qualificação).
Eudaimonia
(Felicidade)

 Significa: atingir o potencial pleno de realização de cada


um;
 A felicidade é a meta da vida humana, tudo o que fazemos
tem como motivo principal a busca da eudaimonia;
 As atitudes amigáveis e a boa vontade que ofertamos a
uma pessoa, não tem por objetivo agradar a essa pessoa
mas, sim, promover a nossa própria eudaimonia;
 Mais do que um sentimento, a felicidade aristotélica está
relacionada com o que uma pessoa faz de si e de sua
vida, sendo uma expressão da virtude, a consequência
natural de se fazer o que vale a pena ser feito.
Principais obras:

Ética e Nicômano;
Política;  De Anima (Da
Alma);
Órganon (Lógica);  O Homem de Gênio
Retórica das e a Melancolia;
Paixões;  Magna Moralia
A Poética Clássica; (Grande Moral);
Metafísica;  Ética a Eudemo;
 Física
 Sobre o Céu
Módulo – B

Item - 2.4

Momento - Gamification
Módulo - C
V até XV
Santo Agostinho
São Tomás
de Aquino
Módulo – C

Item - 3.4

Momento - Gamification
Módulo - D
Nicolau Maquiavel
O que foi o Renascimento? TEMPOS
DIFICIEIS PARA 1320 -
A EUROPA 1450
Transição da Idade Média para a
Idade Moderna

Século SURGE O
Religião e cultura XV RENASCIM
ENTO
(1400)
As Cruzadas e a nova realidade
europeia Tomada de
1453 Constantino
pla
Desenvolvimento da burguesia (a
nova classe social)
Nasciment
o de 146
Mudanças na estrutura social e
de pensamento
Maquiavel 9
Pirâmide social Idade Média Pirâmide social Idade Moderna
- Século XIV e XV (1301 – 1400)
o Nasceu em 03 de maio de 1469

o Entrou para a República de Florença em 146 NASCIMEN


TO
1493 9
o Tornou-se diplomata chefe em 1498
REPÚBLIC 1493
A
o Casou-se com Marietta di Luigi Corsin em
149 2ª
CHANCEL
1501 8 ARIA
o Perdeu seu cargo no governo em 1512
CASAMEN 150
TO
o Faleceu em 21 de junho de 1527
1
151 PERDE O
- Século XVI e XVII (1501 – 1600) CARGO
2
A obra possui 26 capítulos, e serviria
como manual detalhado de como agir CRIOU
para que o “O Príncipe” alcance e 151 O
mantenha seu poder 3 PRÍNCIPE

FALECIME
Ele utiliza de toda sua experiência NTO 152
para inaugurar o realismo político. MAQUIAVE 7
L
1532 PUBLICAÇ
ÃO
“Como as coisas realmente são” O
PRÍNCIPE
MORAL POLÍTICA
Não ir de acordo com
Igreja
a moralidade cristã

Ser uma boa pessoa Manter sua palavra até


aonde lhe convém

Agir de acordo
Virtú e Fortuna
com a moralidade
COMO CHEGAR AO PODER

Ele identifica três tipos de principados:


VIRTU
Estratégia eficaz de governo
hereditários, novos e os mistos. capaz de controlar as
dificuldades impostas pela
imprevisibilidade
Por causa da natureza ingrata e
caprichosa do homem, é essencial que, FORTUNA
seja temido. A sorte individual. É, a ordem das
coisas em todas as dimensões da
realidade que influenciam a
política.
PRINCIPAIS IDEIAS
A suprema obrigação do governante é manter o poder e a
segurança do país que governa, ainda que para isso ele tenha que
derramar sangue.

Não importa o que o governante faça em seus domínios, desde


que seja para manter sua autoridade.

O governante deve fazer o mal todo de uma única vez, e o bem


aos poucos para que se esqueça do mal que foi feito e lembre
sempre do bem.
PRINCIPAIS IDEIAS
Para Maquiavel, o líder deve aspirar combinar em si estas duas características.

