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Na manifestação com o número 2023.0223.

181833-7, eu não consigo entender


por que o setor de cálculo do PROCON insiste tanto em dizer: "o consumidor procura de
fato avalizar teorias próprias". Mesmo que eu estivesse querendo validar teorias próprias,
isso não é possível, porque um mais um é igual a 2 (1+1=2), dois mais dois é igual a 4
(2+2=4), ou seja, a matemática é fria e objetiva. Se eu disser que dois mais dois é igual a
cinco (2+2=5), o Procon, por ser um setor de cálculo, deve dizer: "Meu amigo, de acordo
com a matemática, dois mais dois é igual a quatro (2+2=4). Não é cinco!”.
Na mesma manifestação supracitada, o setor de cálculo se comprometeu a seguir
a ordem cronológica dos inúmeros casos que a Gerência atende diariamente, além disso
não definiu um prazo de resposta, quando diz “assim que se tornar possível essa nova
análise, que não acreditamos ser possível dentro de um período compreendido entre 30
e 60 dias, enviaremos pelo Sistema Procon Web.” Deste modo, eu pergunto: qual a
ordem cronológica, visto que a solicitação 4904119 – 7 foi enviada no dia 28/01/2023?
Portanto, peço que seja enviado a mim o regimento interno do órgão para mostrar o prazo
de resposta ao consumidor. Caso não exista, peço que pelo menos seja definido um prazo
coerente, visto que já se passaram 47 dias a partir da solicitação.
A defesa do consumidor é direito fundamental consagrado no art. 5º, inciso XXXII
da Constituição Federal de 1988. Por isso, foi aprovado o Código de Proteção e Defesa
do Consumidor, Lei nº 8.078/90, que, embora seja importante mecanismo de proteção aos
direitos dos consumidores, por si só, não é suficiente para sua efetivação. Faz-se
necessária a regionalização da defesa do consumidor a partir da criação e implantação de
órgãos locais que atuem em prol do consumidor, um deles o PROCON, a fim de garantir
maior proximidade e identidade do órgão local com os consumidores e fornecedores, além
dos ganhos em agilidade e legitimidade, possibilitando a interação com os demais órgãos
e instituições locais, como entidades civis e Ministério Público, viabilizando canais de
comunicação especializados e dedicados para uso dos cidadãos, bem como fortalecer o
Sistema Nacional de Defesa do Consumidor – SNDC.
Eu assinei um contrato com a empresa Flor do Cerrado. Neste contrato está
prefixado um juro de 0,4% ao mês e uma correção monetária com aplicação do INPC,
conforme esclarecimento do procon na solicitação n° 4867846-1:
O contrato assinado, juntamente, a empresa SPE Residencial Flor do Cerrado
Ltda, CNPJ 13.913.672/0001-30, Título/Contrato 23446/CT.88-009-0007 sobre o título
DO PREÇO E CONDIÇÕES DE PAGAMENTO, Cláusula Segunda/Parágrafo
Primeiro/alíneas “a” e “b” demonstram que há um valor prefixado 0,4% (zero vírgula
quatro por cento) / mês e uma correção monetária com aplicação do INPC (Índice
Nacional de Preços ao Consumidor). (ipsis litteris)

Portanto, se há fortes indícios de que a empresa está cobrando prestações maiores


do que as previstas em contrato, então a realização de um cálculo é o mínimo que o Procon
deveria fazer, porque é uma instituição criada para defender os direitos dos consumidores.
Se não for deste modo, não há sentido desta instituição existir.
Pelo fato de o Procon ser criado para defender o consumidor, eu faço o seguinte
pedido:
- Procon, por favor, verifique a solicitação de número 4904119 – 7, porque há fortes
indícios de que a empresa está cobrando um valor acima do que foi estabelecido no
contrato;
- Procon, um dinheiro que poderia estar sendo investido na escola da minha filha, pode
estar sendo usado para pagar a prestação de um objeto que talvez já esteja quitado;
- Procon, lute pelo consumidor. Não para beneficiar o fulano ou o ciclano, mas para que
aquilo que realmente foi definido no contrato seja cumprido: “juro de 0,4% ao mês e
correção monetária”.
- Procon, você não está me fazendo favores, porque somos nós, cidadãos, que pagamos o
salário de vocês. Então, cumpra a função de vocês, de forma não omissa: faça o cálculo
de acordo com o contrato.
- Procon, não precisa me dar preferência em relação às solicitações de outros
consumidores. Basta que a ordem cronológica seja seguida.

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