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ISA ABRIL 2011

PROF. GIULLYANO LIMA

COESÃO E COERÊNCIA

FONTE : Wikipédia, a enciclopédia livre.

Coerência e coesão textuais são dois conceitos importantes para uma


melhor compreensão do texto e para a melhor escrita de trabalhos de
redação de qualquer área.

A coesão trata basicamente das articulações gramaticais existentes


entre as palavras, as orações e frases para garantir uma boa
sequenciação de eventos. A coerência, por sua vez, aborda a relação
lógica entre ideias, situações ou acontecimentos, apoiando-se, por
vezes, em mecanismos formais, de natureza gramatical ou lexical, e no
conhecimento compartilhado entre os usuários da língua.

Pode-se dizer que o conceito de coerência está ligado ao conteúdo, ou


seja, está no sentido constituído pelo leitor.

-Coesão - É a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um


texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos
que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando
continuidade ao outro. -Coerência - A coerência textual é a relação
lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar é o resultado
da não contradição entre as partes do texto. Pronomes - todos os tipos
de pronomes podem funcionar como recurso de referência a termos ou
expressões anteriormente empregados. Para o emprego adequado,
convém rever os princípios que regem o uso dos pronomes.

Ex.: Vitaminas fazem bem à saúde, mas não devemos tomá-las sem a
devida orientação. / A instituição é uma das mais famosas da
localidade. Seus funcionários trabalham lá há anos e conhecem bem
sua estrutura de funcionamento. / A mãe amava o filho e a filha, queria
muito tanto a um quanto à outra
Para garantir a coerência de um texto é preciso identificar o objeto do
discurso.

"A Coesão é a manifestação lingüística da coerência, que advém da


maneira como os conceitos e relações subjacentes são expressos na
superfície textual. Responsável pela unidade formal do texto, a coesão
constrói-se através de mecanismos gramaticais (pronomes anafóricos,
artigos, elipse, concordância, correlação entre os tempos verbais e
conjunções) e lexicais." (COSTA VAL)

Pode-se dizer portanto, que o conceito de coesão está ligado aos


elementos constituintes do texto.

A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante de uma


língua, quando não se encontra nenhum sentido lógico entre as
proposições de um enunciado oral ou escrito. É a competência
linguística, tomada em sentido lato, que permite a esse falante
reconhecer de imediato a coerência de um discurso. A competência
linguística combina-se com a competência textual para possibilitar
certas operações simples ou complexas da escrita literária ou não
literária: um resumo, uma paráfrase, uma dissertação a partir de um
tema dado, um comentário a um texto literário, etc.

Coerência e coesão são fenómenos distintos porque podem ocorrer


numa sequência coesiva de fatos isolados que, combinados entre si,
não têm condições para formar um texto. A coesão não é uma condição
necessária e suficiente para constituir um texto. No exemplo:

A Joana a não estuda nesta Escola.

Priscila quer ser jornalista, e, não, cantora.

Ela não sabe qual é a Escola mais antiga da cidade.

Esta Escola tem um jardim.

A Escola não tem laboratório de línguas.

O termo lexical "Escola" é comum a quase todas as frases e o nome


"Joana" está pronominalizado, contudo, tal não é suficiente para formar
um texto, uma vez que não possuímos as relações de sentido que
unificam a sequência, apesar da coesão individual das frases
encadeadas (mas divorciadas semanticamente).

COESÃO E COERÊNCIA

FONTE : Benedita Azevedo – Setembro de 2007

A coesão: é a correta ligação entre os elementos de um texto, que


ocorre no interior das frases, entre as próprias frases e entre os vários
parágrafos. Pode-se dizer que um texto é coeso quando os conectivos
(conjunções, pronomes relativos) e também a preposição são
empregados corretamente.

A coerência: diz respeito à ordenação das idéias e dos argumentos. A


coerência depende da coesão. Um texto com problemas de coesão terá,
provavelmente, problemas de coerência. Vejamos alguns exemplos.

a) preposição:
“A ditadura achatou os salários dos professores e tirou matérias
importantes no desenvolvimento do jovem”.

Ficaria melhor se fosse utilizada a preposição para: importantes para


o desenvolvimento do jovem.

b) pronome relativo:

“Os alunos que os pais colaboram são os esquecidos...”

O pronome correto seria cujos: “Os alunos cujos pais colaboram são os
esquecidos...”

c) conjunção:
“Controlar o país, para muitos governantes, é dar a impressão de que
existe democracia. Portanto, se o povo participa, é imediatamente
reprimido”.

