Você está na página 1de 35

INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A

DISTÂNCIA

Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas


(ADS) e Produção Multimidia (PMM) na modalidade a distância.
INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

CÓDIGOS DAS DISCIPLINAS: ADS0001(64H) E PMM0001(80H)


DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CARGA HORÁRIA: 64h/a e 80h/a
PROFESSOR: Nilo Cesar Batista da Silva – SIAPE: 1129644
COORD. PEDAGÓGICO E TUTOR: Antonio Batista de Lima Filho – SIAPE:
1232907
Introdução
• Nesta 1ª disciplina do nosso curso, abordaremos o tema Introdução a EaD. Esta
disciplina é composta por quatro unidades, em 64h de carga horária (consulte: Plano de
Ensino). Para cada Unidade contaremos com uma breve apresentação. Em cada
unidade o estudante realizará atividades avaliativas. Essas avaliações serão explicadas
em cada unidade.

• Na segunda Unidade, teremos um espaço de aprendizagem e para a necessária


ambientação aos cursos ADS-EAD e à Plataforma Moodle, seu AVA – Ambiente Virtual
de Aprendizagem. Portanto, nossa primeira disciplina do curso contará com muito
conteúdo teórico, porém, com espaços à prática, sobretudo no Moodle. Você praticará,
simplesmente navegando no Moodle e conhecendo aos poucos como se dará toda a
trajetória nessa virtualidade e presencialidade (síncrona, assíncrona e até presencial
física (prova presencial no seu Polo EaD). Faremos também encontros utilizando a
webconferência da RNP. Você saberá mais detalhes na Unidade 2.
Tópicos da unidade 1
1. Tecnologias na educação
2. A tecnologia educacional e o professor
3. Conceituação da EaD
3.1. Princípios da EaD
3.2. Tipos de comunicação em EaD
3.3. EaD e ensino remoto: Há diferença?
3.4. A Educação a Distância (EaD) como modalidade de ensino
3.5. Formação a Distância (FaD)
3.6. Aprendizagem Aberta e a Distância (AaD)
3.7. E-Learning
3.8. B-Learning
3.9. U-Learning
4.1. Fundamentação Legal da EAD
4.2. Legislação sobre EaD
4.3. Legislação básica da EAD no Brasil
Objetivos da Unidade 1

• Rever e identificar conceitos básicos


acerca da tecnologia na educação;
• Elencar os principais conceitos e princípios
da EaD;
• Identificar a fundamentação e tipos da
Educação a Distância;
• Identificar as habilidades necessárias para
sua efetiva atuação na Educação a
Distância;
• Ambientar-se à modalidade EaD e ao AVA;
• Aplicar as ferramentas adequando-as às
habilidades necessárias ao estudante da
Educação a Distância. INTRODUÇÃO À EDUCAÇÃO A
DISTÂNCIA
CRONOGRAMA DA UNIDADE 1
Atividades NÃO Avaliativas
(Exigida participação. Frequência)
Atividades Avaliativas
Tecnologias digitais
de informação

As tecnologias digitais de informação e comunicação


têm contribuído enormemente para o desenvolvimento,
a reformulação e a disseminação da educação a
distância. Por meio dessas tecnologias tem sido
possível o estabelecimento de diferentes abordagens de
educação a distância e, mais recentemente, com a
viabilização do uso das tecnologias móveis sem fio as
atividades de educação a distância têm contribuído para
a implantação das metodologias ativas de ensino e de
aprendizagem.

