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da Matemática
Tecnologias no Ensino da
Matemática
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incluindo fotocópia, gravação ou qualquer outro tipo de sistema de armazenamento e
transmissão de informação, sem prévia autorização, por escrito, da Editora e Distribuidora
Educacional S.A.
ISBN 978-85-8482-102-0
CDD 371.33
Sumário
O avanço cada vez mais crescente das novas tecnologias vem implicando
mudanças sociais, econômicas, culturais e, inclusive, educacionais. Nessa
perspectiva, já não há mais lugar para um ensino de Matemática pautado em
apenas definições, regras, manipulações aritméticas e algébricas, enfim, já não há
lugar para um ensino de abordagem estritamente tradicional.
NOVAS TECNOLOGIAS E
EDUCAÇÃO: PRESSUPOSTOS
TEÓRICOS
Introdução à unidade
Sabe-se que a sociedade está vivenciando nos últimos anos uma explosão
tecnológica. Sabe-se, ainda, que as tecnologias têm influenciado, e muito, a
sociedade em todos os aspectos, inclusive na educação.
Nesse sentido, o estudo que você realizará nesta unidade tem por objetivo levá-
lo a refletir sobre o papel das tecnologias no campo da Educação Matemática. E
para iniciar os estudos sobre as tecnologias na Educação Matemática, é necessário
refletir sobre o cenário atual do ensino e da aprendizagem dessa disciplina, para
que então seja possível compreender a essencialidade da inserção de tecnologias
como uma alternativa pedagógica no âmbito da Educação Matemática.
Boa leitura!
Seção 1
ainda, mais adiante, os alunos são privados de desenvolver o caráter mais abstrato da
Matemática. Tudo isso porque, durante todo o processo de ensino, o aluno assume o
papel de mero receptor passivo de informações que são transmitidas pelo professor.
Mas, como o professor pode desenvolver uma prática pedagógica que vise
envolver, concomitantemente, as duas características da Matemática escolar?
Além disso, dessa forma o aluno não consegue compreender o quão próximo
a Matemática escolar está de sua realidade, o quanto ela está presente e se faz
necessária em diversos momentos do seu cotidiano.
Portanto, dizer ao estudante que aquilo que está sendo ensinado é importante
porque ele vai precisar daquele conhecimento para aprender novos conceitos no
ano escolar seguinte não é a melhor motivação para conscientizar o estudante
sobre a importância de aprender matemática.
A seguir são apresentados alguns links para que você possa conhecer em
maiores detalhes cada uma das metodologias para o ensino da Matemática
que foram apresentadas:
• Resolução de Problemas: <http://www.ufrrj.br/emanped/paginas/
conteudo_producoes/docs_24/metodologia.pdf
• Modelagem Matemática: <http://www.somatematica.com.br/artigos/a8/>
• História da Matemática: <http://repositorio.ufpa.br/jspui/
bitstream/2011/1750/4/Dissertacao_HistoriaMatematicaMetodologia.pdf>
• Etnomatemática: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/
arquivos/2430-8.pdf>
• Jogos: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/
arquivos/1948-6.pdf>
Sendo assim, diversos objetos podem ser considerados como ferramentas tecnológicas
no processo de ensino, e considerar tais objetos como tecnológicos ou não depende de
como serão utilizados em sala de aula. Mas, o que é considerado como tecnologia?
De acordo com o que defende Moran (2003), assim como as ferramentas tecnológicas,
tudo o que fazemos em sala de aula de maneira que esteja voltado à linguagem e a
relacionar sujeito com objeto de aprendizagem pode ser considerado como tecnologias.
Além disso, o que Moran (2003) enfatiza, e que em geral ocorre no cenário educacional
contemporâneo, é que os professores não estão bem preparados e, portanto, não se
sentem seguros para realizar mediações tecnológicas em suas aulas. E é nesse sentido
que vemos que tantas escolas, temendo não acompanhar as tecnologias, fazem a
aquisição de computadores, aparelhos de data-show, dentre tantos outros, mas que são
recursos pouco utilizados de maneira efetiva em sala de aula.
a) I, II e III.
b) II, IV e V.
c) IV e V.
d) I, II, III, IV e V.
Seção 2
Com certeza podemos afirmar que, do mesmo modo que a informática é importante
para a Educação Matemática, a Matemática é essencial e importante para a informática.
Em concordância com essa afirmação, Ponte e Canavarro (1997) mencionam que
E seguem:
Diante do que foi exposto até então, percebe-se que a informática pode se
caracterizar como profícua para o ensino de Matemática, seja por meio de programas
específicos construídos para essa área do conhecimento (dos quais alguns ainda serão
apresentados em nosso estudo), seja por meio da internet e outros. Do mesmo modo,
a informática necessita de conceitos matemáticos para sua evolução e aprimoramento.
2.2. Relações entre matemática e a informática
Como você acabou de estudar, do mesmo modo que a informática é importante
para a Matemática, esta é importante para a informática.
Assim como qualquer outra ciência, a Matemática não está posta em seu
produto final, mas está em constante evolução, sendo os problemas deixados em
aberto em certa época, solucionados em época posterior. E isso ocorre porque,
com o passar do tempo, novos instrumentos vão surgindo para auxiliar a encarar
problemas e resultados antigos, o que contribui para que ocorra a reformulação de
teorias, de metodologias e, até mesmo, de notações. Dentre estes instrumentos,
com certeza um que merece destaque no âmbito da Educação Matemática é a
informática.
Cada pessoa que cria um modelo para representar algo real considera que o
modelo é eficiente quando atende aos propósitos por ela estabelecidos. Nessas
condições, podemos entender que eficiência é algo muito subjetivo, pois envolve a
satisfação do modelador com relação aos objetivos que pretende com tal modelo.
