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TESTE 1

Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

Grupo I
Lê o seguinte texto, consultando as notas apresentadas.

1. em festas. 2. francamente.

3. presa com rédea curta. 4. convento de Odivelas era conhecido pelo restrito cumprimento
a das regras religiosas de reclusão.

1. Insere o excerto na estrutura da obra.

2. Caracteriza Inês Pereira e o Escudeiro, justificando com expressões do texto.

3. Explicita a evolução do relacionamento entre o Escudeiro e Inês.

4. Completa as afirmações apresentadas, selecionando da tabela a opção adequada a cada espaço.


Na folha de respostas, regista apenas as letras - a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que
corresponde à opção selecionada em cada um dos casos.

Na Farsa de Inês Pereira, está presente uma sátira aos costumes da ___a)___ e aos comportamentos típicos
da sociedade, através da caracterização das personagens. Assim, neste excerto, o Escudeiro revela-se __b)___,
proibindo Inês de falar e de cantar e trancando-a em casa. Inês, para quem o casamento representa a _c)___,
escolhe o marido pela aparência, o que se revela uma péssima opção.
Grupo II
Nas respostas aos itens de escolha múltipla, seleciona a opção correta.
Escreve, na folha de respostas, o número do item e a letra que identifica a opção escolhida.

A Arte do galanteio no século XIX


Amor e galanteio variam de acordo com a sua inscrição espacial e social. Por isso, os
galanteios urbanos distinguiam-se dos rurais, da mesma forma que se diferenciavam em
função do estatuto social dos amantes. Até meados do século XIX, o espaço público das
cidades encontrava-se segregado segundo o género de quem o frequentava. O estatuto de
“homem público” era atribuído a quem gozava de prestígio social, reconhecimento público.
Em contrapartida, “mulher pública” era a designação outorgada à prostituta, precisamente
porque circulava num espaço de domínio masculino, transgressão carregada de suspeição.
À mulher virtuosa estava consagrado o espaço doméstico. Era em casa que devia ficar,
tendo quando muito permissão para tomar chá em casa de amigas ou frequentar cultos
religiosos. (...)
Refugiadas no espaço doméstico, as mulheres logravam adquirir uma boa reputação que
lhes permitia manter ou conquistar um casamento. Para tomarem ar podiam assomar à janela, mas muito
discretamente. As solteiras arriscavam namorar à janela. O namoro de estaca, como também era conhecido, era
tolerado por algumas mães e mais bem acolhido pela vizinhança, matronas desejosas de não perder pitada do
namoro da filha da vizinha. Os amantes sentiam, por isso, o seu espaço de intimidade violado. Os mais astutos
acabariam por descobrir uma maneira de burlar a bisbilhotice da vizinhança mediante bilhetinhos amorosos
que se baixavam e erguiam por um cordel que se desprendia da janela. (...)
Em meados do século XIX, as modas parisienses invadem Lisboa. As senhoras burguesas anseiam por aceder
às elegantes lojas de moda do Chiado, às mais chiques novidades importadas. (...)
Era a conquista do espaço público pela mulher burguesa. O gosto burguês de exibição em público ‒ no Chiado,
no Passeio Público, nos jardins, nos teatros ‒ levou a mulher a dotar a sua presença de signos falantes. As
próprias fitinhas e laços, balanceando na traseira das cinturas das donzelas, ganhavam apodos significativos:
“Siga-me, senhor! Dê-me aqui um beliscão! Casa-me, papá!” Em contrapartida, algumas damas usavam o
pudor como estratégia de sedução.
José Machado Pais, Visão História, n.º 54, agosto de 2019, pp. 58- 59.

1. De acordo com o texto, no século XIX, o espaço público das cidades era
(A) aberto a toda a população.
(B) vedado à mulher honrada.
(C) um local de livre acesso.
(D) um espaço de galanteios.

2. O recato do lar era condição essencial para


(A) a rapariga solteira namorar à janela.
(B) a mulher preservar uma boa reputação.
(C) a mulher fazer um casamento de conveniência.
(D) as solteiras transgredirem as regras da sociedade.

3. No século XIX, a moda parisiense assumiu-se como um fenómeno social


(A) ao introduzir novos hábitos de consumo.
(B) porque alterou a forma de vestir da mulher.
(C) ao permitir o acesso da mulher às novidades estrangeiras.
(D) porque mudou o estatuto da mulher portuguesa.

