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Processo n° XXXXX-00.0000.0.00.0000
1 - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Conforme os artigos 98 e seguintes do Código de Processo Civil e art. 5°, LXXIV da
Constituição Federal, a Autora requer a concessão da gratuidade da justiça, por ser
economicamente hipossuficiente e não poder arcar com as custas processuais sem
prejuízo do seu próprio sustento e da sua família. 2- DOS FATOS
Ocorre que, mesmo com a troca do plano o sinal de internet se mostrou insatisfatório,
tendo em vista que o sinal caia frequentemente, não atingia a velocidade contratada, o
que prejudicava a vida do requerente, uma vez que frequenta curso on-line e com a
internet nessa situação o mesmo não conseguia assistir as aulas.
Tornando-se impraticável a utilização do serviço de internet, foram constantes e
escandalosas falhas no serviço prestado pela demandada, tendo em vista que não era
entregue a velocidade contratada e se quer o sinal se mantinha estável.
A parte autora fez inúmeras reclamações na esperança de que seus problemas fossem
solucionados o que nunca logrou êxito.
Cumpre ressaltar que, a parte autora sempre foi cliente da requerida, prestadora de
serviço de telefonia fixa e da internet todo esse tempo cumpriu rigorosamente com a
sua obrigação contratual, pagando em dia os valores devidos em contraprestação aos
serviços contratados, inclusive, para não entrar no rol dos maus pagadores, tendo
inclusive pago faturas cobradas a mais erroneamente emitidas pela requerida,
conforme faturas anexas.
Desta feita, provocado pela inercia da requerida e pela má prestação dos serviços, a
requerente se viu obrigada a contratar um novo plano de internet, de forma suprir às
suas necessidades e de atenuar a omissão da contratada. Deste modo, requereu junto
com uma outra empresa que fosse a instalação de um novo ponto de internet.
Não obstante, diante do exposto apresentado, para a sua surpresa fora cobrada multa
por quebra de contrato no valor de R$ 00.000,00, tendo em vista a quebra do contrato
por parte desta, fora informado que o contrato somente seria cancelado mediante o
pagamento da multa.
O prejuízo causado a parte autora é cristalino, eis que foi privada de utilizar os serviços
contratados, em razão da péssima qualidade do serviço de internet. Feitas essas
referências e, apesar de ambos os serviços, é inequívoca a culpa atribuída à Empresa
Promovida, restando-nos pelo reconhecimento dos danos morais e materiais
suportados pela parte Autora, tudo em sintonia com a melhor doutrina e
jurisprudência.
Desta forma, deve ser responsabilizada civilmente, a parte requerida pela má
prestação de serviços (inclusive de serviços essenciais), tendo privado a parte
demandante, por longos períodos e de maneira reiterada e frequente, de utilizar os
serviços contratados, essenciais no regular desempenho de suas atividades diárias
pessoais e profissionais (tendo em vista que o requerente está fazendo curso
profissionalizante para ingressa no mercado de trabalho).
No mais, seque o link com o vídeo que demostra por duas sequencias diferentes de
dias, que a internet não funcionava.
https://drive.google.com/file/d/18xjVLUYV8ojXF48GAIurq RAYOInZPVi9/view?
usp=sharing
https://drive.google.com/file/d/191YBBcuS1dDI6QYMZmP QVC5nxY0Fyvem/view?
usp=sharing
Portanto, nas razões acima explanadas, bem como na exposição jurídica que se segue
vem a parte autora pleitear indenização por danos morais e materiais.
3- DOS DIREITOS
O Código de Defesa do Consumidor define, de maneira bem nítida, que consumidor é
toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como
destinatário final, além de resguardar o direito do hipossuficiente, senão vejamos:
"Art. 4°: A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento
das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a
proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem
como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes
princípios:
(...)