O modelo também pode ser classificado de acordo com sua natureza. Lachtermacher
(2002) classifica o modelo em três tipos, conforme apresenta a figura a seguir:
Seção 3
Aprendizagem significativa por meio da
utilização de tecnologias
Nesta terceira seção, você aprenderá os principais conceitos relacionados à
Aprendizagem Significativa e, neste estudo, será dada ênfase a alguns elementos
que, de acordo com alguns autores, são fundamentais para que uma aprendizagem
significativa ocorra, em detrimento de uma aprendizagem mecânica, pautada na
reprodução e na memorização.
Além de tudo isso que foi mencionado, para Ausubel a aprendizagem significativa
depende, também, de aspectos motivacionais, que são específicos de cada sujeito.
Em concordância com o que foi exposto, Moran (2005, p. 131) ressalta que:
Nesse sentido, o que realmente importa para que a aprendizagem por meio de
recursos tecnológicos seja de fato significativa não é o potencial do recurso utilizado, mas
é como o professor utiliza esse recurso e como ele é explorado nas atividades de ensino.
Em suma, com o uso de tecnologias, assim como em outras aulas que não
envolvam tais recursos, a aprendizagem significativa ocorre quando o estudante
se envolve com tarefas de maneira ativa, intencional, construtiva e, também, de
maneira colaborativa. É essencial que o estudante conheça o mesmo conceito
matemático por outras perspectivas.
Assim, as ações do ensino devem ser voltadas para o sentido de que os alunos
desenvolvam e aprofundem tanto os significados que constroem quanto os
Vale ressaltar que os mapas conceituais são propostos como uma estratégia
potencialmente facilitadora de uma aprendizagem significativa.
Fonte: Adaptação de Howland, Jonassen e Marra (2011) apud Borssoi (2013, p. 46)
Seção 4
Ainda, o PCN de Matemática destaca que o computador pode ser utilizado tanto
como elemento de apoio para o ensino, quanto como fonte de aprendizagem
e como ferramenta para desenvolver habilidades, além de possibilitar a troca de
informações e produções entre estudantes.
• Paraná: <http://www.nre.seed.pr.gov.br/irati/arquivos/File/
matematica.pdf>.
• São Paulo: <file:///C:/Users/Acer/Desktop/238.pdf>.
Está(ão) correta(s):
a) I.
b) II.
c) II e III.
d) I e III.
Característica Descrição
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
Referências
BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais –
Matemática. 3. ed. Brasília: MEC, 2001.
ESTUDO DE QUESTÕES
DIDÁTICAS E
METODOLÓGICAS SOBRE
A INSERÇÃO DAS TICS NO
ÂMBITO EDUCACIONAL
Keila Tatiana Boni
Título da unidade
U2
Introdução à unidade
E é partindo destes princípios que esta unidade vem destacar a você, futuro
professor, as atribuições das TICs no âmbito educacional matemático, como estas
devem ser incorporadas no processo de ensino, bem como o papel do aluno e do
professor nesse novo contexto educacional.
Boa leitura!
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 59
U2
60 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Seção 1
O ensinar e o aprender Matemática com
Tecnologias da Informação e Comunicação
(TICs)
Nesta primeira seção, você conhecerá as contribuições das Tecnologias
da Informação e Comunicação (TICs) no âmbito educacional, em especial, na
Educação Matemática.
Sendo assim, nesse estudo, você será levado a refletir sobre os benefícios que as
ferramentas tecnológicas trazem para essa área de ensino ao serem incorporadas
tanto no momento de introdução de um conceito, quanto no momento de
reforçar a aprendizagem de um conceito já estudado.
Quanto a essas ferramentas tecnológicas, nesta seção será dado maior enfoque
à internet, bem como à relação entre essa e as demais ferramentas tecnológicas,
considerando as principais tendências da Educação Matemática.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 61
U2
62 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Mas, afinal, o que são as TICs que podem (e precisam) ser inseridas na Educação
Matemática?
Afinal, foi por meio da internet que novos sistemas de comunicação e informação
puderam ser criados, tais como e-mail, chat, fóruns, comunidades virtuais etc.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 63
U2
Ambientes virtuais
De acordo com Santos (2003, p. 2), “[...] um ambiente virtual é um
espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos
interagem potencializando, assim, a construção de conhecimentos,
logo, a aprendizagem. Então, todo ambiente virtual é um ambiente de
aprendizagem? Se entendermos aprendizagem como um processo
sociotécnico onde os sujeitos interagem na e pela cultura, sendo esta um
campo de luta, poder, diferença e significação, espaço para construção
de saberes e conhecimento, então podemos afirmar que sim”.
Estando a internet tão presente na vida cotidiana do aluno, por que não incluí-la
a favor da Educação Matemática?
64 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
De acordo com Moran (2003, p. 46), “[...] o professor tendo uma visão pedagógica
inovadora, aberta, que pressupõe a participação dos alunos, pode utilizar algumas
ferramentas simples da internet para melhorar a interação presencial-virtual entre todos”.
Enfim, diante de tantas propostas que a internet pode oferecer para que o ensino
de Matemática torne-se mais dinâmico e interessante, basta que o professor tenha
conhecimento desse potencial educacional da internet e aprenda a conciliar esse
recurso com suas aulas.
Mas, que ferramentas a internet dispõe que podem ser utilizadas no ensino de
Matemática?
Alguns dos recursos que a internet dispõe e que podem ser aproveitados de
maneira a aprimorar o ensino de Matemática são o correio eletrônico, o e-mail, os
fóruns de discussão, os chats, blogs, sites, videoconferência, enfim, ferramentas
estas que já têm sido muito utilizadas, principalmente, no ensino a distância.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 65
U2
Estando o aluno diante de tantas informações que podem ser fornecidas por
meio da internet, é papel do professor auxiliar seus alunos a serem críticos diante
dos conteúdos encontrados na internet, alertando-os para terem cuidado com
sites que se apresentam como pouco confiáveis e, até mesmo, inapropriados.