4. No contexto em que surge, a frase “dotar a sua presença de signos falantes” (sublinhado)
significa
(A) usar objetos para comunicar algo.
(B) exibir-se no espaço público.
(C) estar presente nos eventos de moda.
(D) adquirir objetos de adorno.
5. O referente do pronome pessoal presente em “o género de quem o frequentava” (linha 4) é
(A) “o espaço público”.
(B) “século XIX”.
(C) “o espaço público das cidades”.
(D) “cidades”.

6. Classifica as orações sublinhadas no segmento “Os mais astutos acabariam por descobrir uma
maneira de burlar a bisbilhotice da vizinhança mediante bilhetinhos amorosos que se
baixavam e erguiam por um cordel que se desprendia da janela” (linhas 16-19).

7. Identifica os atos de fala ilocutórios que estão associados a cada um dos enunciados.
a. Hoje tenho de chegar a casa antes das 20 horas.
b. Declaro aberta a sessão de autógrafos.
c. Adorei visitar a ilha de São Miguel.
d. Este livro é autobiográfico.
e. Traz-me uma recordação da tua viagem.
f. Assim que puder irei contigo ao Museu de Arqueologia.

8. Constrói frases que concretizem os atos de fala ilocutórios apresentados nos seguintes
enunciados.
8.1 Aprender a surfar.
a. Ato ilocutório compromissivo.
b. Ato ilocutório expressivo.
8.2 Terminar o trabalho de grupo.
a. Ato ilocutório diretivo.
b. Ato ilocutório assertivo.
8.3 Eleger o diretor do museu.
a. Ato ilocutório assertivo.
b. Ato ilocutório declarativo.
Bom trabalho!
Marta Cruz
TESTE 2
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

Grupo I
TEXTO A- Lê o excerto da Farsa de Inês Pereira que se segue.
Em caso de necessidade, consulta as notas de vocabulário apresentadas a seguir ao texto.
Apresenta, de forma bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.

1. Insere o excerto na estrutura interna da obra.


2. Refere três traços caracterizadores de Inês. Fundamenta a tua resposta com citações textuais pertinentes.
3. Identifica e explicita o valor do recurso expressivo presente nos versos 26-27.
4. Classifica a personagem Inês Pereira quanto à composição. Justifica a tua resposta, tendo em conta a
globalidade da obra.

TEXTO B- Lê o excerto seguinte da Farsa de Inês Pereira.


Em caso de necessidade, consulta as notas de vocabulário apresentadas a seguir ao texto.
Apresenta, de forma clara e bem estruturada, as tuas respostas aos itens que se seguem.
5. Atenta na relação mãe-filha.
5.1 Explica como evolui ao longo da ação.
6. Menciona duas características que permitem reconhecer este texto dramático como uma farsa.

GRUPO II
Lê o texto com atenção.
1. Para responderes aos itens de 1.1 a 1.6, seleciona a única opção que te permite obter
uma afirmação correta.

1.1 Segundo o autor, o teatro vicentino


(A) não foi caso único na literatura portuguesa.
(B) foi a continuação de uma tradição medieval.
(C) foi espontâneo e irrepetível.
(D) foi retomado no século XVIII.

1.2 No caso de Gil Vicente, a expressão «um mero fortuito» (l. 7) corresponde a uma síntese que revela
(A) o caráter arbitrário da sua existência.
(B) um acaso do destino.
(C) uma sorte do povo português.
(D) um acaso inexplicável.

1.3 O excerto «ele podia não ter nascido, ou ter nascido e não ter chegado à idade adulta, ou ter chegado à idade
adulta e não ter tido acesso à corte» (ll. 7-9)
(A) apresenta a vida de Gil Vicente.
(B) lista os vários percursos de Gil Vicente.
(C) descreve os vários momentos da vida de Gil Vicente.
(D) enumera vários fatores determinantes do êxito de Gil Vicente.

1.4 Na expressão «se Gil Vicente tivesse tido um acidente em menino» (ll. 17-18)
está presente
(A) uma impossibilidade.
(B) uma probabilidade.
(C) uma possibilidade.
(D) uma certeza.

1.5 Com o parênteses «(entre os quais me conto)» (l. 19), o autor introduz
(A) uma conclusão.
(B) uma informação adicional.
(C) uma citação.
(D) uma explicação.

