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RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

ATITUDES QUE OFENDEM A DEUS


Hebreus 12:28-29 - “Pelo que, tendo recebido um REINO
que não pode ser abalado, retenhamos a graça, pela qual
sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e
piedade; porque o nosso Deus é um fogo consumidor.”
 
INTRODUÇÃO
 O filho desobediente está sempre passivo à correção do
seu pai. Mas, se ao descobrir que os seus mandamentos
não lhes são pesados e entrar pelo caminho da
obediência, sua vida será de sossego, de saúde e acima de
tudo: de longevidade seguida da vida eterna no Céu.
 ESBOÇO
 01.  Edificar sobre outro fundamento:
a) - Porque ninguém pode por outro fundamento além do
que já está posto, o qual é Jesus Cristo. (1Co 3:11).
 02.  Deixar de amá-lo:
b) - Se alguém não ama ao Senhor Jesus Cristo, seja
anátema. (1Co 16:22).
 03.  Divisão no Corpo de Cristo:
a) - Todavia, para nós há um só Deus. (1Co 8:6).
b) - Está Cristo dividido? Foi Paulo crucificado por vós? Ou
fostes vós batizados em nome de Paulo. (1Co 1:13).
 04.  O pecado:
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a)  Quem comete pecado é do diabo, porque o diabo peca


desde o princípio. (1Jo 3:8).
 05.  Se autoconsiderar sábio e forte:
a) - Nós somos loucos por amor de Cristo e vós sábios em
Cristo, nós fracos e vós fortes, vós ilustres e nós vis. (1Co
4:10-21).
 06.  Provocação ao Senhor:
a) - Ou irritaremos ao Senhor? Somos mais fortes do que
Ele? (1Co10:22).
b) - E não tentaremos a Cristo como alguns deles também
tentaram e foram consumidos pelas serpentes. (1Co10:9).
 07.  Falta de maturidade:
a) - E eu irmãos não vos pude falar como espirituais, mas
como carnais, como meninos em Cristo. (1Co 3:1-4).
 08.  Falta de espiritualidade:
a) - Ora, o homem natural não compreende as coisas do
Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
(1Co 2:14).
 
09.  Falta de fé:
a) - Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é
necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que
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ele existe e que é galardoador dos que o buscam.


(Hebreus 11:6).
 10.  Entristecer ao Espírito Santo:
a) - E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual
estais selados para o Dia da redenção. (Efésios 4:30).
 11. Lábios mentirosos:
a) - Os lábios mentirosos são abomináveis ao SENHOR,
mas os que agem fielmente são o seu deleite. (Provérbios
6:22).
 12. Mas conversações:
a)  - Não vos enganeis: as más conversações corrompem
os bons costumes. (1 Coríntios 15:33).
 13. Idolatria:
a) - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu,
o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade
dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração
daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em
milhares aos que me amam e guardam os meus
mandamentos. (Êxodo 20:2-6).
 CONCLUSÃO
Como filhos de Deus devemos estar atentos aos seus
conselhos, observando cuidadosamente tudo quanto o
pode aborrecer – para que em ponto algum venhamos a
infringir os seus imutáveis estatutos.
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

APROFUNDANDO AS RAÍZES
“Ora, como recebestes Cristo Jesus, o Senhor, assim
andai nele, nele enraizados, e edificados, e confirmados
na fé, tal como fostes instruídos, crescendo em ações de
graças. Cuidado que ninguém vos venha a enredar com
sua filosofia e vãs sutilezas, conforme a tradição dos
homens, conforme os rudimentos do mundo e não segundo
Cristo (Cl 2.6-8).
Introdução
Já imaginou uma árvore frondosa sem raízes? Seu
destino é o chão no primeiro vendaval. A força e a
sustentação de uma árvore estão na raiz, que devem
estar aprofundadas, não superficiais e esparsas.
Esta é uma metáfora que se encaixa muito bem
na vida cristã. Como uma árvore, se não
aprofundarmos nossas raízes seremos derrubados
da fé no primeiro vendaval que surgir na vida. E para
não cair da fé nos momentos de tribulação é
necessário estar firme, fortalecido e sustentado.
Lembra da parábola do semeador? Ela nos faz
lembrar da importância das raízes. A que caiu à
beira do caminho nem chegou a nascer, pois foi
devorada pelas aves (nem teve a oportunidade de
enraizar); a que caiu em solo rochoso nasceu e logo
morreu, isso porque não pôde aprofundar as suas
raízes por causa das pedras; a que caiu entre os
espinhos também nasceram, mas logo morreram
sufocadas pelos espinhos (por fatores externos ao
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das raízes, mas que provavelmente impediram sua


