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GRAMÁTICA

Emprego das Classes Gramaticais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
GRAMÁTICA
Emprego das Classes Gramaticais

Sumário
Fernando Moura

Emprego das Classes Gramaticais............................................................................................... 3


Substantivo (Palavra Nuclear).. .................................................................................................... 5
Artigo.................................................................................................................................................. 7
Adjetivo.............................................................................................................................................. 8
Numeral............................................................................................................................................. 11
Pronome............................................................................................................................................12
Verbo (Palavra Nuclear)................................................................................................................15
Advérbio............................................................................................................................................16
Preposição....................................................................................................................................... 18
Conjunção.........................................................................................................................................19
Exercícios......................................................................................................................................... 23
Gabarito.............................................................................................................................................61

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Fernando Moura

EMPREGO DAS CLASSES GRAMATICAIS


Bom saber que você está animado(a)! Seja bem-vindo(a) à AULA 1!
Para iniciarmos nosso curso, faremos um pequeno teste. Leia o texto a seguir para respon-
der às questões propostas.

Há muito se converteram em rotina as falhas nos mecanismos de controle sobre a execução


de programas governamentais destinados a parcelas específicas da população. Antes foi o
Fome Zero, atacado por desvios de finalidades, inclusão de clientela de satisfatória situação
econômica e fraudes na distribuição dos recursos. Depois, o mesmo ocorreu com o Bolsa
Escola. E ainda é cedo para acreditar que, em ambas as iniciativas, não ocorram disfunções
graves. Ao quadro desalentador veio juntar-se agora a revelação de que há milhões de alunos
fantasmas matriculados no ensino básico.
(Correio Braziliense)

001. (CEBRASPE) Julgue os itens seguintes.


(1) Nas linhas 1 e 2, os vocábulos “rotina”, “falhas”, “mecanismos” e “controle” são classifica-
dos, morfologicamente, como substantivos.
(2) No trecho “... programas governamentais destinados a parcelas específicas da população”
(linhas 2 e 3), registraram-se duas ocorrências do artigo definido “a”.
(3) Em “clientela de satisfatória situação econômica” (linha 5), o substantivo “situação” é ca-
racterizado por dois adjetivos.
(4) No trecho “E ainda é cedo para acreditar que, em ambas as iniciativas, não ocorram dis-
funções graves”, do ponto de vista da morfologia, os vocábulos destacados classificam-se,
respectivamente, como preposição, conjunção, numeral, advérbio, verbo e adjetivo.
(5) Em “... há milhões de alunos fantasmas matriculados no ensino básico”, o substantivo “fan-
tasmas” é empregado com valor adjetivo e caracteriza um processo de formação de palavras
denominado derivação imprópria.

O que você achou das questões?

(1) Certo. Os vocábulos destacados nomeiam elementos presentes no universo e, por isso, são
substantivos. Destaco que, em “mecanismos de controle”, a locução adjetiva “de controle” é
formada pela preposição “de” e o substantivo “controle”, que, juntos, têm valor de “controlado-
res”. Entendeu?
(2) Errado. A primeira ocorrência da forma “a” é preposição exigida pelo adjetivo participial
“destinados” (destinados a quê?). O substantivo “parcela” exigiria o artigo “as”. Na forma “da”,
há a contração da preposição “de” com o artigo “a”, que acompanha o substantivo “população”.
(3) Certo. Os adjetivos “satisfatória” e “econômica” caracterizam o substantivo “situação”.
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(4) Certo. No decorrer deste capítulo, você revisará o conceito de cada classe gramatical.
(5) Certo. De fato, o vocábulo “fantasmas” exerce a função própria de substantivo, como no
seguinte exemplo: “Os fantasmas sempre me incomodaram”. No texto apresentado, o vocábu-
lo “fantasmas” passa a exercer a função imprópria de adjetivo, já que caracteriza o substanti-
vo “alunos”.
Certo/Errado/Certo/Certo/Certo.

O texto I tem caráter unicamente motivador. Você se recorda de todas as categorias gramati-
cais? Lembre-se de que, a partir de agora, você terá de dominar a estrutura morfossintática do
texto e toda a sua organização semântica.

De acordo com a Nomenclatura Gramatical Brasileira, são dez as CLASSES GRAMATICAIS,


embora a interjeição, vocábulo-frase, fique, na verdade, excluída dessa relação. Observe.
• I – Variáveis:
− Substantivo,
− Artigo, Adjetivo,
− Numeral, Pronome,
− Verbo.
• II – Invariáveis:
− Advérbio,
− Preposição,
− Conjunção.

A interjeição também é invariável.

O que é a Nomenclatura Gramatical Brasileira?


A nomenclatura gramatical foi organizada por comissão de professores designada pelo Minis-
tério da Educação e Cultura, em abril de 1957. Entrou em vigor nas escolas a partir do ano letivo
de 1959. Também acho que já está na hora de promoverem uma atualização dela!

ARTICULAÇÕES MORFOSSINTÁTICAS QUE VOCÊ DEVERÁ SEM-


PRE LEMBRAR:
a. Função básica: verbo (transitivo ou intransitivo);
b. Funções relacionais (conectivos): conjunção, preposição, ver-
bo de ligação;
c. Funções estruturais: substantivo, adjetivo, artigo, pronome, nu-
meral, advérbio;
Funções estilísticas: interjeição e palavras denotativas.

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Vejamos, com cuidado, a função morfológica, semântica (sentido, significação) e sintática


de cada palavra.

Substantivo (Palavra Nuclear)


Do ponto de vista semântico, o substantivo é a palavra que denomina os seres em geral.

Morfossintaxe

O substantivo (ou palavra com valor substantivo) funcionará sempre como núcleo dos ter-
mos. Observe os exemplos seguintes.

Nossos ídolos ainda são os mesmos. (núcleo do sujeito)


Encontramos os livros na estante. (núcleo do objeto direto)
Todos carecem de respeito. (núcleo do objeto indireto)
As informações são úteis ao povo. (núcleo do complemento nominal)
As estrelas pareciam grandes olhos azuis. (núcleo do predicativo do sujeito)
A criança foi avistada pelo diretor. (núcleo do agente da passiva)
Naquela tarde, lembrei-me dos bons momentos. (núcleo do adjunto adverbial)

Todos os vocábulos destacados são, morfologicamente, substantivos e, do ponto de vista


sintático, são núcleos dos termos em que se inserem.

002. (CEBRASPE) A internet tem o potencial de facilitar o consumo de pornografia infantil, es-
palhando material por todo o planeta, e na América Latina ocorre grande parte da faceta mais
sensível dessa conduta: a necessária produção de materiais pornográficos, os quais muitas
vezes são registro de delitos sexuais de altíssima gravidade. Progressivamente, os instrumen-
tos de repressão do Estado começam a tentar conter esse fluxo, porém com insuficiente eficá-
cia: a persecução a esse tipo de delito demanda alto grau de conhecimento desse verdadeiro
submundo, que é, ao mesmo tempo, hermético e fluido. Quer pelo modo de ação dos consu-
midores e alimentadores de pornografia, quer pelos sofisticados meios informáticos de que se
utilizam, os filtros comuns de internet são impotentes para levar as autoridades aos chamados
“clubes” de pornografia infantil. A delação premiada, mesmo com todos seus dilemas éticos,
transforma-se em instrumento imprescindível para romper essa cadeia de consumo.
(Víctor Gabriel Rodríguez e Carolina Christofoletti, Revista Consultor Jurídico, julho de 2020.)
Assinale a opção cujo termo destacado está, do ponto de vista sintático, classificado in-
corretamente:
a) “... espalhando material por todo o planeta...” – objeto direto

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b) “... na América Latina ocorre grande parte da faceta mais sensível dessa conduta” – ob-
jeto direto
c) “... os quais muitas vezes são registro de delitos sexuais de altíssima gravidade” – sujeito
d) “... os instrumentos de repressão do Estado começam a tentar conter esse fluxo” – sujeito

Observe a ordem direta: “... grande parte da faceta mais sensível dessa conduta ocorre na
América Latina”. O termo destacado é, sintaticamente, sujeito de “ocorre”.
Letra b.

Quando comandos de questões tratarem do paralelismo sintático, os termos destacados deve-


rão exercer a mesma função sintática.
Há paralelismo sintático no que concerne aos substantivos destacados no texto abaixo:
“A moça entrou e viu o corpo estendido no chão. Ela não esperava viver essa situação.”
(Ambos exercem a função sintática de OBJETO DIRETO, respectivamente, dos verbos “viu”
e “viver”)

Relembremos, também, a classificação dos substantivos.


• a) Comum – designa todos os seres de uma mesma espécie. Ex.: mesa, porta;
• b) Próprio – designa um determinado ser de uma espécie. Ex.: Fortaleza, Código Civil;
• c) Concreto – indica os nomes de lugares, pessoas, animais e coisas (extrínsecos a
nós). Ex.: Deus, livro;
• d) Abstrato – indica qualidades (ex.: beleza), sentimentos (ex.: amor), sensações (ex.:
dor), ações (ex.: análise) ou estados (ex.: morte);
• e) Primitivo – é o substantivo que não nasce de outra palavra. Ex.: rio, alma, saudade;
• f) Derivado – é o substantivo que se forma a partir de outra palavra. Ex.: velocidade (de-
rivado de “veloz”), análise (derivado ou cognato de “analisar”);
• g) Simples – formado por uma só palavra. Ex.: noite, sol, praça, Deus;
• h) Composto – formado por mais de uma palavra. Ex.: girassol, beija-flor, mandachuva;
• i) Coletivo – indica uma reunião, uma coleção de seres de uma mesma espécie. Ex.:
acervo (obras de arte); bando (aves, crianças).

Chamam-se substantivos abstratos aqueles que designam como seres determinadas noções,
estados e qualidades. De um papel, de um pano, de uma nuvem, abstrai-se a ideia de brancura.
Brancura é, assim, um substantivo abstrato. Da ideia de morrer, tira-se a ideia de morte. Os
substantivos concretos, por sua vez, designam os seres propriamente ditos, ou seja, os nomes
de pessoas, de lugares, de um gênero, de uma espécie: mulher, cão, Câmara, vila, João, Ilhéus.

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Todo verbo apresenta uma forma que pode ser usada substantivamente: é o infinitivo. Em-
bora haja o substantivo “queda”, pode-se dizer também “o cair da tarde”. Não são raros os infi-
nitivos encontrados mais como substantivos: o vagar, o volver.
Estudemos, também, os substantivos quanto ao gênero.
Gêneros:
• 1. masculino: advogado, homem, elefante;
• 2. feminino: advogada, mulher, elefanta;

Fácil. Mas alguns substantivos têm um único gênero: são os substantivos uniformes:
• 1. Comum de dois gêneros (o balconista / a balconista / o gerente / a gerente);
• 2. Epiceno (baleia macho / baleia fêmea);
• 3. Sobrecomum (a vítima / a testemunha / a criança)+

Quanto ao número, o substantivo pode ser:


• 1. singular: pedra, mar, prova, caráter;
• 2. plural: pedras, mares, provas, caracteres.

E quanto ao grau, Fernando Moura?

• 1. Aumentativo analítico (mais de uma palavra): casa – casa enorme;


• 2. Aumentativo sintético (uma palavra): casa – casarão;
• 3. Diminutivo analítico (mais de uma palavra): casa – casa pequena;
• 4. Diminutivo sintético (uma palavra): casa – casinha / casebre.

Essas informações iniciais são importantes para avançarmos em nossos estudos. Tudo
claro até agora?

Artigo
É a palavra que se coloca antes do substantivo para determiná-lo (ou indeterminá-lo) e
também para indicar-lhe o gênero e o número.

Morfossintaxe

O artigo, como acompanha o nome, será sempre adjunto adnominal.

O jagunço trouxe um animal.


No Brasil, todos desconfiam dos políticos.

O artigo sempre concorda em gênero (masculino/feminino) e número (singular/plural) com o


substantivo a que se refere.

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Artigos definidos: O, A, OS, AS.


Artigos Indefinidos: UM, UMA, UNS, UMAS.

Substantivação

Toda palavra ou expressão que apresentar artigo antes de si passa a ser considerada subs-
tantivo. Esse processo, relembro, é o que se chama substantivação ou derivação imprópria.
Veja o exemplo.

O sonhar é importante.
(Classe gramatical: SUBSTANTIVO/ Função sintática: NÚCLEO DO SUJEITO)

1. Além de suas formas simples, os artigos definidos apresentam formas em que se combinam
com as preposições a, de, em, por, o que dá origem a ao, do, nas, pelos e outras combinações.
2. Quando o artigo definido feminino (a, as) se combina com a preposição a, forma-se a crase,
encontro de duas vogais idênticas, escritas uma ao lado da outra no português arcaico (aa) e
hoje representadas com um acento grave (à): Elas chegaram cedo à cidade.
3. Os artigos indefinidos combinam-se com as preposições em e de, o que dá origem a num,
numa, nuns, numas, dum, duma e outras combinações.
4. Antes de nomes próprios de pessoa, a presença do artigo é de uso coloquial e familiar: “O
João está?”, “A Maria já foi embora”, o que dá também conotação de informalidade o uso do
artigo anteposto aos adjetivos possessivos, como em o meu pai, a nossa menina. Em contra-
partida, a omissão do artigo, nesses casos, dá à frase um toque de elegância.
5. Também se omite o artigo antes de certas expressões de tratamento, antes de palavras
como terra e bordo quando usadas como antônimos (Os passageiros vieram de bordo para
terra) e antes da palavra casa, quando não se refere a uma moradia específica (Chegou cedo a
casa). Alguns nomes de cidade são empregados com artigo (o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto;
opcionalmente, o Recife).

Animado(a) ainda? Mãos à obra!

Adjetivo
É a palavra que acompanha o substantivo para indicar as qualidades ou características
desse substantivo.

Morfossintaxe

O adjetivo pode funcionar como adjunto adnominal ou nome predicativo. Estudaremos


esses detalhes com mais profundidade nas próximas aulas. Não se preocupe. Por ora, analise
cuidadosamente os seguintes períodos.

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1. O progresso material não acontece repentinamente. (Adjunto adnominal)


2. Nossos sonhos parecem impossíveis. (Predicativo do sujeito)
3. Considero sua atitude infantil. (Predicativo do objeto)

A função de predicativo também pode ser exercida pelo substantivo.

A comunicação (sujeito) é (verbo de ligação) uma necessidade vital.


