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FILOSOFIA

•Capítulo 2:

SÓCRATES •Diálogos: o platonismo na democracia


nascente

UNI Vestibulares
Prof. Elenilson
SÓCRATES
(470-399 a.C.)

Considerado pelos seus Em seus pensamentos,


contemporâneos um dos demonstra uma necessidade
homens mais sábios e grande de levar o conhecimento
inteligentes. para os cidadãos gregos.

Conhecemos seus pensamentos


e ideias através das obras de Em função de suas ideias
dois de seus discípulos: Platão e inovadoras para a sociedade,
Xenofontes. Sócrates não começa a atrair a atenção de
deixou por escrito seus muitos jovens atenienses.
pensamentos.
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• A elite mais conservadora de Atenas
começa a encarar Sócrates como um
inimigo público e um agitador em potencial.

• Foi acusado de subverter a ordem social,


corromper a juventude e provocar
mudanças na religião grega.

• Foi condenado a suicidar-se tomando


cicuta.

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O MÉTODO SOCRÁTICO
IRONIA: em grego, “pergunta”.
Consiste na forma como Sócrates questionava sobre um assunto e continuava fazendo perguntas
derrubando os argumentos, mostrando ao interlocutor que ele não sabia tudo sobre o assunto.
“Só sei que nada sei”

DIALÉTICA: confronto de ideias, gerando o diálogo.


TESE + ANTÍTESE = SÍNTESE

MAIÊUTICA: a partir destes argumentos derrubados, Sócrates dizia que nasceriam os próximos,
melhores embasados.
Dizia que era possível “parir” um conhecimento que já estava presente na consciência das pessoas.
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A morte de Sócrates, Jacques-Louis David, 1787. 5
(ENEM digital 2020) Há um tempo, belas e boas são todas as ações justas e
virtuosas. Os que as conhecem nada podem preferir-lhes. Os que não as conhecem,
não somente não podem praticá-las como, se o tentam, só cometem erros. Assim
praticam os sábios atos belos e bons, enquanto os que não o são só podem
descambar em faltas. E se nada se faz justo, belo e bom que não pela virtude, claro
é que na sabedoria se resumem a justiça e todas as mais virtudes.
XENOFONTE. Ditos e feitos memoráveis de Sócrates. Apud CHALITA, G. Vivendo a
filosofia. São Paulo: Ática, 2005.

Ao fazer referência ao conteúdo moral da filosofia socrática narrada por Xenofonte,


texto indica que a vida virtuosa está associada à

a) aceitação do sofrimento como gênese da felicidade suprema.


b) moderação dos prazeres com vistas à serenidade da alma.
c) contemplação da physis como fonte de conhecimento.
d) satisfação dos desejos com o objetivo de evitar a melancolia.
e) persecução da verdade como forma de agir corretamente. 6
(Unicamp 2013) A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C.,
encontra o seu ponto de partida na afirmação “sei que nada sei”, registrada na obra
Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos que afirmavam que ele era o mais
sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas, Sócrates chegou à
conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria ignorância.

O “sei que nada sei” é um ponto de partida para a Filosofia, pois


a) aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir
conhecimentos.
b) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a
função da Filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
c) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a Filosofia é o saber que estabelece
verdades dogmáticas a partir de métodos rigorosos.
d) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos,
preocupando-se apenas com causas abstratas. 7
(ENEM PPL 2019) Tomemos o exemplo de Sócrates: é precisamente ele
quem interpela as pessoas na rua, os jovens no ginásio, perguntando: “Tu te
ocupas de ti?” O deus o encarregou disso, é sua missão, e ele não a
abandonará, mesmo no momento em que for ameaçado de morte. Ele é
certamente o homem que cuida do cuidado dos outros: esta é a posição
particular do filósofo.
FOUCAULT, M. Ditos e escritos. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2004.

O fragmento evoca o seguinte princípio moral da filosofia socrática, presente


em sua ação dialógica:

A) Examinar a própria vida.


B) Ironizar o seu oponente.
C) Sofismar com a verdade.
D) Debater visando a aporia.
E) Desprezar a virtude alheia. 8
FILOSOFIA

•Capítulo 2:
•Diálogos: o platonismo na democracia
nascente

PLATÃO UNI Vestibulares


Prof. Elenilson
PLATÃO
(427-347 a. C.)
• Um dos maiores pensadores gregos, transformou
profundamente o pensamento ocidental.