A Educação a Distância (EaD) até o final dos anos 80


estava fundamentalmente baseada no material
impresso. Para tanto, era necessário a preparação do
material instrucional, que era enviado ao aprendiz e
Tópico 1 - Tecnologias na utilizado de acordo com a sua disponibilidade de tempo.
educação
Tópico 1 - Tecnologias na educação

Estas condições claramente demarcavam uma separação espacial e temporal entre o professor e os
aprendizes. O mesmo acontecia quando o material instrucional era transmitido via rádio ou TV. Com o
advento das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC), as barreiras temporais e mesmo as
espaciais começaram a ser eliminadas. A interação online viabilizada por intermédio dessas tecnologias
possibilitou o desenvolvimento de cursos e atividades educacionais via internet, criando situações nas
quais o professor e os aprendizes podem se encontrar para trocar ideias, por exemplo, em um bate-papo
ou chat.
Tópico 1 - Tecnologias na educação

A partir de 2005, com a disseminação das tecnologias


móveis sem fio (TMSF), como os tablets, os smartphones,
foram criados os cursos e atividades educacionais via
esses dispositivos móveis e, com isso, o desenvolvimento
de diferentes estratégias de ensino e de aprendizagem
como anywhere, anytime learning, just in time learning, on-
demand learning, m-learning e o blended learning.

A característica comum dessas diferentes estratégias é o fato de as TMSF, uma vez conectadas à
internet, permitirem o acesso à informação a qualquer momento e em qualquer lugar. Uma vez que a
construção de conhecimento não se restringe ao acesso à informação, essas tecnologias também
facilitam a interação com professores ou com especialistas que podem auxiliar o aprendiz no processo
de significação dessa informação.
As redes online de cooperação e colaboração são extremamente importantes para que o aprendiz não
se sinta isolado diante da informação obtida ou de uma atividade que realiza e possa, com ajuda da
rede, ser auxiliado no processo de interpretar a informação recebida ou compreender o que está
fazendo e, com isso, poder construir novos conhecimentos. Além dessas facilidades, as TMSF também
estão adentrando a sala de aula, alterando a dinâmica e as formas de interação entre professor e
alunos.
Tecnologia Educacional

O uso das novas tecnologias da informação e a comunicação no


ambiente educacional nos remete ao termo tecnologia
educacional. Este conceito, ao longo do tempo, tem incorporado
novos elementos, em função não só dos avanços no campo da
pedagogia, psicologia e didática, mas também pela evolução da
ciência e da tecnologia com o desenvolvimento de novos
equipamentos e aparelhos, com a ampliação, inclusive de suas
potencialidades pedagógicas.

Na atualidade, muitas das preocupações da tecnologia


educacional estão dirigidas para as novas formas de
comunicação a partir da interatividade e do estabelecimento de
redes informáticas. Esse novo foco de preocupações está
marcado por alguns traços emergentes, como a globalização dos
mercados, a interdependência entre as culturas, a celeridade da
produção, o desenvolvimento e a difusão de tecnologias.

Tais mudanças causam impactos sobre a dinâmica social do


conhecimento, a incorporação da robótica na produção industrial
e a pobreza como efeito não desejado da aplicação de políticas
Tópico 2 - A tecnologia educacional e de ajuste estrutural.
o professor
Tópico 2 - A tecnologia educacional e o professor
O currículo é a matriz norteadora do trabalho docente. É a partir dele que o
professor se situa para elaborar suas intervenções, para delimitar suas
estratégias de ensino e para fixar objetivos de aprendizagem. O currículo é,
também, um instrumento ideológico por meio do qual são transmitidos às
novas gerações valores, estruturas de pensamento, representações de
mundo. Com o advento das tecnologias de comunicação e de informação e
com as modificações estruturais que ocorrem na sociedade contemporânea,
registra-se um movimento forte que exige uma nova postura da escola e,
consequentemente, uma nova visão da dinâmica curricular.

Tópico 3 - Conceituação da EaD


Tópico 3 - Conceituação da EaD

Garcia Llamas, por sua vez, define


educação a distância como [...]

A EaD pode também ser definida como


uma [...]