(Classe gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: NÚCLEO DO PREDICATIVO DO SUJEITO)

É importante também dominar a locução adjetiva (e não a confundir com outro termo pre-
posicionado que funciona como complemento nominal).
A locução adjetiva é toda expressão (em geral formada de preposição + substantivo) que
exerce função de adjetivo, isto é, caracteriza o substantivo. Sintaticamente, funciona como
adjunto adnominal.

O sonho de criança me emociona. (de criança = pueril, infantil)

Fique, também, atento(a) à substantivação do adjetivo. É bastante comum a utilização do


adjetivo como substantivo. Esse fato ocorre quando, antes do adjetivo, coloca-se um artigo.

Os desobedientes devem ser punidos.


(Classe gramatical: SUBSTANTIVO./ Função sintática: NÚCLEO DO SUJEITO)

Estudemos as flexões do adjetivo.


1. Gêneros:
• masculino: novo, franco;
• feminino: nova, franca.

2. Números:
• singular: útil, lenta;
• plural: úteis, lentas.

É bom demais estudar a língua!


3. Graus:
• comparativo

a) de inferioridade

Ele é menos MAGRO que você.

b) de igualdade

Ele é tão MAGRO quanto você.


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c) de superioridade (analítico e sintético)

Seu pai é mais experiente (analítico) que o meu.


Suas dificuldades são menores (sintético) que as minhas.

(Lembre-se de que “menores” corresponde a “mais pequenas” – em desuso –; por isso


fala-se em grau de superioridade).
• superlativo

a) relativo de superioridade (analítico e sintético)

Ela é a mais bela das moças.


Ele recebeu o maior dos elogios.

b) relativo de inferioridade

Aquela moça era a menos simpática de todas.

c) absoluto analítico

Aquele artista era muito negro.

d) absoluto sintético

Aquele artista era nigérrimo.

1. Reforçando, o adjetivo diz-se substantivado quando, antecedido de um determinativo (ge-


ralmente um artigo), não funciona como termo determinante de nenhum substantivo: o de-
sagradável da situação (compare com “uma situação desagradável”, em que “desagradável”
funciona como adjetivo).
2. O adjetivo pode ser substituído por palavras ou expressões de outra classe gramatical, bem
como por orações:
O rio gigante (substantivo em função de adjetivo);
A poltrona sem comodidade (locução formada por preposição + substantivo, substituível por
“incômoda”);
A escrita que não se consegue ler (oração de valor adjetivo, equivalendo a “ilegível”).
3. Os adjetivos que se referem a continentes, países, regiões, estados, cidades, províncias, vilas
e povoados denominam-se pátrios (europeu, alemão, amazônico, paraense, campista, minhoto
etc.); os que se aplicam a raças ou povos, denominam-se gentílicos (latino, germânico). Os
sufixos –ês ou -ense, -ão ou –ano são os mais usados para a formação de adjetivos pátrios e

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gentílicos. Nos adjetivos pátrios compostos, o primeiro elemento assume forma alatinada, em
geral reduzida: anglo-germânico, austro-húngaro, euro-asiático, franco-italiano, greco-latino,
hispano-americano, indo-europeu, ítalo-suíço, galaico-português, luso-brasileiro, sino-soviético.

003. (FGV) “... e os atrasos na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação econô-
mica e financeira para apenas 1,6% neste ano”; se juntássemos os adjetivos sublinhados em
forma de adjetivo composto, a forma correta, no contexto, seria:
a) econômica-financeira.
b) econômico-financeira.
c) econômicas-financeiras.
d) econômico-financeiras.
e) econômico-financeiro.

Na formação do adjetivo composto com base na junção de dois adjetivos, somente o último
varia em gênero e em número. Portanto, “recuperação econômica e financeira” corresponde a
“recuperação (singular) econômico-financeira (singular)”.
Letra b.

Entendeu? Faça um gesto positivo, por favor! Logo, com o domínio da língua, você será
uma pessoa “insuportável”!

Numeral
É toda palavra que indica quantidade, número de ordem, múltiplo ou fração.

Ele venceu cinco partidas. (quantidade)


Não teremos a sexta aula.(ordem)
Ele gastou o cêntuplo que você. (múltiplo)
Dois terços das pessoas vieram. (fração)

Morfossintaxe

Numeral substantivo (substitui o substantivo) = núcleo dos termos.


Numeral adjetivo (acompanha o substantivo) = adjunto adnominal.

Os dois devem procurar a tesouraria. (Núcleo do sujeito)


Os três navios naufragaram. (Adjunto adnominal)

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• Numerais cardinais: indicam uma quantidade de seres.

Ele conhece os sete pecados capitais.

• Numerais ordinais: indicam a posição que um determinado ser ocupa em uma sequên-
cia, em uma série.

O Brasil é considerado a oitava potência mundial?

• Numerais multiplicativos: indicam o aumento proporcional da quantidade.

Teremos o triplo de ações no próximo semestre.

• Numerais fracionários: indicam a divisão proporcional da unidade.

Três centésimos de professores estão insatisfeitos.

Caro(a) aluno(a), fique atento(a) à leitura dos numerais!


Na indicação de reis, papas, séculos, capítulos e outros, sempre que o numeral vier depois
do substantivo, deve-se usar os ordinais até dez (primeiro, segundo,... décimo) e a partir daí
deve-se usar os cardinais (onze, doze, etc).

Século III (terceiro), século XI (onze), capítulo X (décimo), Carlos V (quinto).

1. Figuradamente, o numeral pode expressar número indeterminado, como, por exemplo, na


frase: “Já lhe disse isso mais de mil vezes.”
2. Em datas, quando se trata do primeiro dia do mês, registre-se o ordinal: primeiro de janeiro
(e não um de janeiro).

Estudemos, agora, uma classe gramatical importantíssima, por constituir o principal ele-
mento de coesão textual.

Pronome
É a palavra que acompanha ou substitui o substantivo.

Morfossintaxe

Pronome substantivo (substitui o nome): núcleo dos termos.


Pronome adjetivo (acompanha o nome): adjunto adnominal.

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Todos lhe disseram a verdade. (Núcleo do sujeito e núcleo do objeto indireto, respectivamente)
Nossos assessores entregaram aquele relatório. (Adjuntos adnominais)

Cuidado: o PRONOME RELATIVO pode exercer diferentes funções sintáticas. Observe.


1. O pintor apresentou os quadros que estavam sobre a mesa. (O pronome relativo que
(= os quais) substitui o antecedente “quadros” e tem função sintática de SUJEITO do verbo
“estavam”)
2. O pintor apresentou os quadros que você comprou. (O pronome relativo que (= os quais)
substitui o antecedente “quadros” e tem função sintática de OBJETO DIRETO do verbo “com-
prou”). Percebeu?

Um detalhe: não confunda o pronome relativo com a PARTÍCULA EXPLETIVA ou de realce.

Que partícula é essa, professor Fernando Moura?

Em “Foi com disfarçada alegria que eu senti a mão do Mano sobre o meu ombro”, a palavra
destacada é partícula expletiva. Esta é aquela que pode ser retirada sem prejuízo sintático.
Mas lembre-se: se retirada, haverá prejuízo semântico, pois deixaremos de realçar um termo.
Explicarei melhor.
O trecho ‘‘Foi com disfarçada alegria que eu senti a mão do Mano sobre o meu ombro” pode ser
reescrito da seguinte maneira: “ Com disfarçada alegria foi que eu senti a mão do Mano sobre
o meu ombro”. Ao se retirar o termo em negrito, obtém-se: ‘‘Com disfarçada alegria, eu senti a
mão do Mano sobre o meu ombro”.
Houve algum prejuízo sintático? Não. As palavras “foi” e “que” são, portanto, elementos exple-
tivos e não apresentam função morfossintática.

Os pronomes O, A, OS, AS substituem o objeto direto.

Estabeleci os rumos da sua ação./ Estabeleci-os.

O pronome LHE pode ter as seguintes funções sintáticas:


1. Objeto indireto: Transmiti-lhe a mensagem. (Complemento do verbo “Transmiti”)
2. Adjunto adnominal: Fechei-lhe a porta na cara. (Fechei a porta na sua cara/na cara dele).
Tem valor de pronome possessivo. Portanto, é ADJUNTO ADNOMINAL do substantivo “cara”.
3. Complemento nominal: Meu papel lhe é útil. (Subordinado ao adjetivo “útil”/ lhe = a ele)

Calma! À medida que avançarmos em nosso curso, todas essas relações sintáticas ficarão
mais claras. A intenção é fazer você pensar um pouco nas lógicas de nossa língua.

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004. (FCC) As regras humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e desti-
tuem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas.
Evitam-se as viciosas repetições do período acima, substituindo-se os elementos sublinhados,
na ordem dada, por:
a) desrespeitam a elas − destituem-nas − deveria reger– lhes
b) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regêlas
c) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger
d) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deveria regê-las
e) desrespeitam-nas − destituem-nas − as deveria reger

As regras humanas são falíveis, os homens desrespeitam-nas e destituem-nas do sentido de


uma profunda equidade que as deveria reger.
1. Os verbos “desrespeitar”, “destituir” e “reger” são transitivos diretos, portanto não cabe o
pronome “lhes” em nenhuma lacuna.
2. Em “desrespeitam” e “destituem”, há nasalização e, por isso, o pronome “as” assume a
forma “nas”.
3. A palavra “que”, pronome relativo, é fator de próclise.
Letra e.

Mantenha o ânimo. Vejamos mais uma questão.

005. (CEBRASPE) Realmente para eles era bem pequeno, mas afirmavam que era grande ––
e marchavam, meio confiados, meio inquietos. Olharam os meninos que olhavam os montes
distantes, onde havia seres misteriosos. Em que estariam pensando? zumbiu sinha Vitória.
Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma objeção. Menino é bicho miúdo, não pensa. Mas
sinha Vitória renovou a pergunta –– e a certeza do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha
sempre razão. Agora desejava saber que iriam fazer os filhos quando crescessem.
No quarto parágrafo, as ocorrências da palavra “que” exercem, respectivamente, as seguintes
funções morfológicas:
a) conjunção integrante, pronome relativo, pronome indefinido interrogativo e pronome indefi-
nido interrogativo.
b) conjunção causal, conjunção integrante, pronome indefinido interrogativo e pronome indefi-
nido interrogativo.

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c) conjunção integrante, conjunção consecutiva, pronome indefinido interrogativo e conjunção


integrante.
d) pronome relativo, pronome relativo, conjunção integrante e pronome indefinido interrogativo.
e) pronome relativo, pronome relativo, pronome relativo e pronome indefinido interrogativo.

No quarto parágrafo, as ocorrências da palavra “que” exercem, respectivamente, as seguintes


funções morfológicas: conjunção integrante, pronome relativo, pronome indefinido interrogati-
vo e pronome indefinido interrogativo: “Realmente para eles era bem pequeno, mas afirmavam
que era grande (= conjunção integrante) –– e marchavam, meio confiados, meio inquietos.
Olharam os meninos que (= os quais/ pronome relativo) olhavam os montes distantes, onde
havia seres misteriosos. Em que (= pronome interrogativo indefinido em frase interrogativa
direta) estariam pensando? zumbiu sinha Vitória. Fabiano estranhou a pergunta e rosnou uma
objeção. Menino é bicho miúdo, não pensa. Mas sinha Vitória renovou a pergunta –– e a certe-
za do marido abalou-se. Ela devia ter razão. Tinha sempre razão. Agora desejava saber que (=
pronome interrogativo indefinido em frase interrogativa indireta) iriam fazer os filhos quando
crescessem (?). Entendeu?
Letra a.

006. (CEBRASPE) Em “Chegariam a uma terra distante, esqueceriam a catinga onde havia
montes baixos, cascalhos, rios secos, espinhos, urubus, bichos morrendo, gente morrendo”, a
palavra destacada é, morfologicamente,
a) pronome relativo.
b) advérbio de lugar.
c) conjunção locativa
d) advérbio interrogativo.
e) conjunção subordinativa.

Cuidado, caro (a) aluno (a). Trata-se de pronome relativo (e não advérbio). Em “Chegariam a
uma terra distante, esqueceriam a catinga onde (= na qual/ retoma o antecedente “catinga”) ha-
via montes baixos, cascalhos, rios secos, espinhos, urubus, bichos morrendo, gente morrendo”.
Letra a.

Verbo (Palavra Nuclear)


É a palavra que designa processo (ação, estado, mudança, aparência, fenômeno da
natureza).

Morfossintaxe

O verbo funciona como núcleo do predicado. Exceção: verbo de ligação (a função dele é
apenas conectiva: ligar o sujeito ao predicativo).

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As crianças sorriam no parque. (Verbo intransitivo: núcleo do predicado verbal)


Um bêbedo solitário atravessou a rua.(Verbo transitivo direto: núcleo do predicado verbal)
A situação parece tranquila. (Verbo de ligação: o predicativo funciona como núcleo do predi-
cado)

Mantenha o foco, caro(a) aluno(a)! Dará tudo certo!

007. (IADES) “... embora tenha alertado que o aumento das infecções por Covid-19 e os atrasos
na distribuição das vacinas podem limitar a recuperação para apenas 1,6% neste ano”. Nessa
frase do texto 2, empregou‐se corretamente o presente do subjuntivo do verbo “ter” (tenha).
Assinale a frase em que a forma do futuro do subjuntivo sublinhada está errada.
a) Quando o réu vir a prova do delito, confessará o crime.
b) Quando os criminosos serem presos, a situação melhorará.
c) Se o doente requerer ajuda, tudo ficará mais fácil.
d) Se a PCRN não intervier, o problema aumentará.
e) Quando vierem as provas, o processo ficará mais claro.

Cuidado para não confundir. Forma correta: “Quando os criminosos forem presos (futuro
do subjuntivo), a situação melhorará. Teremos, em nosso estudo, um capítulo especial so-
bre verbos.
Letra b.

Advérbio
É a palavra que modifica o verbo, o adjetivo ou outro advérbio, pois exprime circunstância
(de tempo, lugar, modo, etc.). Às vezes, modifica uma oração inteira, como o advérbio de afir-
mação abaixo.
Existem, portanto, advérbios indicadores de:

Modo – Ele andava tristemente pelas ruas de Nova Iorque.


Tempo – Hoje, ouvi um diálogo entre as nuvens.
Afirmação – Sim, eu já vou embora.
Lugar – Lá ocorreram diversos conflitos.
Negação – Não deixou de sofrer tão cedo.
Intensidade – Choveu bastante.
Dúvida – O sol talvez permaneça fora mais um pouco.
Interrogação – Ficou só para saber onde guardaria os velhos retratos.