• Distinção entre o mundo sensível (aparências) e o mundo


inteligível (essências).

• Foi discípulo de Sócrates e escreveu muito após a sua


morte, inconformado com sua condenação.

• Grande crítico dos sofistas devido ao trabalho com a


retórica sem a preocupação com a verdade e a justiça.
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A República é a maior e mais reconhecida obra
política de Platão.  A obra se foca na questão da
justiça: Como é um Estado justo? Quem é um
individuo justo?

POLÍTIC Segundo Platão, a melhor forma de governo é


a aristocracia por mérito. As classes não são
A PARA hereditárias, elas são determinadas pelo tipo de
educação obtida pela pessoa. 
PLATÃO Com maior nível de educação, a pessoa se
pertence à classe dos reis-filósofos.
Este tipo de governo é uma crítica à
democracia ateniense e nunca foi praticado.
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PLATÃO E A EDUCAÇÃO
• Platão funda a Academia (387 a.C.), considerada o primeiro modelo
da escola que temos ainda hoje.

• Na Academia, todos poderiam receber ensinamentos, inclusive as


mulheres.

• Segundo Platão, a intenção da Academia era formar cidadãos


completos, que se envolvessem de todas as formas com a vida na
Pólis.

• Em geral, esta educação não atingia as classes mais baixas.


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A ESCOLA DE ATENAS – RAFAEL SANZIO – 1509/1510 13
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(UFPE) A filosofia antiga grega e greco-romana tem uma história mais que milenar. Partindo
do século VI a.C., chega até o ano de 529 d.C., ano em que o imperador Justiniano mandou
fechar as escolas pagãs e dispersar os seus seguidores. Nesse arco de tempo, podemos
distinguir o momento das grandes sínteses de Platão e Aristóteles.
(REALE, Giovanni. História da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Paulinas, 1990.

O autor na citação acima sinaliza a significância do período sistemático da filosofia antiga.


No que tange à filosofia de Platão, assinale a alternativa CORRETA.
a) Platão propõe a existência das essências ou formas, que estão presentes no mundo das
ideias e são modelos eternos das coisas sensíveis.
b) A filosofia de Platão salienta as essências do mundo sensível que são modelos para o
mundo das ideias.
c) O pensamento de Platão não teve papel decisivo do desenvolvimento da mística, da
teologia e da filosofia cristã.
d) As ideias de Platão têm a confiança absoluta no poder dos sentidos e desconfiam do
conhecimento racional.
e) O pensamento filosófico de Platão tem como finalidade a descoberta do mundo físico,
declinando do campo da metafísica. 15
O MITO DA CAVERNA

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(UNESP 2017 – 2ª fase) Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a
infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. A luz que ali
entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros há
um caminho em que homens transportam estatuetas (pequenas estátuas) de todo
tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas. Por causa da luz da
fogueira, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das
estatuetas transportadas atrás de um muro, mas sem poderem ver as próprias
estatuetas nem os homens que as transportam. Como jamais viram outra coisa, os
prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Que
aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um
prisioneiro libertado?
(Marilena Chauí. Convite à filosofia, 1994. Adaptado.)

Na alegoria da caverna, a qual figura típica da filosofia de Platão correspondem


os seres humanos aprisionados? E o prisioneiro que se liberta das algemas?
Explique o significado filosófico dessas duas figuras. 18
(UEG 2019) Considerando a história contada por Platão no livro VII da República, mais
conhecida como Mito da Caverna, podemos deduzir que:

a) o homem, apesar de nascer bom, puro e de posse da verdade, pode desviar-se e


passar a acreditar em outro mundo mais perfeito de puras ideias.

b) não podemos confiar apenas na razão, pois somente guiados pelos sentimentos e
testemunhos dos sentidos poderemos alcançar a verdade.

c) a caverna, na alegoria platônica, representa tudo aquilo que impede o surgimento da


consciência filosófica, que possibilitaria uma ascensão para o mundo inteligível.

d) a razão deve submeter-se aos testemunhos dos sentidos, pois a verdade que está no
mundo inteligível só será atingida mediante a sensibilidade.

e) os homens devem se libertar da crença na existência em outro mundo e buscar


resolver seus conflitos aprofundando-se em sua interioridade.
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