Ainda com relação à pesquisa na internet, Moran (2003, p. 46) defende que
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U2
• Divulgação de atividades;
•
Divulgação de produções dos alunos em diferentes áreas do
conhecimento;
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 67
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Logo, o avanço das TICs proporciona um distanciamento cada vez menor entre
pessoas, uma vez que recursos tecnológicos cada vez mais permitem aproximações
entre estas pessoas por meio de comunicação virtual.
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Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 69
U2
Por meio desta tendência o aluno tem a oportunidade de atingir de maneira mais
efetiva os objetivos de aprendizagem a partir do momento em que ele percebe:
Porém, ao propor jogos em suas aulas, o professor precisa ficar atento para que
estes jogos não impliquem em uma prática não diretiva, ou seja, em uma prática
70 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
que envolva os jogos apenas “por jogar”, sem deixar explícitos os objetivos que se
pretende atingir com a inserção desses jogos em suas aulas.
Isso não implica dizer que alguns jogos que os alunos já conhecem e estão
acostumados a jogar em seu cotidiano não possam ser utilizados na sala de aula,
mas enfatizamos que é a intervenção do professor, os objetivos que ele estipula
para os jogos, bem como as relações que estabelece entre o jogo e os conceitos
matemáticos em estudo, que atribuem ao jogo um caráter pedagógico.
De acordo a teoria construtivista, até por volta dos 12 anos é fundamental que a
criança brinque e tenha contato com materiais concretos, pois, para Piaget (1995),
as estruturas lógico-matemáticas ficam mais explícitas nas ações do que nas
palavras nessas idades. Portanto, as ações representam o início da construção das
operações futuras da inteligência.
• Favorecimento da criatividade;
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 71
U2
72 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
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Diante de tudo o que foi exposto até o momento sobre resolução de problemas,
é possível traçarmos algo de intrínseco entre a aprendizagem em matemática e
a resolução de problemas: o aluno aprende Matemática resolvendo problemas,
assim como ele aprende Matemática para resolver problemas.
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a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
74 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Seção 2
O professor de Matemática como agente
inovador
Nesta segunda seção, você terá a oportunidade de refletir sobre o papel do
professor diante das tecnologias cada vez mais avançadas.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 75
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Além dessas atribuições, Purificação, Neves e Brito (2010) afirmam que utilizar
tecnologias nas aulas de Matemática, em especial os computadores, envolve no
processo de ensino e aprendizagem um campo de aplicação, um domínio técnico,
um domínio algorítmico e, ainda, a própria esfera social, sendo que
76 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Ainda nos dias atuais, a Matemática tem sido vista pelos alunos como uma
ciência desconexa com a realidade, inflexível e repleta de regras e definições que
levam o aluno a considerá-la como uma disciplina complexa.
Essa visão precisa ser mudada e a inserção das TICs no cenário educacional
pode contribuir, e muito, para que haja essa mudança de concepção acerca do
que é a Matemática.
Essa disciplina precisa ser vista como na sua essência: uma ciência que surgiu
a partir da necessidade de resolver e descrever situações-problemas cotidianas e
cujas definições, teoremas e representações foram evoluindo com o passar dos
tempos. Nesse sentido, é preciso que fique explícito ao aluno que a Matemática
continua em plena evolução e que a mesma continua sendo útil para explicar
fenômenos e solucionar problemas cotidianos.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 77
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78 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
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Com esta afirmação, Brasil (2002) corrobora com o que acabamos de defender:
as vivências do professor como aluno, em especial como aluno na graduação,
contribuem para a sua formação como docente, pois influenciarão de maneira
significativa nas ações que exercerá em sua prática pedagógica.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 79
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Sendo assim, é notório que ainda se faz necessário que ocorram muitos avanços
na formação de professores, tendo em vista envolver as TICs no cenário educacional.
Não basta que questões relacionadas às TICs estejam simplesmente presentes na
ementa de cursos de formação inicial e continuada. É preciso explicitar de fato a
importância da inserção de tecnologias no âmbito educacional e, sobretudo, como
utilizar de maneira vantajosa para a aprendizagem os recursos tecnológicos.
80 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Os alunos que as escolas estão recebendo estão cada vez mais diante de novas
tecnologias, que fornecem informações de maneira muito rápida e dinâmica.
Nesse sentido, as aulas tradicionais já não são capazes de conduzir nossos alunos
à aprendizagem e, portanto, é preciso mudar a nossa prática para conseguir a
atenção de nossos alunos, fazendo uso de um mundo virtual. Nesse sentido,
Agora, esse agente educacional passa a ser inovador no sentido de que deixa de
ser aquele que apenas transmite informações e passa a ser um orientador, auxiliando
seus alunos a selecionar as informações pertinentes e realizar articulações entre as
diferentes informações.
Afinal, os alunos de hoje têm à disposição uma série de informações que são
possibilitadas por meio das diferentes mídias, ou seja, das diferentes TICs, não
devendo ser esse o papel fundamental do professor. O professor precisa agir
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 81
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82 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
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Diante de tudo o que foi exposto até então, pode-se considerar que o ponto
principal a ser considerado para que haja a construção e a inovação de um contexto
educacional envolvendo TICs é a formação do professor. Este precisa ser preparado
para que esteja pronto a lidar com as mudanças advindas do progresso tecnológico.