Ainda segundo Moran (2002), a Educação a distância “é o processo de ensino-aprendizagem, mediado por tecnologias,
onde professores e alunos estão separados espacial e/ou temporalmente”. Sua concepção se fundamenta no fato de
que o processo de ensino-aprendizagem pode ser visto como a busca de “uma aprendizagem autônoma, independente,
em que o usuário se converte em sujeito de sua própria aprendizagem e centro de todo o sistema” (RIANO, 1997, p. 21,
tradução da autora). Isso vai contribuir para a formação de cidadãos ativos e críticos que procuram soluções e
participam de maneira criativa nos processos sociais. Ou seja, a EaD, pelos próprios mecanismos pedagógicos
adotados, favorece a formação de cidadãos mais engajados socialmente, conscientes de sua autonomia intelectual e
capazes de se posicionarem criticamente diante das mais diversas situações.
Tópico 3.1 - Princípios da EaD
As ações de EaD são norteadas por alguns princípios, entre eles:
➢ Flexibilidade, permitindo mudanças durante o processo, não só para os professores,
mas também para os alunos.

➢ Contextualização, satisfazendo com rapidez demandas e necessidades educativas


ditadas por situações socioeconômicas específicas de regiões ou localidades.

➢ Diversificação, gerando atividades e materiais que permitam diversas formas de


aprendizagem.

➢ Abertura, permitindo que o aluno administre seu tempo e espaço de forma autônoma
(LEITE, 1998, p. 38).

Portanto e como vimos, são elementos essenciais da EaD em sua


concepção e forma de aplicação, a saber: a separação física entre
professor e aluno, que a distingue da educação presencial; a
influência da organização educacional, que a diferencia da educação
individual; e a utilização das novas tecnologias de informação e
comunicação (NTIC) para unir professor e aluno e transmitir
conteúdos.
Tópico 3.1 - Princípios da EaD
Essa modalidade de ensino permite uma eficaz combinação de estudo e
trabalho, garantindo a permanência do aluno em seu próprio ambiente,
seja profissional, cultural ou familiar. O aluno passa a ser sujeito ativo da
própria formação (construção do conhecimento). O processo de
aprendizagem desenvolve-se no mesmo ambiente em que se trabalha e
vive, alcançando-se, assim, uma conexão entre teoria e prática
decorrente da experiência e do contato direto com a atividade
profissional que se deseja aperfeiçoar (PORTAL DA EDUCAÇÃO,
2015).
Seja qual for a tecnologia adotada, a EaD deverá ter,
sempre, uma finalidade educativa. Essa finalidade
deverá ser definida pela instituição em suas propostas de
trabalho.
Seja qual for a estratégia para atingir as finalidades, deve-se disponibilizar e gerenciar os conhecimentos
de forma crítica, priorizando a educação para trabalhar os conteúdos de modo significativo e criando
todas as condições para a formação de indivíduos gestores da informação.

Outra questão que precisamos entender é a EaD como


modalidade de ensino. Mais uma conceituação de EaD:
SAIBA MAIS:
➢ Na modalidade EAD, o estudante tem a possibilidade de rever as aulas, pois todo o
conteúdo do curso a distância (integral ou híbrido) é disponibilizado de forma online,
com videoaulas, arquivos em pdf, word, atividades, entre outros. Esse conteúdo
pode ser revisitado quantas vezes o estudante desejar durante o curso.

➢ O acesso aos professores, aos tutores e aos colegas de curso é realizado no


ambiente online (AVA). As dúvidas e o relacionamento com os demais colegas
ocorrem por meio de e-mails, fóruns na plataforma do curso, por meio de chats e
encontros síncronos on line e presenciais nos polos EaD.

➢ O diploma de um curso EAD vale tanto quanto o de um presencial. Com ele, o aluno
pode ocupar cargos que exigem maior qualificação, podendo concorrer a concursos
públicos de nível superior e entrar em pós-graduações.

➢ São características do estudante em EaD: Planejamento, proatividade e autonomia,


conhecimento tecnológico, interatividade.
Tópico 3.2 - Tipos de comunicação EaD

Os tipos de comunicação em EaD podem ser:

A educação aberta e a distância (tratamos desse tema ainda neste módulo) possibilitou a flexibilidade de
tempo e lugar e também um trabalho através das redes colaborativas de aprendizagem.
Tópico 3.3 - EaD e ensino remoto: Há diferença?