1.6 Na frase «Essas razões valeriam provavelmente tanto como as que os referidos historiadores aplicam ao século
XVIII» (ll. 21-23), o autor recorre a
(A) uma enumeração.
(B) uma metáfora.
(C) uma comparação.
(D) um eufemismo.
Bom trabalho!
Marta Cruz
TESTE 3
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

Lê o excerto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Caso seja necessário, consulta as notas.
1. Indica o motivo por que, no início do excerto, o Escudeiro se mostra muito irritado com Inês.

2. Aponta a ameaça que Brás da Mata faz à sua mulher.

3. Interpreta os versos «porque o homem sesudo / traz a mulher sopeada» (versos 17-18), relacionando-os com as
imposições que Brás da Mata apresenta a Inês.

4. Demonstra que o comportamento da protagonista, ao longo da sua interação com o marido, evidêcia o caráter injusto
das atitudes de Brás da Mata.

5. Enuncia os argumentos que o Escudeiro utiliza para justificar o modo como se comporta com a sua mulher.
Fundamenta a resposta através de citações textuais.

6. Explica o sentido dos versos «Quem bem tem e mal escolhe / por mal que lhe venha nam s’anoje» (versos 46-47),
relacionando-o com o percurso da protagonista ao longo da obra.

7. Completa as afirmações apresentadas,

No monólogo de Inês que é apresentado no final deste excerto, esta personagem mostra arrependimento por a),
reconhecendo que errara ao pensar que os cavaleiros e os escudeiros eram b). Assim, caso volte a ficar solteira, escolherá
um marido c).
Bom trabalho!
Marta Cruz
TESTE 4
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

GRUPO I
Lê o seguinte excerto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Se necessário, consulta as notas.

1. Caracteriza Pero Marques, tendo em conta, por um lado, as falas de Lianor Vaz e de Inês Pereira e, por outro,
o conteúdo da carta.
2. Explica a relevância das falas da mãe entre os versos 21 e 23, no contexto em que ocorrem.
3. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.
Na folha de respostas, regista apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde
à opção selecionada em cada um dos casos.
Neste excerto da farsa, Inês Pereira reitera as qualidades que privilegia num marido, ficando bem evidentes
a) ________ da personagem feminina. Para além disso, na última fala de Inês está presente o b)
__________, uma vez que, através c) __________, a personagem feminina demonstra o seu desagrado
em relação a Pero Marques, pretendente que se afasta do seu ideal de marido.
Bom trabalho!
Marta Cruz
TESTE 5
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

Lê o seguinte excerto da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Se necessário, consulta as notas.

1. Transcreve as expressões que, entre os versos 3 e 29, se referem às regras impostas a Inês, indicando as
exigências do Escudeiro em cada uma delas.
2. Explicita a reação de Inês Pereira à atitude de Brás da Mata.
3. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.
Na folha de respostas, regista apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde
à opção selecionada em cada um dos casos.
Neste excerto, o comportamento despótico do Escudeiro coloca em evidência o seu verdadeiro caráter. Nos
versos 32 a 36, recorrendo à a) __________, Brás da Mata procura justificar a sua atitude, valorizando
Inês ao referir-se a ela como «meu tisouro» e «meu ouro». Para além disso, ironicamente, desdenha de Inês,
responsabilizando-a pelas consequências da sua escolha, em b) __________. Também no diálogo com o
Moço se destaca o seu caráter dissimulado, na medida em que se desmascara c) __________.
Bom trabalho!
Marta Cruz
TESTE 6
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

M INES Saveis vós o que eu queria? PERO Se vós quereis.


PERO Que quereis, minha molher? INES E vós me respondereis
INES Que houvesseis por prazer A tudo quanto eu cantar:
1075 De irmos lá em romaria. “Pois assi se fazem as cousas.”
PERO Seja logo sem deter.
INES Este caminho he comprido, Canta Inês Pereira:
contai uma historia, marido. INES «Marido cuco me levades
1080 PERO Bofá1 que me praz, molher. 1100 E mais duas lousas.»
INES Passemos primeiro o rio. Descalçai-vos PERO «Pois assi se fazem as cousas.»
PERO Assi ha de ser? E pois como? INES «Quanto vos quero;
INES E levar-me-eis no ombro,Não me corte a 1105 Sempre fostes percebido
1085 madre2 o frio. Pera cervo7: Agora vos tomou o demo
Com duas lousas.»
Põe-se às costas do marido e diz: PERO «Pois assi se fazem as cousas.»
Farsa de Inês Pereira, Gil Vicente