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Morfossintaxe

O advérbio e as locuções adverbiais funcionam, sintaticamente, como adjuntos adverbiais,


de acordo com a circunstância que exprimem.

Encontraremos nossos metais amanhã.


(Classe gramatical: ADVÉRBIO/ Função sintática: ADJUNTO ADVERBIAL DE TEMPO)

Locução Adverbial

Expressão formada por mais de uma palavra, preposicionada, com valor de advérbio (cir-
cunstância). Sintaticamente, é adjunto adverbial.

À noite, os assaltantes invadiram a residência do embaixador. (locução adverbial de tempo)


Cumpriu, de bom grado, as tarefas que lhe confiaram. (locução adverbial de modo)
Avistava-se, de longe, uma belíssima cachoeira. (locução adverbial de lugar)

1. Os advérbios interrogativos são palavras ou expressões que, nas interrogações diretas ou


indiretas, indicam circunstâncias de causa (Por que não dizes a verdade? Quero saber por que
não dizes a verdade), lugar (Onde mora sua irmã? Não sei onde mora sua irmã), modo (Como
passa você? Diga-me como passa você) e tempo (Quando prestarás exame? Quero saber quan-
do prestarás exame).
2. Advérbios em “-mente”. Quando dois ou mais advérbios em “mente” modificam a mesma
palavra, costuma-se conservar o sufixo apenas no último da série.
Ex.: Discursou lógica e serenamente.
3. Palavras de classificação à parte. A Nomenclatura Gramatical Brasileira deu classificação
à parte a determinadas palavras habitual e impropriamente incluídas entre os advérbios. Na
verdade, são chamadas de palavras denotativas. Palavras que denotam, entre outras circuns-
tâncias, continuação (Mas você ainda não sabe da novidade... Então é certo que ele ficou zan-
gado?), designação (Eis-me aqui), exclusão (Todos saíram, menos eu. Salvo Antônio, todos con-
cordam), explicação (Os batráquios, a saber, os sapos, rãs e pererecas...O Brasil, isto é, o maior
país da América do Sul...), inclusão (Mesmo os mais avisados podem errar. Inclusive os mais
velhos não souberam como agir), realce (Eu cá não me incomodo. Ele é que sabe), retificação
(Encontrei quinze, aliás, vinte pessoas. Passou toda a tarde tocando, digo, arranhando o violino).

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Preposição
É a palavra que liga palavras (ou orações — com conjunção implícita), subordinando-as.
Observe os exemplos de ligação:
• subordinando palavras:

Voou até o Sol com a notícia.


Nós víamos folhas de papel prontas para nossas canetas.

• subordinando orações: apenas as subordinadas reduzidas de infinitivo são ligadas à


oração principal por meio de preposição. Nesse caso, a conjunção fica implícita.

César gostaria apenas de fechar os olhos.


(Observe a conjunção implícita: “César gostaria apenas de que fechasse os olhos”).

Morfossintaxe

A preposição NÃO apresenta FUNÇÃO SINTÁTICA. Funciona apenas como CONECTIVO.


E a locução prepositiva, Nandinho? Risos. É a expressão com valor de preposição. Normal-
mente, as locuções prepositivas terminam em preposições: para com, por sobre, exceto em,
acima de, abaixo de, junto a, quanto a, à procura de, à moda de, à disposição de, não obstante,
apesar de, graças a e outras.

1. Em português, as preposições introduzem os objetos indiretos (dar um livro a alguém), ex-


cepcionalmente também os objetos diretos (amar a Deus), os complementos nominais (medo
de chuva), os adjuntos adnominais (mesa de vidro), os adjuntos adverbiais (fugir com pressa)
e, às vezes – o que constitui uma anomalia sintática -, os predicativos (tachou-o de ignorante).
2. Um traço característico das preposições em língua portuguesa é que somente elas têm o
privilégio de introduzir as formas pronominais mim, ti e si, como nos exemplos: Veio a mim./
Entre mim e ti não pode haver nada./ E ela fala por si.
3. As preposições portuguesas classificam-se em:
3.1. essenciais, herdadas diretamente do latim (a, ante, com, contra, de, em, entre, per, por, sem,
sob, sobre, trás), ou indiretamente, como resultado da aglutinação de duas ou mais preposi-
ções latinas (após, até, desde, para, perante);
3.2. acidentais, provenientes de palavras que, providas de significação, transformaram-se em
vocábulos gramaticais: afora, conforme, consoante, durante, exceto, fora, mais, mediante, me-
nos, não obstante, salvo, segundo, senão, tirante, visto. Observe os exemplos.

a) O parecer carece de fundamentos, conforme o ministro orientou. (A palavra “conforme” liga


duas orações e, portanto, é conjunção.)

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b) O parecer carece de fundamentos, conforme a orientação do ministro. (A palavra “conforme”


não liga mais duas orações e, portanto, é preposição acidental.)

Entendeu, amante do vernáculo?

008. (CEBRASPE) Em “Não deixe luzes acesas durante o dia”, a palavra destacada é, morfo-
logicamente,
a) pronome relativo.
a) preposição acidental.
c) conjunção temporal.
d) advérbio de tempo.
e) conjunção subordinativa.

O vocábulo “durante” é, morfologicamente, preposição acidental que introduz a locução ad-


verbial de tempo “durante o dia”. Lembre-se de que as locuções adverbiais são iniciadas por
preposição.
Letra b.

4. Embora as preposições apresentem ampla variedade de usos diferentes no discurso,


pode-se estabelecer para cada uma significação fundamental, aplicável aos campos espacial,
temporal e nocional. Assim, a preposição com, por exemplo, exprime a ideia de uma situação
de associação (mora com a mãe), enquanto ante, perante e após denotam uma situação em
relação a um limite.

Conjunção
É a palavra que liga palavras e, principalmente, orações.

Estamos aqui, mas não observaremos o material.


A lei permite que o sujeito fique livre.

Morfossintaxe

Como a preposição, a conjunção não apresenta função sintática. É apenas um CONECTIVO.


Caro(a) aluno(a), uma preocupação de quem lê e escreve é ver se os conectores estão
empregados com precisão. A toda hora fazemos uso deles. Por isso, veja a seguir uma lista
sucinta desses conectivos e suas respectivas funções.

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As conjunções classificam-se em coordenativas e subordinativas.


As conjunções coordenativas dividem-se em cinco tipos:
• a) aditivas, que expressam ideia de soma: “O trabalho gera riqueza e produz alegria.” “Não
hesitaremos nem desistiremos.”
• b) adversativas, que relacionam elementos contrastantes: “Foi a Roma, mas não viu o
papa.”
• c) alternativas, que relacionam elementos excludentes: “Dinheiro demais ou é bênção ou
maldição.” “Quer queiras, quer não queiras, irás comigo.”
• d) conclusivas, que exprimem ideia de conclusão: “Estudou bastante, logo deve ser apro-
vado.”
• e) explicativas, que exprimem explicação, motivo: “Não vás, porque te arrependerás.”

A Nomenclatura Gramatical Brasileira reconhece dez tipos de conjunção subordinativa:


• a) integrantes, que encabeçam orações que servem de sujeito, objeto, complemento
nominal, predicativo ou aposto a outra: “É necessário que acabemos logo.” “Não sei se
isto é válido.”
• b) causais, que justificam o exposto na oração anterior: “Os preços caíram porque cres-
ceram as importações.” “Por que não vais a ele, se (= uma vez que) é tão amigo teu?”
• c) concessivas, que indicam um fato contrário à ação principal, mas insuficiente para
anulá-la: “Insistiu em sair, embora fosse tarde.”
• d) condicionais (se, caso, contanto que, etc.), que põem a oração subordinada em rela-
ção de condição, hipótese ou suposição para com a principal: “Caso viaje, não poderei
estar contigo.”
• e) conformativas, que exprimem a conformidade da oração subordinada com a princi-
pal: “Esses dados, conforme já anunciado, são falsos.”
• f) finais, que iniciam orações indicativas da finalidade da principal: “Fale baixo, para que
Marta não acorde.”
• g) proporcionais, que introduzem orações nas quais se menciona na subordinada um
fato realizado ou a realizar-se simultaneamente com o da principal: “À medida que a
cidade crescer, mais difícil será resolver seus problemas.”
• h) temporais, que iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tem-
po: “Quando estiveres irado, conta até dez.” “Mal chegou, foi começando a gritar.”
• i) comparativas, que ligam à principal uma subordinada que encerra comparação: “Nada
é mais caro que a ignorância.”
• j) consecutivas, que iniciam uma oração na qual se indica consequência do que foi de-
clarado na anterior: “Trabalhe sério, de modo que o respeitem.”

009. (CEBRASPE) “Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima...”. O conectivo que não subs-
titui adequadamente o sublinhado, por alterar o sentido da frase, é

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a) “Apesar de, por óbvio, o homem ainda ser vítima...”


b) “Conquanto, por óbvio, o homem ainda seja vítima...”
c) “Não obstante, por óbvio, o homem ainda seja vítima...”
d) “Sem que, por óbvio, o homem ainda seja vítima...”
e) “A despeito de, por óbvio, o homem ainda ser vítima...”

Em “Embora, por óbvio, o homem ainda seja vítima...”, conectivo que não substitui adequada-
mente o sublinhado (concessivo), por alterar o sentido da frase, é “Sem que”, que apresenta
valor modal e negativo, como em “Ele entrou sem que fizesse barulho” (= silenciosamente/não
fez barulho). Os conectivos das demais opções são concessivos. Entendeu?
Letra d.

010. (IADES) No trecho “Como segurava a boca do saco e a coronha da espingarda, não pôde
realizar o desejo”, a oração destacada estabelece relação de
a) conformidade
b) consequência
c) comparação
d) causa
e) proporção

Questão que confunde muitos candidatos. Em “Como (= uma vez que) segurava a boca do
saco e a coronha da espingarda (CAUSA), não pôde realizar o desejo (CONSEQUÊNCIA)”, es-
tabelece-se relação de causa e consequência. Portanto, a oração destacada introduz causa.
Letra d.

Ressalte-se, ainda, que a INTERJEIÇÃO, palavra que exprime emoções, também não apresenta
função sintática.

Viva! (alegria)
Psiu! Fiquem atentos! (pedido de atenção)
Tomara que Simone consiga! (desejo)

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PODEMOS SINTETIZAR O NOSSO ESTUDO ASSIM:


Funções substantivas - sujeito, complementos verbais (objeto di-
reto, objeto indireto), complemento nominal, agente da passiva,
aposto, predicativo, vocativo;
Funções adjetivas - adjunto adnominal, predicativo;
Função adverbial - adjunto adverbial.

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EXERCÍCIOS
Caro(a) aluno(a), não tenha receio de ler a questão e, de imediato, conferir as respostas.
você aprenderá muito com os meus comentários.

Nível 1

Considerando as articulações morfossintáticas estudadas neste capítulo, julgue os


itens a seguir:

011. (INÉDITA/2021) Por não derivarem de outras palavras, os substantivos “flor”, “pedra” e
“artista” são primitivos.

Os substantivos “flor”, “pedra” são primitivos. Contudo, “artista” é derivado de “arte”.


Errado.

012. (INÉDITA/2021) São concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos,
almas) e seres fantásticos (fada, duende, saci), pois, existentes ou não, são sempre considera-
dos seres com vida própria.

De fato, são concretos os substantivos que nomeiam divindades (Deus, anjos, almas) e seres
fantásticos (fada, duende, saci), pois, existentes ou não, são sempre considerados seres com
vida própria.
Certo.

013. (INÉDITA/2021) Em razão de designarem ideias ou conceitos, cuja existência está vincu-
lada a alguém ou a alguma outra coisa, os substantivos “justiça”, “amor”, “trabalho” e “honra”
são abstratos.

Por designarem ideias ou conceitos, cuja existência depende de algo, os substantivos “justiça”,
“amor”, “trabalho” e “honra” são abstratos.
Certo.

014. (INÉDITA/2021) Os substantivos “criança” e “indivíduo” são comuns de dois gêneros.

Os substantivos “criança” e “indivíduo” são sobrecomuns.


Errado.

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015. (INÉDITA/2021) Substantivos próprios são sempre concretos e devem ser grafados com
iniciais maiúsculas.

Substantivos próprios também podem ser abstratos, se personificados ou tratados como enti-
dades: “O Amor vence o Ódio”.
Errado.

016. (INÉDITA/2021) Alguns substantivos, quando mudam de gênero, alteram também a car-
ga semântica. É o que ocorre nos seguintes exemplos: o cabeça (líder) x a cabeça (parte do
corpo), o grama (unidade de medida) x a grama (planta).

De fato, alguns substantivos, quando mudam de gênero, alteram também a carga semântica. É
o que ocorre nos exemplos: o cabeça (líder) x a cabeça (parte do corpo), o grama (unidade de
medida) x a grama (planta).
Certo.

017. (INÉDITA/2021) Os substantivos “óculos”, “núpcias”, “pêsames” exigem determinantes


– como artigos, pronomes, adjetivos, numerais – somente no singular: o óculos, núpcias per-
feita, meu pêsames.

Os substantivos “óculos”, “núpcias”, “pêsames” exigem determinantes — como artigos, prono-


mes, adjetivos, numerais — somente no plural: os óculos, núpcias perfeitas, meus pêsames.
Errado.

018. (INÉDITA/2021) Os substantivos “cartão” e “cartilha” estão flexionados, respectivamente,


no grau aumentativo e no grau diminutivo.

Os substantivos “cartão” e “cartilha” são aumentativo e diminutivo descaracterizados. Por con-


venção, estão no grau normal.
Errado.

019. (INÉDITA/2021) O plural de “primeiro-ministro” corresponde a “primeiros-ministros”.

O plural de “primeiro-ministro” corresponde a “primeiros-ministros”, já que o numeral “primeiro”


e o substantivo “ministro” são classes gramaticais variáveis.
Certo.

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020. (INÉDITA/2021) Nas construções “Já encontramos os documentos necessários” e “Eles


são os que mais irritam”, há duas ocorrências do artigo definido masculino plural.

Nas construções “Já encontramos os documentos necessários” e “Eles são os que mais ir-
ritam”, há uma ocorrência do artigo definido masculino plural e uma ocorrência do pronome
demonstrativo “os” (= aqueles).
Errado.

021. (INÉDITA/2021) Em “Uma pessoa lhe telefonou” e “Uns e outros insetos faziam barulho
na rua”, há duas ocorrências do artigo indefinido masculino plural.

