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INCONFIDÊNCIA (1953)
Cecília Meireles
Mas, nos campos sem fim que o sonho corta, É a mão do Alferes, que de longe acena.
vejo uma forma no ar subir serena: Eloquência da simples despedida:
vaga forma, do tempo desprendida. “Adeus! que trabalhar vou para todos!...”
• A segunda parte termina com uma violenta crítica do enunciador aos pusilânimes, ou seja,
aos covardes e frouxos de vontade, aqueles que não mantêm energia para defender as
posições assumidas. É a “fala aos pusilânimes”.
Romanceiro da Inconfidência – Resumo
• Terceira parte (do Romance XLVIII até o Romance LXIV): relato do resultado da delação do
movimento, provocada principalmente por Joaquim Silvério dos Reis, o grande pusilânime a quem
o eu-lírico do Romanceiro da Inconfidência se refere de maneira amarga.
Ai, palavras, ai, palavras, Ai, palavras, ai, palavras, Ai, palavras, ai, palavras,
que estranha potência, a vossa! que estranha potência, a vossa! que estranha potência, a vossa!
Ai, palavras, ai, palavras, Perdão, podíeis ter sido! Éreis um sopro na aragem...
sois de vento, ides no vento, – sois madeira que se corta, – sois um homem que se enforca!
no vento que não retorna, – sois vinte degraus de escada,
e, em tão rápida existência, – sois um pedaço de corda...
tudo se forma e transforma! – sois povo pelas janelas,
(...) cortejo, bandeiras, tropa...
Romanceiro da Inconfidência – Resumo
• Quarta parte (do Romance LXV até o Romance LXXX): centra-se em outras
condenações.
• A primeira é a do desembargador e poeta árcade Tomás Antônio Gonzaga, autor de
Marília de Dirceu. Condenado ao exílio, vê-se castigado não só por se afastar da pátria,
mas também por se separar da amada, Doroteia de Seixas, a pastora Marília.
Em Moçambique, o exilado conheceu Juliana Mascarenhas, filha de um riquíssimo
comerciante de escravizados. Casa-se com ela, o que prova novamente uma das
abordagens de Cecília Meireles: a efemeridade – até o amor, como o tão celebrado de
Dirceu por Marília, se acaba, sendo substituído e esquecido, de maneira fugaz.
• Outro condenado que aparece é Alvarenga Peixoto. Além do degredo, vê sua vida
mergulhada em infortúnios, como a morte de sua filha e a de sua esposa tão amada,
Bárbara Heliodora, que já fora tema de sua poesia.
Romanceiro da Inconfidência – Resumo
• Quinta parte: contexto pós-Inconfidência.
• “Retrato de Marília em Antônio Dias”: o sofrimento de Maria Doroteia Seixas, já bastante idosa e solitária,
dona de um amor que não é mais correspondido, já que seu noivo há muito se tornara feliz com outra
mulher em outra terra:
(Essa, que sobe vagarosa A que se inclina pensativa, Corpo quase sem pensamento,
a ladeira da sua igreja, e sobre a missa os olhos cerra, amortalhado em seda escura,
embora já não mais o seja, já não pertence mais à terra: com lábios de cinza murmura
foi clara, nacarada rosa. é só na morte que está viva. “memento, memento, memento...”,
• RELIGIOSIDADE CRISTÃ
Consolo e misericórdia X Distanciamento e indiferença.