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“A Mensagem”

de
Fernando Pessoa

Rafael Cavadas Arantes nº24 12ºCM


Índice
• Biografia
• A Mensagem:
o Estrutura tripartida;
o Quantidade de poemas;
• Brasão:
o “D. Sebastião”;
o “Nun’ Álvares Pereira”;

• Mar Português:
o “Epitáfio de Bartolomeu Dias”;
o “Prece”.
• O Encoberto:
o “O Bandarra”;
o “Nevoeiro”.
Biografia

• Nascimento/morte (1885-1935)

• Modernismo

• Poeta, filosofo, tradutor,


dramaturgo, ensaísta, publicitário,

Estrutura da Mensagem

1ª parte Brasão Nascimento 19 poemas

Bellum sine bello

2ª parte Mar Português Vida e Realização 12 poemas

Possessio maris

3ª parte Morte e
O Encoberto 13 poemas
renascimento
Pax in Excelsis
Estrutura da Mensagem

2ª parte
(vida)
Renascimento do
Quinto Império
Concretização do
Império

1ª parte 3ª parte
(nascimento) (morte)

Fundação e Decadência do
construção do Imperio
Império
Brasão: D. Sebastião, Rei de Portugal
Louco, sim, louco, porque quis grandeza
Qual a Sorte a não dá. O sujeito poético auto caracteriza-se como
“louco”, levando-o à morte física
Não coube em mim minha certeza;
Por isso onde o areal está
Ficou meu ser que houve, não o que há.
 
Minha loucura, outros que me a tomem
Com o que nela ia.
Sem a loucura que é o homem Faz uma apologia à loucura, um elogio,
exaltando que os outros revivam e
Mais que a besta sadia, prolonguem o seu sonho

Cadáver adiado que procria?


Brasão: Nun’ Alvares Pereira
Que auréola te cerca?
É a espada que, volteando, D. Nuno surge como símbolo de esperança e
mudança.
Faz que o ar alto perca
Seu azul negro e brando.

Mas que espada é que, erguida,


A espada não é apenas uma arma, é o
Faz esse halo no céu? símbolo do guerreiro Cristão.
É Excalibur, a ungida,
Que o Rei Artur te deu.

Foi Nuno que tornou a esperança em


Esperança consumada, realidade através dos seus feitos.
S. Portugal em ser,
Pede a Nun’ Alvares Pereira para que devolva
Ergue a luz da tua espada o brilho outrora, revelando o caminho a
seguir
Para a estrada se ver!
Mar Português: Epitáfio de Bartolomeu Dias

Refere-se a Bartolomeu Dias, que


descobriu o fim do continente Africano,
onde acabou por desaparecer num
naufrágio no Cabo da Boa Esperança.
Jaz aqui, na pequena praia extrema,
O Capitão do Fim. Dobrado o Assombro,
Tendo passado o Cabo das Tormentas,
O mar é o mesmo: já ninguém o tema! venceram o medo do “mostrengo”.
Atlas, mostra alto o mundo no seu ombro.

Pede a Atlas para mostrar a Terra redonda,


de cuja esfericidade ainda se duvidava nos
séculos XV e XVI.
Mar Português: Prece
Senhor, a noite veio e a alma é vil. Escreve a uma entidade grandiosa, de que os
tempos de destruição chegaram e que
Tanta foi a tormenta e a vontade! desprezou o valor da grandeza do passado

Restam-nos hoje, no silêncio hostil, Foram vários os obstáculos e o sonho

O mar universal e a saudade. Estamos perante um Portugal marcado pela


indolência, pelo apego as coisas matérias e
sem capacidade de sonhar

Mas a chama, que a vida em nós criou,


Opõe a primeira estrofe, mostrando que a
Se ainda há vida ainda não é finda. esperança ainda temos só precisa de um leve
sopro para ressuscita-la
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem — ou desgraça ou ânsia —,


Suplica para que um “sopro” ajude a atear a
Com que a chama do esforço se remoça, “chama do esforço” para recuperar a
identidade e glórias passadas.
E outra vez conquistemos a Distância —
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
O Encoberto: O Bandarra
O sujeito descreve-nos figura de Bandarra,
de como ele e o seu espírito eram. Este
Sonhava, anónimo e disperso, profeta do povo imaginava o Imperio que
Deus via.
O Império por Deus mesmo visto,
Confuso como o Universo O seu sonho é como ele, “Confuso como o
Universo”, onde, embora confuso ´tinha o seu
E plebeu como Jesus Cristo. próprio sentido. Ele era humilde como
aquele que lançou a Boa Nova.

Não foi nem santo nem herói,


Bandarra não conhecido pelos seus feitos,
Mas Deus sagrou com Seu sinal santidade ou coragem, mas sim por ter sido
escolhido por Deus como um profeta, onde
Este, cujo coração foi todas as palavras que escreveu eram como o
Não português mas Portugal. seu coração, Portugal
O Encoberto: Nevoeiro
Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser O sujeito poético caracteriza a situação em
Este fulgor baço da terra que a nação estava naquela altura, sendo
esta a crise a nível político, a crise de
Que é Portugal a entristecer — identidade e a ilusão de algum brilho
Brilho sem luz e sem arder ocasional.

Como o que o fogo-fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer.


Ninguém conhece que alma tem, O sujeito poético realça a antítese entre o
Nem o que é mal nem o que é bem. desânimo nacional do presente e a esperança
de que o país melhorasse no futuro.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...
Exortação profética para a mudança – abanão
É a hora! para que Portugal acorde.
Fim

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