Sobretudo a partir da Pandemia Covid de 2020, o


Brasil passou a conviver com um termo já
existente, porém muito discutido, em razão de sua
utilização na educação em tempo de isolamento
social: O ensino remoto. Daí o questionamento:
Mas ensino remoto não é igual à educação a
distância?
A resposta é não.
Infográfico –
Diferença entre EaD e
Ensino (regime) remoto
Tópico 3.4 - A Educação a Distância (EaD) como modalidade
de ensino

A modalidade de ensino a distância é um processo de


ensino-aprendizagem que busca possibilitar ao aluno
um aprendizado independente, auxiliado, na maioria
das vezes, por tecnologias (internet, wiki, fórum, chat,
videoconferência). Nela, professores e alunos estão
separados espacial e temporalmente.

Modelos ou termos mais usuais na educação a


distância:
Os modelos ou termos que conheceremos a seguir demonstram que, quando se fala dessa modalidade educacional
(EaD), não há como dissociá-la dos meios do conteúdo e de interação, ou seja, das Tecnologias da Informação e
Comunicação (TICs). São eles:
Tópico 3.5 - Formação a Distância (FaD)

A Formação a Distância é um modelo de ensino e aprendizagem online no qual todos os processos são
feitos a partir dos recursos tecnológicos disponíveis, como internet e ferramentas virtuais que facilitam a
transmissão de conteúdos. Não necessariamente uma formação a distância necessita ser totalmente
online, podendo ocorrer momentos presenciais para encontros, avaliações, seminários, outros, conforme
o desenho da proposta formativa.

Existem dois tipos de formação a distância: formação e-learning e a formação b-learning,


como estudaremos na sequência.
Tópico 3.6 - Aprendizagem Aberta e a Distância (AaD)
Essa retomada é importante, porque você vai precisar
desses conceitos para entender que existe diferença entre
aprendizagem a distância e aprendizagem aberta. Vamos
agora ver qual é essa diferença?
Primeiro tratemos do termo aprendizagem ou educação
aberta: Por educação aberta entende-se aquela que se
estrutura segundo o modelo de aprendizagem cuja ênfase
está numa aprendizagem mais autônoma e flexível, de
maior acessibilidade aos estudantes, pois coloca à sua
disposição um currículo que pode ser estruturado a partir
da escolha do estudante. Além disso, ele pode também
optar pela forma e pelo tempo (período) em que vai cursar
cada disciplina.
Assim passamos a compreender que um curso a distância pode ser estruturado com base numa
aprendizagem aberta, mas, necessariamente, a aprendizagem aberta não se dá apenas pela educação a
distância, pode ser realizada na forma semipresencial, ainda que os casos mais comuns sejam de
educação aberta a distância.
Por exemplo: Os cursos em EaD, normalmente se dão em modelo mais restrito no que diz respeito a sua
organização, design, matrizes curriculares. Constituindo, portanto, em educação a distância, porém não
sendo considerados no modelo mais aberto, com mais autonomia do aluno, no caso a educação aberta e
a distância.
Tópico 3.7 - E-Learning

O que é e-learning?

Muitas pessoas se perguntam o que é e-learning. Basicamente, E-learning vem de “eletronic learning” (em
português, aprendizado eletrônico), uma modalidade de ensino a distância que possibilita a
autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados
em diferentes suportes tecnológicos de informação veiculados através da Internet.
Na visão do aluno, e-learning também pode ser considerado o processo pelo qual um determinado aluno
consome conteúdos através de um ambiente virtual de aprendizagem, onde existe um professor/tutor EAD
que o auxilia em suas tarefas e demais atividades.
Tópico 3.8 - B-Learning
O que é B-learning?