INES Assi.
PERO Ides à vossa vontade?
INES Como estar no paraiso. DICIONÁRIO:
PERO Muito folgo eu com isso. 1. Bofá- na verdade...
1090 INES Esperade ora, esperade! 2. madre- útero
3. lousas- placas de pedra
Olhae que lousas3 aquellas, 4. poer- pôr
Pera poer4 as talhas nelas! 5. cuco- enganado
PERO Quereis que as leve? 6. sempre foste percebido- sempre tiveste inclinação
1095 INES Si: uma aqui e outra aqui. 7. cervo- como cuco, um símbolo de marido traído
Oh como folgo com ellas!
Cantemos?

1. Integra a passagem apresentada na estrutura deste texto dramático de Gil Vicente.


2. Apresenta dois traços caracterizantes de Inês a partir do excerto, tendo em conta os pedidos que faz ao marido.
3. Explica de que modo a resposta de Pêro Marques à cantiga de Inês contribui para o efeito cómico.
4. Lê a frase em itálico e indica na tua folha de resposta a alinea que a completa adequadamente.

A cena em análise concretiza de forma literal e explicita a ideia que serviu de mote à elaboração da peça, uma vez que

a. Pero Marques é conotado com um animal que embora desejado se desadequa aos desígnios de Inês.
b. Pero Marques se adqua pela sua simplicidade e ingenuidade às protensões de Inês.

5. Declara as seguintes afirmações como verdadeiras (V) ou falsas (F)


a. Apesar de Inês considerar a sua vida de solteira rotineira, empenha-se afincadamente no cumprimento das
tarefas ordenadas pela sua mãe, pois está anciosa por casar.
b. Pero Marques demonstra ser desageitado e rude, porém honesto.
c. Os dois judeus mostram ser oportunistas, pois apresentam a Inês um pretendente abastado e séri, mas
mostram-se anciosos para receber o seu pagamento.
d. O escudeiro Brás da Mata mostra-se falso e manipulador com Inês, mas fraco no campo de batalha
e. A peça foi inspirada num mote apresentado como desafio a Gil Vicente:«Mais vale cavalo que me derrube».
Sendo o asno representativo do escudeiro e o cavalo representativo de Pero Marques, pois carrega Inês às
cavalitas.

6. Faz corresponder a cada alínea da esquerda à coluna da direita.


a. Carácter voluntarioso de Inês e desejo de 1. Encontro de Inês comum ermitrão após o
ascender socialmente. casamento com Pero
b. Críticas aos Escudeiros hipócritas, fanfarrões e 2. Diálogo inicial entre Inês e a mãe.
cobardes. 3. Rejeição de Pero, por parte de Inês, e busca de
c. Sátira ao carácter adúltero de Inês. um homem “cortês”.
d. Crítica ao clero por não cumprir o voto de 4. Diálogo entre Leonor Vaz e a mãe
castidade. 5. Casamento de Inês com Brás da Mata
e. Reflexão sobre a vida das jovens quinhentistas e
submissão à figura materna.

QUESTÃO-AULA 1
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

Lê o seguinte excerto, da Farsa de Inês Pereira, de Gil Vicente. Se necessário, consulta as nota.

1. Explicita as funções da carta recebida por Inês.


2. Clarifica as reações de Inês e do Moço ao conteúdo da carta e relaciona-as com os motivos que lhes estão
associados.
3. Completa as afirmações abaixo apresentadas, selecionando a opção adequada a cada espaço.
Na folha de respostas, regista apenas as letras – a), b) e c) – e, para cada uma delas, o número que corresponde
à opção selecionada em cada um dos casos.
Este excerto na Farsa de Inês Pereira denuncia a veia satírica de Gil Vicente: o recurso ao cómico,
nomeadamente ao de caráter, através da personagem a) _____________, que acentua o contraste entre o
ser e o parecer; a presença da ironia, como se verifica em b) _____________; o recurso a c) _________,
como, por exemplo, Lianor Vaz.