Raposa: reconhecer as armadilhas

Leão: assustar os lobos

Um príncipe deve usar mais a cabeça do que a força, ou seja tem que usar mais a
esperteza da raposa do que a força do leão.
AGORA É SUA VEZ
QUAIS EXEMPLOS
PODEMOS ATRELAR AOS
ENSINAMENTOS A SEGUIR?
René Descartes

PAI DA FILOSOFIA
MODERNA
RENATUS CARTESIUS
 Nasceu no ano 1596 na  Regras Para a Direção do
França; Espírito (1628) 

 1604-1612 estudou no  O Mundo ou Tratado da Luz


colégio Jesuíta Royal (1632-1633)
Henry-Le-Grand em La
Flèche;  Discurso Sobre o
Método (1637)
 Faleceu em 11 de
Fevereiro em 1950;  Geometria (1637)

 Meditações
Metafísicas (1641) 

 As Paixões da Alma (1649)


Contextualização Histórica
• Declínio do Sistema Feudal;
• Inicio da organização politica;
• Monarquia ganha mais poder empregando o
absolutismo;
• O Mercantilismo e o controle da Economia do Estado;
• Investimento em exploração de novos mercados e
territórios;
• Deu-se início às Grandes Navegações;
• René passou pelo o período de transição politica e
econômica da época, contribuindo com a filosofia e
com a ciência.
Filosofia X Teologia

Filosofia faz parte da ciência;

Teologia X Filosofia;

Existência de Deus.
Sistema Filosófico
 O objetivo de Descartes era o questionamento exacerbado através da
dúvida hiperbólica;

 Não confiava nos sentidos. "Como posso confiar em quem já me enganou


uma vez?“

 Há uma preocupação em reinventar a concepção de ciência e atribuir que


instrumento melhor a traduz. Descartes chega a sua máxima "cogito, ergo
sum" depois de constatar que a razão humana seria o melhor para tal.
Racionalismo

Afresco - "A Criação de Adão“ - Michelangelo Buonarroti - 1511


Racionalismo Cartesiano

Afresco - "A Criação de Adão“ - Michelangelo Buonarroti - 1511


Alegoria da Árvore

A raiz dessa “planta”, diz o filósofo francês,


é representada pela metafísica, em uma
simbologia que indica que todo
conhecimento do sistema se sustenta na
existência de Deus, este considerado o ser
revelador e criador das verdades. Assim, o
entendimento das regras necessárias para
a compreensão do mundo, prescreve a
ideia de Descartes, o homem deve buscar
em Deus.
Método Cartesiano
As 3 Pessoas do Discurso do Método
• Desconstruir
Pessoa que consegue se desprender de todas as ideias antigas
• Reformar
Pessoa que não consegue se desprender de todas as ideias
• Ficar inerte
Quem não consegue desconstruir e nem reformar.
Duvidando de Descartes
• Críticas ao ceticismo Cartesiano;

• Sou, existo ( 1ª Pessoa );

• Estamos em um mundo de pensamentos sem pensadores;

• É necessário a interação das ideias entres os indivíduos;

• “Eu” existo.
Jean-Jacques
Rousseau
Contexto Social
Idade Média (Séc. V - XV):
Ilumismo (Séc. XVIII):
✣ Deus como o centro de todas as
coisas
✣ Em toda a Europa, sobretudo na França
(Teocentrismo).
✣ A Igreja Católica influenciava no ✣ Antropocentrismo
modo de ✣ França: contradições do Antigo Regime
pensar e agir das pessoas, na política ✣ Substitui a visão teocêntrica da Europa por
e na uma visão mais racional.
organização social, além de deter o ✣ Razão = centro do conhecimento humano
poder ✣ O homem poderia encontrar Deus por meio
econômico. da razão, vivendo uma vida reta e piedosa.
✣ O absolutismo do rei ✣ Recusava as ordens da igreja católica e o
✣ Os privilégios da nobreza e do absolutismo.
clero; ✣ As ideias iluministas francesas
✣ Economia ruralizada. influenciaram
as instituições políticas modernas
A enciclopédia

Denis Diderot
(Publicado no Séc. XVIII)

Encyclopédie (1772), pintado por


Charles-Nicolas Cochin e ornamentado
por Bonaventure-Louis Prévost.
Principais Obras

✣ Diderot, Enciclopédia;
✣ Discurso Sobre as Ciências e as Artes (1749);
✣ Discurso Sobre a Origem e os Fundamentos da
Desigualdade Entre os Homens (1755);
✣ Os Devaneios de um Caminhante Solitário;
✣ Confissões.
Do Contrato Social (1762)

