Símbolos

Os símbolos são formas de reforçar o carácter metafórico da peça.

A saia verde aparece como símbolo de felicidade. A cor verde induz a tranquilidade e a esperança.
Matilde ao escolhe-la demonstra essa tranquilidade e esperança.
O título da obra estando presente em falas das personagens coloca em destaque a antítese ente noite
e luar. A noite que assusta, que é morte contrapondo-se ao luar que dá esperança, que é vida.
A moeda de cinco réis demonstra o desrespeito dos poderosos em relação aos mais desfavorecidos,
apresentando-se como uma represália quando Manuel pede a Rita para a entregar a Matilde.
Os tambores, invocam repressão, medo, o carácter trágico da ação.
A simbologia presente remete-nos para a esperança futura da liberdade.
(120)

Paralelismo histórico (1817-1961)

– demonstrar aspetos
– texto metafórico
Nesta obra o autor com as pesonagens recupera os acontecimentos do séc. XIX de forma a
denunciar a situação social e política do país na década de 60 do séc. XX.
Com um texto metafórico Luís de Sattu Monteiro faz com que o leitor fique consciente e atento as
injustiças, a repressão e as perseguições politicas do tempo em que escreveu a obra.
A miséria, o medo, a ignorância e a resignação do povo que assiste a execução do general Gomes
Freire de Andrade assemelha-se ao mesmo que o povo está a passa naquela mesma altura.
Claramente está-se perante uma obra metafórica que retrata ao acontecimentos do séc. XX a luz de
acontecimentos do séc. XIX.
(116)

Caracterização das Pesonagens

Pisicologicamente densas e vivas, são estas as características comuns a todas as personagens desta
obra, conferindo assim um carcácter homogéneo ao texto.
È o próprio autor, de forma a não surgirem dúvidas, que logo ao iniciar a obra apresenta as
personagens.
Podemos considerar que elas se dividem em dois blocos que metaforizam uma antítese.
De um lado temos os justos, corajosos, que lutam pela liberdade como Gomes Freire, Manuel e
Matilde. Por outro lado temos os corrompidos pelo poder, calculistas e ambiciosos como D. Miguel,
Principal Sousa, Beresford, Vicente, Corvo.
São estas personagens, todas elas com as suas características individuais que imprimem o carácter
denso e vibrante presente em toda a ação.
(112)

Teatro épico- Brecht

– em que consiste
Contraponde-se ao teatro clássico, o teatro épico proposto por Brecht têm como grande objetivo
conseguir o efeito social.
Brcht aconselha a “distanciação” para desta forma permitir o envolvimento do espectador no
julgamento da sociendade. Assim sendo, está implícita a crítica contra o individualismo, a
consiciencialização perante o sofrimento dos outros e a realidade social.
O teatro épico deve instruir os espectadores na verdade, procurando motiva-los a atuar, e alerta-los
para a condição humana. Só assim o espectador conseguirá aperceber-se melhor de todas as formas
de injustiça e de opressão.
Tempo, espaço e personagens foram moldadas pelo autor de “Felizmente há luar” de forma a que
estejam presente teatro épico defendido e apontado por Brecht.
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