Modelo utilizado nos cursos EaD da UFCA. Também conhecido como ensino híbrido ou misto, esse
modelo combina métodos pedagógicos do ensino a distância com os do presencial, aliando as
possibilidades e vantagens dos dois para aprimorar os processos de aprendizagem dos estudantes e
colaboradores.
No b-learning são adotadas atividades on-lines e presenciais, conciliando a comodidade de estudar no seu
próprio ritmo e em qualquer lugar com o reforço do aprendizado na participação em sala de aula. Em um
primeiro momento, os estudantes acessam o conteúdo na internet, depois tiram as dúvidas com os
instrutores e podem debater os assuntos com seus colegas, aproveitando assim as qualidades dos dois
modelos.
Tópico 3.9 - U-Learning

O U-learning é uma modalidade da Educação a Distância (EaD) que está ancorada especificamente nos
dispositivos móveis, não dependendo de um mentor para mediar o conteúdo. Seu objetivo é desenvolver
um cenário de aprendizado autônomo onde o participante fique envolvido em todo o processo.

O termo u-learning faz de qualquer situação uma oportunidade para desenvolver competências e
habilidades, isso com o apoio dos dispositivos móveis que já são utilizados rotineiramente. Ele usa o
avanço tecnológico para transformar a forma de aprender e inserir essa necessidade de aperfeiçoamento
contínuo na vida cotidiana.
Tópico 3.9 - U-Learning
Algumas características específicas são encontradas
nesse modelo de aprendizado:
➢ Acessível: os conteúdos u-learning são digitais, por isso podem
ser acessados a qualquer momento e em todos os dispositivos
móveis;
➢ Permanente: os assuntos são coletados e compartilhados para
consultas posteriores; Interativo: além dos conteúdos em si,
pode haver um espaço onde os participantes podem interagir,
compartilhar suas perspectivas, aprender com os demais
colegas ou até mesmo com um mentor - isso de forma
simultânea ou não;
➢ Contínuo: o processo de aprendizado através do u-learning é
contínuo, não se limita apenas àquele material em específico, ao
contrário, se estende ao longo da vida;
➢ Natural: tanto a interação contínua com o conteúdo como com a tecnologia
faz do processo de aprendizagem algo mais natural, quase que imperceptível
para o participante;
➢ Imediato: o conteúdo está disponível ao usuário o tempo todo, basta utilizar o
dispositivo móvel, fazer uma busca e acessá-lo.
EaD
Para caracterizar a EaD, começaremos pela Lei
de Diretrizes e Bases da educação (LDB)
9.394/96, que permitiu um avanço nessa área
quando define em seu artigo nº 80 que: O Poder
Público incentivará o desenvolvimento e a
veiculação de programas de ensino a distância,
em todos os níveis e modalidades de ensino, e
de educação continuada

Tópico 4 - Fundamentação legal


da EaD
Tópico 4 - Fundamentação legal da EaD

Esse marco legal ampara as iniciativas institucionais da


educação a distância no Brasil, mostrando sua relevância
dentro do sistema educativo na medida em que suas ações
serão regulamentadas e fiscalizadas pelo poder público. Após
essa iniciativa, em 2005, foi elaborado outro documento que
complementa a LDB, regulamentando seu Art. 80, trazendo
maiores orientações e detalhamento para o âmbito dessa
modalidade, que foi o Decreto 5.622/05. Logo em seu primeiro
artigo, define a EaD como:

Os atuais estágios de desenvolvimento tecnológico, aliados aos recursos da informática e das


telecomunicações, mudaram o conceito de distância e aproximaram os sujeitos por meio do uso das
ferramentas de comunicação e interação, capazes de diminuir (mas não de eliminar) a barreira física e
temporal entre professor e aluno, além de proporcionar um aumento substancial do nível de
interatividade.
Tópico 4 - Fundamentação legal da EaD
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação, de nº
9.394/1996, consta que o Poder Público deve
promover programas de ensino à distância em
todos os níveis e modalidades de ensino, com
regulamentação pela União e execução por meio
de instituições por ela credenciadas (artigo 80).

Art. 80. O Poder Público incentivará o


desenvolvimento e a veiculação de programas
de ensino a distância, em todos os níveis e
modalidades de ensino, e de educação
continuada.

