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Estudo Dirigido 2ª série

Filosofia Clássica
1 - contexto histórico que apareceram os sofistas e
Sócrates
O surgimento dos sofistas e de Sócrates foi no apogeu político, econômico e
cultural das cidades gregas, período clássico da história da Grécia antiga,
especialmente em Atenas e na democracia. Esse período propiciou a participação
de um número maior de habitantes na discussão sobre temas práticos e públicos,
a instituição democrática ateniense favoreceu também o desenvolvimento de uma
cultura que valorizava o uso da palavra e da razão (conforme comentamos no
capítulo anterior). As habilidades argumentativas e dialéticas dos cidadãos
tornaram-se um bem cada vez mais apreciado.
2 - Descrição dos sofistas

Os sofistas, palavra de origem grega que quer dizer “grande mestre ou sábio”,
algo como “supersábios. Eles pertenciam, em geral, à periferia do mundo grego.
eram professores viajantes que vendiam seus ensinamentos, empregando a
exposição ou o monólogo como método de ensino. Davam aulas de eloquência e
de sagacidade mental ou ensinavam elementos úteis para o sucesso nas
atividades públicas e privada. Tinham como objetivo o desenvolvimento da
habilidade da argumentação, além do domínio de doutrinas divergentes. De
acordo com essa interpretação, eles buscavam transmitir a seus discípulos todo
um jogo de palavras, raciocínios e concepções úteis em um debate para driblar as
teses dos adversários e convencer as pessoas
3 - Explicação “o homem é a medida de todas as coisas”

Protágoras afirmava que o mundo é aquilo que cada indivíduo ou grupo social
consegue perceber que é. A realidade é relativa a cada um (indivíduo, grupo
social, cultura), ou seja, depende de suas disposições, concepções, modos de ser
e de viver. não se pode saber se há uma realidade absoluta. Desse modo, o
mundo é como os seres humanos o interpretam, constroem ou destroem, múltiplo
e variado.
4 - Como Sócrates desenvolvia o saber e qual a
concentração do seu pensamento

Desenvolvia o saber filosófico em praças públicas conversando com os jovens,


sempre dando demonstrações de que era preciso unir a vida concreta ao
pensamento unir o saber ao fazer, a consciência intelectual à consciência prática
ou moral. Concentrou seu pensamento na problemática do ser humano, no
entanto, se opôs ao relativismo quanto à questão da moralidade e ao uso da
retórica para atingir interesses particulares, entre outros aspectos que marcaram
sua diferença com a tradição sofista.
5 - Momentos do diálogo crítico de Sócrates

refutação ou ironia – etapa em que o filósofo interrogava seus interlocutores


sobre aquilo que pensavam saber, formulando-lhes perguntas e procurando
evidenciar suas contradições. Seu objetivo era fazê-los tomar consciência
profunda de suas próprias respostas, das consequências que poderiam ser
tiradas de suas reflexões, muitas vezes repletas de conceitos vagos e imprecisos;
maiêutica – etapa em que ele propunha aos discípulos uma nova série de
questões, com o objetivo de ajudá-los a conceber ou reconstruir suas próprias
ideias. Por isso, essa fase é chamada de maiêutica, termo que em grego significa
“arte de trazer à luz”.
6 - Dualismo platônico
Na teoria das ideias de Platão o filósofo apresentou duas
realidade:
● mundo sensível (kósmos horatós, em grego) –
corresponde à matéria e compõe-se das coisas
como as percebemos na vida cotidiana (isto é, pelas
sensações), as quais surgem e desaparecem
continuamente. Assim, as coisas e fatos do mundo
sensível são temporárias, mutáveis e corruptíveis
● mundo inteligível (kósmos noetós, em grego) –
corresponde às ideias, que são sempre as mesmas
para o intelecto, de tal maneira que nos permitem
experimentar a dimensão do eterno, do imutável, do
perfeito, sendo que todas as ideias derivariam da
ideia do bem.
7 - Demiurgo

Demiurgo – palavra de origem grega que significa “aquele que faz, constrói”.
Sendo este apresentado por Platão como uma terceira realidade, a qual teria
operado apenas na criação do mundo. De acordo com essa doutrina, para
construir o universo o demiurgo agiu como um “artesão”: buscou as ideias eternas
do mundo inteligível como modelo e, com elas, deu forma à matéria
indeterminada, criando assim o mundo sensível.
8 - Alegoria da Caverna de Platão

De acordo com essa alegoria, homens prisioneiros desde pequenos


encontram-se em uma caverna escura e estão amarrados de uma maneira que os
obriga a permanecer sempre de costas para a abertura da caverna. Nunca saíram
e nunca viram o que há fora dela. No entanto, devido à luz de um fogo que entra
por essa abertura, podem contemplar na parede do fundo da caverna a projeção
das sombras dos seres que passam em frente ao fogo lá fora. Acostumados a ver
somente essas projeções, que são as sombras do que não podem observar
diretamente, assumem que o que veem é a verdadeira realidade. Se saíssem da
caverna e vissem as coisas do mundo iluminado, não as identificariam como
verdadeiras ou reais. isso levaria um tempo. estando acostumados às sombras,
às ilusões, teriam de habituar os olhos à visão do real: primeiro olhariam as
estrelas da noite, depois as imagens das coisas refletidas nas águas tranquilas,
até que

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