Contudo, esse não é um processo fácil, mas se constitui como um desafio a ser
superado pelos profissionais da educação contemporânea. Isso porque envolve
diversos fatores, tais como envolver os alunos em um nível de conhecimento que
seja condizente com as exigências da sociedade atual, integrar e utilizar de maneira
pedagógica as TICs na prática docente etc., sendo que cada um destes fatores já
apresenta, por si só, níveis diferentes de complexidade.
No link a seguir você poderá acessar a página da Revista Nova Escola em que
traz uma abordagem sobre “O grande desafio de quem ensina”, tratando
sobre a inserção de tecnologias na sala de aula.
<http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-continuada/o-
grande-desafio-de-quem-ensina-519559.shtml>.
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a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
84 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Seção 3
Nesse novo cenário educacional, o professor, que era o autor principal de todo
o processo educativo, que era o detentor do conhecimento que era transmitido de
maneira tradicional, essencialmente expositiva, sem permitir aos alunos momentos
de reflexão e pensamento crítico, se torna o mediador do processo de ensino.
Do mesmo modo, o aluno se transforma: para ele já não basta mais receber, de
maneira passiva, os conhecimentos transmitidos pelo professor.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 85
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Sendo assim, é evidente que o papel do professor mudou diante dos avanços
tecnológicos que vêm vivenciando a sociedade.
Deixando o professor de ser o centro de todo o processo educativo, este passa a ser
centrado no aluno. O aluno passa a ser o principal responsável pela construção de seu
próprio conhecimento, sendo o professor o mediador entre aluno e aprendizagem.
86 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Dentre as muitas contribuições das TICs no ensino apresentadas por Paiva (2007)
e Ponte (1997), podemos destacar aquelas que estão relacionadas à construção de
conhecimento por parte dos alunos:
• Ajuda o aluno a descobrir o conhecimento por si mesmo, ou seja, é uma
forma de ensino ativo em que o professor se localiza entre a informação e os
alunos, apontando caminhos e estimulando a criatividade, a autonomia (afinal,
como você já estudou, são muitas as fontes de informação que precisam ser
selecionadas para se transformarem em conhecimento) e o pensamento crítico;
• Aumenta a motivação;
• Oportuniza a interdisciplinaridade;
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 87
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88 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Seção 4
A contextualização e as diferentes
representações de conceitos matemáticos
possibilitadas pelas TICs
Nesta quarta seção, você estudará a respeito de duas importantes atribuições
da incorporação das TICs no processo de ensino e aprendizagem de Matemática:
a facilidade de contextualização e de possibilitar representações diversas de
conceitos matemáticos.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 89
U2
5 c 3
a
b
a² = b² + c² 4
4
Fonte: Disponível em: <http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=12>. Acesso em: 11 nov. 2014.
90 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 91
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Para ilustrar o que significa dizer que um mesmo conceito matemático pode
ser representado de maneiras diferentes, observe a figura a seguir:
X Y 8
-2 -8 6
-1 -1
y = x³
2
0 0 -2 -1
-2
1 2
1 1 -4
-6
2 8 -8
92 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
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a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
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U2
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U2
96 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
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a) I e II.
b) II e III.
c) I e III.
d) I, II e III.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 97
U2
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I, II e V.
d) II, III e V.
98 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
U2
Referências
AMÉRICO, M. B. A internet no processo ensino-aprendizagem da matemática.
Araranguá: 2011.
BRISO, C. B.; et al. O papel do professor: guiar o aprendizado. Revista Veja Educação, 25
março, 2009. Disponível em: <http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/papel-professor-
manter-se-antenado>. Acesso em: 20 out. 2014.
COSTA, G. L. M. Curso para professores de Ensino Médio da rede pública estadual de Santa
Catarina, nas áreas de Ciências da Natureza e Matemática e suas tendências: Caderno
pedagógico do cursista e Guia do curso. Tubarão: Unisul Virtual, 2004.
Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional 99
U2
PIAGET, J. Seis estudos de psicologia. Trad. Maria Alice Magalhães D’Amorim e Paulo
Sergio Lima Silva. 21. ed., Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1995.
100 Estudo de questões didáticas e metodológicas sobre a inserção das TICs no âmbito educacional
Unidade 3
APLICAÇÃO DE
FERRAMENTAS
TECNOLÓGICAS NO ENSINO
DE MATEMÁTICA
Leandro Meneses da Costa
Título da unidade
U3
Introdução à unidade
Desta forma, para colaborar ainda mais com o desenvolvimento dos alunos
é que nos propomos a falar sobre a aplicação de ferramentas tecnológicas no
ensino de Matemática, uma vez que nas escolas das redes públicas de ensino, a
presença de computadores e outros utensílios tecnológicos é algo cotidiano aos
alunos, porém, às vezes, pouco explorados pelos professores, principalmente os de
Matemática. Diante desta situação, percebemos que é necessário que o professor
busque conhecimentos e se atualize para utilizar esses importantes recursos como
ferramenta pedagógica que o auxilie no ensino de sua disciplina.
Essa questão a respeito da integração das TICs nos leva a pensar que sua ascensão
se dá no âmbito do aumento da oferta tecnológica ligada à educação, referente a
disposições tecnológicas que se encontram na sociedade, com o uso de aparelhos
eletrônicos que se desenvolveram e refletem essa expansão tecnológica.
Seção 1
Ao analisar essas três perspectivas é que ressaltamos, segundo Borba (1999), que a
teoria da substituição é limitada, e não apropriada, pois ela vem no sentido de ignorar
a complexidade dos processos humanos de pensamento envolvidos na escolha e
resolução de problemas, uma vez que os processos desenvolvidos pelo computador
são fundamentalmente diferentes daqueles realizados pelo ser humano.
Ampliando esse ponto de vista exposto por Levy (1993), conseguimos compreender
a dinâmica da interação entre os seres humanos e as mídias, analisando nesse grupo
sua produção matemática, que por ele é denominado de coletivo pensante.
