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INTRODUÇÃO À FILOSOFIA UNIDADE 1

•INTRODUÇÃO AO CURSO •DEFINIÇÃO? •O ESPÍRITO


FILOSÓFICO

O QUE É FILOSOFIA?

•SOPHÓS – SÁBIO – ILUMINAÇÃO •PHILOSOPHÓS – FILÓSOFO –


AMA O SABER – BUSCA •SOPHISTÉS – SOFISTA – TÉCNICA

O ESPÍRITO FILOSÓFICO

•A que a filosofia visa? Tudo. •Para que ela serve? Nada (em um certo
sentido). •E nisto está a especificidade da filosofia: abre espaço para a
expansão das demais áreas específicas do saber.

FILOSOFIA E ACADEMIA

•Filosofia e vida concreta: a busca do bem supremo. •“Questões


filosóficas” – sentido meramente acadêmico. •A prática filosófica na
academia pode ser completamente dissociada do projeto filosófico original
(Sócrates, Platão e Aristóteles).

PROLEGÔMENOS NAUGLE, David K. Filosofia: um guia para


estudantes. Cap. 01.

•Pro = antes e lego = falar •Explicitar os pontos de partida, axiomas,


premissas fundamentos. •Fé como componente estrutural universal da
natureza humana. •Teísmo trinitário canônico.

PROLEGÔMENOS CRISTÃOS PARA A FILOSOFIA

•Distinção ontológica Criador x Criação (Gn 1,2) •A graça restaura a


natureza (Rm 8.18-23) •As estruturas boas e as orientações antitéticas (Gn
1.31; Pv 12.18) •Graça comum (Êx 12.35,36) •Mente hebraica antes da
grega (Êx 3.6)

UNIDADE 2

•METAFÍSICA I

ORIGEM DO TERMO “METAFÍSICA” •Andrônico de Rodes: tá metá tá


physiká = depois da Física. • Termos usados por Aristóteles: filosofia
primeira, teologia, saber teorético, ciência do ser enquanto ser.
• Estudo filosófico da realidade. • “Todos os seres humanos naturalmente
desejam o conhecimento.” •Ontologia = estudo do ser ( tó ón ).

METAFÍSICA LIVRO 1 (A) - ESQUEMA •Objetivo: estabelecer a


existência de uma ciência superior (Metafísica). •O desejo de saber é
natural. •Há diversos graus de conhecimento: sensação � memória �
experiência � arte (tékhné - τέχνη) � ciência (conhecimento teorético,
especulativo). •O verdadeiro conhecimento (filosofia) seria o conhecimento
das causas, da razão do ser.

METAFÍSICA LIVRO 2 (A) - ESQUEMA •Objetivo: o que caracteriza


esta ciência (sabedoria – metafísica) •Ciência das causas primeiras.
•Teórica, não prática. •Livre, não subordinada. •Divina. •Admirável acima
de todas as demais ciências.

O Existencialismo contra a busca do ser •“A existência precede e governa a


essência”. Jean Paul Sartre •O pensamento começa com o indivíduo
humano, não com o “ser” humano. •Atitude existencial: diante do absurdo,
cabe ao indivíduo dar sentido a sua existência. O homem primeiro surge,
depois se define. •Exemplo de Soren Kierkegaard em Temor e Tremor: a fé
é um salto no escuro, é irracional. Passagem dos estágios estético – ético –
religioso.

UNIDADE 3 EPISTEMOLOGIA I

DIFERENÇA ENTRE METAFÍSICA E EPISTEMOLOGIA

• METAFÍSICA – ONTOLOGIA = TEORIA DO SER “O que é?” “Isto


existe ou não?” • EPISTEMOLOGIA – GNOSIOLOGIA = TEORIA DO
CONHECIMENTO “Como podemos saber?” “Existe uma maneira certa de
conhecer?”

