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ATIVIDADE 02 DE RESPONSABILIDADE CIVIL PARA COMPOSIÇÃO DA

NOTA P2

NOME: LUCAS LEON FLORÊNCIO SOUZA


TURMA: 8R
TIA: 31898718

1. É possível a cumulação de dano moral com o chamado dano estético?


Qual diferença? Explique e justifique
R: Sim, é possível a cumulação de dano moral com o dano estético, mesmo que
decorram do mesmo, conforme estabelecido pela Súmula n° 387 do Superior
Tribunal de Justiça. O dano moral é a violação da honra ou imagem de alguém,
ou seja, é fruto de ofensa aos direitos da personalidade (tais como intimidade,
privacidade, honra e imagem), já o dano estético configura-se por lesão à saúde
ou integridade física de alguém, que resulte em constrangimento, ou seja, é
essencialmente um dano corpóreo, material e direto à pessoa, enquanto o dano
moral atinge à imagem desta, tendo um caráter psicológico, social e subjetivo.

4. A contribuição da vítima pode contribuir com a exclusão da


responsabilidade ou diminuição do quantum indenizatório? Justifique sua
resposta, com exemplos e citação de fundamento legal.

R: Sim, a conduta da vítima pode influenciar no valor da indenização ou até mesmo


levar à exclusão da responsabilidade da outra parte a depender do caso, como, por
exemplo, na hipótese prevista pelo art. 936 do Código Civil, que estabelece que, se
comprovada a culpa exclusiva da vítima, a outra parte não irá ser responsável por
indenizá-la, como por exemplo, no caso de ataque de animais, se o dono destes
informar do perigo de entrar em contato com os animais e colocar barreiras (cercas,
grades e etc.) de forma a evitar a interação de outras pessoas com a animal e, ainda
assim, uma vítima ignorar isso tudo para interagir com o animal, levando a
ocorrência do dano, o dono do animal não terá de indenizá-la, visto que o dano só
ocorreu por causa da conduta da vítima. Nos casos em que a conduta da vítima não
seja o único fator que levou ao dano, mas ainda contribuiu para tal, o MM. Juízo
poderá definir redução no valor da indenização, conforme previsto pelo art. 945 do
Código Civil e aceito pela jurisprudência, como em casos de acidente de trânsito
onde o autor do dano e a vítima estavam ambos desatentos na hora do acidente,
por exemplo, neste caso, a imprudência do lesado aliviará o valor a ser pago em
indenização.
8. Lucro de intervenção: defina e exemplifique.
R: Segundo o Enunciado 620 da VIII Jornada de Direito Civil, o lucro de
intervenção é a vantagem patrimonial auferida a partir da exploração não
autorizada de bem ou direito alheio, fundamentando-se na vedação do
enriquecimento sem causa; um dos exemplos mais claros disto é o uso não
autorizado da imagem de terceiros para fins publicitários ou para a produção e
venda de biografias sem a autorização das pessoas retratadas ou seus
responsáveis.

9. O que é dano moral por ricochete? Quem é o legitimado ativo para tal
pedido?
R: O dano moral por ricochete refere-se ao direito de indenização de pessoas
intimamente ligadas à vítima direta de ato ilícito que tiveram seus direitos
fundamentais atingidos, de forma indireta, pelo evento danoso, podendo ser
patrimonial ou extrapatrimonial, ou seja, trata-se de indenização autônoma em
relação ao dano sofrido pela vítima direta, independendo da possibilidade de
indenização desta. São legitimados ativos quaisquer pessoas atingidas pelo
sofrimento, pela dor e pelo trauma provocados pela morte ou ofensa a um ente
querido, que podem gerar o dever de indenizar, quando o pedido é formulado
por parentes ou pessoas que mantenham fortes vínculos afetivos com a vítima,
como pais; avós; filhos; irmãos; sogros; sobrinhos; namorados; e até mesmo
sócios da vítima em alguns casos.

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