❑ No trecho, as orações do período: “Escrevo minhas músicas, tenho minhas próprias ideias, ajudo com minhas roupas” Veja que aparecem justapostas, sem nenhuma conjunção para estabelecer uma relação entre elas.
Como as orações estão coordenadas entre si, mas essa coordenação
não é feita com o auxílio de uma conjunção coordenativa, dizemos que essas orações são coordenadas assindéticas. Coordenadas assindéticas São as orações que se encadeiam sem a presença de uma conjunção. Aparecem justapostas, separadas por vírgulas. Orações coordenadas sindéticas Em muitos casos, a coordenação das orações é feita por meio de conjunções coordenativas, observe o exemplo:
Para expressar a oposição no último quadrinho, Arnaldinho faz uso de
duas orações coordenadas (período com dois verbos) que são relacionadas por meio da conjunção MAS OBSERVE Ele ia atravessar a estrada, mas não tinha passagem de fauna.
Oração coordenada Oração coordenada
assindética sindética adversativa.
A primeira oração, que não apresenta conjunção, é assindética. A segunda,
introduzida pela conjunção adversativa mas, é sindética. ORAÇÃO COORDENADA SINDÉTICA São as orações coordenadas que vêm articuladas umas às outras por meio de conjunções coordenativas. Nesse caso, as orações, dependendo dos conectivos, podem ser: 1. Aditivas. 2. Adversativas. 3. Alternativas. 4. Conclusivas. 5. Explicativas. Ligadas por Sindéticas conjunções coordenativas Orações coordenadas Ligada por Assindéticas vírgulas Orações coordenadas sindéticas aditivas Quando se está diante de uma série de orações coordenadas dispostas de modo a dar ideia de uma sequência ou adição de fatos ou acontecimentos, sem que entre elas se estabeleça alguma outra relação de sentido. Exemplos: Chegamos à praia e nadamos. Não faz nem deixa ninguém fazer. Gosta de ficar em casa, como também gosta de sair. Orações coordenadas sindéticas aditivas As conjunções coordenativas aditivas que tipicamente explicitam a relação sequencial entre as coordenadas são e (para as sequências afirmativas) e nem (para as sequências negativas). Orações coordenadas sindéticas adversativas Quando, entre as orações coordenadas de um mesmo período, o conteúdo da segunda oração opõe-se àquilo que se declara na primeira, estabelecendo-se uma ideia de contraste ou compensação, diz-se que a estrutura é do tipo adversativo. Exemplos: Eles queriam sair, porém estava chovendo. Seu mau feitio, no entanto, deixou todos desanimados. Orações coordenadas sindéticas adversativas A conjunção coordenativa adversativa típica é mas. Esse tipo de relação pode também ser expresso pelas conjunções e locuções coordenativas adversativas porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto, não obstante. Orações coordenadas sindéticas alternativas Ligam orações ou palavras, expressando ideia de alternância ou escolha, indicando fatos que se realizam separadamente. Exemplos: Ora gosta de vestidos, ora gosta de sapatos. Fale agora ou cale-se para sempre. Vou falar com ele, quer você queira, quer não. Orações coordenadas sindéticas conclusivas Quando, dada uma sequência de orações coordenadas, verifica-se que a segunda expressa uma conclusão baseada no conteúdo da primeira, tem-se uma coordenação do tipo conclusivo. Exemplos: São adolescentes, logo irão namorar. Cheguei atrasada, portanto terei que aguardar que me chamem novamente. João está chorando; está, POIS, triste.
São elas: logo, pois (depois do verbo), portanto,
por conseguinte, por isso, assim Orações coordenadas sindéticas explicativas Quando uma oração coordenada fornece uma explicação para aquilo que se afirma em uma oração anterior, diz-se que a coordenação é do tipo explicativo. Ex.: Cristina já deve estar em casa, porque a correspondência não está na portaria. Ele está triste, POIS está chorando… ❑ Os conectivos que coordenam as orações explicativas são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, porque, que, pois (antes do verbo). vocês não precisam abandonar seus sonhos... ... porque seus sonhos abandonarão vocês.”
Oração coordenada Oração coordenada
assindética sindética explicativa Orações coordenadas sindéticas explicativas e orações subordinadas adverbiais causais É difícil estabelecer uma diferença entre as orações coordenadas sindéticas explicativas e as orações subordinadas adverbiais causais. A dificuldade decorre da semelhança entre a relação semântica estabelecida nos dois casos. Nem sempre conseguimos diferenciar com facilidade uma explicação para um fato da causa desse fato. Observe Como a oração subordinada adverbial causal equivale a um adjunto adverbial (o que não acontece com as sindéticas explicativas), deve-se tentar substituir a oração desenvolvida iniciada com as conjunções que, pois, porque por outra equivalente, com o verbo no Infinitivo, introduzida pela preposição por. Se isso for possível, sem forçar o sentido da oração, trata-se de uma subordinada adverbial causal. Veja: A criança chorava porque não via a mãe a seu lado. A criança chorava por não ver a mãe a seu lado