RACIONALISMO E EMPIRISMO

• Modos de autoridade sobre verdadeiro e falso que assumem a primazia no


ato de conhecer: • RACIONALISMO: A Razão. Faculdade da mente de
classificar, ordenar, categorizar e entender tudo que conhecemos. •
Processo dedutivo. Conhecimento a priori. • EMPIRISMO: A experiência
sensível. O conhecimento vem de um acúmulo de informações captadas por
nós pelos sentidos (audição, visão, tato, olfato, paladar). • Processo
indutivo. Conhecimento a posteriori.
Exemplo de racionalista: René Descartes (1596- 1650)

• Livro mais conhecido: “O Discurso do Método” •Objetivo: Encontrar o


conhecimento que seja clara e distintamente percebido como verdadeiro. •
Método: A dúvida radical – duvidar de tudo, até chegar àquilo de que seria
impossível duvidar. • Sentidos: argumento do sonho. • Matemática:
argumento do gênio maligno. •Do que é impossível duvidar? Da própria
dúvida! Se há dúvida, então há um eu que duvida. • COGITO ERGO SUM:
“Penso, logo existo”.

Exemplo de empirista: John Locke (1632- 1704)

•Negação de qualquer ideia inata. Mesmo as leis da lógica não seriam


inatas, mas apenas “imediatamente persuasivas”.•A mente é uma tabula
rasa: uma tábua lisa, que sofre ao longo da vida impressões vindas da
experiência. •Distinção entre impressões simples e complexas: as primeiras
chegam de forma passiva à mente; as segundas são resultado de
combinações das simples. •Distinção entre qualidades primarias e
secundárias. As primeiras existem nos corpos mesmos; as segundas causam
ideias que não existem nos corpos em si.

UNIDADE 4 EPISTEMOLOGIA II

Immanuel Kant (1724- 1804) • Racionalismo: Axiomas, realidades


autoevidentes, são os pontos de partida fundamentais para a construção do
conhecimento. • Empirismo: A experiência sensível é o ponto de partida
fundamental. • Kant propõe uma questão nova, que procura conciliar as
duas perspectivas: “Admitindo que o conhecimento é possível, quais são as
condições que tornam isso possível? Isto é, se somos capazes de conhecer o
mundo, como deve ser o mundo?” •Método transcendental: não seguir as
impressões dos sentidos ou os passos de uma dedução, mas questionar o
que tais atividades pressupõem.

Conceitos básicos da epistemologia kantiana •Juízos Analíticos: “Um


solteiro é um homem não casado.” É conhecimento a priori. São
conhecidos antes da experiência sensível (racionalismo). São
necessariamente verdadeiros (tautologias). •Juízos Sintéticos: “O gato está
no carpete.” É conhecimento à posteriori. Sua veracidade não é conhecida
antes da experiência sensível (empirismo). Podem ser verdadeiras ou falsas
(contingências). • Conceito particular de Kant: Juízos Sintéticos à priori.
Exemplos: Leis científicas formuladas como proposições necessárias e
universais, proposições da geometria “uma reta é a menor distância entre
dois pontos.”

A estrutura do conhecimento • Para Kant, o juízo sintético à priori


salvaguarda a ciência (influência de Isaac Newton). •Nosso conhecimento
básico acontece não pela impressão do mundo na mente, mas da mente
imprimindo no mundo. • Tempo e espaço como conhecimento sintético a
priori. O espaço é uma forma à priori da experiência sensível e fundamenta
os raciocínios geométricos; o tempo é a forma a priori que fundamenta os
raciocínios aritméticos baseados na sucessão.

Ilustração de Gordon Clark desse conceito • Vários potes de vidro


cilíndricos examinam a razão de suas geleias terem formato cilíndrico. •A
razão não está na composição das geleias, mas no próprio formato dos
potes que as contêm.

