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Universidade Católica de Moçambique

Centro de ensino a distância

Tema: Relação de subordinação e coordenação

Essiaca Júlio, Código: 708220799

Curso: Geografia

Disciplina: Técnicas de Expressão em Língua Portuguesa

Ano de frequência: 1º ano

Nampula, Junho, 2022


3.2. Folha de Feedback

Classificação
Pontuação Nota Subt
Categorias Indicadores Padrões máxima do otal
tutor
Capa 0,5
Índice 0,5
Aspectos Introdução 0,5
Estrutura organizacionais Discussão 0,5
Conclusão 0,5
Bibliografia 0,5
Contextualização 1,0
(Indicação clara do
problema)
Introdução Descrição dos 2,0
objectivos
Metodologia adequada 2,0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
(expressão escrita 2,0
Conteúdo cuidada, coerência /
coesão textual)
Análise e discussão
Revisão bibliográfica
nacional e
internacionais 2,0
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2,0
Conclusão Contributos teóricos 2,0
práticos
Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos Formatação paragrafa, espaçamento 1,0
gerais entre linhas
Normas APA Rigor coerência das
Referências 6ª edição em citações/referências
Bibliográfica citações e bibliográficas 4,0
s bibliografia
Recomendações de melhoria:

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Índice
Introdução..........................................................................................................................3
1.Relação de subordinação e coordenação.......................Erro! Marcador não definido.
1.2.Tipos de orações coordenadas.....................................................................................5
Oração coordenada assindética..........................................................................................7
Tipos de orações subordinadas..........................................................................................7
6.Conclusão.....................................................................................................................11
5. Referências bibliográficas...........................................................................................12

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Introdução

Coordenação e subordinação é que ambas essas relações podem participar também, de


forma global, da própria construção de um texto. Isto é, a questão da dependência ou
independência entre orações, decorrem do fato de se adotarem critérios meramente
sintácticos o u formais. Foi por isso que se fez sentir a necessidade de se incorporar à
teoria linguística os componentes semântico e pragmático: o funcionamento global de

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uma língua só pode ser devidamente explicado por um estudo integrado dos três
componentes.

1.Relação de subordinação e coordenação


As gramáticas do português definem a coordenação como a relação sintáctica entre duas
orações independentes e a subordinação como a relação sintáctica em que uma oração (a
subordinada) completa o sentido de uma outra, chamada principal. Na prática, essas
definições funcionam de modo bastante precário. Em primeiro lugar, porque o conceito

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De independência entre orações coordenadas é bastante discutível - Independentes
segundo que critérios? Em uma sequência como Renata chegou, tomou banho e saiu,
fica difícil concluir que as três orações são independentes. Em segundo lugar, porque a
divisão entre coordenação e subordinação às vezes não fica bastante clara, como no caso
das orações coordenadas explicativas e subordinadas causais, o que leva a crer que a
diferença entre elas não é alguma coisa que tenha um carácter "digital", mas antes
"analógico". De fato, Kuno, em obra de 1973 (apud Haiman & Thompson, 1984.p.61),
1.1.Conceitos
Subordinação: consiste numa relação entre duas orações, uma subordinante e uma
subordinada, por meio de conjunções ou locuções conjuncionais subordinativas
Coordenação: consiste numa relação entre duas orações da mesma categoria por meio
de conjunções ou locuções conjuncionais coordenativas.

1.2.Tipos de orações coordenadas


Segundo Ali, (1931) Refere que:
Esse tipo de oração é classificado de duas (2) maneiras: as orações coordenadas
sindéticas e assindéticas.
Nas orações coordenadas sindéticas, há uma conjunção coordenativa que conecta as
palavras ou termos das frases e, dependendo da conjunção utilizada, elas pode ser de
cinco tipos: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas
As orações coordenadas sindéticas aditivas são: aquelas em que o uso das conjunções
(ou locuções conjuntivas) transmite a ideia de adição. As conjunções aditivas são: e,
nem, não só, mas também, mas ainda, como, assim, etc.
Exemplos: Fomos para a escola e fizemos o exame final.
•Oração 1: Fomos para a escola
•Oração 2: fizemos o exame final
Com exemplos, podemos perceber que esse tipo de conjunção adiciona informações ao
que foi dito anteriormente. Além disso, é importante perceber que as orações acima,
quando separadas, são independentes, uma vez que possuem um sentido completo.
 As orações coordenadas sindéticas adversativas: são aquelas que transmitem,
por meio das conjunções utilizadas, uma ideia de oposição ou de contraste. As
conjunções adversativas são: e, mas, contudo, todavia, entretanto, porém, no
entanto, ainda, assim, senão, etc.
Exemplos: Pedro Henrique estuda muito, porém não passa no vestibular.
•Oração 1: Pedro Henrique estuda muito

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•Oração 2: não passa no vestibular
Note que as conjunções utilizadas nas orações acima transmitem a ideia de
oposição ao que foi dito anteriormente. Além disso, as frases são independentes,
uma vez que, se separadas, possuem um sentido completo.