O computador na sala de aula pode vir a ser considerado como uma ferramenta
útil para potencializar o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, e por
isso precisamos determinar a sua importância, para que, em termos gerais,
possa ajudar o aluno na construção do conhecimento. Essa “tem sido uma das
grandes preocupações recorrentes de muitos educadores. A questão que se busca
responder atualmente é: quais recursos são válidos para que os alunos avancem
no processo de aprendizagem?” (PONTES; PONTES; SANTOS, 2012).
Desta forma, notamos que ultimamente, para ser mais explícito nos últimos
anos, o interesse e os questionamentos acerca da inserção do computador em
sala de aula vêm aumentando, pesquisas buscam articular a questão exposta
anteriormente na expectativa de firmar o recurso tecnológico, principalmente o
computador, como uma das ferramenta essenciais na aquisição de conhecimento.
Porém, esse “medo” não pode ser a causa e nem mesmo vir a interferir
em um processo que, na visão de Kenski (1998), é inevitável, pois ele
enfatiza que as velozes transformações tecnológicas da atualidade
impõem novos ritmos e dimensões à tarefa de ensinar e aprender. É
necessário que se esteja em permanente estado de aprendizagem e
de adaptação ao novo (PONTES; PONTES; SANTOS, 2012).
Esse “medo” é um fator decisivo também para o professor, o qual deve se apropriar
de novas metodologias para o ensino, e de forma específica o professor de Matemática,
que deve apoderar-se de estratégias que lhe possibilitem a maior interação entre a
disciplina e o aprendizado do aluno.
Hoje em dia contamos com diversos recursos no computador para dinamizar o ensino
da matemática, seja com ferramentas básicas como o EXCEL¹ , que possibilita não só o
tratamento estatístico, mas diversos outros tratamentos, como algébricos e outros.
¹ O Excel é um software que permite criar tabelas e calcular e analisar dados. Este tipo de software é
chamado de software de planilha eletrônica. O Excel permite criar tabelas que calculam automaticamente
os totais de valores numéricos inseridos, imprimir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.
² Softwares são programas de computador, que, por sua vez, designam um conjunto de instruções
ordenadas que são entendidas e executadas pelo computador. Existem dois tipos principais de
softwares: os sistemas operacionais (softwares básicos que controlam o funcionamento físico e lógico
do computador) e os softwares aplicativos (executam os comandos solicitados pelo usuário, como os
processadores de texto e planilhas eletrônicas). Dois outros tipos de softwares que contêm elementos
dos softwares básicos e dos softwares aplicativos, mas que são tipos distintos, são: os softwares de
rede, que permitem a comunicação dos computadores entre si, e as linguagens de programação, que
fornecem aos desenvolvedores de softwares as ferramentas necessárias para escrever programas.
³ Os softwares podem ser considerados programas educacionais a partir do momento em que sejam
projetados por meio de uma metodologia que os contextualize no processo ensino-aprendizagem. Desse
modo, mesmo um software detalhadamente pensado para mediar a aprendizagem pode deixar a desejar
se a metodologia do professor não for adequada ou adaptada a situações específicas de aprendizagem.
d) N.D.A.
Seção 2
Deparamo-nos nesta sessão com o uso do vídeo como recurso didático nas
aulas de Matemática, uma vez que este tem sido objeto de uso doméstico há
muito tempo. No entanto, no ambiente escolar ainda encontramos resistência
dos professores, que não incorporaram o vídeo como política pedagógica, e os
que integram e estimulam o seu manuseio ainda aparecem de forma parcial e
deficiente junto a essa concepção.
Notamos que essa nova sociedade vem cada vez mais se modificando, tanto na
sua maneira de comunicar quanto na disponibilização de informações. Sendo assim,
são necessários mecanismos que facilitem e auxiliem no acesso a informações
quase que simultaneamente ao acontecimento dos fatos. Um desses mecanismos
seria o recurso do vídeo, com o qual um novo quadro social se configura.
Sendo assim, podemos observar que nas duas últimas décadas do século XX, no
campo das TIC’s ocorreu uma grande apropriação de novos recursos tecnológicos
na sociedade, na escola, enfim, levando-nos a concluir que estamos a um passo de
uma digitalização de quase tudo o que nos cerca. Observamos que o uso das TIC’s
veio proporcionar certa mudança nas atividades, tanto pessoais quanto escolares,
afetando valores, identidades, formas de trabalho e de expressão, tanto do sujeito,
neste caso o aluno, quanto do professor.
Sendo assim, diante do que foi explicitado, percebemos que o uso deste recurso,
o vídeo, exige do professor basear-se em uma metodologia bem segura, e de posse
de seus objetivos para a aula, determinados para que eles possam ser alcançados.
Mas é importante lembrar que não somente o embasamento metodológico e
a explicitação do objetivo da aula irão garantir ao professor sucesso na prática,
outros fatores podem afetar o desempenho, e o professor tem de estar preparado
não só instrumentalmente para isso, mas psicologicamente, uma vez que inovar
em sala de aula também é trabalhar com o imprevisto, ou mais, trabalhar com o
inesperado. Esse é um fator desafiador presente quando trabalhamos com recursos
tecnológicos, sejam mídias, vídeos, computadores entre outros.
Porém, ainda Moran (1994) destaca que, desde que a inserção de tal tecnologia se
iniciou no ambiente escolar, e até os dias de hoje, muito pouco se tem investido em
divulgação dessa possibilidade de ferramenta metodológica, bem como também
pouco se investiu em formação e capacitação para os professores, de forma a
melhorar e potencializar o uso do recurso em sala de aula, assim aproveitando seu
potencial didático. A escola está carente de práticas inovadoras que possibilitem
interagir o conteúdo de forma mais prazerosa, e, enfim, que motivem os alunos a
aprender, e o professor, desafiado, se motive a inovar em suas aulas, deixando os
primórdios tradicionais e ousando mais em sua prática docente.
