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ANTIGO E MEDIEVAL
Ciência Política e Relações Internacionais · 3º ano · 1º semestre
Professor António Amaral · Ano Letivo 2023/24
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mente. A alegoria sugere que a verdade é algo a ser descoberto e não algo imposto de
fora.
• O Papel do Sol como Bem Supremo: O Sol é uma metáfora/analogia do Bem
supremo, que é a causa de todas as coisas no mundo sensível e o princípio organizador
do mundo das ideias. O Bem supremo deve ser o princípio orientador da ação política.
Outros autores, na idade média, como Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino,
exploraram esta ideia e argumentaram que o Bem divino deve ser a base da moralidade
e da política.
• Relação entre o Mundo Sensível e o mundo das Ideias: Relação entre o mundo
sensível e o mundo das ideias; a política ideal deve ser baseada em princípios eternos e
universais. Alta influência na filosofia política medieval que muitas vezes procurava
fundamentar a autoridade política na lei divina e na justiça eterna.
• A Busca da Virtude e da Justiça: A luz do Sol é associada à verdade e ao
conhecimento, que são fundamentais para a virtude e a justiça. Influencia nas ideias de
que a autoridade política deve ser exercida com sabedoria e virtude, procurando
alcançar o bem comum.
Alegoria da Linha
Localização na Obra: Livro VI
Temática Principal: Natureza da realidade, divisão entre o mundo sensível e o mundo das
ideias e a relação entre a visão e a inteligência
Resumo do Excerto:
• Divisão da Realidade: Sócrates começa por dividir a realidade em duas partes: o
mundo visível e o mundo inteligível. O mundo visível compreende as coisas que
percebemos com os sentidos; o mundo inteligível contém as formas eternas e imutáveis,
que são objetos do conhecimento.
• Divisão da Linha: Sócrates compara essa divisão à divisão de uma linha e quatro
segmentos desiguais, sendo que cada parte representa uma categoria da realidade:
o Imagens – Estão presentes dentro do mundo visível (sombras, reflexos, etc…)
o Objetos Físicos – Todas as coisas que conseguimos visualizar na natureza
(plantas, animais, artefactos, etc…)
o Conhecimento baseado em formas puras/ Razão - Os entes matemáticos e é
onde se dá o Entendimento (Inteligência)
o Conhecimento baseado em hipóteses/Ideias, Formas, o Belo – O mais elevado
segmento onde se toma a consciência, é própria do mundo inteligível. A
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consciência não se serve de dados provenientes do mundo visível, passando
diretamente de ideia para ideia e fazendo um movimento dialético. (ciência e
dialética)
• Funções da Alma: Sócrates associa cada segmento da linha a diferentes faculdades da
alma: inteligência à parte mais alta da alma; raciocínio à segunda parte; crença à terceira
parte; imaginação à última parte. Cada uma destas faculdades representa um grau de
compreensão.
• Esta parte de A República trata da natureza da realidade e da epistemologia, ou seja, da
natureza do conhecimento. É estabelecida uma hierarquia de conhecimento e a
discussão é fundamental para a filosofia de Platão tendo implicações na compreensão
da procura pela verdade e da natureza do conhecimento.
Alegoria da Caverna
Localização na Obra: Livro VII
Temática Principal: Natureza da realidade, do conhecimento e da educação
Resumo do Excerto:
• Alegoria da Caverna: Descrita uma cena imaginária de prisioneiros que passaram a
sua vida toda acorrentados numa caverna escura, de costas para a entrada, a olhar para
a parede que estava à sua frente. Eles apenas observam as sombras projetadas na parede
a partir dos objetos que passam pela entrada da caverna, iluminados por uma fogueira
atrás deles.
• Ignorância e Educação: Os prisioneiros, incapazes de se mover ou de se virarem para
a entrada da caverna, acreditam que as sombras são a única realidade. Eles confundem
as sombras com a verdadeira existência e formam as suas crenças com base nessas
mesmas sombras.
• Libertação e Educação: No caso de um prisioneiro ser libertado e forçado a subir em
direção à entrada da caverna, Sócrates diz que, primeiro, ele ficaria desorientado e cego
pela luz do sol, em seguida, e com o tempo, os seus olhos iriam acostumar-se e ele veria
o mundo exterior com mais clareza. Tal representa a jornada do conhecimento,
passando da ignorância à verdade.
• Regresso à Caverna: Sócrates argumenta que, se o prisioneiro voltasse à caverna para
libertar os outros, eles não entenderiam a sua experiência, rir-se-iam dele e resistiriam
à ideia de deixar a escuridão da caverna. Isso ilustra os desafios de educar e elevar as
almas humanas à verdadeira compreensão.
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• O sol, fora da caverna, representa o Bem supremo e o princípio de toda a verdade e
conhecimento, como entendemos pela alegoria da luz. O filósofo, que procura a
sabedoria, deve ascender à contemplação do Bem e, em seguida, compartilhar o seu
conhecimento com os outros, mesmo que seja difícil convencê-los a sair da ignorância
(da caverna).
• Esta alegoria é uma metáfora que Platão usa para destacar a procura da verdade, o
processo de educação e a natureza da realidade. Sugere que os governantes devem ser
filósofos, capazes de ver a verdade, a fim de liderar e educar o público.