É evidente que a conjunção, portanto está mal empregada. A idéia que


se quer expressar é de oposição e não de conclusão. Logo, a conjunção
correta seria no entanto, mas, porém etc.

“Controlar o país, para muitos governantes, é dar a impressão de que


existe democracia. Porém, se o povo participa, é imediatamente
reprimido”.

Problemas como esses levam a uma falta de coerência na


argumentação, já que os conectivos não estabelecem as relações
adequadas

BIBLIOGRAFIA

1. MAIA.João Domingues, Português ,Novo Ensino Médio, vol.


Único,Editora Ática, SP,3a ed., 2000.

3. PLATÃO ET FIORIN, Lições de textos: leitura e redação, Editora


Ática,São Paulo,3a edição, 1998.

4. INFANTE. Ulisses, Curso de Gramática Aplicada aos textos, 2ª edição,


São Paulo, Scipione, 1995.

5. MESQUITA. Roberto Melo, Gramática da Língua Portuguesa, 3ª


edição, São Paulo, Saraiva, 1995.
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO.

FONTE: INFOESCOLA

Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um mesmo


período, (ou seja, em um mesmo bloco de informações, marcado pela
pontuação final), mas têm, ambas, estruturas individuais, como é o
exemplo de:

- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia. (Período


Composto)

Podemos dizer:

1. Estou comprando um protetor solar.


2. Irei à praia.

Separando as duas, vemos que elas são independentes.

É desse tipo de período que iremos falar agora: o Período Composto


por Coordenação.

Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois tipos:


Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.

Coordenadas Assindéticas
São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através de
nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.

Coordenadas Sindéticas
Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si, mas que
são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse caráter vai
trazer para esse tipo de oração uma classificação:

As orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:


aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

Vejamos exemplos de cada uma delas:

Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: e, nem, não só… mas


também, não só… como, assim… como.
- Não só cantei como também dancei.
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia.
- Comprei o protetor solar e fui à praia.

Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: mas, contudo,


todavia, entretanto, porém, no entanto, ainda, assim, senão.

- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante.


- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando.
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia.

Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: ou… ou; ora…ora;


quer…quer; seja…seja.

- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.


- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras diferentes.
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.

Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: logo, portanto, por


fim, por conseguinte, conseqüentemente.

- Passei no v, portanto irei comemorar.


- Conclui o meu vestibular projeto, logo posso descansar.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: isto é, ou seja, a saber,


na verdade, pois.

- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo.


- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo.
- Não fui à praia pois queria descansar durante o Domingo.

Há três tipos de orações subordinadas: As substantivas, as adjetivas e


as adverbiais. Trataremos aqui especificamente sobre o primeiro tipo:

ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS

São orações que exercem a mesma função que um substantivo, na


estrutura sintática da frase.
Exemplo 1:

- A menina quis um sorvete. (período simples)

A menina = sujeito;

Quis = verbo transitivo direto;

Um sorvete = objeto direto;

Temos duas posições na frase anterior em que podemos usar um


substantivo: o sujeito (menina) e o objeto direto (sorvete). Nessas
mesmas posições podem aparecer, em um período composto, orações
subordinadas substantivas.

Dependendo de onde elas apareçam e da função que elas exerçam,


poderemos classificar como Subjetiva (função de sujeito) ou como
Objetiva direta (função de objeto direto).

Sendo assim, notamos que:

- A menina quis que eu comprasse sorvete. (período composto)

A menina = sujeito;

Quis = verbo transitivo direto;

Que eu comprasse sorvete = Oração subordinada substantiva Objetiva


direta

E ainda em:
- Quem me acompanhava quis um sorvete. (período composto)

Quem me acompanhava = oração subordinada subjetiva;

Quis = verbo transitivo direto;

Um sorvete = Objeto direto;

Além das posições de sujeito e objeto direto, as orações subordinadas


substantivas podem exercer a função de um predicativo, de um objeto
indireto, de um aposto e de um complemento nominal.

Portanto podemos ter oração subordinada substantiva de 6 tipos:

1. Subjetiva: ocupa a função de sujeito.

Exemplos:

- É preciso que o grupo melhore.

Verbo de Ligação + predicat. + O. S. S. Subjetiva

- É necessário que você compareça à reunião.

VL + predicat. O. S. S. Subjetiva

- Consta que esses homens foram presos anteriormente.

VI + O. S. S. Subjetiva
- Foi confirmado que o exame deu positivo.

