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Escola Estadual Gonçalves Dias

Diretor: Wanerllon de Almeida Cardoso


Professorai: Rôse Vania S. de Oliveira
Disciplina de Filosofia
1º Série do Ensino Médio – Lacuna de 2019
Assunto: O que é filosofia
Data: 31 de janeiro de 2022
O que é filosofia?

Você sabe o que é Filosofia? Qual a utilidade da Filosofia? A reflexão filosófica


é necessária, qual a sua intencionalidade? A filosofia possibilita um “olhar diferente” e
busca outra dimensão da realidade, possibilitando ao indivíduo repensar suas ações e a
sociedade em que vive. Para o pensador Immanuel Kant só é possível aprender a filosofar,
isto é, exercitar a capacidade da razão em certas tentativas filosóficas já realizadas.
É preciso, contudo, reservar à atividade filosófica em sala de aula o direito de
investigar as ideias até suas últimas consequências, conservando-as ou recusando-as. Já
para o filósofo Hegel, o conhecimento do conteúdo da Filosofia é indispensável a sua
prática, ou seja, do filosofar.
A Filosofia constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele. Sobre a natureza da
utilidade da Filosofia, e Declaração de Paris define que o ensino da Filosofia tem como
objetivo a formação de espíritos livres e reflexivos, capazes de resistir às diversas formas
de propaganda, fanatismo, exclusão e intolerância, e contribuir para a paz e preparar cada
um para assumir suas responsabilidades face às grandes interrogações contemporâneas.
Costuma-se afirmar que a Filosofia surge como uma superação da forma
mitológica de pensar em favor do desenvolvimento do pensamento racional onde reside
a origem das ciências em geral. Os mitos eram parte da cosmogonia, ou seja, uma
narrativa mítica é aquela que explica o nascimento e a organização do mundo a partir de
forças divinas geradoras, e da teogonia que relata o surgimento dos deuses e titãs. Assim,
os primeiros filósofos foram os phísicos pré-socráticos, assim chamados, porque os
antecessores de Sócrates, buscavam entender por meio da observação os princípios da
natureza, das causas naturais e seus fundamentos.
Já o ateniense Sócrates, por sua vez voltou-se, assim como seus discípulos Platão
e Aristóteles, para questões ligadas também a ética, a política e a metafísica. A Grécia
Antiga é considerada o berço da Filosofia Ocidental. As navegações marítimas, o
surgimento da moeda, da escrita alfabética, da Polis (cidade-estado) e da democracia
formaram as condições históricas que possibilitaram o desenvolvimento da Filosofia
como uma nova forma de conceber o mundo, os homens e a si mesmo.
A partir da etimologia da palavra Filos significa amigo, amante e Sofia a
sabedoria. Como na versão de Tales de Mileto grande filósofo e matemático, quando
perguntaram de onde vem toda sua sabedoria (Sofia), ele respondeu não sou um sábio,
sou aquele que ama e busca a sabedoria, um amigo do saber!

O mito clássico da filosofia: mito da caverna, qual o seu significado:

Mito da caverna é uma metáfora criada pelo filósofo grego Platão. A história é
uma tentativa de explicar a condição de ignorância em que vivem os seres humanos,
aprisionados pelos sentidos e os preconceitos que impedem o conhecimento da verdade.
Também conhecida como Alegoria da Caverna ou Caverna de Platão, esta história está
presente no Livro VII da obra A República.
O texto é uma série de diálogos escritos por Platão sobre o conhecimento, a
linguagem e a educação para a construção de um Estado ideal. O Mito da Caverna é um
dos textos filosóficos mais debatidos e conhecidos pela humanidade. Nele, estão as bases
do pensamento platônico, o conceito de senso comum em oposição ao senso crítico e à
busca pelo conhecimento verdadeiro.
A vida dentro da caverna representa o mundo sensível, aquele experimentado a
partir dos sentidos, onde reside a falsa percepção da realidade. Enquanto a saída da
caverna representa a busca pela verdade, o chamado mundo inteligível, alcançado apenas
pelo uso da razão.

Resumo do Mito da Caverna

No texto, Platão cria um diálogo entre Sócrates e o jovem Glauco. Sócrates pede
para que Glauco imagine um grupo de pessoas que viviam numa grande caverna, com
seus braços, pernas e pescoços presos por correntes e voltados para a parede que ficava
no fundo da caverna.
Atrás dessas pessoas, existia uma fogueira e outros indivíduos transportavam
objetos, que tinham as suas sombras projetadas na parede da caverna, onde os prisioneiros
ficavam observando.
Como estavam presos, os prisioneiros podiam enxergar apenas as sombras das
imagens, julgando serem aquelas projeções a própria realidade. Certa vez, uma das
pessoas presas nesta caverna consegue se libertar das correntes e sai para o mundo
exterior. A princípio, a luz do sol e a diversidade de cores e formas assustam o ex-
prisioneiro, fazendo-o querer voltar para a caverna.
No entanto, com o tempo, ele acabou por se admirar com as inúmeras novidades
e descobertas que fez. Assim, tomado por compaixão, decide voltar para a caverna e
compartilhar com os outros prisioneiros todas as informações sobre o mundo exterior. As
pessoas que estavam na caverna, porém, não acreditaram naquilo que o ex-prisioneiro
contava e chamaram-no de louco. Para evitar que suas ideias atraíssem outras pessoas
para os “perigos da insanidade”, os prisioneiros mataram o fugitivo.

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