Ainda no âmbito do que o recurso tem a oferecer é que Moran (1994) enfatiza
que a integração do vídeo no dia a dia da sala de aula não muda a relação ensino e
aprendizagem. Porém, ele serve para aproximar o ambiente escolar do cotidiano,
da linguagem e comportamentos da sociedade.
Assim sendo, Ferrés (1998) levanta alguns critérios para a utilização do vídeo em sala
de aula, tendo em vista o papel do recurso no processo de ensino e aprendizagem:
a) Promover mudanças nas estruturas, ou seja, redefinir o olhar pedagógico,
os quais incorporam o recurso audiovisual como mero auxiliar na prática
educacional.
d) O uso do vídeo como recurso didático não quer dizer que irá abandonar
os meios didáticos tradicionais, porém sugere que se redirecione a prática,
levando em conta agora as potencialidades do recurso, e as divergências
de sala de aula.
Podemos assim destacar a questão não só de levar o vídeo para as nossas aulas, mas
de ele ser um precursor, assim como Orofino (2005) fez. O vídeo foi o que desencadeou
a aprendizagem. Podemos imaginar todos os processos acionados pelos alunos para
desencadear tal atividade, desde pesquisar, confronto de informações, discussões,
enfim, percebemos que ao levar o vídeo como ferramenta para os alunos, eles podem
vir a desencadear sentimentos que melhorem sua relação com o aprendizado, tais
como descritos, a satisfação e o reconhecimento por um trabalho bem feito.
Sendo assim, é preciso mobilizar acerca de tais imprudências, assim como podemos
dizer a respeito do uso do vídeo em sala de aula, pois o recurso, que poderia vir a
ofertar aos alunos possibilidades de uma interação diferenciada com o conteúdo, é
visto de forma simplória e pouco proveitosa para o processo de ensino-aprendizagem.
Porém, como o nosso foco é a discussão acerca do seu uso nas aulas de
Matemática, podemos citar estratégias nas quais se aplica o uso do recurso vídeo,
seguindo os pressupostos já construídos até aqui. Sendo de extrema importância
que o professor de Matemática possa ampliar seu leque de possibilidades de
trabalhar de forma diferenciada, privilegiando não só o ensino de Matemática, mas
o desenvolvimento do seu aluno perante a disciplina.
Desta forma, o professor pode fazer uso do recurso para desencadear um estudo
de uma situação-problema que possa ser trabalhada por meio da Matemática,
assim ele pode se embasar em metodologias diferenciais que regem o campo da
Educação Matemática, como a Resolução de Problemas, Modelagem Matemática,
a Etnomatemática, entre outras.
Outra forma de uso dos vídeos que podemos destacar nas aulas de Matemática é a
abordagem de videoaulas, recurso esse cada vez mais utilizado no ensino da matemática.
Esse uso vem de encontro à ideia dos múltiplos estilos de aprendizagens e inteligências.
Desta forma, podemos então concluir que o recurso de vídeo, assim como as
outras tecnologias, quando voltadas para o ensino, deve estabelecer uma relação
de sinergia entre a prática docente, o conteúdo, a interação comm os sujeitos de
sala de aula, para que possam motivar e estabelecer uma aprendizagem dinâmica
e significativa ao aluno.
d) N.D.A.
Seção 3
Falar sobre a Educação a Distância é algo não muito difícil hoje em dia, pois
essa modalidade de ensino se tornou uma realidade concreta, no que diz respeito
à estruturação do ensino brasileiro.
Todorov (1994) afirma que a EaD teve início sob o signo da democratização do
saber. Dessa forma se pensa no objetivo pretendido pelos mais antigos criadores
de meios de transmissão de conhecimentos: transmitir ou deixar para as gerações
futuras tudo o que pudesse ser útil a elas, seja para a prática vivenciada, seja para o
desenvolvimento mental da sociedade.
Contudo, percebemos que os princípios que regem a EaD são sustentados por
concepções primordiais presentes na evolução da humanidade, como consta na
história. Sendo assim, percebemos que, embora não fosse como é atualmente o
marco da EaD, é o fato de poder aprender de forma direta sem a intermediação do
professor, em princípio.
Além dos fóruns, como já citados, segundo Alves e Nova (2003), outras
tecnologias podem ser incorporadas na instituição como suporte para a
comunicação entre os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem, como
também na realização de atividades, além da representação do conhecimento em
construção pelos alunos e respectiva aprendizagem.
Os princípios da EaD que devem ser considerados é que ela está relacionada
com a maneira com que o aluno é percebido e tratado por aqueles que
organizam o currículo, estruturam os materiais didáticos, estruturam os encontros
pedagógicos. Também destacamos a forma como os alunos assimilam à distância
as informações, o desenvolvimento da superação, perante as novas formas de se
apropriar dos conhecimentos.
Logo, é o aluno que tem que se apropriar de estruturas que o aluno da modalidade
presencial acaba deixando para o professor presencial, ou seja, isso é a capacidade
de desenvolver a tal autonomia que a modalidade à distância tanto prega.
Até agora podemos concluir que em cursos a distância, ambientes virtuais são
desenvolvidos com o objetivo de promover a aprendizagem. Essa aprendizagem
é disseminada por plataformas eletrônicas, que se configuram como espaços
eletrônicos construídos para permitir a veiculação e interação de conhecimentos
e usuários, para que o conteúdo seja disseminado e discutido.
