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Introdução
Desenvolvimento
Para comprovar: “mais vale asno que me carregue do que cavalo que me derrube” Gil Vicente
escreveu a “Farsa de Inês Pereira”.
Esta obra divide-se em três atos.
O primeiro ato corresponde a Introdução ou Exposição.
Inês, uma jovem moça da burguesia, suspira e manifesta desejo de se libertar da mãe, que a
obriga a ficar sempre em casa, ocupando-se de tarefas domésticas as quais considera enfadonhas.
Rejeita um pretendente rico, mas rústico e sem maneiras, Pêro Marques, que para a sua mãe e para a
alcoviteira Lianor Vaz é um “bom partido”.
Nesta primeira parte da obra refleti sobre muitas histórias que ouvi a minha avó contar de
raparigas que para sairem da vida modesta que tinham na aldeia vinham trabalhar para o Porto com
o grande objectivo de encontrarem um “partido”, ou seja um marido rico que as viesse a sustentar,
mesmo que isso implicasse ficarem confinadas a vida doméstica enquanto muitas vezes o marido
levava uma vida dupla com outra família.
Podem ser identificados três tipos de cómico: cómico de carácter que se verifica por exmplo na
imagem de Pêro Marques, um provinciano e bronco, completamente deslocado quando está junto de
Inês e de sua mãe; cómico de situação, como quando já na fase final, Pêro Marques carrega Inês as
costas para a levar a encontrar-se com o amante; e cómico de linguagem, como quando o moço
ironiza sobre o escudeiro demostrando que ele não passa de um pelintras.
Conclusão
Na generalidade gostei da obra, porque é de fácil leitura e têm momentos muito caricatos, apesar de
não concordar com a conlusão, como já tive oportunidade de referir anteriormente.
Gil Vicente demonstra com esta obra a sua capacidade inata em produzir boa literatura e fazer ato
cívico, ao criticar e por a “nu” os maus comportamentos da sociedade da epóca.
Através desta obra podemos ficar com uma ideia mais abrangente da sociedade do séc. XVI, as
qualidades, mas sobertudo os seus defeitos, que eram os alvos preferidos para serem criticados pelo
nosso grande dramaturgo.