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Introdução
1 O mundo dissertativo
2 A delimitação do tema
3 Assumindo um ponto de vista
4 A argumentação causal – o(s) porquê(s)
5 A importância do exemplo
6 A estrutura do texto dissertativo
7 Jogos lógico-expositivos
8 A linguagem dissertativa
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Este artigo é resultado de Trabalho de Conclusão de Curso de Especialização em Língua Portuguesa:
Gramática, Texto e Discurso, realizado na Universidade Federal do Rio Grande do Norte/2011.
argumentativos que assumem uma posição privilegiada em sua teoria, pois são eles que
apontam a força argumentativa dos enunciados.
Kock (2000) comunga com as ideias de Ducrot com relação aos operadores. Ele,
além de assumir a argumentação como uma atividade organizadora do discurso, assumi que
os operadores argumentativos articulados nos enunciados compõem o texto e também dão
conta da coerência e da progressão textual.
Em geral, no texto argumentativo, distinguem-se basicamente três componentes: a
tese, os argumentos (e estratégias argumentativas) e a conclusão. Essa estrutura é definida por
ADAM (1992) como sequência prototípica mínima, mas ele apresenta também a sequência
prototípica complexa.
Os gêneros da ordem do argumentar, devido a suas características de tratar de
problemas sociais controversos, polêmicos, são encontrados circulando no rádio, na TV, nos
jornais, nas revistas, internet e etc. Esses textos podem ser produzidos tanto oralmente quanto
por escrito, a escolha de um ou do outro vai depender da situação comunicativa. Por exemplo,
uma entrevista pode ser realizada oralmente ou por escrito, depende dos propósitos
comunicativos e de onde será veiculado o conteúdo da entrevista, se em revistas, jornais ou
apresentados em vídeos ou em programa de TV.
São vários os gêneros: artigo de opinião, editorial, propagandas, carta argumentativa,
debate, entrevista, etc. Todos implicam uma tomada de posição por parte do interlocutor leitor
ou ouvinte. Cabe ao professor criar condições para que seus alunos possam apropriar-se das
características discursivas e linguísticas desses gêneros em situações de comunicação real.
Conforme Antunes (2003, p. 22), é por meio dos gêneros discursivos que as práticas de
linguagem incorporam-se nas atividades dos alunos. Essa proposta vai ao encontro das
orientações dos PCNs que já privilegiam a dimensão interacional e discursiva da língua e
definem o domínio dessa língua como uma das condições para a participação do indivíduo em
seu meio social.
Por que não fazer das situações de ensino um momento de interação planejada, se já
sabemos que é preciso interagir com o objeto de conhecimento e com outros
parceiros para aprender?
Por que ignorar as crenças e as hipóteses do aprendiz, se é com base nelas que o
sujeito elabora o conhecimento novo?
Por que não levar as práticas de ensino a tirarem parte significativa de sua força e
eficácia dos movimentos do próprio aprendiz em seu previsível esforço por
aprender?
Por que insistir em práticas de ensino que, por mais bem intencionadas que seja,
andam na contramão da aprendizagem?
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Coordenador dos trabalhos das equipes da área ao longo de quatro edições do Guia do livro didático,
publicação responsável por subsidiar escolas públicas, por meio de resenha críticas dos volumes aprovados pela
Avaliação, no processo de escolha do livro mais adequado ao seu projeto pedagógico.
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da virada pragmática, ainda em processo de andamento, o LDP ainda precisará enfrentar os
novos objetos didáticos do ensino de língua materna que encara o aprendiz como sujeito ativo
de seu próprio processo.
Para tais mudanças foram elencados, nos documentos: Parâmetros Curriculares
Nacionais, alguns critérios de análise para saber se o LDP inscrito no programa (PNLD):
Análise e resultados
Após a análise dos gêneros acima mencionados podemos constatar que a maioria dos
textos apresentados são tratados como uniformes uma vez que as características e estruturas
que os diferem não são enfocadas.
Percebe-se que na unidade Redação e Leitura o LDP traz uma variedade de gêneros
textuais que não são modelos de textos argumentativos, mas por apresentarem um ponto de
vista servem para ilustrar ou exemplificar elementos estruturais da argumentação. Como
exemplo disso tem-se o poema de Carlos Drummond de Andrade, as tirinhas e a charge.