UNIDADE 5 •TEORIA DOS VALORES I

AXIOLOGIA

• METAFÍSICA (Teoria do Ser): O que é? • EPISTEMOLOGIA (Teoria do


Conhecimento): Como sabemos? •AXIOLOGIA (Teoria dos Valores):
Como viveremos? •A axiologia trata de valores morais (ética) e estéticos
(estética).

•Desde os gregos, os dois valores eram vistos como inseparáveis. O ideal


grego de virtude (αρετή), o padrão da excelência: O belo e o bom (καλός
καi αγαθός). • Escolher é o drama humano – ex. Antígona, tragédia de
Sófocles. Conflito entre direito natural x direito civil. • Busca da
compreensão da natureza da virtude e seu desenvolvimento, e da natureza e
eliminação do vício.

Ética e Moral

•Ideias intimamente relacionadas, mas nem sempre empregadas como


sinônimas. • Ética (ηθική, ἔθος) – caráter, aquilo que molda a identidade. •
Moral (Mores) – costumes, padrão de comportamento considerado normal
ou recomendado. • Ética (Prescritiva) x Moral (Descritiva). •O problema
contemporâneo: encontrar um padrão ético normativo sem o recurso à
autoridade religiosa. Busca de uma ética secular. • É impossível não
fazermos juízos morais.
Um exemplo - Adam Smith (1723-1790)

• Livro: Teoria dos Sentimentos Morais • Motivação do agir moral. Rejeita


toda fonte própria do agir moral. Aprovação dos outros. Ser-
justificadamente-aprovado, no sentido de um observador imparcial. • “O
ser humano tem o desejo não apenas de ser amado, mas de ser digno de
amor.” •Avaliar alguém por sua posição social é o principal motivo para a
corrupção de nossos sentimentos morais. •A forma mais elevada de
aprovação é a admiração. O vaidoso quer a aprovação pela aprovação. O
virtuoso a quer da perspectiva do observador imparcial.

UNIDADE 06 • TEORIA DOS VALORES II

A Estética na História da Filosofia

• Pré-socráticos: a busca do Logos no Cosmos. Antíteses entre forças


apolíneas (ordem) e dionisíacas (desordem) – ver Nietzsche. Tragédia ( •
Platão: beleza das formas inferiores como cópia imperfeita das formas
puras. Representação (mímesis) imperfeita do absoluto. • Aristóteles:
harmonia das partes do objeto em relação a si e em relação ao todo.
Representação (mímesis) superior do sensível.

• Kant: Desloca o problema estético do objeto para o sujeito. Juízos de


conhecimento (“A rosa é branca”) x juízos estéticos (“A rosa é bela”). Este
último difere ainda dos juízos de gosto, ou sobre o agradável (“Eu gosto da
rosa”), que não possuem exigência de universalidade. • Arte não é a
representação de uma coisa bela, mas a representação bela de uma coisa. •
Como o prazer estético é desinteressado, pode aspirar à universalidade.

UNIDADE 7 DISCIPLINAS DA FILOSOFIA I (POLÍTICA, RELIGIÃO)

EDMUND BURKE (1729-1797)

• Mãe católica e pai protestante. • Estuda Direito, mas abandona a carreira


para se dedicar à literatura. • Torna-se secretário de figuras políticas. • Em
1766 ele é eleito parlamentar na Câmara do Comuns. • Lutou em temas
tais: discriminação contra os católicos romanos na Irlanda; rebelião das
colônias britânicas na América; abusos da Companhia das Índias;
independência da Câmara dos Comuns; e a Revolução Francesa.
O que foi a Revolução Francesa?

• Iluminismo, contratualismo. • Precedida da Revolução da Independência


dos EUA. Liberdade, Igualdade e Fraternidade. • O absolutismo francês. •
Os três Estados: Clero, Nobreza e Povo. • A má administração dos
impostos. A figura de Maria Antonieta, esposa de Luís XVI. • Assembleia
Nacional – convocada pelo Rei para discutir sobre impostos, saiu do
controle e foi tomado pelo Terceiro Estado. • 14/07/1789 – Tomada da
Bastilha. • Prisão do rei e nova constituição.