Em “Uma pessoa lhe telefonou” e “Uns e outros insetos faziam barulho na rua”, há uma ocor-
rência do artigo indefinido feminino singular. Em “Uns e outros”, há dois pronomes indefinidos.
Errado.

022. (INÉDITA/2021) É facultativo o uso do artigo com os pronomes possessivos: “Sua inten-
ção era das melhores” ou “A sua intenção era das melhores”.

De fato, é facultativo o uso do artigo com os pronomes possessivos: “Sua intenção era das
melhores” ou “A sua intenção era das melhores”. Não há alteração de sentido.
Certo.

023. (INÉDITA/2021) Os substantivos “Bahia”, “Amazonas”, “Santa Catarina”, “Goiás” e “An-


des” admitem o artigo.

Observe: “a Bahia”, “o Amazonas”, “Santa Catarina”, “Goiás” e “os Andes”.


Errado.

024. (INÉDITA/2021) Em “Ele falava com uma segurança que impressionava a todos”, o artigo
indefinido tem a função de realçar (dar intensidade a) uma ideia.

Em “Ele falava com uma segurança que impressionava a todos”, o artigo indefinido tem a fun-
ção de realçar (dar intensidade a) a ideia expressa pelo substantivo “segurança”.
Certo.

025. (INÉDITA/2021) Em “Toda a casa ficou alagada” e “Toda casa deve ter segurança”, há
paralelismo semântico.
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Em “Toda a casa ficou alagada” (a casa completa, inteira) e “Toda casa deve ter segurança”
(qualquer casa), os sentidos são diferentes. Portanto, não há paralelismo semântico.
Errado.

026. (INÉDITA/2021) Na construção “Ambas as partes chegaram a um acordo”, o emprego do


artigo definido é opcional.

Na construção “Ambas as partes chegaram a um acordo”, o emprego do artigo definido é


obrigatório.
Errado.

027. (INÉDITA/2021) Na frase “Visitei um artista cujos quadros são famosos”, falta artigo
definido antes do substantivo “quadros”.

Na frase “Visitei um artista cujos quadros são famosos”, não falta artigo definido antes do subs-
tantivo “quadros”. O registro do artigo antes ou depois de “cujo” e suas variações é proibido.
Errado.

028. (INÉDITA/2021) Nas construções “terno preto”, “prédio redondo”, “cheque frio”, “pequena
empresa”, os adjetivos designam, respectivamente, cor, forma, temperatura, proporção.

Nas construções “terno preto”, “prédio redondo”, “pequena empresa”, os adjetivos designam, res-
pectivamente, cor, forma, proporção. Em “cheque frio”, o adjetivo “frio”, em virtude da polissemia
(= vários sentidos), não indica temperatura, mas falsidade.
Errado.

029. (INÉDITA/2021) Se os poemas são heróis e cômicos, são “poemas herói-cômicos”.

Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural: he-
rói-cômicos.
Certo.

030. (INÉDITA/2021) Variam-se, em número, todos os elementos que compõem os seguintes


adjetivos compostos: surdo-mudo, verde-mar, azul-marinho, cor-de-rosa.

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Em “surdo-mudo”, variam-se, em número, todos os elementos que compõem o adjetivo com-


posto: surdos-mudos. Todavia, “verde-mar, azul-marinho, cor-de-rosa” são invariáveis. Portan-
to, ternos verde-mar, azul-marinho, cor-de-rosa.
Errado.

031. (INÉDITA/2021) O plural de “lente côncavo-convexa” corresponde a “lentes côncavas-


-convexas”.

Nos adjetivos compostos, como regra geral, só o último elemento vai para o plural. O plural de
“lente côncavo-convexa” corresponde a “lentes côncavo-convexas”.
Errado.

032. (INÉDITA/2021) O plural de “olho verde-lagoa” corresponde a “olhos verde-lagoas”.

Os adjetivos que indicam cores ficarão invariáveis quando o último elemento for um substanti-
vo. O plural de “olho verde-lagoa” corresponde a “olhos verde-lagoa”.
Errado.

033. (INÉDITA/2021) Em “Senadores são tão competentes quanto deputados”, o adjetivo


“competentes” está no grau comparativo de igualdade, que pode ser determinado pelas locu-
ções: tanto...quanto,...assim como..., tão...quanto,...do mesmo jeito que..., e outras variações.

Em “Senadores são tão competentes quanto deputados”, o adjetivo “competentes” está no


grau comparativo de igualdade. Este pode ser determinado pelas locuções: tanto...quanto,...
assim como..., tão...quanto,...do mesmo jeito que..., e outras variações.
Certo.

034. (INÉDITA/2021) Ao se utilizar do grau comparativo de superioridade (“A ciência é mais


consciente do que a ideologia”) ou do grau comparativo de inferioridade (“A ideologia é me-
nos consciente do que a ciência”), o redator pode dispensar a forma “do”, sem função mor-
fossintática.

Ao se utilizar do grau comparativo de superioridade (“A ciência é mais consciente do que a


ideologia”) ou do grau comparativo de inferioridade (“A ideologia é menos consciente do que
a ciência”), o redator pode dispensar a forma “do”, sem função morfossintática. Essa forma
funciona apenas como apoio fonético.
Certo.

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035. (INÉDITA/2021) Em “conselho de mãe”, “dor de estômago” e “período da tarde”, os ter-


mos preposicionados constituem locuções adjetivas.

Em “conselho de mãe”, “dor de estômago” e “período da tarde”, os termos preposicionados


constituem locuções adjetivas e correspondem, respectivamente, aos adjetivos “materno”, “es-
tomacal” e “vespertino”.
Certo.

036. (INÉDITA/2021) Em “É óbvio que isto é melhor que aquilo!”, há dois pronomes de-
monstrativos.

Em “É óbvio que isto é melhor que aquilo!”, os pronomes demonstrativos têm função de apon-
tar para algo, mostrar algo.
Certo.

037. (INÉDITA/2021) No trecho “Fui professora durante minha juventude, mas já não o sou ago-
ra”, o vocábulo destacado corresponde a um pronome demonstrativo com função catafórica.

No trecho “Fui professora durante minha juventude, mas já não o sou agora”, o vocábulo desta-
cado corresponde a um pronome demonstrativo com função anafórica, uma vez que se refere
a termo anteposto (= professora).
Errado.

038. (INÉDITA/2021) Na construção “Fá-lo-ei, libertarei o Brasil do domínio português”, o vo-


cábulo destacado corresponde a um pronome demonstrativo com função anafórica.

Na construção “Fá-lo-ei, libertarei o Brasil do domínio português”, o vocábulo destacado cor-


responde a um pronome demonstrativo com função catafórica, uma vez que se refere à oração
posterior (=libertarei o Brasil do domínio português).
Errado.

039. (INÉDITA/2021) Em “Os nossos sonhos estão perdidos de nós mesmos” e “Sei o que
cabe a mim fazer”, os pronomes “nós” e “mim” são oblíquos tônicos.

Em “Os nossos sonhos estão perdidos de nós mesmos” e “Sei o que cabe a mim fazer”, os
pronomes “nós” e “mim” são oblíquos tônicos. Estes vêm sempre precedidos de preposição.
Certo.

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040. (INÉDITA/2021) Na frase “O artista se matou hoje pela manhã”, o pronome “se” indica
reflexivização do verbo.

Na frase “O artista se matou hoje pela manhã”, o pronome “se” indica reflexivização do verbo
(= matou a si próprio).
Certo.

041. (INÉDITA/2021) Em “O deputado e o delegado se entenderam depois do conflito”, o pro-


nome “se” indica reflexivização e reciprocidade.

Em “O deputado e o delegado se entenderam depois do conflito”, o pronome “se” indica reflexi-


vização e reciprocidade (= um e outro se entenderam).
Certo.

042. (INÉDITA/2021) A construção “Vossa Majestade deveis exigir a manifestação de vossos


súditos” está em consonância com a norma culta da língua portuguesa.

O pronome de tratamento concordará sempre com a 3ª. Pessoa. Construção correta: “Vossa
Majestade deve exigir a manifestação de seus súditos”.
Errado.

043. (INÉDITA/2021) Em “Certos objetos chegam na hora certa”, os vocábulos “Certos” e “cer-
ta” apresentam igual função morfossintática.

“Certos (= pronome indefinido adjetivo) objetos chegam na hora certa (= adjetivo)”.


Errado.

044. (INÉDITA/2021) Na construção “Ela me mostrou uma página de que eu gostei”, o vocá-
bulo “que” funciona como pronome relativo.

Na construção “Ela me mostrou uma página de que (= da qual) eu gostei”, o vocábulo “que”
funciona como pronome relativo.
Certo.

045. (INÉDITA/2021) Em “Quem editou este artigo?”, o vocábulo destacado constitui pronome
interrogativo substantivo.

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Em “Quem editou este artigo?”, o vocábulo destacado constitui pronome interrogativo substan-
tivo, pois substitui algum substantivo.
Certo.

046. (INÉDITA/2021) No enunciado “Muito já fiz”, destacou-se advérbio de intensidade.

No enunciado “Muito já fiz”, destacou-se pronome indefinido substantivo (= Fiz muitas coisas).
Errado.

047. (INÉDITA/2021) Caso se substitua o objeto direto na construção “É importante definir as


estratégias”, obter-se-á, em estilo formal culto, a construção “É importante definí-las”.

Caso se substitua o objeto direto na construção “É importante definir as estratégias”, obter-se-


-á, em estilo formal culto, a construção “É importante defini-las” (sem acento: oxítono termina-
do em “i” não recebe acento).
Errado.

048. (INÉDITA/2021) Caso se substitua o objeto direto na construção “É necessário destruir a


prova”, obter-se-á, em estilo formal culto, a construção “É necessário destruí-la”.

Caso se substitua o objeto direto na construção “É necessário destruir a prova”, obter-se-á, em


estilo formal culto, a construção “É necessário destruí-la”. Nesse caso, o “i” forma hiato com a
vogal anterior.
Certo.

049. (INÉDITA/2021) Em “Às vezes, as palavras possuem duplo sentido” e em “Arrecadou-se o


triplo dos impostos relativos ao ano passado”, registraram-se numerais multiplicativos.

Em “Às vezes, as palavras possuem duplo sentido” e em “Arrecadou-se o triplo dos impostos
relativos ao ano passado”, registraram-se numerais multiplicativos: duas vezes, três vezes.
Certo.

050. (INÉDITA/2021) As expressões “às pressas, à toa, às cegas, às escuras, às vezes, de


quando em quando, de vez em quando, à direita, à esquerda, em vão, frente a frente, de repente,
de maneira alguma”, usadas em textos diversos, são locuções adverbiais.

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As expressões “às pressas, à toa, às cegas, às escuras, às vezes, de quando em quando, de


vez em quando, à direita, à esquerda, em vão, frente a frente, de repente, de maneira alguma”,
usadas em textos diversos, são locuções adverbiais.
Certo.

051. (INÉDITA/2021) Algures (= em algum lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= em


nenhum lugar) são, do ponto de vista morfológico, advérbios.

Algures (= em algum lugar), alhures (= em outro lugar), nenhures (= em nenhum lugar) são, do
ponto de vista morfológico, advérbios.
Certo.

052. (INÉDITA/2021) Em “Nunca fui vadio e jamais traí meus compatriotas”, “Nunca” e “ja-
mais” servem de advérbios temporais ou de negação.

Em “Nunca fui vadio e jamais traí meus compatriotas”, “Nunca” e “jamais” servem de advérbios
de tempo ou de negação.
Certo.

053. (INÉDITA/2021) Nas construções “Havia pouco entusiasmo no local” e “O atleta dor-
miu pouco durante a noite”, a palavra “pouco”, nas duas ocorrências, exerce igual função mor-
fossintática.

Nas construções “Havia pouco entusiasmo no local” e “O atleta dormiu pouco durante a noi-
te”, a palavra “pouco”, nas duas ocorrências, exerce, respectivamente, as funções de pronome
indefinido adjetivo (acompanha o substantivo “entusiasmo”) e advérbio de intensidade (subor-
dinado ao verbo “dormiu”).
Errado.

054. (INÉDITA/2021) Na frase “A sociedade agiu contra a ética”, o vocábulo “contra” classifi-
ca-se como preposição essencial.

Na frase “A sociedade agiu contra a ética”, o vocábulo “contra” classifica-se como preposição
essencial. “Contra” conecta palavras e será sempre preposição.
Certo.

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055. (INÉDITA/2021) Em “Agimos conforme a atitude deles”, “Obtiveram como resposta um


bilhete” e “Ele terá que fazer o trabalho”, destacaram-se preposições acidentais.

Em “Agimos conforme a atitude deles”, “Obtiveram como resposta um bilhete” e “Ele terá que
fazer o trabalho”, destacaram-se preposições acidentais. As palavras destacadas nem sempre
serão preposições.
Certo.

056. (INÉDITA/2021) Em “O presidente falou a respeito de crise econômica”, a estrutura “a res-


peito de” corresponde a uma locução prepositiva, assim como “junto de, por cima de, em cima
de, acerca de, a fim de, apesar de, através de, de acordo com, em cima de, em vez de, junto de,
à procura de, à busca de, à distância de, além de, antes de, depois de”, entre outras.

Em “O presidente falou a respeito de crise econômica”, a estrutura “a respeito de” corresponde


a uma locução prepositiva, assim como “junto de, por cima de, em cima de, acerca de, a fim de,
apesar de, através de, de acordo com, em cima de, em vez de, junto de, à procura de, à busca
de, à distância de, além de, antes de, depois de”, entre outras.
Certo.

057. (INÉDITA/2021) As construções “Isso não depende de o professor querer” e “Isso não
depende de ele querer” não estão em conformidade com o padrão culto da linguagem.

As construções “Isso não depende de o professor querer” e “Isso não depende de ele querer”
estão em conformidade com o padrão culto da linguagem, uma vez que os sujeitos “o profes-
sor” e “ele” não podem vir preposicionados.
Errado.

058. (INÉDITA/2021) Nos trechos “Estivemos em São Paulo”, “Essas ginastas vieram do Ja-
pão”, “Recebeu a herança do avô paterno” e “Adquiriu roupas de lã”, as preposições indicam,
respectivamente, as ideias de lugar, origem, posse e matéria.

Preposição também tem carga semântica. Nos trechos “Estivemos em São Paulo”, “Essas gi-
nastas vieram do Japão”, “Recebeu a herança do avô paterno” e “Adquiriu roupas de lã”, as
preposições indicam, respectivamente, as ideias de lugar, origem, posse e matéria.
Certo.