Processo civilizacional
• Artes
• Ciências
O homem em estado de
• Avanços tecnológicos
natureza:
• propriedade
• O mito do bom selvagem:
“O homem nasce bom, e a
sociedade o corrompe”
• equipado com virtude
natural de piedade
Base das desigualdades
• homem a-mora
sociais
Emílio, ou da educação
(1762)
Tratado pedagógico (política, educação Crítica
e ética) • Elitismo na educação
• Como educar naturalmente o • Rigidez, hierarquia e memorização
• Criança como “mini-adulto”
“homem
ideal”
• Proteção às crianças - que são
naturalmente boas - de toda tentativa
de corrupção da sociedade Educação progressiva,
lúdica e
interativa
• Através da educação é possível
transformar a sociedade
corrompida
"Emílio, ou da Educação" e “O Contrato
Social” resultaram em sua
perseguição e exílio, por serem consideradas
obras afrontosas aos
costumes morais e religiosos
Rousseau e Platão
✣ Base filosófica: Platão
✣ Descontentamento com o modelo de governo e
sociedade individualista, baseada em aparências
✣ Crítica ao discurso enganador
✣ Propõem mudanças sociais e políticas
✣ Educação transformadora voltada para o bem da
coletividade
“O homem nasce livre, e por
toda a parte encontra-se a
ferros. O que se crê senhor
dos demais não deixa de ser
mais escravo do que eles. [...]”

(ROUSSEAU, Jean-Jacques. Do contrato social. [1762]. São Paulo: Abril, 1973. p. 28, 36)
O que é Esclarecimento?
• 1784;
• Secularismo crescente; 
• Declínio na crença no cristianismo;
• O ser humano é corruptível por
natureza;
• Desejo de substituir a autoridade cristã
pela autoridade da razão.
“O esclarecimento significa a saída do homem do seu
estado de minoridade, pelo qual ele próprio é
responsável. Minoridade é a incapacidade de se servir
ao seu próprio entendimento sem a tutela de um
outro.”
Immanuel Kant

96
Contexto Histórico
Europa

 Filosofia Moderna;
 Iluminismo (Esclarecimento);
 Iluminismo Francês X
Iluminismo Alemão; KANT

 Independência Norte Americana;


HEGEL
 Revolução Francesa.
ROSSEAU
Li do Tempo

1749
Publica Pensamentos Sobre
o Verdadeiro Valor das
Forças Vivas

98
Principais áreas de interesse:
o - Epistemologia

o - Ética

o - Estudo do belo

o - Moral (em Filosofia)

o - Religião

o - Metafísica

o - Limites da razão
Dois Períodos Fundamentais

Pré- Crítico: Crítico:


(1747 à 1770) (1770 à 1790)
Corresponde a Filosofia Corresponde ao despertar do
dogmática, influenciada por "sono dogmático" provocado
Leibniz e Wolf. pelo impacto da Filosofia de
Hume.
Principais conceitos filosóficos

Revolução copernicana da Filosofia;


O objeto não é o centro do conhecimento;
Tudo o que conhecemos não é realidade;
Limites da Razão;
Mundo dos números;
Os elementos: priori e posteriori do conhecimento são devidamente
conciliados.

101
TEORIA DA MORAL E ÉTICA

o Capacidade do homem de agir racionalmente;


o A moralidade racional iguala todo mundo;
o A razão é uma legisladora e serve para todos;
o A Natureza é governada por leis;
o Livre arbítrio;
o A razão não é a única que determina as nossas vontades.

102
Emoções                               Moral

o Escolha o Agir por dever


o Compaixão  o Lei Universal
o Empatia o Intensão
o Generosas o Verdade sempre

103
Imperativo Categórico

• Kant foi um deontelogista;


• Moral Objetiva;
• Três Máximas: ( Lei Universal, Fim em si
mesmo e Legislador Universal.)
• Teoria da Consequência.
Principais Obras

Crítica da Crítica da
Razão Pura Razão Prática
(1781) (1788)

Crítica do
Juízo
(1790)

105
• Conhecimento filosófico e metafísico;
• Conhecimento a priori x Conhecimento
posteriori; 
• Juízo analítico x Juízo sintético;
• David Hume; 
• Centro da Filosofia Kantiana;
• Possibilidade de todo conhecimento.