Esses ambientes são constituídos por softwares projetados para atuarem como
salas de aula virtuais que se caracterizam por gerenciar os integrantes e promoção
de interação entre participantes e a publicação de conteúdos. Esses ambientes são
chamados de Sistemas de Gerenciamento de Aprendizagem (extraído do inglês –
Learning Management Systems – LMS).
que fazem com que os recursos tecnológicos avancem ainda mais, pois, com o
acelerado crescimento da tecnologia, percebemos esses avanços (OLIVEIRA, 2010).
Logo, o feedback é uma característica muito importante no AVA, pois a essa prática
destacamos sua importância perante a associação do conteúdo e do desempenho
que o aluno possa confrontar, e entender como o processo avaliativo é constituído.
Seu uso teve um grande avanço desde 1999, por ser um ambiente virtual
de aprendizagem que possui diversos recursos técnicos associados às suas
funcionalidades, e recursos aditivos, também conhecidos por módulos.
Já que para eles é tão fácil mexer e interagir em redes sociais, gostaria de
destacar aqui a possibilidade da criação de blogs. Eles são ambientes virtuais livres,
que dão autonomia de se criar uma página em que se possa estender os assuntos
tratados em sala de aula. Desta forma, destaco a importância de se aproveitar esses
recursos tecnológicos, pois a escola tem que acompanhar a evolução tecnológica,
e essas ferramentas talvez sejam o que faltava para tal interação e proporcionar um
ensino significativo, dinâmico, motivador, que o aluno veja a escola e o processo
de ensino-aprendizagem como necessidade para a sua evolução pessoal e social.
Anseio que tenha tido bons estudos e uma boa compreensão dos
conceitos que estudamos nessa unidade, e desejo que continue
realizando bons estudos nas próximas unidades desse livro.
e) N.D.A.
e) N.D.A.
e) N.D.A.
e) N.D.A.
Referências
ALLEVATO, N. S. G. Utilizando animação computacional no estudo de funções.
Rencima, s. l. v. 1, n. 2, p. 111-125, jul./dez, 2010. Disponível em: <http://revistapos.
cruzeirodosul.edu.br/index.php/rencima/article/viewFile/13/15>. Acesso em: 13 nov. 2014.
UTILIZAÇÃO DE SOFTWARES
MATEMÁTICOS ENVOLVENDO
SITUAÇÕES DE ENSINO E
APRENDIZAGEM
Seção 1 | Geogebra
Será apresentado o software Geogebra em todos os sentidos: como
e quando foi criado, a sua estrutura, as ferramentas, suas características,
entre outros aspectos. Também serão apresentadas concepções teóricas
necessárias para melhor entender a face pedagógica de tal software,
para que o leitor possa não só conhecer, mas apropriar-se da ferramenta,
entendendo sua potencialidade para com o ensino de Matemática.
Seção 2 | Um olhar para a geometria, o uso do Geogebra
Pretende-se enfatizar o trabalho de geometria utilizando o Geogebra,
em especial voltado para a geometria plana, ou seja, as construções
de figuras planas e a compreensão de conceitos de propriedades
geométricas. Assuntos esses de extrema utilidade no âmbito educacional
e que, às vezes, são trabalhados sem despertar nos alunos o interesse.
Desta forma, pensamos em apresentar aspectos teóricos e práticos
que auxiliam o professor no ensino de Geometria, justificando o foco e
objetivo desta seção.
Seção 3 | Winplot
Tem por objetivo conhecer o software Winplot: seus aspetos técnicos,
históricos e de aprendizagem, para que você possa estruturar a ferramenta
durante a leitura do material, e não somente isso, mas que venha a
entender as possibilidades geradas pelo software para aprendizagem. Tal
possibilidade é expressa com a intenção de que venha, por meio desta
leitura, não só entender a possibilidade de diversificar em sala de aula,
mas também de fazer uso na prática de tal ferramenta.
Título da unidade
U4
Introdução à unidade
Seção 1
Geogebra
destacamos seu uso voltado para apoiar o ensino, não só por oferecer elementos
visuais que lhe são característicos, ou pelo fato de compor um banco de
dados, mas porque o trabalho estruturado com auxílio de tal ferramenta pode
potencializar o desenvolvimento de habilidades, pois explora uma outra interface do
conhecimento, e também possibilita ao aluno aprender com seus erros e aprender
em coletividade com seus colegas, gerando um ambiente de comunicação em
que a troca de informações é essencial para a aprendizagem.
Esse software pode ser destacado levando em conta a forma de abordagem que
lhe é atribuída, ou seja, a forma com que se trabalha com o software. Segundo Melo
(2004), a abordagem com o software pode ser classificada como instrucionista ou
construcionista. Será caracterizada como instrucionista quando o professor o utiliza
como ferramenta de apoio na transmissão do conhecimento, e construcionista
quando o aluno pode manipular o software, internalizando alguns conhecimentos.
Abaixo da barra de menu está a barra de ferramentas, essa, por sua vez, apresenta 11
janelas com ferramentas distintas, assim como descrito por Bittencourt (2012) na Figura 2.
Figura 4.2 - Barra de ferramentas do Geogebra
Como exemplo citado por Bittencourt (2012), clicando na terceira janela abre-
se uma lista de opções de componentes gráficos, que serão necessários para o
manuseio do software, para as construções a serem desenvolvidas, conforme
pode ser visualizado na Figura 3.
Espera-se que por meio do desenvolvimento das atividades seja provocado nos
alunos um interesse pelo estudo de matemática. Sendo assim, buscamos evidenciar
nesse pequeno acervo teórico um resumo da interface do software e todas as suas
ferramentas, para que se possa entender o quanto tal diferenciação no ensino é
promissora para desenvolver nos alunos a capacidade de crítica e a aquisição de
habilidades necessárias para o estudo de matemática. Também gostaríamos de
enfatizar que o professor deve reconhecer as possíveis potencialidades do uso do
Geogebra em sala de aula e se esforçar para a criação de um ambiente de ensino
de matemática com base na formulação de situações de aprendizagem, para o
melhor desenvolvimento de sua prática de ensino em matemática.