Bom trabalho!
Marta Cruz
FICHA DE GRAMÁTICA
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

1. Seleciona, de entre as funções sintáticas apresentadas no quadro, a que é desempenhada pelo constituinte
sublinhado em cada uma das frases.

a) Naquele mesmo dia, todos os candidatos ao cargo se apresentaram muito cedo.


b) Nessa cidade, famosa pelos seus palácios, milhares de turistas enchiam as ruas.
c) Chegaram novos alunos à escola.
d) Nesta semana, fomos ao cinema duas vezes.
e) Apesar do frio, eles decidiram ficar no jardim.
f) A adoção de medidas mais drásticas foi fundamental no combate à corrupção.
g) Eles perceberam que todos os seus amigos os tinham ajudado.
h) Os jovens estavam muito entusiasmados com a festa.
i) Venham cá, por favor, meninos!
j) Ele comunicou-me que ia chegar um pouco atrasado.
k) Eles refletiam todos os dias sobre os temas da atualidade.
l) Todos os seus amigos o consideravam bondoso.
m)O livro que me recomendaste surpreendeu-me muito.

2. Divide e classifica as orações das frases que se seguem.


a) Não sei se eles vão a Lisboa na próxima semana.
b) Uma vez que me ajudaste neste trabalho, vou retribuir a tua boa ação.
c) O João é mais bondoso do que a Maria.
d) Ela pediu para entrar na peça de teatro.
e) Os alunos estudaram muito para terem bons resultados.
f) Por mais que acelerasse, o ciclista não conseguia avistar os seus companheiros.
g) A paisagem era tão bela que todos ficaram sem palavras.
h) Nem terminaram o trabalho, nem o enviaram aos seus colegas.
i) Sempre que visito este jardim, recordo a minha infância.
j) O tempo está melhor, logo não teremos problemas na viagem.

3. Identifica os atos ilocutórios presentes nas frases que se seguem.

a) Durante o próximo mês, treinarei duas vezes por semana.


b) Lamento que não tenhas gostado do filme.
c) Proíbo-vos de voltarem àquela casa!
d) Felicito-vos pelo vosso casamento.
e) Que queres fazer hoje à tarde?
f) Hoje, a maré está cheia.
g) Garanto-te que, daqui a um ano, estaremos em Paris.
h) Espero que, da próxima vez, me convides para ir contigo.
i) Declaro o réu inocente.
j) Imploro-te que venhas comigo!
k) Que história interessante!
l) Poderia dizer-me quanto custam os bilhetes, por favor?

4. Tendo em conta o(s) fonema(s) sublinhado(s), identifica o processo fonológico ocorrido na evolução
dos étimos que se seguem.
a) SECRETU- > segredo ________________________________________________________
b) REGNU- > reino ___________________________________________________________
c) STELLA- > estrela __________________________________________________________
d) ACTU- > auto _____________________________________________________________
e) INFLARE > inchar __________________________________________________________
f) SPIRITU- > espírito _________________________________________________________
g) VIDI > vii > vi _____________________________________________________________
Bom trabalho!
Marta Cruz
FICHA DE LEITURA
Nome: _____________________________________________________________________________ 10.º____