106
DAVID HUME

RELAÇÕES DE IDEIAS
FATOS

ANALÍTICO SÍNTETICO 
A PRIORI EMPÍRICO

107
108
Georg Wilhelm Friedrich Hegel
(1770-1831)
Contexto Histórico Biografia
× Alemanha 1770 - o país não estava organizado
como Estado unificado; × Hegel (1770-1831);

× Revolução Francesa (17 de junho de 1789); × Seminário de Tubinga;

× França dividida em três Estados: × Nuremberg;


1º - Clero 2º - Nobreza 3º - Povo;
× Universidade de Heidelberg;
× Assembleia dos Estados Gerais: aumento dos
impostos; × Berlim.

× Queda da Bastilha;

× Idade Contemporânea.
Principais Obras

Enciclopédia Introdução à
das Ciências História da
Filosóficas Filosofia
1817 1937
1807 1820

Fenomenologi Princípios da
a do Espírito Filosofia do
Direito
Hegel e a História
× Passado primitivo e orgulho de todo processo;

× Cada época tem seu próprio tipo de sabedoria;

× Relação com historiador.


O Homem para Hegel
× A Natureza Humana;

× “Nada de grande se realizou no mundo sem paixão”;

× Objetivos particulares acabam tomando proporções


universais;

× “O homem não é mais do que a série dos seus atos”.


Hegelianismo
× Identidade entre Real e Irracional;

× “Não existem verdades eternas”;

× Razão é progressiva;

× Espírito do Mundo;

× Desenvolvimento do “autoconhecimento” e “autodesenvolvimento”.


Dialética

× Definição;

× Diferenciação da dialética dos filósofos gregos (Platão e


Sócrates): dialética não como um processo para chegar à
verdade, e sim a própria verdade e razão;

× Tríade: tese, antítese e síntese;

× Exemplo: Escravidão.
Como Funciona:

Tese Antítese Síntese


Espírito do Mundo

× Definição;

× “Tudo que é real é racional e tudo que é racional é real”;

× Espírito Objetivo: Percepção de si;

× Espírito Subjetivo: Percepção do coletivo;

× Espírito Absoluto: Consciência total de si, saber absoluto.


Crítica à Kant

Kant Hegel

Dualismo: sujeito-objeto Reconhecimento entre


sujeito e objeto
Liberdade como requisito Consciência livre

Ética e moral Espírito de um povo

Expressa a história do
Influenciado pelos
pensamento
acontecimentos
Ética

A Ética está ligada ao dever: O Homem possui vontades:


Cristianismo: O dever é externo e Vontade Subjetiva: Os
determinado pelos mandamentos; desejos dos indivíduos;
Kant: O homem é amoral, o dever Vontade Objetiva:
serve para impor tal moral ao Determinada por culturas e
homem; instituições, de interesse
Hegel: O dever impõe a moral, que coletivo e público.
é culturalmente determinada. Interiorização dos valores
como sua própria vontade.
Ética
Crise:
A vida ética:
Vontade subjetiva individual e Vontade Se as vontades não estão em harmonia,
objetiva entram em harmonia; a sociedade passa por um declínio;
Ser livre é fazer o que a vontade As pessoas passam a contestar a ordem
estabelecida por meio de transgressões,
deseja, portanto o dever para Hegel é
o acordo entre as duas vontades; com a finalidade de causar uma
Ser ético é seguir as regras morais mudança que leve a uma sociedade que
esteja em harmonia cultural;
culturais.
Exemplos: Reforma Protestante,
Revolução Francesa, Revolução Russa.
Módulo – D

Item - 4.4

Momento - Gamification
Módulo - E
Nietz
sche
“Pois o que é a liberdade? Ter a vontade de
responsabilidade própria. (...) Liberdade significa que os
instintos viris, que se alegram com a guerra e a vitória,
têm domínio sobre outros instintos, por exemplo, sobre o
da ‘felicidade’. O homem que se tornou livre, e ainda
mais o espírito que se tornou livre, calca sob os pés a
desprezível espécie de bem-estar. (...) O homem livre é um
guerreiro.”
Formou-se em
Com 14 anos
Nascimento 15 1864. Continuou
Aos 5 anos ficou recebeu uma
de outubro de seus estudos em
órfão de pai bolsa de estudo
1844 teologia e
em Pforta
filologia.

