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CURSO DE FILOSOFIA
ANANINDEUA-PA
2023
DARLEY LIMA CARVALHO
ANANINDEUA-PA
2023
A POLÍTICA DE ARISTÓTELES
A REPÚBLICA DE PLATÃO
CAPÍTULO I
Os personagens da obra são o filósofo Sócrates, o rico Céfalo, exemplo da classe rica,
seu filho Polemarco, um fervoroso democrata, Glaucon e Adimanto, irmãos do próprio Platão
e expoentes da aristocracia, e Trasímaco, sofista raivoso e impulsivo, teórico da injustiça como
virtude, todos esses personagens juntam-se para um discussão que é assistida por várias outras
pessoas.
Sócrates narra o seu dia anterior, o diálogo começa com a cena onde ele se encontra com
seus amigos para as festividades de uma deusa, após as festividades quando já estavam
retornando para a cidade foram vistos por Polemarco filho de Céfalo, a permanecerem na
cidade, eles concordam em ficar. Em seguida, seguem para casa de Polemarco, na casa do
mesmo, estavam diversos de seus familiares inclusive o pai de Polemarco chamado Céfalo, já
bastante Idoso.
Sócrates aproveita esse evento e começa a compartilhar sua experiência e a adquirir
mais conhecimentos a partir da experiência de vida de Céfalo. Então ele pergunta a Céfalo
sobre como ele se sente nessa fase atual da vida, Céfalo diz que muitos na velhice sentem
desconfortos e sofrem bastante e culpam a velhice por isso.
Sócrates pergunta se a riqueza é o que o faz suportar tão bem a velhice. Ele responde
que é a tranquilidade com quem encara a sua velhice, fruto de uma vida justa, não de uma vida
de riqueza material, por esse motivo não haveria com que se preocupar com a proximidade de
sua morte.
Nesse momento o discurso começa a girar em torno da temática justiça. Céfalo também
diz a Sócrates que a vida justa consiste em dar a cada um o que ele pertence. Sócrates então
questiona a definição de Céfalo, dando seguinte exemplo: se um amigo emprestar uma arma e
tempos depois tendo se tornado louco a pedisse de volta, seria justo devolver ele a arma mesmo
sabendo que esse amigo poderia tentar contra a própria vida?
Então eles concluem que a justiça não é em todos os casos dar a cada um o que lhe
pertence. O Diálogo segue a partir de então com o filho de Céfalo, este, chama-se Polemarco,
para este, a justiça é fazer bem aos amigos e mal aos inimigos. Sócrates diz que do mesmo jeito
que o calor é dado aquecer e não contrário um homem injusto não deve cometer injustiças.
Segundo Sócrates, não deve pertencer ao conceito de justiça, em nenhuma hipótese a
ideia de prejudicar alguém.
Outra figura entra no diálogo, que é Trasímaco, este profere sua definição de justiça:
“Justo é aquilo que é mais vantajoso para os mais fortes”. Sócrates usando exemplos de um
governante sobre o governo de um cidade o de um médico que está a serviço do doente, ele
quer explicar que a maior vantagem de quem governa é conseguir a quem precise de seus
serviços, ou seja, um está para o outro, ou para o seu oposto.
No decorrer do Diálogo após muita discussão raciocínios, Trasímaco formula sua
segunda definição de justiça para ele: A vida injusta é proveitosa, enquanto a vida justa não é.
Trasímaco também diz que o homem injusto é mais sábio e também prevalece a sua vontade
sobre todos.
Sócrates então segue dando o seguinte exemplo: Do mesmo jeito que o mestre música
não busca prevalecer sobre outro mestre e sim sobre um ignorante em música a fim de ensinar-
lhe, e, tal mestre sendo sábio, do mesmo modo o sábio não quer permanecer sua vontade sobre
seu semelhante, um outro sábio e sim sobre seu oposto, o ignorante.
Sócrates diz então, ironizando Trasímaco, concluindo que como ele mesmo disse, o
homem justo prevalece a sua vontade sobre todos seus semelhante e seu oposto e que o homem
sábio tem a pretensão de prevalecer apenas sobre seu oposto, o ignorante, portanto nessa linha
de raciocínio de Trasímaco, o conhecedor de música é sábio e o sábio é assumido por ambos
como sendo bom e por isso consequentemente, justo, e como justo, prevalece apenas sobre o
seu oposto, o injusto.
Na fala de Trasímaco, o justo acaba por ser bom e sábio e o injusto, mal e ignorante.
Após esse exemplo, Sócrates segue com outro exemplo tomando a figura de ladrões que passam
a ser injustos, dificilmente eles iriam conseguir êxitos em suas conquistas, por outro lado, atos
bons levariam a conquistas, criando cooperação e amizade.
O diálogo segue então em outra linha de compreensão, tomando exemplos das partes do
corpo em que cada um possui uma função específica, para eles a alma também tem a sua função
de ser virtuosa, e o fato de não ser, só pode ser um defeito, da mesma maneira que um ouvido
que não escuta é defeituoso.
Ser virtuoso, no exemplo de Sócrates é viver bem. Por outro lado o homem que não vive
a virtude é mal e infeliz. Sócrates conclui dizendo que ainda não definiu o que é justiça. Essa
discussão é tomada no livro seguinte.
ARISTÓTELES, A Política. Trad. De Nestor Silveira Chaves. 2ª ed. Bauru, SP: Edipro, 2009.
PLATÃO. A República. Tradução de Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2006. Disponível em:
http://www.eniopadilha.com.br/documentos/Platao_A_Republica.pdf Acesso em 10 mar 2023.
PLATÃO. As Leis: Incluindo Epinomis. Tradução de Edson Bini. Bauru, SP: Edipro, 2ª ed.
Vol.1, 2010. Disponível em: https://www.baixelivros.com.br/ciencias-humanas-e-
sociais/filosofia/as-leis Acesso em: 15 mar 2023.