• Os discursos de Robespierre: República; ilegalidade dos 1º e 2º Estados; •


Convenção Nacional lidera a revolução. • 21/01/1793 – execução de Luís
XVI. • Declaração de guerra das nações monarquistas europeias. • Comitê
de Segurança Pública, sob Robespierre. Repressão de toda resistência
interna sob pena de morte na guilhotina – O Reino do Terror. • Lei das
Pessoas Suspeitas.

. Primeira motivação: preocupação com movimentos dentro da Inglaterra.


2. A Revolução Gloriosa x Revolução Francesa. 3. Tradição x Revolução.
4. Realismo x abstração filosófica. 5. Sentimentos naturais x artificiais. 6.
Instituições x modismos. 7. Teoria conservadora x teoria radical. 8.
Prudência x racionalismo. 9. Os reais direitos dos homens (historicamente
determinado) x direitos dos homens (no estado de natureza). 10.
“Preconceito” x Razão nua.

UNIDADE 8 • DISCIPLINAS DA FILOSOFIA (POLÍTICA, RELIGIÃO)

Abraham Kuyper (1837-1920)

• Inicialmente, influenciado pela teologia liberal. • “Converte-se” quando


era pastor de uma pequena igreja. • Fundador da Universidade Livre de
Amsterdã. • Um dos fundadores do Partido Antirrevolucionário na
Holanda. • Foi primeiro-ministro da Holanda.

Dominado por uma paixão

“Um desejo tem sido a paixão predominante de minha vida... Que apesar de
toda a oposição terrena, as santas ordenanças de Deus serão estabelecidas
novamente no lar, na escola e no Estado para o bem do povo; para esculpir,
por assim dizer, na consciência da nação as ordenanças do Senhor, para que
a Bíblia e a Criação deem testemunho, até a nação novamente render
homenagens a Deus.”
O Conceito de Estado

• Perspectiva calvinista: não é só religiosa, mas afeta todas as áreas da vida


– ciências, arte e política. • Influência do calvinismo na ideia de liberdade
constitucional. • Esquemas políticos são fundados em concepções religiosas
ou antireligiosas. • O calvinismo vê a soberania de Deus sobre todas as
esferas da criação.

A Soberania na esfera do Estado

• Natureza social do homem. Zoon politikon (Animal político) –


Aristóteles. • O pecado destruiu a unidade original da humanidade. Não é
possível nem desejável um Governo Mundial. • O pecado tornou necessária
a existência dos magistrados. • Tendência a resistir à autoridade. • Perigo
constante de o Estado atentar contra nossa liberdade. • De Deus (não do
povo) emana o poder do Estado. • A forma do Estado (Monarquia,
República, Democracia) não é o mais importante.

A Soberania na esfera da Sociedade

• Existem certos domínios da vida humana (“esferas”) que existem


independentes do Estado: família, economia, ciência, artes, etc. • Estão
acima do Estado, e acima delas, têm apenas Deus. • A Revolução Francesa
procurou um Estado sem Deus. • A sociedade tem uma vida orgânica
(cresce junto) e o Estado um caráter mecânico (implantado de fora). • Poder
da espada do Estado: justiça, guerra, ordem. • O governo tem sempre a
tendência de interferir mecanicamente nas outras esferas.

A soberania na esfera da Igreja

• “Uma Igreja livre em um Estado livre.” • Perigo quando o Estado se


pronuncia em matérias de religião. • Calvinismo como ênfase de liberdade
de consciência. • A ICAR identifica a Igreja visível com a invisível. O
Estado sob a Igreja atuaria para garantir a unidade da igreja. • Calvino não
aceitou essa identificação. A unidade da igreja deve ser promovida não
pelo Estado, mas organicamente, com o Evangelho.

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