Seção 2
Nosso objetivo nesta seção é, como já foi descrito acima, enfatizar o trabalho
de geometria utilizando o Geogebra, em especial voltado para a geometria plana,
ou seja, as construções de figuras planas e a compreensão de conceitos de
propriedades geométricas.
Em relação ainda a esse tema, outra propriedade que pode ser explorada é a de que
por dois pontos, A e B, é definida apenas uma reta que os contenha. Essa propriedade,
assim como descrito por Andrade (2012), também pode ser verificada fazendo uso na
barra de ferramentas do item reta definida por dois pontos, como consta na Figura 5.
Figura 4.5 - Reta que passa por dois pontos
Outra propriedade é que duas retas paralelas não possuem pontos comuns entre si,
propiedade essa que fica muito clara quando contruída no Geogebra, conforme Figura 6.
Figura 4.6 - Retas paralelas
Seção 3
Winplot
Nesta seção será apresentado o software Winplot, instrumento tecnológico
para ser utilizado como ferramenta a potencializar o ensino de Matemática. Para
isso, apresentaremos concepções teóricas sobre o uso do software, bem como a
sua estrutura.
Deparamo-nos nesta seção com o uso do software como recurso didático nas
aulas de Matemática, uma vez que o
Em uma busca por um referencial teórico para embasar tal estudo percebemos
que publicações sobre esse software se restringem mais a artigos, com relatos
Assim, nos apoiamos no que tange ao uso de tecnologias nas aulas de matemática
e inferimos que o uso do Winplot no desenvolvimento da aula dessa disciplina não só
viabiliza a dinâmica de sala de aula, ou a estruturação e assimilação do conteúdo, mas
pode fazer com que o aluno crie um processo de significação para tal, estabelecendo
a construção do conhecimento de forma mais dinâmica e autônoma.
Essa nova janela tem uma barra de ferramentas com os itens arquivo, equação,
ver, mouse, um, dois, anim e outros, cada uma dessas ferramentas abre uma
aba com funções a serem desenvolvidas. E é com essas ferramentas que você
desencadeará todo o estudo das representações gráficas no software.
Seção 4
Um olhar para as representações gráficas uso
do Winplot
Nesta seção realizaremos um estudo sobre as atividades práticas com o uso
do software Winplot, que é uma ferramenta que plota funções, isto é, mostra
graficamente o comportamento de uma função. Entendendo a dificuldade dos
alunos quanto ao conceito básico de funções, o software dá esse apoio visual de
uma função, facilitando a compreensão matemática.
Dentre as opções que ali apareceram você deve escolher a opção explícita, e
uma nova janela aparecerá, essa janela é o campo onde definimos a função que
queremos plotar, como na Figura 15.
Figura 4.15 - Janela de plotagem
No item f(x) =, deverá ser digitado o comando de entrada da função, por exemplo:
seja a função f(x) = 2x²+3 , para inserir o argumento temos uma nomenclatura
diferente, 2*x^2+3, outros símbolos são associados às operações. Como na Figura 16.
Para obtenção do gráfico basta clicar no botão “ok” e assim temos a seguinte
representação gráfica na janela com os eixos cartesianos, como consta na Figura 17.
Observamos que uma nova janela se abre, com o título inventário, essa janela
servirá para editar tal representação gráfica.
Pelo gráfico podemos inferir a raiz, interseção com o eixo das ordenadas,
estudo do sinal, enfim, algumas coisas que podemos abordar com tal ferramenta.
Para a plotagem de uma função do segundo grau do tipo f(x) = ax² + bx +c, por
exemplo, a função f(x) = x² + 5x – 6, para sua plotagem, a sintaxe deve ser feita da
seguinte maneira: x^2+5*x+6, temos o seguinte gráfico.
a) Tradicionalista.
b) Investigação.
c) Reprodução.
d) Tecnicista.
e) N.D.A.
a) Representação geométrica.
b) Representação algébrica.
c) Representação icônica.
d) Representação gráfica.
e) N.D.A
a) 3d e 2d.
b) 2d e 4d.
c) 3d e 1d.
d) 2d e 1d.
e) N.D.A.
Esta unidade foi elaborada com a intenção de que, por meio dela, você
passasse a conhecer mais a respeito dos softwares Geogebra e Winplot.
Esse conhecer não só em relação a parâmetros práticos, mas em relação
a parâmetros teóricos, sendo fundamental o uso dessas ferramentas
para potencializar o ensino de Matemática. Para que isso fosse possível,
houve a necessidade de apresentar as ferramentas, a estrutura, exemplos
e sugestões de atividades matemáticas utilizando estes programas.
Referências
ANDRADE R. A., Geogebra: uma ferramenta computacional para o ensino de
geometria no Ensino Fundamental . Monografia, UESB, 2012. Disponível em:
<http://www.uesb.br/mat/download/Trabamonografia/2012/Monografia%20
de%20Raoni.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2014.
MELO, André Luiz Ferreira. Geogebra, uma opção para o ensino de teoremas
pertencentes à geometria euclidiana plana. Disponível em: <http://www.ebah.
com.br/content/ABAAAAMJIAC/geogebra>. Acesso em: 12 nov. 2014.
RIBEIRO, Alana Renata; TRICHES, Francieli; CRUZ, Inajara da Silva Freitas Leandra Karina
da; PEREIRA, Luzia Regis Narok. Geogebra aplicações ao ensino da matemática.
Curitiba: UFPR, 2009. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAQSkAA/
apostila-geogebra-ufpr-verao-2009>. Acesso em: 12 nov. 2014.