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CONTEMPLAÇÃO INACIANA
“... Como se eu estivesse presente, com todo o acatamento e reverência possível”
(EE.114)
“Contemplar” não é especular sobre um texto evangélico, nem tirar conclusões, nem
sequer examinar minha vida a partir da atuação de Jesus. Trata-se de fazer-me
presente à cena evangélica, esquecer-me de mim mesmo e estabelecer uma
relação de presença, de intimidade... que faça possível que a Pessoa de Jesus vá
se adentrando em mim.
A contemplação é uma ajuda concreta para centrar o afeto e liberar o desejo numa
só direção. É um apoio para que a pessoa “inteira” se deixe “afectar” pela cena e
permita que Deus lhe interpele desde o “acontecimento salvífico”. Estão Deus tem a
iniciativa e a pessoa cala.
Aquele que contempla também não é uma pessoa abstrata. Sou EU, carregado com
minha vida, minha história, meu temperamento, meus sonhos, minhas
capacidades... A contemplação põe juntas a pessoa (e sua história) e o mistério,
para que haja interação e assimilação. Lentamente vai transformando a pessoa sem
que ela perceba. “Nós nos tornamos aquilo que contemplamos”: