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Conjunção
Por Guilherme Viana

Conjunções formam a classe de palavras que


estabelecem relações de sentido entre
elementos da oração. Podem ser classificadas
como coordenativas ou subordinativas.

As conjunções são classificadas de acordo com a relação


que estabelecem entre os elementos que elas conectam.

As conjunções formam a classe de palavras


cuja função é ligar termos, elementos ou
orações, estabelecendo uma relação que pode
ser de dependência (no caso das conjunções
coordenativas) ou de independência (no caso
das conjunções subordinativas). Essa relação
também estabelece diversos sentidos entre os
elementos conectados, os quais variam de
acordo com o contexto.

Veja também: Quais são os termos acessórios


da oração?

Resumo sobre conjunção


As conjunções têm a função de ligar
palavras, elementos ou orações em um
mesmo período, estabelecendo relação de
sentido entre eles, que varia de acordo com o
contexto.
Elas são classificadas em conjunções
coordenativas e conjunções subordinativas.
As conjunções coordenativas ligam
elementos independentes entre si e são
subdivididas em outras cinco classificações:
aditivas, adversativas, alternativas,
conclusivas e explicativas.
As conjunções subordinativas ligam
elementos dependentes entre si, havendo
uma oração principal e uma oração
subordinada. Elas podem ser subdivididas
entre conjunções subordinativas adverbiais e
conjunções subordinativas integrantes.
As conjunções subordinativas adverbiais têm
nove subclassificações: causais,
comparativas, concessivas, condicionais,
conformativas, consecutivas, finais,
proporcionais e temporais.
As locuções conjuntivas ocorrem quando
duas ou mais palavras juntas exercem função
de conjunção.

Videoaula sobre conjunções

Conjunções - Brasil Escola

O que é conjunção?
A conjunção é uma classe de palavras que
servem de ligação entre elementos de uma
sentença, sejam eles termos de uma mesma
oração ou orações de um mesmo período. As
conjunções servem de ponte entre esses
elementos, dando mais fluidez ao enunciado.
Observe:

“Nós chegamos de manhã. Nós fomos embora


de noite.”

“Nós chegamos de manhã e fomos embora de


noite.”

Nesse exemplo, a conjunção “e” conecta duas


orações em um mesmo período, estabelecendo
entre elas uma relação de adição no enunciado:
além de terem chegado de manhã, foram
embora de noite. Note que são orações
independentes entre si, que são
compreensíveis uma sem a outra. Então, são
orações coordenadas, e a conjunção que as
conecta é coordenativa.

Leia este outro caso:

“Nós chegamos de manhã, apesar de termos


saído atrasados.”

Aqui, há duas palavras exercendo função de


conjunção, ou seja, ligando duas orações.
Nesse caso, ocorre uma locução conjuntiva.
Também é possível perceber que a segunda
oração não faria sentido se não estivesse
acompanhada da primeira.

Assim, a segunda oração é dependente da


primeira para ter sentido. A primeira oração é
chamada de oração principal, e a segunda, de
oração subordinada. A conjunção que as
conecta é subordinativa.

Leia também: Frase, oração e período — qual a


diferença?

Qual é a classificação das


conjunções?
As conjunções são classificadas de acordo
com o grau de dependência existente entre
os termos ligados por elas, de modo que as
conjunções coordenativas ligam termos
independentes entre si e as conjunções
subordinativas ligam termos dependentes entre
si. Essas classificações, por sua vez, possuem
subclassificações.

→ Conjunções coordenativas
As conjunções coordenativas ligam palavras e
orações que são independentes entre si, ou
seja, estão no mesmo nível de hierarquia e são
completamente compreensíveis uma sem a
outra. Essas conjunções têm cinco
subclassificações, de acordo com o sentido que
estabelecem entre os elementos que ligam:

Conjunções coordenativas aditivas

Conjunções coordenativas aditivas


estabelecem relação de adição (positiva ou
negativa). As principais conjunções
coordenativas aditivas são “e”, “nem” e
“também”.

Exemplos:

“No safári, vimos girafas, leões e zebras.”

“Ela ainda não chegou, nem sabemos quando


vai chegar.”

Conjunções coordenativas adversativas

Conjunções coordenativas adversativas


estabelecem relação de oposição. As
principais conjunções coordenativas
adversativas são “mas”, “porém”, “contudo”,
“todavia”, “entretanto”.

Exemplos:

“Havia flores no jardim, mas estavam


murchando.”

“Era inteligente e bom com palavras,


entretanto, estava nervoso na prova.”

Saiba mais: Vírgula entre as orações


coordenadas — como se dá seu uso?

Conjunções coordenativas alternativas

Conjunções coordenativas alternativas


estabelecem relação de alternância. As
principais conjunções coordenativas
alternativas são “ou”, “ou ... ou”, “ora... ora”,
“talvez... talvez”.

Exemplos:

“Pode ser que o resultado saia amanhã ou


depois.”

“Ora queria viver ali para sempre, ora queria


mudar de país.”

Conjunções coordenativas conclusivas

Conjunções coordenativas conclusivas


estabelecem relação de conclusão. As
principais conjunções coordenativas
conclusivas são “portanto”, “então”, “assim”,
“logo”.

Exemplos:

“Não era bem remunerada, então decidiu trocar


de emprego.”

“Penso, logo existo.”

Conjunções coordenativas explicativas

Conjunções coordenativas explicativas


estabelecem relação de explicação. As
principais conjunções coordenativas
explicativas são “porque”, “pois”, “porquanto”.

Exemplos:

“Quisemos viajar porque não conseguiríamos


descansar aqui em casa.”

“Não trouxe o pedido, pois não havia ouvido.”

Videoaula sobre as conjunções


coordenativas

→ Conjunções subordinativas
As conjunções subordinativas ligam termos que
não têm o mesmo nível hierárquico, de modo
que geralmente existe uma oração principal e
uma oração subordinada à principal. A oração
subordinada isolada não possui sentido
completo, dependendo da oração principal para
fazer sentido.

Dessa forma, as conjunções subordinativas


ligam duas orações, porém uma depende da
outra. A partir do sentido que estabelece entre
as duas, a conjunção subordinativa pode ser
subclassificada em adverbial ou integrante.

Conjunções subordinativas adverbiais

As conjunções subordinativas adverbiais


introduzem orações subordinadas a orações
principais, traduzindo uma ideia de
circunstância entre elas. Há nove
subclassificações entre essas conjunções.

• Causais: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de causa, motivo. As
principais conjunções subordinativas adverbiais
causais são “porque”, “como”, “que”.

Exemplos:

“Como não tinha dinheiro, desistiu do


presente.”

“Teve as melhores fotos porque esperou o


entardecer.”

• Consecutivas: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de consequência. As
principais conjunções subordinativas adverbiais
consecutivas são “que”, “de modo que”, “de
forma que”.

Exemplos:

“Arrumou-se muito, de modo que era o mais


bonito da festa.”

“Viajava muito ao redor do mundo, de maneira


que sentia necessidade de aprender novos
idiomas.”

• Comparativas: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de comparação em
relação à oração principal. As principais
conjunções subordinativas adverbiais
comparativas são “como”, “(tal) qual”, “(tanto)
quanto”.

Exemplos:

“Era forte como um touro.”

“Cantava lindamente, tal qual sua mãe.”

• Conformativas: iniciam orações


subordinadas estabelecendo relação de
conformidade. As principais conjunções
subordinativas adverbiais conformativas são
“conforme”, “segundo”, “consoante”.

Exemplos:

“As mudanças foram implementadas conforme


a maioria havia decidido.”

“Executou todas as ações segundo constavam


no manual.”

• Concessivas: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de concessão. As
principais conjunções subordinativas adverbiais
concessivas são “apesar de”, “embora”, “ainda
que”.

Exemplos:

“Ainda que saibamos chegar lá, não temos


como nos locomover.”

