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Sofistas

Contexto (IV E V a.C.):

Surgiram no auge da cultura grega, onde os cidadãos compareciam na ágora para discutir os
problemas da cidade e precisavam convencer os outros para implementar suas ideias
(valorização do discurso)

- Isonomia: igualdade entre os cidadãos (muito restrito)

- Período antropológico (questões Humana/Política...) da filosofia, com Sofistas e Sócrates

- Retórica: Arte do discurso/falar bem/convencer

Quem eram os Sofistas:

Sofistas vem de sábios, eram professores de retórica e cobravam por suas aulas (ócio é oposto
de negócio), e acreditavam na relativização da verdade. Eram opositores de Sócrates (por
muitos motivos. Ex.: distorção da verdade para provocar convencimento, intuito de confundir
invés de educar, conceito de verdade...), atribuindo uma visão pejorativa aos Sofistas
(enganadores, falam nada com nada...).

Protágoras (490 – 415 a.C.):

“O homem é a medida de todas as coisas’’, Relativização da Verdade


(aletheia) – Os Sofistas consideravam não existir uma verdade absoluta, mas uma diversidade
de pontos de vista acerca da verdade, ou seja, existiriam apenas verdades relativas.

Hípias (460 – 400 a.C.) e Górgias (485 – 380 a.C.)

- Górgias mostrava que o discurso tinha mais


valor do que o que estava sendo defendido em si (independente se era benéfica ou não para a
cidadania/pólis)

Outros sofistas:

 Pródico.
 Trasímaco.
 Antístenes.
- Sofistas sabiam muito do meio Antropológico/cultura (sabiam discursar sobre qualquer
assunto no mundo grego)

Sócrates
Contexto: Os filósofos socráticos surgiram na idade de ouro de Atenas (auge da democracia
ateniense), com a valorização da retórica e ampliação da filosofia. Após às primeiras discussões
dos filósofos “pré-socráticos” no século VI a.C. (período cosmológico), surge outro movimento
muito importante na história da filosofia. Passa a ser abordado uma nova modalidade de
problemas e discussões (período antropológico), e assim teremos não só as figuras principais
do novo cenário da filosofia grega, mas de toda a história da razão ocidental:

Sócrates Platão Aristóteles

- Grandes filósofos com influências além de seu tempo e espaço.

- Doxa: opinião.

- Episteme: Ciência/Conhecimento

Sócrates: Filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida na
afirmação “sei que nada sei”. O Oráculo de Delfos teria declarado que Sócrates era o mais
sábio dos homens....Sócrates não duvidou da palavra do Deus e partiu em busca da
compreensão das palavras divinas. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates
chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria
ignorância (aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir
mais conhecimentos), algo que todos os outros homens não possuíam. A ignorância sobre o
que significava a palavra divina o fez ir atrás do conhecimento sobre si mesmo (O famoso
lema: Conhece a ti mesmo – torna-se consciente de tua ignorância caracterizou o pensamento
de Sócrates). É, portanto, a ignorância que determina o ponto de partida para o conhecimento,
pois só buscamos algo que não temos.

- Sócrates não escreveu nada...

- Sócrates dizia que herdou os dons de seus pais, com a sua mãe parteira e seu pai escultor.

Método Socrático: O método socrático constrói-se a partir de perguntas e respostas


(dialética) que levam o interlocutor, que não possuía conhecimento e coerência sobre o que
está falando (opinião), a contradizer-se e acabar por revelar sua ignorância. A partir deste
momento inicia-se outra construção que conduz o interlocutor a descobrir a verdade de forma
gradativa e coerente (nascendo o conhecimento). Esse método é diferente daquele que
prontamente defini o que é o conhecimento.

1. Exortação: o interlocutor é convidado (principalmente aquele que acha que sabe de


um determinado assunto)
2. Indagação: perguntar sobre a ideia/conceito a ser discutido (o que é a justiça, o belo, o
bem...), Sócrates começa a analisar a resposta
3. Ironia: Apenas por meio de perguntas o interlocutor cairia em contradições e fazê-lo
perceber a limitação de seus pré-conceitos (estarão em uma posição melhor para
conhecer, passando a refletir sobre sua própria vida).
4. Maiêutica= parto, dar à luz (fazer nascer o conhecimento verdadeiro, que já existe
esquecido no interlocutor), procurava induzir o interlocutor ao conhecimento
mediante o parto de novos conceitos, que seriam estes sim verdadeiros.

- Também conhecido como método dialético: o interlocutor tenta dar uma resposta, Sócrates
começa analisar essa resposta contrapondo ideias, fazendo novas perguntas até que o
interlocutor percebe que aquela primeira resposta que deu era incorreta, pois leva uma série
de contradições que fazem o questionar seus próprios valores

Julgamento de Sócrates:

Sócrates desagradou muita gente (inclusive políticos) mostrando as suas ignorâncias, e trazia
ideias contrárias as virtudes da pólis (Sócrates almejava que os jovens deveriam ser justos,
corretos...diferente dos pais que queriam que seus filhos fossem ricos e poderosos estudando
retórica, não muito diferente de hoje). Ele dizia que deveríamos buscar as virtudes/ o bem/ a
verdade, desapegarmos das coisas materiais e fugir do mundo dos sentidos (Parmênides X
Heráclito), para tentar enxergar o conhecimento verdadeiro. Foi condenado à morte em 399
a.C. por corromper a juventude e questionar a religião ateniense, mesmo ele tendo diversas
oportunidades para escapar da morte, ele preferiu aceitar a sentença, pois prefere aceitar um
bem certo do que aceitar um mal certo por menor que seja (a morte pode ser um bem,
ninguém sabe, a ignorância mais condenável não é essa de supor saber o que não se sabe?),
seu leito foi rodeado por seus discípulos, inclusive Platão que foi influenciado fortemente pelo
seu mestre (no mesmo ano da morte de Sócrates abandona Atenas por 12 anos, pois estava
insatisfeito pela condenação do maior de todos os homens segundo ele)

- Julgamento: Apologia de Sócrates.

Updates:
 Teogonia: Deus + Genos = nascimento/geração
 Sócrates de forma não explícita não acreditava nas virtudes de Atenas
 Opinião (individual e relativa) X Conhecimento (Universal e verdadeiro)
 Epístola: carta
 Só está aberto ao conhecimento aquele que reconhece a sua própria ignorância

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