Voz passiva O. S. S. Subjetiva

2. Predicativa: ocupa a função do predicativo do sujeito.

Exemplos:

- A dúvida é se você virá.

Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

- A verdade é que você não virá.

Suj. + VL + O. S. S. Predicativa

3. Objetiva Direta: ocupa a função do objeto direto. Completa o


sentido de um Verbo Transitivo Direto.

Exemplos:

- Nós queremos que você fique.

Suj. + VTD + O. S. S. Obj. Direta

- Os alunos pediram que a prova fosse adiada.

Sujeito + VTD + O. S. S. Objetiva Direta

4. Objetiva Indireta: ocupa a função do objeto indireto.


Exemplos:

- As crianças gostam (de) que esteja tudo tranqüilo.

Sujeito + VTI + O. S. S. Objetiva Indireta

- A mulher precisa de que alguém a ajude.

Sujeito + VTI + O. S. S. Obj. Indireta

5. Completiva Nominal: ocupa a função de um complemento nominal.

Exemplos:

- Tenho vontade de que aconteça algo inesperado.

Suj. + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Completiva Nominal

- Toda criança tem necessidade de que alguém a ame.

Sujeito + VTD + Obj. Dir. + O. S. S. Comp. Nom.

6. Apositiva: ocupa a função de um aposto.

Exemplos:

- Toda a família tem o mesmo objetivo: que eu passe no vestibular.


Sujeito + VTD + Objeto Direto + O. S. S. Apositiva

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Orações adjetivas são aquelas orações que exercem a função de um


adjetivo dentro da estrutura da oração principal. Elas são sempre
iniciadas por um pronome relativo e servem para caracterizar algum
nome que aparece na estrutura da frase. Há dois tipos de orações
adjetivas: as restritivas e as explicativas.

O. S. Adjetivas Restritivas: funcionam como adjuntos adnominais e


servem para designar algum elemento da frase. Não pode ser isolada
por vírgulas, e restringe, identifica o substantivo ou pronome ao qual
se refere.

Exemplo:

- Você é um dos poucos alunos que eu conheço.

Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva

- Eles são um dos casais que falaram conosco ontem.

Suj. + VL + predicativo + O.S. Adjetiva Restritiva

- Os idosos que gostam de dançar se divertiram muito.

Suj. + O.S. Adjetiva Restritiva + VI + adj. Adv.

O. S. Adjetivas Explicativas: ao contrário das restritivas, são quase


sempre isoladas por vírgulas. Servem para adicionar características ao
ser que designam. Sua função é explicar, e funciona estruturalmente
como um aposto explicativo.

Exemplo:

- Meu tio, que era advogado, prestou serviços ao réu.

Sujeito + O.S. Adj. Explicat. + VTDI + OD + OI

- Eu, que não sou perfeito, já cometi alguns erros graves.

Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VTD + OD


- Os idosos, que gostam de dançar, se divertiram muito.

Suj. + O.S. Adj. Explicat. + VI + Adj. Adv.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS

Existem nove tipos de orações subordinadas adverbiais. Esse tipo de


oração age na frase como um advérbio, modificando o sentido de
outras orações e ocupando a função de um adjunto adverbial.

As orações adverbiais são sempre iniciadas por uma conjunção


subordinativa.

São elas:
Causal: designam a causa, o motivo.

Exemplo:

- Ela cantou porque ouviu sua banda favorita.

Comparativa: estabelece uma comparação com a oração principal.

Exemplo:

- Ela andava leve como uma borboleta.

Concessiva: se opõe às idéias expressas pela oração principal.

Exemplo:

- Embora a prova estivesse fácil, demorei bastante para terminar.

Condicional: expressa uma condição para que aconteça aquilo que a


oração principal diz.

Exemplo:

- Caso você não estude, ficará muito ansioso para a prova.

Conformativa: expressam conformidade ou algum tipo de acordo com


a oração principal.

Exemplo:

- Como eu havia te falado, a prova não estava fácil.


Consecutiva: é a conseqüência da oração principal.

Exemplo:

- Comecei o dia tão mal que não consegui me concentrar no trabalho.

Final: indica finalidade, propósito para que acontece a oração principal

Exemplo:

- Não vou fechar os portões da biblioteca, para que você possa fazer sua
pesquisa.

Proporcional: indica proporção.

Exemplo:

- Quanto mais você fumar, mais grave ficará sua doença.

Temporal: localiza a oração principal em um determinado tempo.

Exemplo:

- Quando você voltar sós conversaremos com calma.

BOA SORTE NOS SEUS ESTUDOS !

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