“Fui mal na prova, embora tenha estudado


muito.”

• Condicionais: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de condição em
relação a outra oração. As principais
conjunções subordinativas adverbiais
condicionais são “se”, “caso”, “desde que”.

Exemplos:

“Deixo de me intrometer se você prometer que


vai buscar ajuda.”

“Caso esfrie, use este casaco.”

• Proporcionais: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de proporção. As
principais conjunções subordinativas adverbiais
proporcionais são “à medida que”, “quanto
mais... mais”, “quanto menos... menos”, “tanto
quanto”.

Exemplos:

“Parece até que, quanto menos você sabe,


menos você sofre.”

“À medida que nos aproximávamos, o lugar


ficava mais encantador!”

• Finais: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de finalidade. As
principais conjunções subordinativas adverbiais
finais são “a fim de que”, “para que”.

Exemplos:

“Passaremos a emitir informes regulares, a fim


de que todos se cuidem.”

“Para não perder a viagem, aproveitei e trouxe


também suas encomendas.”

• Temporais: iniciam orações subordinadas


estabelecendo relação de tempo. As principais
conjunções subordinativas adverbiais
temporais são “quando”, “enquanto”, “logo
que”.

Exemplos:

“Enquanto ela não me avisar, eu não vou


conseguir dormir.”

“Estaremos aí assim que chegarmos!”

Saiba mais: Advérbio — classe de palavras que


modificam verbos, adjetivos e outros advérbios

Conjunções subordinativas integrantes

As conjunções subordinativas integrantes


introduzem orações subordinadas que
exerçam função de substantivo no
enunciado (as chamadas orações
subordinadas substantivas). As conjunções
subordinativas integrantes são “que” e “se”.

Exemplos:

“Veja se a comida já esfriou.” (“Veja a


temperatura da comida.”)

“Pedi que me devolvesse o pote!” (“Pedi a


devolução do pote.”)

Videoaula sobre as conjunções


subordinativas

O que são locuções


conjuntivas?
As locuções conjuntivas ocorrem quando
duas ou mais palavras juntas exercem
função de conjunção. Muitas vezes, são
conjunções acompanhadas de preposições e
pronomes relativos. “Para que”, “desde que”,
“apesar de”, “no entanto”, “por mais que” são
apenas alguns dos diversos exemplos de
locuções conjuntivas.

Exercícios resolvidos sobre


conjunções
Questão 1

(Cesgranrio)

A conjunção/locução conjuntiva entre


parênteses que NÃO expressa a mesma relação
de sentido da conjunção/locução conjuntiva
destacada é:

A) “assim como não estamos aqui,” (L. 5-6) —


(bem como)

B) “...quando procuramos estar com alguém,”


(L. 8) — (sempre que)

C) “...porque gostamos,” (L. 9-10) — (ao passo


que)

D) “...para que elas venham até você.” (L. 25) —


(a fim de que)

E) “mas quem estava procurando por você!” (L.


27-28) — (porém)

Resolução:

Alternativa C

A conjunção “porque” estabelece relação de


causa, enquanto a locução conjuntiva “ao passo
que” estabelece relação de proporção.

Questão 2

(Faurgs)

Assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as


afirmações a seguir.

( ) O porém (l. 08) é uma conjunção conclusiva.

( ) O e (l. 11) é uma conjunção consecutiva.

( ) O Por que (l. 13) é uma conjunção


explicativa.

A sequência correta de preenchimento dos


parênteses, de cima para baixo, é

A) V – V – V.

B) F – F – V.

C) F – V – F.

D) V – V – F.

E) F – F – F.

Resolução:

Alternativa E

Todas são falsas: “porém” é uma conjunção


adversativa, expressando oposição; “e” é uma
conjunção aditiva, expressando adição; “por
que” não é uma conjunção, e sim a junção entre
uma preposição (por) e um pronome
interrogativo (que).

Aproveite para conferir as


nossas videoaulas relacionadas
ao assunto:

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