UMA VIDA NO NOSSO PLANETA


Temo por aqueles que vão ser temunhas dos próximos 90 anos, se continuarmos a viver como vivemos hoje. A
mais recente perspetiva científica sugere que o mundo vivo está a caminho de oscilar e sucumbir. De facto, já
começou, e é de esperar que continue a uma velocidade cada vez maior, de tal modo que os efeitos do seu
declínio se tornarão maiores em escala e terão mais impacto à medida que se sucederem. Tudo aquilo de que
nos tornámos dependentes – todos os serviços que o ambiente da Terra sempre nos proporcionou de graça –
poderá começar a falhar ou a faltar por completo. A catástrofe previsível seria imensamente mais destrutiva do
que Chernobyl1 ou qualquer outra que tenhamos vivido até à data. Traria muito mais do que casas inundadas,
furacões mais fortes e incêndios de verão. Reduziria de forma irreversível a qualidade de vida de quem ela
atingisse e das gerações seguintes. Quando o colapso ecológico global finalmente assentar e nós atingirmos um
novo equilíbrio, a Humanidade, enquanto continuar a existir nesta Terra, poderá viver num planeta
continuamente mais pobre.
Os cientistas encontraram nove limiares críticos integrados no ambiente da Terra, nove fronteiras planetárias.
Se mantivermos o nosso impacto dentro desses limiares, ocupamos um espaço de funcionamento seguro, uma
existência sustentável. Se forçarmos as nossas exigências até um ponto em que uma dessas fronteiras se rompe,
corremos o risco de desestabilizar a máquina de suporte de vida, debilitando de forma permanente a Natureza
e retirando-lhe a capacidade de manter o ambiente seguro e agradável no Holoceno2.
Na sala de controlo da Terra, estamos a elevar distraidamente os níveis na escala de indicadores dessas nove
fronteiras, como fez a infeliz equipa do turno da noite em Chernobyl, em 1986. O reator nuclear também tinha
as suas fraquezas intrínsecas e os seus limiares, alguns conhecidos da equipa, outros não. Os funcionários
elevaram de propósito os níveis na escala de indicadores para testar o sistema, mas sem a atenção devida e
desconhecendo os riscos que estavam a correr. Quando os elevaram de mais, foi ultrapassado um limiar e
iniciou-se uma reação em cadeia que desestabilizou a máquina. A partir daquele momento, não havia nada que
eles pudessem fazer para travar o desastre já em marcha: o complexo e frágil reator já estava condenado a
falhar.
Atualmente, as nossas atividades estão a condenar a Terra a falhar. Já rompemos quatro das nove fronteiras.
Estamos a poluir a Terra com demasiados fertilizantes, perturbando os ciclos do azoto e do fósforo. Estamos a
converter habitats naturais e terrestres – como florestas, pradarias e pântanos – em terras de cultivo a um
ritmo demasiado elevado. Estamos a aquecer a Terra excessivamente depressa, adicionando dióxido de
carbono à atmosfera com maior rapidez do que em qualquer outra época da História do nosso planeta. Estamos
a provocar uma taxa de perda de biodiversidade que é mais de 100 vezes superior à média e só tem equivalente
no recorde de fósseis durante uma extinção em massa.
Os cientistas preveem que os danos que constituíram o aspeto determinante durante a minha vida serão
eclipsados pelos danos dos próximos 100 anos. Se não mudarmos de rota, as pessoas que nascem hoje poderão
testemunhar as consequências.
David Attenborough, Uma vida no nosso planeta, Lisboa, Temas e Debates,
2020 (excerto publicado na revista Visão n. 1447 texto adaptado).
1. De acordo com o primeiro parágrafo,
A. o declínio da Terra nos próximos 90 anos é inevitável, apesar de todos os esforços que atualmente estão a ser
desenvolvidos.
B. é expectável que o mundo natural, depois de atingir o auge da destruição, recupere a sua vitalidade original.
C. o processo de destruição da Natureza terá apenas como consequência o aumento das inundações, dos
incêndios e dos furacões.
D. se o atual estilo de vida se mantiver, ocorrerá uma catástrofe que levará irreversivelmente o Homem a
perder qualidade de vida.

2. A referência a Chernobyl tem o objetivo de


A. sublinhar os perigos associados à utilização da energia nuclear que originarão um colapso inevitável da
natureza e da própria humanidade.
B. mostrar os riscos que os cientistas correm aquando da realização de experiências cujas consequências não é
possível avaliar com antecedência.
C. demonstrar que, caso a Humanidade não altere o seu comportamento em relação à Terra, o nosso planeta
poderá atingir um ponto a partir do qual o declínio se tornará irreversível.
D. evidenciar o facto de os homens estarem irreversivelmente condenados à destruição, independentemente
das medidas que venham a tomar.

3. No parágrafo sublinhado,
A. são apresentadas evidências de que o Homem já ultrapassou o limiar em quatro das nove fronteiras
planetárias.
B. é demonstrado que as alterações climáticas são o maior flagelo da atualidade.
C. é evidenciado o facto de a agricultura ser a única responsável pela destruição do planeta.
D. é sublinhado o facto de a taxa de perda de biodiversidade ser 100 vezes superior à média.

4. Segundo o último parágrafo, as previsões dos cientistas mostram que


A. os danos sofridos acabarão por esbater-se devido a uma recuperação do planeta
B. o processo de destruição da Terra se agravará.
C. as pessoas nascidas na atualidade farão com que os danos anteriormente infligidos ao mundo natural sejam
mitigados.
D. o comportamento do Homem na atualidade em nada alterará o rumo do planeta.

Bom trabalho!
Marta Cruz

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