 Nas orações coordenadas sindéticas alternativas: as conjunções enfatizam


uma escolha dentre as opções existentes. As conjunções alternativas utilizadas
são: ou, ou… ou; ora…ora; quer…quer; seja…seja, etc.
Exemplos: Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer comer pizza.
•Oração 1: Manuela ora quer comer hambúrguer
•Oração 2: ora quer comer pizza
Em ambos os exemplos, as orações são independentes, e as conjunções utilizadas indicam
opções e, por isso, são chamadas de alternativas.
 As orações coordenadas sindéticas conclusivas: expressam conclusões e,
por isso, fazem uso das conjunções (ou locuções) conclusivas: logo, assim,
portanto, por fim, por conseguinte, pois, então, consequentemente, etc.
Exemplos: Não gostamos do restaurante, portanto não iremos mais lá.
•Oração 1: Não gostamos do restaurante
•Oração 2: não iremos mais lá
No Exemplo, as palavras em destaque são conjunções conclusivas que transmitem a ideia
de conclusão sobre algo que foi mencionado na oração principal.
 Nas orações coordenadas sindéticas explicativas: as conjunções ou
locuções que ligam as orações expressam uma explicação. São elas: isto é,
ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois, etc.
Exemplos: Marina não queria falar, ou seja, ela estava de mau humor.
•Oração 1: Marina não queria falar
•Oração 2: ela estava de mau humor
Os exemplos mostram que com o uso das conjunções explicativas, as orações
independentes se unem com o intuito de explicar sobre o que foi dito
anteriormente.

2.Oração coordenada assindética


Lopes, (2004) Refere que:
As Diferença das orações coordenadas sindéticas, das orações coordenadas
assindéticas não exigem conjunções que conectam os termos ou palavras da frase.

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Exemplos: •Lena estava triste, cansada, decepcionada.

•Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lanchamos

No exemplo acima não existe nenhuma conjunção (ou locução conjuntiva) que liga
as orações e, portanto, temos orações coordenadas assindéticas (p.25).

Orações subordinadas

De acordo com Matos, (2003) Refere que:

As orações subordinadas, diferente das coordenadas, são orações dependentes.


Assim, quando separadas, não possuem um sentido completo e, por isso, recebem
esse nome, de forma que uma está subordinada à outra. (p.549).

2.1.Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas são: classificadas de três maneiras: substantivas, adjectivas e
adverbiais. Isso irá depender da relação sintáctica estabelecida.

 As orações subordinadas substantivas são: aquelas que exercem a função de


substantivo. Vale lembrar que o substantivo é uma das classes de palavras que
nomeia os seres, objectos, fenómenos, etc
 As orações subordinadas substantivas subjectivam: exercem a função de sujeito
da oração principal. Lembre-se que o sujeito é aquele ou aquilo de que (m) se fala.

Exemplos: É importante que você beba água.


•Oração principal: É importante
•Oração subordinada: que você beba água
Note que a oração principal não apresenta sujeito e a oração subordinada, além de
completar o sentido da primeira, desempenha o papel de sujeito da oração.
 As orações subordinadas substantivas predicativas: exercem a função de
predicativo do sujeito da oração principal e sempre apresentam um verbo de ligação
(ser, estar, parecer, permanecer, continuar, ficar, etc.).
Exemplos: Meu medo é que ela não vença o campeonato.
•Oração principal: Meu medo é
•Oração subordinada: que ela não vença o campeonato
No exemplo, notamos que a partir da presença do verbo de ligação, qualifica-se o
sujeito da oração.

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 As orações subordinadas substantivam complectivas nominais: exercem a
função de complemento nominal do verbo da oração principal, completando o
sentido do nome da oração principal. Esse tipo de oração sempre é iniciado com
uma preposição.
Exemplos: Tenho esperança de que a humanidade se conscientize.
•Oração principal: Tenho esperança
•Oração subordinada: de que a humanidade se conscientize
No exemplo acima, as orações subordinadas complectivas sempre começam com uma
preposição: "de". Ambas complementam os nomes (substantivos) da oração principal:
esperança; certeza.
 As orações subordinadas substantivas objectivam diretas: exercem a função de
objecto directo do verbo da oração principal e, por isso, o complemento não vem
acompanhado de preposição.
Exemplos: Desejo que todos tenham um bom dia.
•Oração principal: Desejo
•Oração subordinada: que todos tenham um bom dia
No Exemplo acima, as orações subordinadas não apresentam preposição e possuem o
valor de objecto directo da oração principal.
 As orações subordinadas substantivas objectivam indirectas: exercem a função
de objecto indirecto do verbo da oração principal, complementando-o.
Exemplos: Necessito de que você preencha o formulário novamente.
•Oração principal: Necessito
•Oração subordinada: de que você preencha o formulário novamente
 As orações subordinadas adverbiais são aquelas que exercem a função de
advérbio funcionando como adjunto adverbial.
Assim, dependendo do termo utilizados são classificadas em nove tipos: causais,
comparativas, concessivas, condicionais, conformativas, consecutivas, finais, temporais,
proporcionais.