059. (INÉDITA/2021) Em “Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és”, a palavra “que”
corresponde a conjunção coordenativa aditiva.

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Em “Dize-me com quem andas, e eu te direi quem és”, a palavra “que” corresponde a conjunção
coordenativa aditiva “e”.
Certo.

060. (INÉDITA/2021) Na construção “Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo
Passeio Público”, a palavra “Como” corresponde a conjunção subordinativa causal e admite a
substituição por “Porque” ou “Porquanto”.

Na construção “Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público”, a
palavra “Como” corresponde a conjunção subordinativa causal e admite a substituição por
“Porque” ou “Porquanto”.
Certo.

Nível 2

061. (CEBRASPE) Todas as opções contêm associação correta entre os vocábulos sublinha-
dos e as respectivas classes gramaticais, exceto.
a) “havia uma efígie feminina estampada” / substantivo / adjetivo / adjetivo.
b) “eles eram neutros, imponentes e prestigiados”/ adjetivo / adjetivo / adjetivo.
c) “há uma simbologia política brasileira”/ substantivo / adjetivo / adjetivo.
d) “conheci o numismata paulista Cláudio Amato”/ adjetivo / adjetivo / substantivo.
e) “eram cenas tradicionais de sua paisagem” / substantivo / adjetivo / substantivo.

(numismata = colecionador de moedas/ substantivo; paulista/adjetivo; Cláudio Amato/


substantivo).
Letra d.

062. (CEBRASPE) Assinale a sequência correta no que se refere à classe gramatical dos vocá-
bulos sublinhados no texto a seguir.
Neologismo
Beijo pouco falo menos ainda
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.
(Manuel Bandeira)

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a) verbo – advérbio – pronome – conjunção.


b) substantivo – advérbio – conjunção – conjunção
c) verbo – pronome – pronome – preposição
d) substantivo – pronome – conjunção – conjunção

Beijo (verbo beijar) pouco (advérbio de intensidade: modifica o verbo Beijo). Que (pronome
relativo: retoma o antecedente palavras). E (conjunção aditiva).
Letra a.

063. (CEBRASPE) Leia o texto abaixo.


Nosso século é o da aceleração tecnológica e científica, que se operou e continua a se operar em
ritmos antes inconcebíveis. Foram necessários milhares de anos para passar do barco e remos
à caravela ou da energia eólica ao motor de explosão; e em algumas décadas se passou do diri-
gível ao avião, da hélice ao turborreator e daí ao foguete interplanetário.
No texto,
(0) o sinal indicativo de crase, obrigatório antes de “caravela”(L-2), justifica-se pela ocorrência
de um objeto indireto construído por um substantivo feminino.
(1) as partículas “se”, presentes nas linhas 2 e 5, pertencem todas à mesma classe gramatical
e desempenham igual função sintática.
(2) há quinze substantivos, a maioria concretos, dos quais quatro estão qualificados por cinco
adjetivos.

(0) Falso. Em “passar do barco e remos / à caravela”, (morfologicamente), ou seja, dois adjun-
tos adverbiais (sintaticamente).
(1) Falso. Linha 2: “que se operou”, temos pronome relativo (retoma o antecedente “a acelera-
ção tecnológica e científica) + partícula apassivadora + v.t.d. Observe: a aceleração tecnológi-
ca e científica foi operada em ritmos antes inconcebíveis. Linha 5: “em algumas décadas (ad-
junto adverbial) se (índice de indeterminação do sujeito) passou (verbo intransitivo) do dirigível
(adjunto adverbial)”.
(2) Falso. Para não perder tempo: há seis adjetivos (tecnológica, científica, inconcebíveis, ne-
cessários, eólica, interplanetário).
Errado/Errado/Errado.

064. (CEBRASPE) Tomando como parâmetro a forma flexionada lugares-comuns, indique a


opção em que os dois elementos dos dois substantivos compostos recebem a marca de plural.
a) cavalo-vapor / guarda-roupa
b) decreto-lei / matéria-prima
c) salvo-conduto / vice-diretor

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d) comandante-em-chefe / marca-d’água
e) surdo-mudo / bem-falante

a) cavalos-vapor/ guarda-roupas; b) decretos-leis/ matérias-primas; c) salvo-condutos/ vice-di-


retores; d) comandantes-em-chefe/ marcas-d’água; e) surdos-mudos/ bem-falantes.
Letra b.

065. (CEBRASPE) Assinale a opção em que o plural do substantivo composto está incorreto.
a) Os funcionários fizeram muitos abaixo-assinados solicitando reformas.
b) Os salários-família recebidos pelos funcionários são insuficientes.
c) Os guardas-livros organizavam informações que hoje estão nos computadores.
d) Os recém-nascidos têm direito ao leite materno.
e) Os bancos precisam de guardas-noturnos competentes.

Os guarda-livros (o verbo, embora seja uma classe gramatical variável, nesse caso perde o
caráter flexional).
Letra c.

066. (CEBRASPE) Assinale a opção correta em relação ao plural das palavras compostas.
a) Era prodigioso contemplar as vitória-régias.
b) Os cravos vermelho-crepúsculos pareciam artificiais.
c) Borboletas azuis-marinho sobrevoam o lagoão fechado.
d) As pétalas recém-abertas estavam de um branco finíssimo.
e) São inesquecíveis os pôr-do-sol da Amazônia!

a) vitórias-régias; b) vermelho-crepúsculo; c) azul-marinho; d) recém-abertas; e) pores-do-sol.


Letra d.

067. (CEBRASPE) Em “Também tem marcas em código braile”.


a) falta o acento no verbo, pois o sujeito é plural.
b) com a substituição da forma verbal pelo haver, ter-se-ia a forma hão.
c) braile é adjetivo.
d) há advérbio de modo.
e) o sujeito é indeterminado.

Braile está caracterizando o substantivo código. Um detalhe: o registro culto seria “Também
há/existem marcas em código braile”.
Letra c.

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068. (CEBRASPE) Marque a opção em que todas as palavras são adjetivos e estão separadas,
corretamente, em sílabas.
a) as-sis-tên-cia / dig-no / hu-mi-lha-ção
b) con-stran-gi-do / a rro-gan-tes / re-a-lis-ta
c) in-te-lec-tual / e-fe-ti-vo / cor-ru-pto
d) ad-mi-ra-dís-si-mo / res-pei-tá-veis / i-nin-ter-rup-to
e) a-dmi-ti-mos / sub-me-ti-dos / con-vin-ha

Embora as palavras da opção A estejam corretamente separadas em sílabas, só há um adjeti-


vo (digno). As demais são substantivos (assistência; humilhação). Na opção D, só há adjetivos.
Letra d.

069. (CEBRASPE) Observe:


Na acolhedora Barcelona, deparávamos sempre com um sorriso alegre ou um olhar bondoso
do povo espanhol.
Da frase acima, são adjetivos todas as palavras da alternativa:
a) acolhedora, deparávamos, sempre, sorriso
b) sempre, sorriso, alegre, povo
c) deparávamos, alegre, bondoso, espanhol
d) acolhedora, alegre, bondoso, espanhol

Fácil, fácil. “Acolhedora” caracteriza “Barcelona”, “alegre” caracteriza “sorriso”, “bondoso” ca-
racteriza “olhar”; “espanhol” caracteriza “povo”.
Letra d.

070. (CEBRASPE) Assinale a opção correta.


a) Espécim é singular de “espécimes”.
b) O antônimo de “bem-feito” é mau-feito.
c) “três” é número ordinal.
d) “tecnologia” é palavra trissílaba.
e) Em “a mais moderna do mundo”, há adjetivo no grau superlativo relativo.

a) O singular de espécimes é “espécime”; b) bem-feito/ malfeito; c) Três é número cardinal; d)


tec/no/lo/gi/a (polissílaba); e) “a mais moderna do mundo”, a coisa supervalorizada (a mais
moderna) foi retirada de uma relação (do mundo). Por isso, superlativo relativo.
Letra e.

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071. (ESAF) Assinale a opção incorreta quanto ao emprego do adjetivo.


a) dor cervical – dor no pescoço
b) paisagem insular – paisagem da ilha
c) estratégia bélica – estratégia de guerra
d) corpo docente – corpo de professores
e) fisionomia simiesca – fisionomia de cão

Fisionomia simiesca – fisionomia de macaco.


Letra e.

072. (ESAF) Assinale a alternativa que apresenta erro no numeral indicado nos parênteses em
relação aos números incluídos nas frases:
a) Na lista dos aprovados, seu nome apareceu no 389º lugar. (trecentésimo octogésimo nono)
b) O capítulo XIII do romance contém revelações surpreendentes sobre o enredo. (treze)
c) Ata da 56ª sessão ordinária do condomínio Edifício Bela Morada. (quinquagésima sexta)
d) Foram doados à Biblioteca Municipal 660 obras de escritores brasileiros. (seiscentos
e sessenta)
e) O Artigo 196 da Constituição Federal refere-se ao direito à saúde. (cento e noventa e seis)

Seiscentas e sessenta obras.


Letra d.

073. (ESAF) “A educação é direito de todos e dever do Estado e da Família.”


A palavra sublinhada na frase acima classifica-se como pronome.
a) relativo
b) indefinido
c) possessivo
d) demonstrativo
e) pessoal

O pronome “todos” traduz a ideia de indefinição.


Letra b.

074. (CEBRASPE) Flexione o verbo “fazer”:


I – No gerúndio
II – Na 3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo.
III – Na 1ª pessoa do plural do pretérito imperfeito do indicativo.

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IV – No particípio
V – Na 2ª pessoa do singular do futuro do presente do indicativo
As formas obtidas estão dispostas em ordem alfabética:
a) V – I – III – IV – II
b) IV – III – II – I – V
c) V – III – IV – II – I
d) III – I – IV – II – V
e) V – I – IV – II – III

I – fazendo; II– fez; III– fazíamos; IV– feito; V– farás. Em ordem alfabética: V– farás; I – fazen-
do; III– fazíamos; IV– feito; II– fez.
Letra a.

075. (CEBRASPE) Indique a opção com a associação correta entre as palavras grifadas e as
classes gramaticais respectivas à direita.
a) muito pouco / pouco tempo – pronome / pronome
b) muito tempo / nenhuma censura – pronome / advérbio
c) alguns milhões / mais terrível – advérbio / advérbio
d) pouco tempo / mais terrível – advérbio / pronome
e) mais inviolável / mais honra – advérbio / pronome

a) advérbio + advérbio/ pronome + substantivo; b) pronome + substantivo/ pronome + subs-


tantivo; c) pronome + substantivo/ advérbio + adjetivo; d) pronome + substantivo/ advérbio +
adjetivo; e) advérbio + adjetivo/ pronome + substantivo.
Letra e.

076. (AOCP) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas.


I – O assunto o qual se vai pesquisar será definido por todos.
II – Os manifestantes retiram-se da praça protesto.
III – Aberto o malote, o diretor recomendou que as cartas fossem colocadas sua mesa.
a) sobre / sob / sobre
b) sob / sob / sobre
c) sob / sobre / sob
d) sob / sob / sobre
e) sobre / sob / sob

I – sobre (assunto); II– sob (com afirmação ou força de); III – sobre (em cima).
Letra a.

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077. (CEBRASPE) “Nós merecemos a morte, porque somos humanos.”


Começando o período com a segunda oração, conservando o mesmo sentido, teríamos:
a) Nós somos humanos, portanto merecemos a morte.
b) Nós somos humanos, embora mereçamos a morte.
c) Nós somos humanos, porque merecemos a morte.
d) Nós somos humanos, para merecermos a morte.
e) Nós somos humanos, se merecermos a morte.

“Nós merecemos a morte (consequência), porque somos humanos (causa)”. Nós somos hu-
manos, portanto merecemos a morte.
Letra a.

078. (CEBRASPE) No exemplo anterior, já fizemos da oração causal a principal, a outra, para
conservar o mesmo sentido teve que ser:
a) conclusiva
b) concessiva
c) explicativa
d) final
e) condicional

Portanto traduz a ideia de conclusão.


Letra a.

079. (UFRF) Marque a alternativa que contém conjunção subordinativa condicional.


a) Melhoramos nosso trabalho, à medida que nos esforçamos mais.
b) Embora não estivesse com razão, continuava argumentando.
c) Repare todos os dados, para fazermos os cálculos das despesas.
d) Por não dispor de tempo, ainda não consegui visitá-lo.
e) Caso seja aprovado e contratado, continuarei meus estudos.

a) à medida que (proporção); b) Embora (concessão); c) para (prep./finalidade); d) Por (prep./


causa); e) Caso (condição).
Letra e.

080. (FCC) Sem dúvida, ele tem um ar muito inocente; contudo, algo me diz que é um mentiroso.
Comece com: Algo me diz que ele é...
a) desde que tenha

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b) se tiver
c) embora tenha
d) caso tivesse
e) dado que tem

Contudo e embora traduzem a ideia de concessão, oposição.


Letra c.

081. (FCC) Fez uma dieta tão violenta, que emagreceu vinte quilos em um mês.
Comece com: Emagreceu...
a) sem ter feito
b) embora fizesse
c) quando fez
d) desde que fizesse
e) por ter feito

Tem-se a relação de causa e consequência.


Letra e.

082. (FCC) Diga-me a verdade, ou não nos falaremos mais.


Comece com: Não nos falaremos...
a) porquanto
b) posto que
c) nem que
d) a não ser que
e) de modo que

Tem-se a ideia de condição.


Letra d.

083. (FCC) Se você preferir, podemos decidir isso depois.


Comece com: Podemos...
a) quando
b) desde que
c) apesar de que
d) no entanto
e) logo que

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Tem-se, mais uma vez, a ideia de condição.


Letra b.

084. (FCC) Abraçou-me com tal ímpeto, que não pude evitá-lo.
Comece com: Não pude evitá-lo...
a) assim
b) quando
c) à medida que
d) então
e) porque

Tem-se a ideia de causa e consequência.


Letra e.

085. (FCC) Ela é muito jovem, mas sabe assumir responsabilidades.


Comece com: Ela sabe assumir responsabilidades...
a) mesmo
b) tanto que
c) desde que
d) visto que
e) para que

Tem-se a ideia de oposição.


Letra a.