Deixou sua vida 1869 nomeado


1879, escreveu
1871, publicou: acadêmica por professor de
“Humano,
“O Nascimento um tempo, Filologia na
Demasiado
da Tragédia” quando entrou Universidade da
Humano”
para a militar Basileia

No ano de 1886,
Em 1882 Em 1883
1879 se escreveu “Para
produziu “A Gaia publicou “Assim
aposentou Além do Bem e
Ciência”. Falou Zaratustra”
do Mal”

Iniciou a obra 1887 criou mais


Algum tempo depois Em 1889,
“Anticristo” uma obra
foi internado com interrompeu
em 1888 e foi chamada
crises de loucura, sua vida
publicada em “Genealogia da
falecendo em 1900. filosófica
1895 Moral”
UNIVERSIDADE DE BASILEIA, ONDE LECIONOU A PARTIR DE 1869
Transição da Era das
Revoluções para o Mundo
Contemporâneo
FILOSOFIA

DIONISÍACO APOLÍNEO
Força instintiva Equilíbrio
Dizer SIM à vida
Moderação

Sócrates deixou-se dominar pelo apolíneo = inicia-se a decadência da


humanidade, juntamente com o Cristianismo.
CRISTIANISMO MORAL
Envenenamento da Máquina para dominar
humanidade = Moral de rebanho
Tornou pecado todos os Moral dos Escravos
valores e prazeres da (passividade) x Moral dos
terra, através da Fortes (triunfal afirmação
MORAL de si)
A moral dos fortes culmina na “Morte de Deus”
 Morte de Deus: representa a dessacralização do mundo;
 Eliminação dos valores e respostas sobrenaturais;
 Necessário a fim de que o Homem se liberte dos grilhões;
 Problema: cair no Niilismo;
 Para que isso não aconteça, Nietzsche propõe a emancipação humana
por meio do conceito de Super-homem.
Niilismo: consciência do absurdo e do nada; não há
valores absolutos; nenhuma ordem cósmica; resta apenas o
abismo.
Em sua obra, Nietzsche cria
Zaratustra, um profeta para
anunciar a morte de Deus.
Nessa obra, é também revelado as
tipologias do “homem”.
Último homem X Além do
homem (Super-homem)
ÚLTIMO HOMEM: rebaixamento
de valor do ser humano, a
transformação do homem numa
massa impessoal.

SUPER-HOMEM:
individual, cria o sentido da terra,
reemerge o dionisíaco.
Na narrativa, ao anunciar a
possibilidade de emancipação
do homem, através do conceito
de Super-homem, Zaratustra
constata ali que todos se
encontram (e assim desejam
ficar) na condição em que estão
(de último homem).
Último homem = representação
do homem moderno;
A modernidade foi responsável
por tirar Deus do centro do
mundo, mas ao mesmo tempo
implantou um sistema político
que se tornou um novo grilhão
aos homens.
 Modernidade: inovação, racionalização, urbanização e universalização;
 Homem impessoal, automático, preso ao tempo, incapaz de pensar ou aceitar ser diferente;
 A palavra-chave que descreve o homem moderno é: coletividade.
Michel Foucault
Nascimento Psicologia 1954 publica seu 1970 retorna à
15/10/1926  em 1950 primeiro livro França

1948 diplomou-se Psicopatologia 1965 deixou a


em filosofia em 1952 França

149
“Aparentemente é preciso que haja um hospício para que os demais
vejam que não são loucos”.​
Michel Foucault 
• GIP – Grupo de
Informação sobre as "O sistema penal é a forma
Prisões (1971 – 1972) em que o poder como poder
se mostra de maneira mais
manifesta, na ação de
• Criado por Foucault e prender alguém, mantê-lo na
outros pensadores da prisão, privá-lo de
época alimentação, de
aquecimento, impedi-lo de
sair, de fazer amor, ou seja, é
• Objetivo: Dar voz aos a manifestação de poder
presos e a todos mais delirante que se possa
envolvidos com o imaginar”
sistema penal

