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SÃO BERNARDO - SP
AÇÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS em face de:
DOS FATOS
A Autora com a intenção de colocar internet na sua residência e após fazer pesquisas
por melhor custo-benefício, contratou os serviços da NET, no dia 01/06/2018
contratou o plano de 200MB com o valor total de R$ 00.000,00mensais. Em junho de
2021, a Autora alterou o plano para R$ 00.000,00sendo este 400MB, na esperança de
que sua internet melhorasse, o que nunca aconteceu.
Ocorre que desde o primeiro mês a Autora sofre com a velocidade de sua internet,
recebendo uma fração daquilo que contratou, sendo obrigada a abrir diversos
chamados de atendimento na empresa Ré a fim de
A Autora tentou de todas as formas resolver o problema porém não obteve êxito, por
tanto vem se socorrer da justiça para que possa alcançar o seu direito.
DOS DIREITOS
"Art. 4º: A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
(...)
1. A velocidade da conexão não deve ser inferior a 40% da velocidade que foi ofertada
ao cliente, no caso em epígrafe a internet mínima entregue a parte autora não chegava
nem a 30% da velocidade contratada, conforme comprovado em testes anexos.
Art. 3º O Consumidor dos serviços abrangidos por este Regulamento tem direito, sem
prejuízo do disposto na legislação aplicável e nos regulamentos específicos de cada
serviço:
I - ao acesso e fruição dos serviços dentro dos padrões de qualidade e regularidade
previstos na
Dessa forma, não há o que se falar em multa de fidelidade do caso em apreço, tendo
em vista que a acionada descumpriu a obrigação contratual.
pelo dano material ou moral, decorrente de sua violação" (artigo 5º, inciso X, CF).
É correto que, antes mesmo do direito à indenização material e moral ter sido erigido à
categoria de garantia constitucional, já era previsto em nossa legislação
infraconstitucional, bem como, reconhecido pela Justiça.
O comando constitucional do art. 5º, V e X, também é claro quanto ao direito da parte
autora à indenização dos danos morais sofridos. É um direito constitucional.
O valor a ser arbitrado a título de indenização por dano moral compete ao prudente
arbítrio do magistrado, que de acordo com os parâmetros preconizados pela doutrina
e jurisprudência, quer sejam: ato ilícito, extensão do dano, e situação econômica das
partes, estabelecerá o valor a ser indenizado, ou seja, pago pelo agente causador do
dano.
No mesmo sentido, o art. 6, inciso VI, do CDC, expõe que são direitos do consumidor "a
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos". Dessa forma, frente aos ditames legais e aos fatos narrados, é claro o dever
da requerida em indenizar a autora. E quanto a este dever legal, assim leciona o
saudoso professor da Universidade de São Paulo, Nome(Curso de Direito Civil. 1a ed.
Rio de Janeiro: Forense, 1994, p. 561):
Sobre o caso, não se pode aceitar que a má prestação do serviço de forma contínua
seja um mero aborrecimento do cotidiano como as operadoras de sinal de internet
costumam argumentar. Em circunstâncias como a relatada, o transtorno, o incomodo
exagerado, o sentimento de impotência da autora diante da requerida e do seu agir
abusivo e ilícito, extrapola os limites do aceitável
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito".
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo".
Com relação ao efetivo pagamento, leciona Nome(2005, p. 546) que" [...] para ter
direito a repetir o dobro, é preciso que a cobrança seja indevida e que tenha havido
pagamento pelo consumidor ".
Nesse mesmo sentido, é de suma importância trazer a baliza uma apelação, onde
estabelece que a cobrança de multa por fidelidade é indevida, entendimento da
Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS da Relatora: Munira Hanna,
vejamos:
No caso em apreço, a parte autora tinha contratado o serviço de internet de 200 e 400
Mbps, no entanto, conforme demonstrado nas provas anexas, nunca obteve a
velocidade da conexão mínima exigida pela ANATEL de 40% da velocidade.
Ainda assim, realizou o pagamento da fatura de todas as faturas em dia, mas nunca
recebeu o que efetivamente fora contratados, sendo certo que recebia 5,75% do que
contratou, conforme comprovantes e teste em anexo.
DOS PEDIDOS
A citação da Ré, para que, querendo, conteste os fatos narrados, devendo comparecer
em audiência a ser designada por este juízo, sob pena de confissão e aplicação dos
efeitos da revelia.
Termos em que,
Pede deferimento.
Nome
00.000 OAB/UF
(ASSINADO ELETRONICAMENTE)