086. (FGV) Assinale o período em que o lhe não tem valor de pronome possessivo:
a) “...quase sentia morder-lhe a pele o frio úmido da madrugada...”
b) “A franja comprida ameaçava entrar-lhe pelos olhos bistrados.”
c) “A voz de Magô pareceu-lhe anônima.”
d) “Foi de olhos baixos que lhe acendeu o cigarro.”
e) “Um baque metálico decepou-lhe a palavra pelo meio.”

a) “...quase sentia morder-lhe a pele...” (morder a sua pele); b) “entrar-lhe pelos olhos bistra-
dos.” (entrar pelos seus olhos bistrados); c) “A voz de Magô pareceu-lhe anônima.” (pareceu
anônima a ele); d) “Foi de olhos baixos que lhe acendeu o cigarro.” (acendeu o seu cigarro); e)
“... decepou-lhe a palavra “(decepou a sua palavra).
Letra c.

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087. (FUVEST-SP) Selecione a alternativa que contém a forma adequada ao preenchimento


das lacunas.
Era para...falar...ontem, mas não...encontrei em parte alguma.
a) mim-consigo-o
b) eu-com ele-lhe
c) mim-consigo-lhe
d) mim-contigo-te
e) eu– com ele-o

“Era para EU falar COM ELE ontem, mas não O encontrei em parte alguma.” Lembre-se de que
o verbo encontrar é transitivo direto. Portanto, não admite o pronome LHE como complemento.
Letra e.

088. (CEBRASPE) Assinale a alternativa correta com relação ao uso do pronome pessoal:
a) Entre eu e ti existe um grande sentimento.
b) Isto representa muito para mim viver.
c) Com tu, passo os momentos mais felizes de minha vida.
d) Sempre lhe quis ao meu lado.
e) De fato, entre mim e ti, há sempre um clima de harmonia.

a) Entre mim e ti existe um grande sentimento; b) Isto representa muito para eu viver; c) Conti-
go, passo os momentos mais felizes de minha vida; d) Sempre o quis ao meu lado; e) De fato,
entre mim e ti, há sempre um clima de harmonia.
Letra e.

089. (CEBRASPE) Indique a opção em que um dos pronomes destacados tem valor de adjetivo:
a) Não sei que diz aquele anúncio.
b) Já pensei em tudo o que ele disse.
c) De que se queixa o cliente?
d) Este livro é o que comprei ontem.
e) Acreditei que fosse outra pessoa.

O pronome tem valor de adjetivo quando acompanha o substantivo. Observe que esse fato
somente ocorre na opção E: Acreditei que fosse outra pessoa (pronome indefinido adjetivo +
substantivo).
Letra e.

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090. (CESGRANRIO-RJ) Assinale a opção em que há erro na substituição do termo destacado


pelo pronome oblíquo:
a) não queria ver os irmãos/ não queria vê-los.
b) espalhara balões sugados pelo teto/ espalhara-os.
c) para que não desarrumassem a casa/ para que não a desarrumassem.
d) arrastando crianças surpreendidas/ arrastando-as.
e) olharam a aniversariante de modo mais oficial/ olharam-lhe de modo mais oficial.

O verbo “olhar” é transitivo direto. Portanto, não admite o pronome LHE na substituição lexi-
cal. Forma correta: “olharam a aniversariante de modo mais oficial/ olharam– NA de modo
mais oficial.
Letra e.

091. (FUVEST-SP) Assinale a opção que preenche corretamente as lacunas correspondentes.


Eu...desconheço.
Roubaram-...o carro.
Os carros? Roubaram-...
Não...era permitido ficar na sala.
Obrigaram-...a sair daqui.
a) o, lhe, nos, lhe, nos
b) lhe, o, o, o, no
c) os, lhe, lhe, lhe
d) lhe, lhe, lhe, se, os
e) o, o, os, lhe, no

Eu O desconheço (v.t.d.); Roubaram– LHE o carro (o seu carro); Os carros? Roubaram-NOS


(v.t.d.); Não LHE era permitido ficar na sala (não era permitido a ele); Obrigaram– NOS a sair
daqui.(v.t.d.).
Letra a.

092. (FCC) Em todos os versos, o pronome destacado está corretamente classificado,


exceto em:
a) Isto aqui não é Vitória
nem é Glória do Goitá. Indefinido
b) O mar de nossa conversa
precisa ser combatido. Possessivo
c) Seu José, mestre carpina,
que lhe pergunte permita. Pessoal

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d) Primeiro é preciso achar


um trabalho de que viva. Relativo
e) Mas este setor de cá
é como a estação dos trens. Demonstrativo

Em “Isto aqui não é Vitória”, destacou-se pronome demonstrativo.


Letra a.

093. (FCC) Passando para a 2ª pessoa a frase “Sente-se, pegue sua prova, leia e restrinja-se a
responder o que lhe foi proposto”, teremos:
a) Sente-se, pegue tua prova, lê-a e restringe-te a responder o que lhe foi proposto.
b) Senta-te, pega tua prova, lê-a e restringe-te a responder o que te foi proposto.
c) Sentai-vos, pegai vossa prova, leia-a e restringi-vos a responder o que vos foi proposto.
d) Senta-te, pegue sua prova, leia-a e restringe-te a responder o que te foi proposto.
e) Senta-se, pegue sua prova, lede-a e restringi-vos a responder o que vos foi proposto.

Lembre-se de que a 2ª pessoa do imperativo afirmativo é retirada do presente do indicativo,


retirando-se a letra “S”. Observe: tu sentas (-s): Senta-te/ tu pegas (-s): pega/ tu lês (-s): lê/ tu
restringes (-s): restringe. Portanto: “Senta-te, pega tua prova, lê-a e restringe-te a responder o
que te foi proposto.”
Letra b.

094. (FCC) Para que não........equívocos quanto ao funcionamento da biblioteca.......no quadro


mural além de outros avisos, todos os horários de atendimento.
a) continuassem ocorrer, foi afixado.
b) continuassem a ocorrer, foi afixado.
c) continuasse a ocorrer, foi afixado.
d) continuassem a ocorrer, foram afixados.
e) continuassem a ocorrerem, foram afixados.

Questão de concordância: “Para que não continuassem a ocorrer equívocos quanto ao fun-
cionamento da biblioteca, foram afixados, no quadro mural além de outros avisos, todos os
horários de atendimento”.
Letra d.

095. (CESGRANRIO) Assinale o período em que aparece forma verbal incorretamente empre-
gada em relação à norma culta da língua.

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a) Se o compadre trouxesse a rabeca, a gente do ofício ficaria exultante.


b) Quando verem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava.
c) Leonardo propusera que se dançasse o minuete da corte.
d) Se o Leonardo quiser, a festa terá ares aristocráticos.
e) O Leonardo não interveio na decisão da escolha do padrinho do filho.

“Quando virem o Leonardo, ficarão surpresos com os trajes que usava”. Relembre: quando eu
vir, tu vires, ele vir, nós virmos, vós virdes, eles virem (futuro do subjuntivo do verbo VER).
Letra b.

096. (FCC) Em todas as opções a lacuna pode ser preenchida pelo verbo indicado entre parên-
teses, no subjuntivo, exceto em:
a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe........a porta. (abrir)
b) Por que foi que aquela criatura não..............com franqueza? (proceder)
c) É preciso que uma pessoa se............para encurtar a despesa. (trancar)
d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus...........(querer)
e) Se isso me.........possível, procuraria a roupa.(ser)

Observe: a) Olhou para o cão, enquanto esperava que lhe abrisse a porta. (pretérito imperfeito
do subjuntivo); b) Por que foi que aquela criatura não procedeu com franqueza? (pretérito per-
feito do indicativo); c) É preciso que uma pessoa se tranque para encurtar a despesa. (presente
do subjuntivo); d) Deixa de luxo, minha filha, será o que Deus quiser (futuro do subjuntivo); e) Se
isso me fosse possível, procuraria a roupa.(pretérito imperfeito do subjuntivo)
Letra b.

097. (FCC) Indique a opção em que o verbo está empregado corretamente.


a) Você já reouve o que lhe emprestou?
b) Quando nos vermos de novo, não seremos os mesmos.
c) Viemos agora neste instante porque vimos ontem e não o encontramos.
d) Se nós intervíssemos em seu discurso, ele nos excomungaria.
e) Gastou o que tinha mas se prouve do essencial por meses.

Observe: a) Você já reouve (passado de reaver) o que lhe emprestou?; b) Quando nos virmos
de novo, não seremos os mesmos; c) Vimos (presente) agora neste instante porque viemos
(passado) ontem e não o encontramos; d) Se nós interviéssemos em seu discurso, ele nos ex-
comungaria; e) Gastou o que tinha mas se proveu do essencial por meses.
Letra a.

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098. (CESGRANRIO) Assinale o item em que há erro de conjugação verbal em relação à norma
culta da língua:
a) Era necessário que o governo impusesse medidas para baratear os produtos editoriais.
b) Se o trabalhador dispuser de adequadas bibliotecas, ter-se-á dado um importante passo
para o desenvolvimento cultural do país.
c) Seria de todo desejável que a classe trabalhadora se entretivesse mais com a leitura de
livros e revistas.
d) Era importante que se contradissesse, com as evidências disponíveis, a afirmação de que o
trabalhador rejeita a leitura.
e) O trabalhador quase não tem intervido nas discussões sobre a comercialização dos produ-
tos editoriais.

O gerúndio e o particípio do verbo VIR são iguais: vindo. Como o verbo intervir segue o mesmo
modelo de conjugação, observe o registro correto: “O trabalhador quase não tem intervindo
nas discussões sobre a comercialização dos produtos editoriais.”
Letra e.

099. (NCE) As expressões destacadas correspondem a um adjetivo, exceto em:


a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo.
b) Demorava-se de propósito naquele complicado banho.
c) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira.
d) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga sem fim.
e) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça.

Observe: a) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo (desentusiasmado); b) De-


morava-se de propósito naquele complicado banho (propositadamente: valor adverbial); c) Os
bichos da terra fugiam em desabalada carreira. (terrestres); d) Noite fechada sobre aqueles er-
mos perdidos da caatinga sem fim (infinita); e) E ainda me vem com essa conversa de homem
da roça (roceiro).
Letra b.

100. (NCE) Marque a opção que indica as classes das palavras destacadas conforme a ordem
em que estas aparecem a seguir:
“Ante essa repulsa obstinada, teve as mais variadas reações”.
“Isso produzia nele um constrangimento não só perante todos quantos sabiam da história
como também perante si mesmo.”
a) advérbio, adjetivo, numeral, pronome demonstrativo, advérbio.
b) preposição, adjetivo, advérbio, pronome demonstrativo, preposição.

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c) preposição, adjetivo, advérbio, pronome demonstrativo, advérbio.


d) advérbio, verbo, pronome indefinido, pronome relativo, adjetivo.
e) conjunção coordenativa, adjetivo, numeral, pronome indefinido, preposição.

“Ante (preposição essencial) essa repulsa obstinada (caracteriza o substantivo “repulsa”), teve
as mais (advérbio que intensifica o adjetivo “variadas”) variadas reações”. “Isso (pronome de-
monstrativo) produzia nele um constrangimento não só perante (preposição essencial) todos
quantos sabiam da história como também perante (preposição essencial) si mesmo.”
Letra b.

101. (AOCP) Assinale a alternativa em que a palavra destacada não corresponde à afirmação.
a) “Um publicitário morreu e como era da área de atendimento e mau...”– conjunção subordi-
nativa causal;
b) “Uma das técnicas que podemos usar é a de transformar...”– artigo definido que acompanha
a palavra “técnica”.
c) “Servem a mesa pessimamente”– advérbio que indica uma circunstância de modo em rela-
ção ao verbo servir;
d) “Muito bom!”– advérbio que intensifica o adjetivo;
e) “Os humoristas, como se sabe...”– conjunção subordinativa conformativa.

Lembre-se: o artigo sempre estabelece uma relação de pressuposição unilateral com o subs-
tantivo. Em “Uma das técnicas que podemos usar é a de transformar...”, o vocábulo a não
acompanha o substantivo e, portanto, não é artigo. Tem, na verdade, a função de pronome
demonstrativo = é aquela de transformar.
Letra b.

102. (FUVEST-SP) Nas frases abaixo, cada espaço pontilhado corresponde a uma conjun-
ção retirada.
1. “Porém já cinco sóis eram passados...... dali nos partíramos...”
2.......estivesse doente faltei à escola.
3.......haja maus nem por isso devemos descrer dos bons.
4. Pedro será aprovado...... estude.
5....... chova sairei de casa.
As conjunções retiradas são, respectivamente:
a) quando, ainda que, sempre que, desde que, como.
b) que, como, embora, desde que, ainda que.
c) como, que, porque, ainda que, desde que.
d) que, ainda que, embora, como, logo que.
e) que, quando, embora, desde que, já que.

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“Porém já cinco sóis eram passados que (= desde que) dali nos partíramos...”; Como (= porque)
estivesse doente faltei à escola; Embora (= mesmo que) haja maus nem por isso devemos
descrer dos bons; Pedro será aprovado desde que (= caso) estude; Ainda que (= mesmo que)
chova sairei de casa.
Letra b.

103. (FUVEST-SP) “Se você vai sair agora, nunca saberá se dissemos a verdade a eles e qual foi
sua reação ao se verem diante daquela descoberta.”
No texto acima, a partícula se é respectivamente:
a) conjunção condicional, conjunção condicional, partícula apassivadora.
b) conjunção integrante, partícula expletiva, partícula apassivadora.
c) conjunção integrante, pronome reflexivo, pronome reflexivo.
d) conjunção condicional, conjunção integrante, pronome reflexivo.
e) conjunção condicional, conjunção integrante, partícula apassivadora.

Observe: “Se (= condição) você vai sair agora, nunca saberá (saberá o quê) se (= a conjunção
integrou as orações) dissemos a verdade a eles e qual foi sua reação ao se verem (= verem a
eles mesmos) diante daquela descoberta.” Portanto, temos, respectivamente: conjunção con-
dicional, conjunção integrante, pronome reflexivo.
Letra d.

104. (AOCP) Assinale a alternativa cuja relação é incorreta:


a) Sorria às crianças que passavam. – pronome relativo
b) Declaram que nada sabem. – conjunção integrante
c) Que alegre manifestação a sua. – advérbio de intensidade
d) Que enigmas há nessa vida! – pronome adjetivo indefinido
e) Uma ilha que não consta do mapa. – conjunção coord. explicativa

Em “Uma ilha que não consta do mapa”, a palavra que retoma o antecedente ilha. É pronome
relativo, portanto.
Letra e.