Todos esses estão inseridos no capítulo 2 da unidade Redação e Leitura. Como o assunto
desta unidade é a delimitação do tema, esses textos estão inseridos na questão em que é
solicitado que o aluno identifique o tema de cada texto.
Definição:
- Pode-se começar a dissertar escrevendo uma definição do tema, para
atribuir maior clareza e objetividade ao texto. Por exemplo:
Violência é.....A violência se caracteriza como.....Um ato é violento
quando...
- Em seguida, expõe-se o ponto de vista e segue-se o processo dissertativo já
sugerido.
LDP - Novas Palavras
No final ele orienta o aluno a utilizar mais de um recurso para demonstrar a idéia
defendida e mostra que pode-se adotar essa estratégia em outras partes que compõem o texto
argumentativo, o que ele deveria ter proposto nos capítulos quarto e quinto que trata da
argumentação.
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³ As estratégias argumentativas são todos os recursos (verbais e não verbais) utilizados para envolver o
leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para
gerar credibilidade, etc...(ADAM, 1992)
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Essas diferentes sugestões são algumas das possibilidades de apresentação
de idéias, que podem aparecer em inúmeras combinações diferentes.
- Por exemplo: uma pergunta seguida de definição e de uma comparação; um
exemplo seguido de uma comparação e uma pergunta, etc.
- Não se esqueça que esses modos de exposição de idéias podem aparecer
também no desenvolvimento ou na conclusão da dissertação. Nossas
sugestões se ativeram à introdução porque é o início do texto que delineia a
organização lógica das idéias e que determina a sequência do raciocínio.
LDP - Novas Palavras
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- Redação: Redija uma dissertação em prosa relacionando os três textos abaixo.
(fragmentos).
- Faça um resumo do texto entre 10 e 15 linhas e de um título a ele – Mitos do
combate a pobreza
Reconhecer no texto um argumento que justifique duas hipóteses antagônicas
quanto à clonagem humana.
A argumentação
- Jogo: Convencer alguém a comprar coisas absurdas.
4 causal – o(s)
- Produção de texto a partir de fragmentos.
porquê(s)
- Sofismo: descobrir o que tem de errado no raciocínio a seguir. (é uma tabela
com dados est.)
- Encontre um ou dois exemplos para cada uma das colocações a seguir.
- Reconheça exemplos do mundo de hoje (histórico) e acrescente ao textos
A importância do sobre globalização dois que revelem a aniquilação das diferenças humanas.
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exemplo - Procure um ou dois exemplos para cada um dos seguintes assuntos: a,b,c.
- Escolha uma das propostas e crie sua dissertação.
- Produção textual. (p. 273)
- Dividir o texto em 3 parágrafos
A estrutura do texto Identificar introdução e conclusão
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dissertativo Escrever a introdução e a conclusão para o texto dado.
Ordenar os parágrafos em sequência lógica.
- Cada um dos textos a seguir apresenta mais de um processo lógico-expositivo.
Reconheça dois desses processos em cada um dos textos.
- Procure reconhecer na introdução de textos dissertativos a seguir (16 textos ou
fragmentos) o(s) processo(s) lógico-expositivo(s) predominante(s) . Definição,
comparação, citação, histórico, exemplo, estatística, resumo e pergunta.
- A partir das charges, elabore duas introduções diferentes, cada uma com dois
Jogos lógico-
7 processos lógico-expositivos, sobre o tema.
expositivos
- A partir dos excertos abaixo, redija um texto dissertativo- argumentativo
enfocando o assunto.
- Após a leitura atenta do editorial , verifique qual é o seu tema e sobre ele
escreva uma dissertação clara e coerente.
- com base na leitura dos textos acima e no seus conhecimentos, elabore uma
dissertação em prosa. Dê um titulo adequado ao tema
Reescreva as frases seguintes, adequando-as à norma culta.
Reescreva as frases seguintes, resolvendo a ambigüidade.
Reescreva as frases seguintes, dando concisão à linguagem.
Reescreva as frases seguintes, com linguagem organizada e coesa.
A linguagem Reescreva as frases abaixo, utilizando uma linguagem sem clichês.
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dissertativa Procure reconhecer o ponto de vista tão confusamente apresentado.
Leia as frases a seguir que circula na internet. Elas apresentam muitos
problemas quanto a clareza, coesão e coerência. São confusas
ambíguas,desconexas e contraditórias. Escolha algumas que você considere
mais insólito.