151
ALGUMAS OBRAS DE FOUCAULT 

152
HISTORIA DA LOUCURA (1961)

153
HISTORIA DA LOUCURA
(1961)

•    Mudara através dos tempos

•    Depende do contexto    cultural


inserido

•    Quatro momentos para pensar a


história da loucura

•    Em cada momento ver como essa


percepção muda

154
HISTORIA DA LOUCURA
(1961)

•    1º Momento:  Idade Média 


•    Louco= visionário, líder 
•    Detentor do saber 
•    2º Momento: Renascimento 
•    Louco= possuía outra razão 

  "Toda loucura  tem sua razão que julga


e controla e toda razão sua loucura na
qual ela encontra sua verdade irrisória "
HISTORIA DA LOUCURA
(1961)

•    3º Momento: Idade Clássica


  
•    Se inicia a partir das obras de
Descartes

•    Loucura = Crime

•    Loucura é silenciada

•    "Grande enclausura mento"


HISTORIA DA LOUCURA
(1961)

•    4º Momento: Século XIX

•    Loucura = Doença

•    O enclausura mento passa a ser visto como


barbárie

•    A loucura continua a ser silenciada, vigiada


e confinada pela razão

•    Psiquiatria: monologo da razão sobre a


loucura
MICROFÍSICA DO PODER (1979)

158
• O poder estabelecido dentro da política e da
sociedade é muitas vezes imposto através da força
que um indivíduo estabelece diante de alguém.

• Suas relações e dinâmicas presentes na humanidade


se originava através das micro relações de poder
que acabavam atingindo toda a sociedade.

• Um modelo de prisão especifico chamado de


“Panóptico”. 

• Um indivíduo pode mudar sua postura ou seu jeito


de ser, justamente para ser aceito socialmente, o
poder exige uma “atitude crítica”.

159
PANÓPTICO 
“Ver sem ser visto,
vigiado sem ver”

160
•    Estado — poder; mercado — direito;
sociedade civil — verdade.

•    Ações que perfazem o poder, o direito e


a verdade, ações essas que são
transportadas para aquelas que permeiam
a tríplice Estado-mercado-sociedade civil.

•    A harmonia das relações de poder-direito,


poder-verdade, estado, mercado  e
sociedade civil é essencial para que as
políticas e ações sejam fundamentadas nos
princípios éticos.
Correlação triangulo de
Foucault e tripé da sociedade
Estado
Poder 1° Setor

Direito Verdade Mercado Sociedade


2º setor 3° Setor

162
• Foucault vem colocar a população não só como força
do soberano, mas como sujeito das necessidades e
aspirações. 

• O interesse individual — como consciência de cada


indivíduo constituinte da população — e o interesse
geral — como interesse da população.

• Trazer sua forma nas relações para sua melhor


compreensão da vida em sociedade.

• O poder não está apenas no Príncipe, tampouco


apenas no Estado, mas sim nas pequenas e múltiplas
relações na sociedade

163
VIGIAR E PUNIR (1975)

•    Publicado em 1975

•    Processos disciplinares

•    Pena e massas de manobra


VIGIAR E PUNIR (1975) 

•    Prisão é uma forma


humanista de cumprir pena.

•    Adestramento e
padronização

• Repressão e punição
166
HISTORIA DA SEXUALIDADE (1984)

• Na Grécia antiga:
Você “poderia” ser homossexual  desde
que não seja afeminado ou passivo.

• Homossexualidade era comum, assim


como incesto.

• Cristianização trata a sexualidade como


pecado, já no paganismo não.
HISTORIA DA SEXUALIDADE
(1984)

•  Propriedade privada cria o individualismo;

•  Individuo cria sua sexualidade de maneira própria;

•  Propriedade privada ->  Capitalismo -> liberdades individuais;

•  baseado na “liberdade” da individualidade;

•  Hipoquersisa da sociedade perante a sexualidade;

•  Sexualidade reprimida;

•  Liberdade sexual só é dada se toda sociedade tiver.


168
“A vida líquida é uma vida
precária, vivida em
condições de incerteza
constante”
Bauman, Z.
Módulo – E

Item - 5.4

Momento - Gamification

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