Nível 3 – De Olho nos Concursos

(CEBRASPE/SEPLAG/DETRAN/DF/AUXILIAR DE TRÂNSITO) Ao longo da segunda metade do


século XIX, época da introdução das ferrovias no Brasil, uma sucessão de planos de viação foi

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apresentada aos governos, todos eles descartando as rodovias como principal instrumento de
integração e colocando ênfase nas vias férreas e na navegação fluvial e marítima como a so-
lução para os problemas do isolamento a que ainda se viam submetidas as regiões brasileiras.
Olímpio J. de Arroxelas Galvão. In: Internet: <www.ipea.go v.br>.
Com base nesse texto, julgue o próximo item.

105. O pronome “eles” [destacado] é elemento coesivo que retoma o antecedente “governos”.

(pronome – coesão e coerência textual). Retoma “planos de aviação”.


Errado.

(CEBRASPE/SEPLAG/DETRAN/DF/AUXILIAR DE TRÂNSITO) Considere a hipótese de que o do-


cumento a seguir tenha sido redigido para ser encaminhado ao diretor de segurança no trânsi-
to do DETRAN/DF.

Memorando n.º 3/NUCET


Em 5 de fevereiro de 2009.
Ao D.D. Diretor de Segurança no Trânsito do DETRAN/DF
Assunto:...............................................
Tem ocorrido, em anos anteriores, excessos de motoristas quanto à perigosa mistura bebida
+ direção, nos dias de folia carnavalesca, onde a ingestão de bebidas alcoólicas se eleva, em
nome da descontração e da alegria próprios dos brasileiros.
2. Nessa época, desaparecem as diferenças entre pobre e rico, jovem e velho, mulheres e
homens, e todos se lançam à folia, como se o mundo fosse acabar amanhã.
3. Por causa disso, solicito a Vossa Senhoria a presença do Grupo de Teatro do DETRAN na
Praça do DI, reduto dos foliões mais intempestivos, onde se verificam muitas ocorrências de
trânsito irresponsável, no intuito de intensificar as atividades educativas em Taguatinga, neste
ano.
4. Certo de contar com vossa atenção, já demonstrada em preitos anteriores, coloco-me à
disposição para o que for de seu desejo.
Atenciosamente,
FSFilho
Chefe do Núcleo de
Campanhas Educativas de Trânsito

Com base no texto apresentado e no que estabelece o Manual de Redação da Presidência da


República acerca da comunicação oficial, julgue os itens a seguir.

106. Está correto o emprego do tratamento “Vossa Senhoria”, no terceiro parágrafo do docu-
mento em questão, mas incorreto o uso do pronome possessivo de segunda pessoa do plural
no quarto parágrafo: “vossa atenção”.

(pronomes de tratamento). Lembre-se: sua atenção.


Certo.

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107. Considerando-se as duas ocorrências do advérbio “onde”, primeiro e terceiro parágrafos


do documento, apenas na primeira respeitam-se as normas do padrão escrito formal da língua
portuguesa para o emprego desse advérbio.

(advérbio onde). Substituir a primeira ocorrência por “quando”.


Errado.

(CEBRASPE/PETROBRAS)
Quando se fala em tecnologia, geralmente vem à mente uma série de artigos eletrônicos de
última geração, artefatos complexos, frutos de investigações científicas altamente sofistica-
das. Pensa-se, via de regra, em máquinas superpoderosas, computadores, celulares e outros
artefatos do gênero. Mas essa visão é, certamente, incompleta, pois tecnológicas também
são as descobertas ou invenções que não parecem ser, ao nosso olhar atual, tão complexas
e sofisticadas. É tecnologia a utilização do fogo há cerca de 800 mil anos, a criação de instru-
mentos de pedra há 100 mil, da roda há 4 mil, para citar algumas. Tecnológicas são quaisquer
criações que ampliem nossas características naturais.
Lília Pinheiro. Homem: o ser tecnológico. In: Filosofia ciência & vida, ano III, no 27 (com adaptações).

Mantém-se a coerência e a correção gramatical do texto ao se:

108. suprimir o advérbio “também”.

(advérbio). Denota inclusão.


Errado.

109. inserir o advérbio atrás logo após a expressão “800 mil anos”.

(advérbio). “Há” já faz referência a tempo atrás, passado.


Errado.

(CEBRASPE/PETROBRAS)
Enquanto para a teoria tradicional a necessidade do trabalho teórico significa o respeito
às regras gerais da lógica formal, ao princípio da identidade e da não contradição, ao procedi-
mento indutivo ou dedutivo, à restrição do trabalho teórico a um campo claramente delimitado,
a noção de necessidade para a teoria crítica continua presa a um juízo existencial: libertar a
humanidade do jugo da repressão, da ignorância e da inconsciência. Esse juízo preserva, em
sua essência, o ideal iluminista: usar a razão como instrumento de libertação para realizar a

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autonomia, a autodeterminação do homem. Como se pode ver, o objeto da teoria tradicional e


o da teoria crítica não podem coincidir. Enquanto para a primeira o objeto representa um dado
externo ao sujeito, a teoria crítica sugere uma relação orgânica entre sujeito e objeto: o sujeito
do conhecimento é um sujeito histórico que se encontra inserido em um processo igualmente
histórico que o condiciona e molda.

110. O uso da conjunção “Enquanto” [nos dois exemplos destacados no texto] tem a função
estilística e semântica de marcar dois tempos diferentes: o do predomínio da teoria tradicional
e o do predomínio da teoria crítica.

(conjunção enquanto). Indica objetos diferentes.


Errado.

(CEBRASPE/PETROBRAS)
As relações internacionais constituem-se em(1) uma das questões centrais referidas ao
desenvolvimento em(2) uma conjuntura em que, além do acentuado aumento da interdepen-
dência econômica entre as nações, temos agora sua crescente interdependência ecológica.
Os países em desenvolvimento têm de atuar em(3) um contexto em(4) que se amplia o fosso
entre a maioria das nações industrializadas e aquelas em desenvolvimento em matéria de
recursos, em(5) que o mundo industrializado impõe as regras que regem as principais organi-
zações internacionais – e já usou grande parte do capital ecológico do planeta.

111. Para se evitar o uso recorrente da preposição em, podem-se alterar algumas estruturas
linguísticas do texto. Entretanto, provoca-se incoerência entre os argumentos ou incorreção
gramatical ao se:
a) escrever constituem uma em lugar de “constituem-se em uma” (1).
b) suprimir a segunda ocorrência de “em” (2).
c) usar a contração no termo “em um contexto” (3): num contexto.
d) substituir “em que se amplia” (4) por no qual se amplia.
e) substituir “em que o mundo” (5) por onde o mundo.

(preposição em). Preposição necessária.


Letra b.

(CEBRASPE/PETROBRAS)
O petróleo sempre mobilizou politicamente a sociedade brasileira ao longo do século
XX e assim continua a fazê-lo nesse começo de século. Por muitas razões, entre elas a de seu
alto valor estratégico para a economia dos países e para o desenvolvimento das nações.

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O interessante é que passam os anos, mas não se alteram muito as posturas dos grupos que
entre si se opõem relativamente às formas de exploração e de produção do petróleo no país.
Desde 1947, a opinião pública brasileira foi confrontada com essa duplicidade de atitu-
des, intensificada pela campanha O Petróleo É Nosso, que alguns chegam a considerar tão in-
tensa e apaixonante, no século XX, quanto fora a da abolição da escravatura, no século XIX. No
cenário que se seguiu ao fim da 2ª Guerra Mundial, em que o liberalismo anglo-saxão vencedor
repercutiu também no Brasil com a queda do Estado Novo e da ditadura Vargas, os assim cha-
mados entreguistas, com forte representação na grande imprensa e nas grandes organizações
patronais, propugnavam pela abertura total do país ao capital estrangeiro para a exploração do
petróleo em terras brasileiras. Contra eles, os nacionalistas, que pregavam o monopólio estatal
do petróleo, que acreditavam na capacidade de planejamento e de atuação eficaz do Estado e
que não admitiam outra alternativa que não fosse a da criação de uma empresa nacional para
a exploração do então chamado ouro negro.

112. Assinale a opção correta a respeito do emprego dos pronomes oblíquos no texto.
a) A supressão do pronome oblíquo em “fazê-lo” provocaria erro gramatical visto que não have-
ria, na oração, elemento que garantisse a coesão e a coerência do período.
b) A substituição do pronome “elas” por si não só preservaria a coerência das ideias e a corre-
ção gramatical, mas também conferiria estilo mais formal ao texto.
c) Caso se suprimisse da oração o advérbio “não”, o pronome “se” deveria, obrigatoriamente,
em respeito às regras gramaticais, ser utilizado depois do verbo: alteram-se.
d) Em respeito às regras gramaticais, o pronome “si” é empregado antes da forma verbal
“opõem” porque ela já está acompanhada do pronome “se”.
e) Apesar da possibilidade gramatical do emprego do pronome oblíquo depois da forma verbal
“seguiu”, em textos escritos na modalidade padrão da língua, tende-se a utilizá-lo antes do ver-
bo quando há, no início da oração, pronomes como “que”.

(pronomes oblíquos). Pronome relativo é fator de atração (atrai o pronome átono).


Letra e.

113. (CEBRASPE/CODEBA/ADMINISTRADOR DE EMPRESAS) Em “a singularidade brasileira


está na abundância energética de nossa natureza”, há apenas dois adjetivos e três substanti-
vos abstratos.

(adjetivos/substantivos abstratos)
Certo.

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Emprego das Classes Gramaticais
Fernando Moura

(UNB/CESPE/SGA/PC-AC/PERITO MÉDICO-LEGAL) Julgue os itens com referência ao empre-


go das classes de palavras e à sintaxe da oração e do período.

114. Em “Não importa se vítima ou agressor: o periciado tem o direito de ser visto e respeitado
como homem, sendo examinado em ambiente neutro, sem a presença de estranhos, devendo
sentir-se seguro e livre de coações”, são substantivos os vocábulos: vítima, agressor, periciado,
direito, homem, ambiente, presença, estranhos e coações.

(substantivos)
Certo.

115. Em “Por sua vez, o médico-legista deve exercer seu mister livre de constrangimentos, co-
ações ou pressões de quaisquer espécies, mantendo o respeito incondicional pelo homem”, os
seguintes adjetivos são derivados de verbos: mister, livre, coações, pressões, respeito.

(adjetivos derivados de verbos). O único adjetivo é “livre”. Os demais vocábulos são substantivos.
Errado.

116. As duas circunstâncias de tempo no período “Nunca, jamais, devem acontecer ocorrên-
cias que levem o periciado a confundir a figura parcial e isenta do médico-legista com o apa-
relho repressor do Estado” exercem a função sintática de adjuntos adverbiais e têm, ambas,
carga semântica negativa.

(advérbio)
Certo.

(CEBRASPE/SEAD/SEDUC/PROFESSOR AD-4/PORTUGUÊS) A esperança, essa característica


exclusivamente humana, nos dirige para dias melhores que os atuais, fazendo nascer a ideia
de um Brasil onde não mais existam injustiça, discriminação e marginalização social. A con-
fiança, desenvolvida e amadurecida nos processos de convivência e de diálogo, nos diz que
existem outras pessoas coparticipantes desses processos que percebem a necessidade de
união e mobilização para a transformação da sociedade.

117. “Esperança, confiança e conquista” e “Coragem, conflito, desobediência” pertencem à


mesma classe gramatical.

(substantivo)
Certo.

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Emprego das Classes Gramaticais
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118. Os vocábulos “humana”, “melhores”, “atuais”, “injustiça”, “social” e “amadurecida” estão


empregados no texto como adjetivos.

(adjetivo). “Injustiça” é substantivo.


Errado.

(CEBRASPE/PMV/SEMUS/ENFERMEIRO DO TRABALHO)
A origem tanto da alopatia quanto das artes de curar é a mesma: os xamãs e curadores
da pré-história. Em busca do retorno ao estado de plena saúde, diversas trilhas foram percorri-
das, e não é por várias delas parecerem deslocadas no tempo e bizarras aos olhos ocidentais
do século XXI que deixam de dar testemunho de sua eficiência. Embora se perceba que um
paciente que passa por um tratamento, digamos, de um pajé tem mais possibilidade de se re-
cuperar se estiver sintonizado com os níveis mitológicos presentes no ritual, um leigo também
pode conseguir a remissão do seu problema. A cura envolve níveis não apenas bioquímicos,
mas também psicológicos, semânticos e até parapsicológicos, a respeito dos quais nossa
compreensão ainda é escassa.

119. O emprego do adjetivo “plena”, qualificando “saúde”, sugere que a saúde é um estado que
pode ser gradualmente alcançado.

(adjetivo)
Certo.

(CEBRASPE/PMV/SAÚDE/ARTETERAPEUTA)
Os sentimentos de dor e prazer são os alicerces da mente. É fácil não dar conta dessa
simples realidade porque as imagens dos objetos e dos acontecimentos que nos rodeiam, bem
como as imagens das palavras e frases que os descrevem ocupam toda a nossa atenção, ou
quase toda. Mas é assim.Os sentimentos de prazer ou de dor ou de toda e qualquer qualidade
de dor e prazer, os sentimentos de toda e qualquer emoção, ou dos diversos estados que se
relacionam com uma emoção qualquer, são a mais universal da melodias, uma canção que só
descansa quando chega o sono, e que se torna um verdadeiro hino quando a alegria nos ocupa,
ou se desfaz em lúgubre réquiem quando a tristeza nos invade.
Dada a ubiquidade dos sentimentos, seria fácil pensar que sua ciência estaria já há
muito elucidada. Mas não está. Dentre todos os fenômenos mentais que podemos descrever,
os sentimentos e os seus ingredientes essenciais – a dor e o prazer – são de longe os me-
nos compreendidos no que diz respeito à sua biologia e em particular à neurobiologia. Isso é
especialmente surpreendente quando pensamos que as sociedades avançadas cultivam os

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sentimentos da forma mais despudorada e os manipulam com práticas cuja única finalidade é
o bem-estar.
Antônio Damásio. Em busca de Espinosa: prazer e dor na ciência dos sentimentos.
São Paulo: Companhia das Letras, 2004, pp. 11-2 (com adaptações)

120. A palavra “uma”, em “uma emoção qualquer”, confere sentido indefinido ao substanti-
vo “emoção”.

(artigo + substantivo)
Certo.

(CEBRASPE/IRBR/ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA/TESTE DE PRÉ-SELEÇÃO)


A história do Brasil, nos três primeiros séculos, está intimamente ligada à da expansão
comercial e colonial europeia na Época Moderna. Parte integrante do império ultramarino por-
tuguês, o Brasil-colônia refletiu, em todo o largo período de sua formação colonial, os proble-
mas e os mecanismos de conjunto que agitaram a política imperial lusitana. Por outro lado, a
história da expansão ultramarina e da exploração colonial portuguesa desenrola-se no amplo
quadro da competição entre as várias potências, em busca do equilíbrio europeu; dessa forma,
é na história do sistema geral de colonização europeia moderna que devemos procurar o es-
quema de determinações no interior do qual se processou a organização da vida econômica e
social do Brasil na primeira fase de sua história e se encaminharam os problemas políticos de
que essa região foi o teatro.