Quadro 2: descrição das atividades do LDP
Após a descrição das atividades (na tabela acima) podemos observar que os autores
utilizam os textos para trabalhar atividades mecânicas de identificação e reconhecimentos dos
elementos estruturais da dissertação, ou para orientar o aluno na realização da produção
textual, em sua maioria apenas partes de textos.
Na primeira atividade é proposto que o aluno reconheça nos textos o tema, o ponto
de vista e a conclusão. Já na segunda pede-se que o aluno identifique a introdução o
desenvolvimento e a conclusão. Por fim, ele sugere a produção de um texto dissertativo-
argumentativo a partir da leitura de uma tirinha e de alguns fragmentos de textos. No 6º
capítulo – A estrutura do texto dissertativo – que trata do mesmo assunto, ele continua com as
mesmas atividades de reconhecimento dos elementos estruturais e propõe a produção de
partes de textos. Veja os enunciados das atividades do capítulo 6:
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1. Leia este texto dissertativo e divida-o em três parágrafos.
2. Agora, procure identificar neste outro texto até onde vai a introdução e onde
começa a conclusão.
3. Escreva um parágrafo de introdução e um de conclusão para os textos a seguir.
Cada um deve ter entre 3 e 6 linhas. Sugestões: Texto 1 e Texto 2 .
(p. 280 LDP - Novas Palavras)
Como podemos observar as atividades servem para que o aluno aprenda a estrutura
da dissertação, sem tratar da relação de coesão e coerência que envolve as partes.
Nesse capítulo os autores poderiam avançar no conteúdo já que o assunto já foi dado
anteriormente no primeiro capítulo.
Na terceira atividade acima, em que ele, simplesmente, pede para que o aluno
escreva a introdução, ele poderia sugerir que o aluno avançasse para o capítulo 7 – Jogos
lógico-expositivos (p.283, anexo 2). Esse capítulo apresenta algumas propostas de como
elaborar a introdução. São os muitos modos de expor idéias, de desenvolver o raciocínio
argumentativo. E isso, com certeza, norteariam melhor o aluno na realização da atividade. O
professor poderia acrescentar, propondo que os alunos trouxessem revistas ou jornais, e além
de trabalhar com o conceito de gênero, já que não é proposto no LDP, observaria na prática
várias formas de iniciar um texto argumentativo, observando o gênero e comparando com o
conteúdo do LDP sobre esses mecanismos.
Ainda na mesma atividade (3) é proposto que o aluno escreva a conclusão do texto.
No entanto, o aluno não é orientado em como realizar a atividade, a proposta ainda é
orientada apenas para conhecer as partes que compõe o texto argumentativo. Podemos
observar que o LDP não dá a devida atenção à conclusão, ele diz apenas que a conclusão
reafirma a tese.
O professor poderia utilizar o mesmo material (revistas ou jornais) e analisar junto
com os alunos como o autor o constrói. Ou seja, se ele faz apenas um resumo das proposições
(do ponto de vista ou argumentação) dadas nos textos, ou conclui com uma informação nova,
dando um arremate final ao texto.
As atividades propostas para a produção textual, em geral, vem com o enunciado
“Elabore um texto dissertativo a partir do texto abaixo”. O aluno tem a disposição três ou
quatro opções de temas, alguns deles fragmentos de textos para escolher. No entanto, não é
definido em que gênero será produzido o texto. Ele é tratado apenas como Texto dissertativo,
sendo que os textos apresentados nas propostas de atividades são de gêneros variados como já
foi mencionado na tabela 1 sobre textos/gêneros no LDP (página 2).
Esses gêneros, a maioria da ordem do argumentar, tratam de temas atuais e
polêmicos, como por exemplo, globalização, clonagem, mundo digital, educação, falta de
água, efeito estufa, pobreza, adolescentes, ciência entre outros. Como vemos, os gêneros
discursivos são instrumento que orientam a atenção para o mundo social (FAIRCLOUGH,
2001).
O Problema é que, apesar de serem temas atuais que levariam o aluno a interagir
como o mundo social, se posicionando sobre esses fatos, o LD não trabalha nessa perspectiva.