A parte autora é pessoa de boa-fé, conduta ilibada e honesta que sempre arcou
assiduamente com as suas mensalidades para com a prestadora de serviços de acesso
à internet, em contrapartida, a prestadora se comprometeu a franquiar de forma
satisfatória o acesso à rede mundial de internet, sob os termos estipulados pela
ANATEL, porém, o que ocorre é que a acionada deixou de cumprir com sua obrigação
de fornecer um serviço de qualidade, bem como incialmente contratado.
3.1 Do cancelamento
Tendo em vista o mal funcionamento da rede de internet, que não supre a
necessidade do Autor e tão pouco tem estabilidade, ficando por dias sem conexão.
Faz-se necessário o cancelamento do contrato, uma vez que o mesmo não funciona da
maneira que deveria.
O autor por diversas vezes solicitou o cancelamento do mesmo junto a empresa ré, no
entanto a ré condiciona o cancelamento ao pagamento da multa já mencionada, multa
essa indevida.
3.2 Das Resoluções - Anatel. Devolução dos valores referente ao serviço de internet
1. A velocidade da conexão não deve ser inferior a 40% da velocidade que foi ofertada
ao cliente.
Art. 3° O Consumidor dos serviços abrangidos por este Regulamento tem direito, sem
prejuízo do disposto na legislação aplicável e nos regulamentos específicos de cada
serviço:
É correto que, antes mesmo do direito à indenização material e moral ter sido erigido à
categoria de garantia constitucional, já era previsto em nossa legislação
infraconstitucional, bem como, reconhecido pela Justiça.
O valor a ser arbitrado a título de indenização por dano moral compete ao prudente
arbítrio do magistrado, que de acordo com os parâmetros preconizados pela doutrina
e jurisprudência, quer sejam: ato ilícito, extensão do dano, e situação econômica das
partes, estabelecerá o valor a ser indenizado, ou seja, pago pelo agente causador do
dano.
No mesmo sentido, o art. 6, inciso VI, do CDC, expõe que são direitos do consumidor "a
efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e
difusos". Dessa forma, frente aos ditames legais e aos fatos narrados, é claro o dever
da requerida em indenizar a autora. E quanto a este dever legal, assim leciona o
saudoso professor da Universidade de São Paulo, Nome (Curso de Direito Civil. 1a ed.
Rio de Janeiro: Forense, 1994, p. 561):
O lesionamento a elementos integrantes da esfera jurídica alheia acarreta ao agente a
necessidade de reparação dos danos provocados. É a responsabilidade civil, ou
obrigação de indenizar, que compele o causador a arcar com as consequências
advindas da ação violadora, ressarcindo os prejuízos de ordem moral ou patrimonial,
decorrente de fato ilícito próprio, ou de outrem a ele relacionado.
Sobre o caso, não se pode aceitar que a má prestação do serviço de forma contínua
seja um mero aborrecimento do cotidiano como as operadoras de sinal de internet
costumam argumentar. Em circunstâncias como a relatada, o transtorno, o incomodo
exagerado, o sentimento de impotência da autora diante da requerida e do seu agir
abusivo e ilícito, extrapola os limites do aceitável como aborrecimento do cotidiano e
caracteriza, sem dúvidas, o dano pessoal, justificando, portanto, a indenização, além
de prejudicar o requerente em seu curso online.
"Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato
ilícito".
"Art. 927. Aquele que, por ato ilícito, causar dano a outrem, fica obrigado a repará- lo".
12/12/2013, Terceira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia
16/12/2013).
Nesse mesmo sentido, é de suma importância trazer a baliza uma apelação, onde
estabelece que a cobrança de multa por fidelidade é indevida, entendimento da
Décima Sexta Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS da Relatora: Munira Hanna,
vejamos:
a) A concessão do benefício da justiça gratuita, uma vez que, o Autor não possui meios
para arcar com as custas do processo. Fundamenta seus pedidos nos artigos 98 e
seguintes do CPC e art. 5°, LXXIV da Constituição Federal;
Requer provar a veracidade dos fatos aqui alegados por todos os meios de provas em
direito admitidos, especialmente prova testemunhal.
Dá-se à causa o valor de R$ 00.000,00 (treze mil, quinhentos e oitenta e dois reais e
dezoito centavos)