A regulamentação da EaD encontra-se disposta no Decreto nº 9.057/2017, que revogou o Decreto nº


5.622/1996, caracterizando a modalidade de ensino à distância como aquela na qual "a mediação
didático-pedagógica nos processos de ensino e aprendizagem ocorra com a utilização de meios e
tecnologias de informação e comunicação, com pessoal qualificado, com políticas de acesso, com
acompanhamento e avaliação compatíveis, entre outros, e desenvolva atividades educativas por
estudantes e profissionais da educação que estejam em lugares e tempos diversos" (artigo 1º).
Tópico 4 - Fundamentação legal da EaD
Tópico 4.1 - Legislação sobre EaD

De acordo com Gomes (2008), um importante momento para a


EaD no Brasil foi a criação, em 1996, da Secretaria de
Educação a Distância (SEED). Entre as responsabilidades
dessa secretaria está a de atuar como agente de inovação dos
processos de ensino e aprendizagem na EaD.

Também em 1996, as bases legais para a modalidade EaD


foram consolidadas pela última reforma educacional brasileira.
A Lei n. 9.394/96 oficializou a EaD no país como modalidade
válida e equivalente para todos os níveis de ensino (fundamental, médio, superior e pós-graduação).
Com essa lei, as experiências brasileiras em EaD já somam um grande número de cursos ofertados.
A partir de 2005, universidades, faculdades e centros tecnológicos passaram a oferecer, na modalidade
a distância, até 20% da carga horária total de qualquer curso presencial, desde que reconhecido pelo
MEC.
Em 2006, o Conselho Nacional de Educação aprova a Resolução nº 1, de 11 de março de 2016 que
estabelece Diretrizes e Normas Nacionais para a Oferta de Programas e Cursos de Educação Superior
na Modalidade a Distância.
Em 2007, mais um passo importante foi dado para a democratização do acesso à educação profissional
pública na modalidade de educação a distância com a criação do Programa Escola Aberta do Brasil, o e-
Tec Brasil, entre outros.
Tópico 4.1 - Legislação sobre EaD
Em 2019 tivemos a Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019. Referida norma dispõe sobre a oferta de carga
horária na modalidade de Ensino a Distância - EaD em cursos de graduação presenciais ofertados por Instituições de
Educação Superior - IES pertencentes ao Sistema Federal de Ensino. Segundo essa portaria as IES poderão introduzir
a oferta de carga horária na modalidade de EaD na organização pedagógica e curricular de seus cursos de graduação
presenciais, até o limite de 40% da carga horária total do curso. Observa-se o acréscimo de 20% para 40% o limite
para que as instituições possam introduzir cargas horárias em seus projetos de cursos.
Outros dois importantes institutos legais com relação à EaD, são o Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017 que
dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação das instituições de educação superior e dos
cursos superiores de graduação e de pós-graduação no sistema federal de ensino e a Lei nº 10.861, de 14 de abril de
2004 que institui o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior – SINAES e dá outras providências. O
SINAES tem por finalidades a melhoria da qualidade da educação superior, a orientação da expansão da sua oferta, o
aumento permanente da sua eficácia institucional e efetividade acadêmica e social e, especialmente, a promoção do
aprofundamento dos compromissos e responsabilidades sociais das instituições de educação superior, por meio da
valorização de sua missão pública, da promoção dos valores democráticos, do respeito à diferença e à diversidade, da
afirmação da autonomia e da identidade institucional.
Tópico 4.2 - Legislação básica da EAD no Brasil

➢ LDB nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996


➢ Lei nº 10.861, de 14 de abril de 2004
➢ Lei nº 11.273, de 6 de fevereiro de 2006
➢ Decreto nº 5.800, de 8 de junho de 2006
➢ Referenciais de Qualidade para EaD (2007)
➢ Resolução nº 1, de 11 de março de 2016
➢ Portaria CAPES nº 183, de 21 de outubro de
2016
➢ Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017
➢ Portaria Normativa nº 11, de 20 de junho de 2017
➢ Decreto nº 9.235, de 15 de dezembro de 2017
➢ Portaria nº 2.117, de 6 de dezembro de 2019
OBRIGADO!

Você também pode gostar