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PLATÃO

PLATÃO
• Nasceu: 428/427 – 348/347 a.C.

• Filósofo e matemático do período clássico,


de família aristocrática.

• Fundador da Academia em Atenas, a


primeira instituição de educação superior
do mundo ocidental.

• Influenciou o neoplatonismo de Plotino e


Porfírio.

• Influenciou Santo Agostinho e, portanto, o


cristianismo, bem como a filosofia árabe.

• Autor do “Mito da Caverna” e da “Teoria


das Ideias”, criador da Metafísica.
PLATÃO
Sócrates fez a Filosofia preocupar-se com nossa
possibilidade de conhecer e indagar quais as causas
das ilusões, dos erros e da mentira.

Platão e Aristóteles introduziram na Filosofia a ideia


de que existem diferentes maneiras de conhecer ou
graus de conhecimento e que esses graus se
distinguem pela ausência ou presença do
verdadeiro, pela ausência ou presença do falso.
PLATÃO
Platão distingue quatro formas ou graus de conhecimento, que vão
do grau inferior ao superior:

Conhecimentos Sensíveis ou ilusórios ou das aparências, como os


dos prisioneiros da caverna – devem ser afastados da Filosofia:
• crença
• opinião

Conhecimentos Intelectuais (matemática, por exemplo):


• raciocínio: modo mediato que treina e exercita nosso
pensamento, preparando-o para uma purificação intelectual)
• intuição intelectual: modo imediato de atingir as ideias ou as
essências que formam a realidade ou que constituem o Ser
PLATÃO
A “solução platônica” da “polêmica” entre Parmênides e Heráclito

Como Platão solucionou o impasse entre as perspectivas de Parmênides de Eléia e Heráclito de


Éfeso?

Platão considerou que Heráclito tinha razão no que se refere ao mundo material e sensível,
mundo das imagens e das opiniões. A matéria, diz Platão, é, por essência e por natureza, algo
imperfeito, que não consegue manter a identidade das coisas, mudando sem cessar, passando
de um estado a outro, contrário ou oposto.

O mundo material ou de nossa experiência sensível é mutável e contraditório e, por isso, dele
só nos chegam as aparências das coisas e sobre ele só podemos ter opiniões contrárias e
contraditórias.

Por esse motivo, diz Platão, Parmênides está certo ao exigir que a filosofia deva abandonar
esse mundo sensível e ocupar-se com o mundo verdadeiro, invisível aos sentidos e visível
apenas ao puro pensamento. O verdadeiro é o ser, uno, imutável, idêntico a si mesmo, eterno,
imperecível, puramente inteligível.
PLATÃO
A “solução platônica” da “polêmica” entre Parmênides e Heráclito

Como Platão solucionou o impasse entre as perspectivas de Parmênides de Eléia e


Heráclito de Éfeso?

A ontologia platônica introduz uma divisão do mundo, afirmando a existência de dois


mundos inteiramente diferentes e separados: o mundo sensível da mudança, da
aparência, do devir dos contrários, e o mundo inteligível da identidade, da permanência,
da verdade, conhecido pelo intelecto puro, sem nenhuma interferência dos sentidos e das
opiniões. O primeiro é o mundo das coisas. O segundo, o mundo das ideias ou das
essências verdadeiras.

O mundo das ideias ou das essências é o mundo do ser; o mundo sensível das coisas ou
das aparências é o mundo do não-ser.

O mundo sensível é uma sombra, uma cópia deformada ou imperfeita do mundo


inteligível das ideias ou essências.
PLATÃO
A “solução platônica” da “polêmica” entre Parmênides e Heráclito

Como Platão solucionou o impasse entre as perspectivas de


Parmênides de Eléia e Heráclito de Éfeso?

Platão parece estar mais próximo de Parmênides do que de


Heráclito no sentido de acreditar na identidade do ser consigo
mesmo. No entanto, a ontologia de Parmênides afirmava que o
mundo sensível das aparências é o não-ser, não existe, é o nada.

Já para Platão o não-ser não é o puro nada, mas o outro do ser,


inferior ao ser, que nos engana e nos ilude. É o falso ser, uma
sombra. É o mundo sensível.
PLATÃO
MITO DA CAVERNA

Com Platão, é feita uma separação radical entre, de um lado a opinião e as


imagens das coisas, trazidas pelos nossos órgãos dos sentidos, nossos hábitos,
pelas tradições, pelos interesses, e, de outro lado, as ideias.

(Mito da Caverna – O Banquete)

A reflexão e o trabalho do pensamento permitem ao espírito humano conhecer


a verdade invisível, imutável, universal e necessária.

A opinião, as percepções e imagens sensoriais são consideradas falsas,


mentirosas, mutáveis, inconsistentes, contraditórias, devendo ser abandonadas
para que o pensamento siga seu caminho próprio no conhecimento verdadeiro.
PLATÃO
PRINCIPAIS OBRAS

Escreveu basicamente na forma de diálogos:


Socráticos (como protagonista); geralmente tratam de algum tema

• Hípias menor: sobre a verdade, a mentira e a justiça.


• Hípias maior: sobre o belo e as artes.
• Górgias: sobre a retórica, tomando como interlocutores principais Sócrates e o sofista Górgias.
• Fédon: sobre a alma, a reencarnação e assuntos em relação à constituição metafísica do
homem.
• O Banquete: sobre o bem e o amor ideal.
• Apologia de Sócrates: escrito após a morte de Sócrates, o texto narra os últimos momentos do
mestre de Platão, quando foi acusado de corrupção da juventude de Atenas, julgado e
condenado à morte.
• Láques: sobre a coragem: o livro traz uma nova concepção de coragem ao cidadão grego,
antes habituado à concepção heroica relacionada a Aquiles e Ulisses, por exemplo. Agora, a
concepção de heroísmo ganha uma conotação de ação moralmente equilibrada e justa.
PLATÃO
PRINCIPAIS OBRAS

A República

“A República” foi escrita, mais ou menos, por volta de 380 a.C. A obra é dividida em
dez livros, todos escritos na forma de diálogos em que Sócrates ocupa o lugar de
personagem principal. Por meio desses diálogos, Platão apresenta as suas teses sobre
a política e o que ele considera como justiça, enquanto conceito puro, eterno e
imutável.

Sócrates partiu em busca do entendimento do conceito de justiça para achar o modo


perfeito de governo. Por apresentar um modo perfeito de governo, baseado no
idealismo, “A República” pode ser considerada a primeira utopia política do Ocidente.

MITO da CAVERNA: descrito no livro VII


PLATÃO
PRINCIPAIS FRASES e/ou IDEIAS

“As cidades somente alcançarão a felicidade se os filósofos se tornarem reis ou se


os reis se tornarem filósofos.”

“Tente mover o mundo, mas comece movendo a si mesmo.”

“Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se
fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição
natural de cada uma.”

“Muitos odeiam a tirania apenas para que possam estabelecer a sua.”

“Boas pessoas não precisam de leis para obrigá-las a agir responsavelmente,


enquanto as pessoas ruins encontrarão um modo de contornar as leis.”

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