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O Quinto Império

Carlos Barbosa Nº9


Diogo Costa Nº11
Índice

01 02
Introdução Leitura

03 04
Análise Recursos Expressivos
01
Introdução
Mensagem

3º parte
1º parte O Encoberto
O brasão (Decadência da nação)
(nascimento da nação)

2º parte
Mar Português
(Domínio dos mares pelos
Portugueses)

O Quinto
Império
02
Leitura
O Quinto Império Eras sobre eras se somem
No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Triste de quem vive em casa, Que as forças cegas se domem
Contente com o seu lar, Pela visão que a alma tem!
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa E assim, passados os quatro
Da lareira a abandonar! Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Triste de quem é feliz! Do dia claro, que no atro
Vive porque a vida dura. Da erma noite começou.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz — Grécia, Roma, Cristandade,
Ter por vida a sepultura. Europa — os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?
03
Análise
03.1
Análise Externa
Análise Externa Do poema

O poema é constituído por


5 estrofes onde cada uma tem Quanto às sílabas métricas, todos os
5 versos ( 5 Quintilhas ) versos têm 7 sílabas métricas
( redondilha maior )

O esquema rimático é
a/b/a/a/b
Em todas as estrofes

Emparelhada em ( b/a/a/b)
Cruzada em (a/b/a)
Interpolada em (b/a/a/b)
03.2
Análise Interna
O Quinto Império

Triste de quem vive em casa,


Contente com o seu lar,
Sem que um sonho, no erguer de asa,
Faça até mais rubra a brasa
Da lareira a abandonar!
O poema começa com um oxímoro nos dois primeiros versos da
primeira estrofe e no primeiro verso da segunda estrofe. Com a
utilização do oxímoro Pessoa exprime duas ideias, criticando aqueles
que se adaptam perante a vida e a felicidade dos mesmos que se
conformam.
O Quinto Império

Triste de quem é feliz!


Vive porque a vida dura.
Nada na alma lhe diz
Mais que a lição da raiz —
Ter por vida a sepultura.

Na segunda estrofe, explica que quem é feliz limita-se a viver por


viver, sem interesse e sem procurar outras formas de felicidade bem
como novas experiências. Mostra também que na própria essência
material do homem está, desde a sua origem, a inevitabilidade da
morte.
O Quinto Império

Eras sobre eras se somem


No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
Na terceira estrofe o autor mostra-nos que o tempo vai passando e
que as coisas vão mudando, mas que o descontentamento do homem
nunca muda e que isso o faz ser homem. Afirma também que as
nossas forças estão na alma e nos nossos sonhos. 
O Quinto Império

E assim, passados os quatro


Tempos do ser que sonhou,
A terra será teatro
Do dia claro, que no atro
Da erma noite começou.

Com a quarta estrofe Fernando Pessoa pretende mostrar que com o


passar dos Tempos, a Terra será o palco em que tudo começará de
novo.
O Quinto Império

Grécia, Roma, Cristandade,


Europa — os quatro se vão
Para onde vai toda idade.
Quem vem viver a verdade
Que morreu D. Sebastião?

Por fim, na última estrofe o autor escreve que Grécia, Roma,


Cristandade e Europa são os impérios que tal como o
Homem, nasce, envelhece e morre, chegando a desaparecer,
"Para onde vai toda idade". Nos últimos dois versos destaca-
se o mito de D. Sebastião como solução para os problemas
de um Portugal cinzento, acomodado e triste.
Reflexão acerca da
vivência humana e da
importância do
O Quinto Império Anúncio de uma
nova época e de um
sonho. novo império.

Triste de quem vive em casa, E assim, passados os quatro


Contente com o seu lar, Tempos do ser que sonhou,
Sem que um sonho, no erguer de asa, A terra será teatro
Faça até mais rubra a brasa Do dia claro, que no atro
Da lareira a abandonar! Da erma noite começou.

Triste de quem é feliz! Grécia, Roma, Cristandade,


Vive porque a vida dura. Europa — os quatro se vão
Nada na alma lhe diz Para onde vai toda idade.
Mais que a lição da raiz — Quem vem viver a verdade
Ter por vida a sepultura. Que morreu D. Sebastião?

Eras sobre eras se somem


No tempo que em eras vem.
Ser descontente é ser homem.
Que as forças cegas se domem
Pela visão que a alma tem!
04
Recursos Expressivos
Oxímoro
Recursos Expressivos Presente nos versos ,
“Triste de quem vive em casa,/
Contente com o seu lar” v(1/2);
“Triste de que é feliz!” v(6).
Anáfora
“Triste de quem” v(1)
“Triste de quem” v(6)
Repetição
“Eras sobre eras somem/
No tempo que eras vem.” v(11/12)
Antítese
“Do dia claro, que no atro/
Da erma noite começou.”
Interrogação
Retórica
"Que morreu D.Sebastião?” v(25)
Obrigada
Pela
Atenção

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