121. No trecho “ligada à da expansão comercial e colonial europeia”, o acento grave indica
crase de preposição e pronome, o qual substitui “história”.

(crase de preposição e pronome)


Certo.

122. O emprego do artigo “o”, no trecho “em todo o largo período de sua formação colonial”,
reflete opção estilística do autor, visto que o artigo poderia ser eliminado, sem prejuízo para o
sentido da frase.

(todo + artigo definido). “Todo o largo” (= completo); “todo largo” (= qualquer).


Errado.

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(CEBRASPE/IRBR/ADMISSÃO À CARREIRA DE DIPLOMATA/TESTE DE PRÉ-SELEÇÃO)


Há algo que une técnicos e humanistas. Ambos se creem marcados por um fator distin-
tivo, inerente a seus cérebros: o dom da inteligência, que os apartaria do trabalhador manual
ou mecânico. Gramsci percebe nessa crença um ranço ideológico da divisão do trabalho: “Em
qualquer trabalho físico, até no mais mecânico e degradado, existe um mínimo de qualificação
técnica, um mínimo de atividade intelectual criadora. Todos os homens são intelectuais, pode-
-se dizer, mas nem todos os homens têm na sociedade a função de intelectuais. Não se pode
separar o Homo faber do Homo sapiens.”
O que distingue, portanto, a figura pública do homem da palavra é a rede peculiar de
funções que os intelectuais costumam desempenhar no complexo das relações sociais.
Á medida que o técnico se quer cada vez mais técnico, restringindo-se a mero órgão do
sistema, e à medida que o humanista é deixado avulso do contexto, um e outro se irão fechan-
do em suas pseudototalidades. O seu conhecimento político decairá. E o sistema, contentan-
do-se com alguns profissionais mais à mão, alijará dos centros de decisão a maior parte dos
intelectuais.
Um Gramsci puramente historicista talvez não pudesse dizer mais nada. Os fatos têm a
sua razão, os intelectuais são o que são, e ponto-final. Mas Gramsci foi um pensador revolucioná-
rio. Por isso, via uma possibilidade de projeto no intelectual moderno, que sucederia, nesse caso,
o apóstolo e o reformador de outrora.
Alfredo Bosi. Céu, inferno: ensaios de crítica literária e ideológica. São Paulo: Ática, 1988, pp. 242-3 (com adapta-
ções)

Em cada um dos itens abaixo é apresentada, em relação a trechos do texto, uma alternativa
de colocação pronominal. Com base na prescrição gramatical, julgue (C ou E) cada proposta
apresentada.

123. “Ambos se creem marcados” / Ambos creem-se marcados

(colocação pronominal)
Certo.

124. “que os apartaria” / que apartá-los-ia

(colocação pronominal). “Que” é fator de próclise.


Errado.

125. “Não se pode separar” / Não pode-se separar

(colocação pronominal). “Não” é fator de atração.


Errado.

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126. “um e outro se irão fechando” / um e outro irão-se fechando

(colocação pronominal). Futuro não admite ênclise.


Errado.

(CEBRASPE/PMV/SAÚDE/ARTETERAPEUTA)
Toda a sua vida passou diante dos olhos
Muita gente acredita que, no momento da morte, se vê uma espécie de retrospectiva
da própria vida. Para os cientistas, essa retrospectiva é uma alucinação causada pelo cérebro,
assim como o encontro com entes queridos já falecidos ou figuras religiosas. Ocorre que, nos
momentos finais, regiões do cérebro se tornam hiperativas em uma última tentativa de com-
pensar a falta de oxigênio, cujo abastecimento diminui à medida que as batidas do coração se
tornam irregulares. O cérebro então libera substâncias para proteger os neurônios, desligando-
-os. Algumas dessas substâncias agem diretamente nos receptores dos neurônios, causando
o que os médicos chamam de dissociação neural.

127. A preposição para introduz, [nas duas ocorrências destacadas], expressões de mes-
mo sentido.

(preposição). Referência e finalidade, respectivamente.


Errado.

(ESAF/BANCO CENTRAL/ANALISTA)
No Sistema de Pagamentos Brasileiro, a tecnologia se torna variável crítica e o execu-
tivo de negócios e planejamento precisa encarar este risco sob a mesma ótica que encara os
riscos de crédito e mercado. Doravante um problema tecnológico pode interferir diretamente
na questão da liquidez da instituição, mesmo que por poucos momentos. Trata-se de uma
questão de continuidade de negócios.
As interrupções no processamento da informação, ou a degradação nos sistemas de
informação fazem parte da rotina nas estruturas de tecnologia de qualquer empresa, seja ela
financeira ou não. Esses são eventos programados que visam atender a demandas ocasionais
do negócio ou da tecnologia.
Em relação ao texto, julgue o item.

128. Em “que visam atender a demandas”, “a” é artigo feminino singular exigido pela regência
do verbo “atender”.

(artigo versus pronome). “A” é preposição. O artigo seria “as”.


Errado.

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129. (ESAF/AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL) Julgue a correção tanto do diagnósti-


co quanto da indicação de correção gramatical e linguística no trecho abaixo.
Podemos prever o traço fundamental do comércio colonial: ele deriva imediatamente do
próprio caráter da colonização, organizada como ela está na base da produção de gêneros tro-
picais e metais preciosos para o fornecimento do mercado internacional. É a exportação des-
ses gêneros, pois, que constituirá o elemento essencial das atividades comerciais da colônia.
O comércio exterior brasileiro é todo ele, pode-se dizer, marítimo. Nossas fronteiras atra-
vessam áreas muito pouco povoadas, quando não inteiramente indevassadas. A colonização
portuguesa vinda do Atlântico, e a espanhola, quase toda do Pacífico, mal tinham ainda enga-
jado suas vanguardas, de sorte que entre ambas ainda sobravam vastos territórios ocupados.
(Caio Prado Júnior, História Econômica do Brasil, com adaptações.)

Diagnóstico do erro: incoerência textual no emprego do adjetivo “ocupados”.


Indicação de correção: substituí-lo por inocupados.

Adjetivo muito pouco empregado, porém com registro no Vocabulário Ortográfico da Língua
Portuguesa e no Dicionário Houaiss.
Certo.

130. (CEBRASPE/AUDITORIA-GERAL/AUDITOR INTERNO/NÍVEL I-A)


Nas inter-relações pessoais, é inconteste que cada um dá sua própria versão dos fatos
e da vida, segundo suas particulares experiências e com base na formação que tenha acumu-
lado ao longo de sua existência. Cada indivíduo, assim, é um ser único, que vislumbra as ocor-
rências à sua volta e dá tratamento específico às informações e ao conhecimento que tenha
condições de absorver.
Da mesma forma, mesmo os registros históricos oficiais, como se sabe há muito, são
somente a versão dos que venceram e, portanto, invariavelmente omitem ou distorcem as ra-
zões, os motivos e as realizações dos que foram vencidos.
Não menos temeroso é o conhecimento que se transmite por gerações por meio da
arte. Partindo da premissa de que a arte imita a vida e, por consequência, reinventa a realidade,
na medida em que a vida também imita a arte, por certo que perpetuar visões e conceitos mal
fundamentados (a despeito de eventuais boas intenções) também representa que o artista
acaba sendo, igualmente, um difusor de informações e ideias cuja confiabilidade é relativa.
Em suma, toda e qualquer avaliação da realidade passa, necessariamente, pelas im-
pressões pessoais de quem a avalia.
Obed de Faria Junior. A verdade de cada um. Internet: <recantodasletras.uol.com.br> (com adaptações).

Julgue o uso de estruturas linguísticas no texto.


A colocação do pronome átono antes do verbo, em “se transmite”, é obrigatória devido à pre-
sença do pronome relativo “que” no início da oração subordinada.

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(colocação pronominal)
Certo.

131. (CEBRASPE/IBAMA/ANALISTA AMBIENTAL)


Reparação duas décadas depois
Francisco Alves Mendes Filho ainda não era um mito da luta contra a devastação da
Amazônia quando foi preso, em 1981, acusado de subversão e incitamento à luta de classes
no Acre, em plena ditadura militar. Chico Mendes se tornaria mundialmente conhecido, dali
para a frente, por comandar uma campanha contra a ação de grileiros e latifundiários, respon-
sáveis pela destruição da floresta e pela escravização do caboclo amazônico. Por isso mesmo
foi assassinado, em 22 de dezembro de 1988, na porta de casa, em Xapuri. O crime, cometido
por uma dupla de fazendeiros, foi punido com uma sentença de 19 anos de cadeia para cada
um. Faltava reparar a injustiça cometida pelos militares.
E ela veio na quarta-feira 10, no palco do Teatro Plácido de Castro, em Rio Branco, na
forma de uma portaria assinada pelo ministro da Justiça, Tarso Genro. Antes, porém, realizou-
-se uma sessão de julgamento da Comissão de Anistia, cujo resultado foi o reconhecimento,
por unanimidade, da perseguição política sofrida por Chico Mendes no início dos anos 80 do
século passado. A viúva do líder seringueiro, Izalmar Gadelha Mendes, vai receber uma pensão
vitalícia de 3 mil reais mensais, além de indenização de 337,8 mil reais.
Leandro Fortes. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações)

Considerando aspectos linguísticos do texto Reparação duas décadas depois, julgue o


item a seguir.
A conjunção “E”, por ter, no 2º parágrafo, valor adversativo, pode ser substituída pela conjun-
ção Mas, sem prejuízo para as informações do texto.

(valor aditivo da conjunção E)


Errado.

(CEBRASPE/SGA/AC/ADMINISTRADOR)
Uma decisão singular de um juiz da Vara de Execuções Criminais de Tupã, pequena ci-
dade a 534 km da cidade de São Paulo, impondo critérios bastante rígidos para que os estabe-
lecimentos penais da região possam receber novos presos, confirma a dramática dimensão da
crise do sistema prisional. A sentença determina, entre outras medidas, que as penitenciárias
somente acolham presos que residam em um raio de 200 km.
Segundo o juiz, as medidas que tomou são previstas pela Lei de Execução Penal e obje-
tivam acabar com a violação dos direitos humanos da população carcerária e “abrir o debate
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a respeito da regionalização dos presídios”. Ele alega que muitos presos das penitenciárias da
região são de famílias pobres da Grande São Paulo, que não dispõem de condições financeiras
para visitá-los semanalmente, o que prejudica o trabalho de reeducação e de ressocialização.
Sua sentença foi muito elogiada. Contudo, o governo estadual anunciou que irá recorrer
ao Tribunal de Justiça, sob a alegação de que, se os estabelecimentos penais não puderem
receber mais presos, os juízes das varas de execuções não poderão julgar réus acusados de
crimes violentos, como homicídio, latrocínio, sequestro ou estupro. Além disso, as autoridades
carcerárias alegam que a decisão impede a distribuição de integrantes de uma quadrilha por
diversos estabelecimentos penais, seja para evitar que continuem comandando seus “negó-
cios”, seja para coibir a formação de facções criminosas.
Estado de S. Paulo, 13/1/2008, p. A3 (com adaptações).

132. A correção gramatical do texto seria mantida se a palavra “bastante” [destacada] fosse
flexionada no plural, para concordar com o substantivo “critérios”.

(advérbio invariável)
Errado.

133. O emprego da conjunção “Contudo” estabelece uma relação de causa e efeito entre
as orações.

(conjunção adversativa)
Errado.

134. As três ocorrências destacadas da palavra que correspondem à mesma função


morfológica.

(pronome relativo, conjunção, pronome relativo)


Errado.

Ufa! Dominar a língua portuguesa exige dedicação! Com disciplina e determinação, logo
você estará mais seguro. É tudo questão de tempo. Rumo ao sucesso!
Forte abraço!

Professor Fernando Moura

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GABARITO
11. E
12. C 47. E 82. d 117. C
13. C 48. C 83. b 118. E
14. E 49. C 84. e 119. C
15. E 50. C 85. a 120. C
16. C 51. C 86. c 121. C
17. E 52. C 87. e 122. E
18. E 53. E 88. e 123. C
19. C 54. C 89. e 124. E
20. E 55. C 90. e 125. E
21. E 56. C 91. a 126. E
22. C 57. E 92. a 127. E
23. E 58. C 93. b 128. E
24. C 59. C 94. d 129. C
25. E 60. C 95. b 130. C
26. E 61. d 96. b 131. E
27. E 62. a 97. a 132. E
28. E 63. E, E, E 98. e 133. E
29. C 64. b 99. b 134. E
30. E 65. c 100. b
31. E 66. d 101. b
32. E 67. c 102. b
33. C 68. d 103. d
34. C 69. d 104. e
35. C 70. e 105. E
36. C 71. e 106. C
37. E 72. d 107. E
38. E 73. b 108. E
39. C 74. a 109. E
40. C 75. e 110. E
41. C 76. a 111. b
42. E 77. a 112. e
43. E 78. a 113. C
44. C 79. e 114. C
45. C 80. c 115. E
46. E 81. e 116. C

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Com trajetória de peso, desenvolve, há trinta anos, trabalho respeitadíssimo no Distrito Federal. Milhares de
alunos o conhecem, obtiveram excelentes resultados e elogiam o seu desempenho. É licenciado em Letras
– Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. É mestre em Ciências da Linguagem/Linguística Aplicada.
Também é bacharel em Direito, com especialização em Processo Civil. Foi professor e coordenador de
área na Secretaria de Educação e em instituições particulares de ensino superior. Desenvolve cursos,
treinamentos, palestras e trabalhos de consultoria em empresas, órgãos públicos federais e preparatórios
para concursos (com exclusividade no Gran Cursos Online). Em 2008, fundou o Instituto Fernando Moura
de Estudos Linguísticos, com o intuito de torná-lo centro de excelência de estudos da Língua Portuguesa.
Trata-se, hoje, de instituição premiada nacional e internacionalmente. É autor da coleção Vade-Mécum
Língua Portuguesa (cinco títulos) e do Curso Completo de Gramática do Texto (Editora Aluminus). Ministra
aulas de interpretação de textos, redação – produção e correção –, gramática aplicada ao texto, redação
oficial e legislativa, português jurídico e português avançado.

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