São vários assuntos, mas nenhuma atividade explora o tema ou recortes do tema, ele trata os
temas como se o aluno já detivesse conhecimento suficiente para falar com propriedade do
assunto. Veja o enunciado da atividade proposto no LD: “Com base na leitura dos textos
acima e nos seus conhecimentos, elabore uma dissertação em prosa. Dê um título adequado
ao tema”. Em nenhum momento o aluno é solicitado a pesquisar, nem a debater sobre o
assunto antes da produção escrita. Fica bem claro que o objetivo da unidade é fazer com que o
aluno reconheça um texto argumentativo e não prepará-lo para um leitor/escritor crítico
participante das práticas sociais.
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No capítulo 3 – Assumindo um ponto de vista – não poderia deixar de comentar, pois
é o único momento em que é proposta uma atividade mais significativa, no entanto acontece
alguns equívocos. O autor sugere que o aluno identifique no texto as opiniões expostas, o
ponto de vista do autor do texto “Carta a um adolescente”, e, em seguida, pede que o aluno
escreva uma carta resposta, expressando seu ponto de vista, se concorda ou não com as idéias
do autor do texto.
O problema é que o texto não é do gênero carta, é uma crônica com o título “Carta a
um adolescente”, o que pode confundir e comprometer o aluno quanto à produção do gênero
solicitado: carta resposta. O autor não comenta que o texto é uma crônica, então, é provável
que o aluno siga o mesmo modelo. Nesse caso, o aluno não é orientado quanto ao gênero
solicitado, não foi mencionado em nenhum momento as características da carta.
Em seguida, pede para o aluno escolher uma das propostas. Veja abaixo o enunciado:
“Escolha uma das propostas abaixo e crie sua dissertação. Não se esqueça do título:
Proposta 1 A - Pense duas vezes antes de agir.
B - Aja duas vezes antes de pensar.
Proposta 2 A - Na hora de escolher uma profissão, é preciso seguir a vocação,
para que se tenha felicidade profissional.
B - Na hora de escolher uma profissão, é preciso seguir o mercado,
para que se tenha sucesso profissional.
“Podemos concordar com A (e discordar de B) ou concordar com B (e discordar de
A) Podemos ainda concordar parcialmente com A e com B (e, obviamente, discordar
parcialmente tanto de A como de B).”
Nessa atividade, o objetivo é que o aluno defenda um ponto de vista e por isso ele dá
sugestões de temas para que o aluno escolha por um e se posicione. Ele poderia aproveitar e
mostrar os operadores argumentativos que direciona a posição assumida pelo autor.
Considerações finais
Após a análise minuciosa das atividades propostas no LDP, podemos constatar que,
uma única vez o texto foi tratado como gênero, e falou-se sobre coerência: “Após a leitura
atenta do editorial, verifique qual é o seu tema e sobre ele escreva uma dissertação clara e
coerente”. Os outros gêneros foram tratados apenas como textos.
A argumentação foi tratada a partir de conceitos estruturais, fazendo com que o aluno
reconheça e identifique partes que compõem o texto argumentativo.
Para demonstrar (ou maquear) que trabalham numa perspectiva fundamentada nos
PCNs os autores trazem atividades que são propostas de produção textual extraídas do exame
de vestibulares e do Enem, mas não significa dizer que o LDP trabalha a argumentação
considerando as propostas dos PCNs, ou seja, como produto da interação social. Em geral, os
exercícios exaustivos proposto no LDP visam apenas fazer com que o aluno aprenda a
conhecer a estrutura e a produzir textos que seguem o modelo dissertativo-argumentativo
proposto, como se fosse uma prática dissociada da sua realidade.
Chegamos à conclusão de que o LDP não é suficiente para atender as necessidades
contemporâneas quanto à proposta de linguagem como prática social. Cabe, então, ao
professor a tarefa de cobrir as “fissuras” deixadas pelo LDP com relação aos novos objetos
didáticos de ensino/aprendizagem dos gêneros discursivos e da argumentação.
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Referências:
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explication et dialogue). Paris: Editions Nathan, 1992. (Série linguistique)
ANTUNES, Irandé. Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola Editorial,
2003.
FAIRCLOUGH, N. Discurso e Mudança social. Brasília: Editora Universidade de Brasília,
2001.
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KARWOSKI, A. M. et al. (orgs.). Gêneros textuais: reflexões e ensino. 2. ed. Rio de Janeiro:
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Editora Lucerna, 2006. p. 23 – 36.
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Anexo 1 (p. 283 e 284 )
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