 As orações subordinadas adverbiais causais exprimem a causa ou motivo que a


oração principal faz referência. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais
utilizadas são: porque, que, como, pois que, porquanto, visto que, uma vez que, já
que, desde que, etc.
Exemplos: Não fomos à praia já que estava chovendo muito.

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•Oração principal: Não fomos à praia
•Oração subordinada: já que estava chovendo muito
 As orações subordinadas adverbiais comparativas expressam comparação entre
as orações principal e subordinada. As conjunções ou locuções integrantes
adverbiais utilizadas são: como, assim como, tal como, tanto como, tanto quanto,
como se, do que, quanto, tal, qual, tal qual, que nem, que (combinado com menos ou
mais), etc.
Exemplos: Minha mãe está muito nervosa como eu estava antes.
•Oração principal: Minha mãe está muito nervosa
•Oração subordinada: como eu estava antes
 As orações subordinadas adverbiais concessivas expressam concessão ou
permissão em relação à oração principal. Dessa forma, elas apresentam uma ideia
contrária ou oposta. As conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas
nessas orações são: embora, conquanto, por mais que, posto que, ainda que, apesar
de que, se bem que, mesmo que, em que pese, etc.
Exemplos: Embora não queira, vou lhe fazer o jantar.
•Oração principal: vou lhe fazer o jantar
•Oração subordinada: Embora não queira
 As orações subordinadas adverbiais condicionais expressam condição. As
conjunções ou locuções integrantes adverbiais utilizadas são: se, caso, contanto que,
salvo se, a não ser que, desde que, a menos que, sem que, etc.
Exemplos: Se estiver chovendo, não iremos ao evento.
•Oração principal: não iremos ao evento
•Oração subordinada: Se estiver chovendo
 As orações subordinadas adverbiais conformativas expressam conformidade em
relação ao que foi expresso na oração principal. As conjunções integrantes
adverbiais utilizadas são: conforme, segundo, como, consoante, de acordo, etc.
Exemplos: Segundo as regras impostas pelo governo, a quarentena deverá ser
respeitada.
•Oração principal: a quarentena deverá ser respeitada
•Oração subordinada: Segundo as regras impostas pelo governo
Conforme os exemplos acima, as orações subordinadas expressam conformidade sobre
a oração principal enfatizada pelas conjunções utilizadas: "segundo" e "consoante".

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 As orações subordinadas adverbiais temporais expressam circunstância de
tempo. As conjunções e locuções integrantes adverbiais utilizadas são: enquanto,
quando, desde que, sempre que, assim que, agora que, antes que, depois que, logo
que, etc.

Exemplos: Você ficará famoso quando publicar seu livro.


•Oração principal: Você ficará famoso
•Oração subordinada: quando publicar seu livro
Com o uso da conjunção "quando" e da locução conjuntiva "assim que", as orações
subordinadas dos exemplos indicam circunstâncias temporais.
 As orações subordinadas adverbiais proporcionais expressam proporcionalidade.
As locuções conjuntivas integrantes adverbiais utilizadas são: à proporção que, à
medida que, ao passo que, tanto mais, tanto menos, quanto mais, quanto menos, etc.

Exemplos: A chuva piorava à medida que o furacão chegava mais perto.


•Oração principal: A chuva piorava
•Oração subordinada: à medida que o furacão chegava mais perto
As locuções conjuntivas integrantes dos exemplos ("à medida que" e "quanto mais")
enfatizam a proporção expressa na oração principal. (Barbosa, 1822,p.25)

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6.Conclusão
Em jeito de desfecho do presente trabalho conclui-que as orações subordinadas
prototípicas são as substantivas e, dentro delas, as subjectivas, enquanto que orações
coordenadas são as aditivas, as adversativas e as conclusivas, todas elas com grau 0 de
prototipicidade. Essas orações não precisam ter identidade de tempo e/ou sujeito, não
têm ligação entoacional, não estão no escopo da anterior, manifestam iconicidade
temporal

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5. Referências bibliográficas
Barbosa, Jerónimo Soares. Gramática Filosófica da Língua Portuguesa. Lisboa.
Academia de Ciências de Lisboa,1822.

Ali, M. Said. Gramática Histórica da Língua Portuguesa. Livraria Académica, Rio de


Janeiro, 1931.

Matos, Gabriela. “Estruturas de Coordenação.” In Mateus et al. Gramática da Língua


Portuguesa. Caminho, Lisboa, 2003, p 549.

Haimam,J,Thomson, S. A. Subordination in universal grammar. In: ANNUAL


MEETING OF BERKELEY LINGUISTICS SOCIETY, 1984, p.10,

Lopes, Helena Couto. Aspectos Simbólicos, Semânticos e Pragmáticos das Construções


Causais. Contributo para uma reflexão sobre o ensino da gramática. Dissertação de
Doutoramento em Linguística apresentada a Faculdade de Letras do Porto, Porto,
2004.p.25p

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