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Apresentação
Objetivos
Definir responsabilidade enunciativa.
Compreender as estratégias de (não) assunção da responsabilidade
enunciativa.
Para esse autor, o PDV tem natureza dialógica, uma vez que se constitui,
necessariamente, no cruzamento de perspectivas.
O PDV é uma categoria transversal (RABATEL, 2005) e se define a partir de
meios linguísticos por meio dos quais um sujeito visa um objeto, em todos os sentidos
do verbo visar, seja esse sujeito singular ou coletivo. Quanto ao objeto, ele pode
corresponder a um objeto concreto, mas também a um personagem, a uma situação,
a uma noção ou a um acontecimento, uma vez que em todos os casos se trata de
objeto do discurso (PASSEGGI et al., 2010, p. 306).
Rabatel (2009, p. 71) trata da noção de “quase-RE”1 partindo de uma definição
culioliana da asserção. Essa noção revela que é possível imputar um PDV para os
enunciadores segundos, mesmo que eles não tenham enunciado nada. Dessa
maneira, tal autor se distancia de Ducrot (1987), pois, para esse último autor, assumir
a Responsabilidade Enunciativa é falar, é dizer. Esse direcionamento de Rabatel
(2009) também o distancia da ScaPoline, tendo em vista que, para ele, é possível
imputar um ponto de vista (PDV), mesmo a quem não tenha falado, mesmo a quem
não está na origem do enunciado. Portanto, a “quase-RE” postula que os PDVs são
atribuídos por L1/E1 (Locutor 1 e Enunciador 1) a enunciadores segundos, não sendo
assumidos integralmente por L1/E1.
Vale considerar que o PDV foi alvo de interesse e preocupação no campo da
literatura concernente ao estudo das questões sobre o narrador, mas, não iremos
1
Passeggi et al. (2010, p. 306) esclarece que “Quase-PEC” = é igual a quase-Responsabilidade
Enunciativa (Quase-RE), com base nos estudos de Rabatel (2009, p. 72). Explicamos que, para Rabatel
(2009, p. 72), “as aspas destacam que a PEC não é verdadeiramente uma, mas que ela é necessária
para que L1/E1 possa se posicionar em relação ao PDV”.
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Atividade 1
“De acordo com Marcuschi (apud DIONÍSIO, 2002), a ideia de que os gêneros
textuais são fenômenos históricos, profundamente vinculados à vida cultural e social,
fruto de trabalho coletivo e que contribuem para ordenar as atividades comunicativas
do dia a dia, já é algo trivial [...]”.
“[...] O romance entre os dois só se realiza longe da pensão, quando então é possível
conhecê-la melhor. Parece que o personagem retoma as rédeas do seu destino e
conto caminha poeticamente para um final feliz [...]”.
Atividade 2
Observe a análise do seguinte fragmento:
Leituras complementares
Acesse o artigo:
RODRIGUES, Maria das Graças Soares. Gêneros discursivos acadêmicos: de
quem é a voz? Disponível em: <http://www.simelp2009.uevora.pt/pdf/slg26/01.pdf>
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Resumo
Autoavaliação
Referências
PASSEGGI, L. et al. A análise textual dos discursos: para uma teoria da produção
co(n)textual de sentido. In: BENTES, A. C.; LEITE, M. Q. (Orgs.). Linguística de
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