ramificação). Somente vigorou aquela que caiu e
nasceu em boa terra. Por quê? Porque foi a única
que aprofundou as suas raízes.
E qual é a função das raízes? As raízes têm três
funções primárias. A primeira é para dar fixação
da planta ao solo, a segunda é absorção de água
com sais minerais dissolvidos e a terceira é a
acumulação de substâncias de reserva.
O texto acima nos fala de como devemos estar
enraizados em Jesus, edificados em sua Palavra
para sermos aprovados na fé. Em nosso estudo
vamos fazer uma analogia entre as funções das
raízes em relação a vida cristã e abordaremos sobre
a importância de estarmos radicados em Cristo.
1 – A FUNÇÃO DA RAIZ É DAR SUSTENTAÇÃO
As raízes que se espalham a partir da base do
tronco estendem-se em todas as direções,
prendendo, assim, a planta ao solo. As raízes de
uma árvore, em geral, estão estruturadas na mesma
forma que os galhos, as raízes mais grossas
irradiam para fora da base do tronco, depois
bifurcam regularmente e terminam em aglomerados
de raízes finas nas pontas. Uma árvore com suas
raízes bem fixadas e profundas não cai na
tempestade. Ela suporta o vento e todas as
intempéries contra ela. Na parábola do semeador
temos dois exemplos da importância da sustentação
das raízes:
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A) Exemplo da semente que caiu em solo


rochoso
A Bíblia assim descreve sobre ela:
5  Outra parte caiu em solo rochoso, onde a terra
era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a
terra. 6  Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque
não tinha raiz, secou-se Mt 13 5,6).
E Jesus explica o seu significado:

13  A que caiu sobre a pedra são os que, ouvindo a


palavra, a recebem com alegria; estes não têm
raiz, crêem apenas por algum tempo e, na hora da
provação, se desviam (Mt 13.13).
Não aprofundaram as suas raízes e a falta de raízes
provocou a sua morte. A semente no terreno
rochoso possuía raízes, porém superficiais. Ela
nasceu alegre e radiante, mas logo morreu. E por
que morreu? Porque não desenvolveu raízes. É
aquele cristão que ouve a Palavra de Deus, aceita a
salvação em Cristo e começa a frequentar com
assiduidade e alegria a igreja. Porém, ele não
aprofunda as suas raízes e o que acontece com o
passar do tempo? O clima ameno passa e a seca
atinge com força esta plantinha que não se preparou
para o clima seco. E debaixo de um sol escaldante e
impelida por fortes ventos, ela não suporta e morre
porque as suas raízes eram superficiais, ou seja,
abandona a fé e deixa de frequentar a igreja.
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Como uma planta nascida no terreno pedregoso, um


novo convertido sem aprofundamento na Palavra de
Deus, diante do primeiro problema vai se esquecer
de toda alegria inicial e se desviar da fé. Isso
acontece porque muitos cristãos acham que Jesus é
como a lenda do gênio da lâmpada mágica que
atende a todos os nossos desejos e nos dá tudo que
pedimos. Logo ele percebe que a fé não é a base do
troca-troca: Eu creio em Ti, eu te adoro e em troca o
Senhor me abençoa com uma vida tranquila e
próspera. Depressa ele se decepciona e o Diabo é
especialista em lançar e trabalhar as decepções de
nosso coração.
B) Exemplo da semente que caiu em boa terra
A Bíblia assim descreve sobre esta semente:
8  Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto: a
cem, a sessenta e a trinta por um (Mt 13.8).
E Jesus explica o significado desta alusão:
15  A que caiu na boa terra são os que, tendo
ouvido de bom e reto coração, retêm a
palavra; estes frutificam com perseverança (Mt
13.15).
Esta não morreu e até frutificou porque atendeu com
agrado ao convite de Deus. A semente que caiu em
boa terra foi a única que não morreu e chegou a
frutificar e a amadurecer o seu fruto. Por quê? Qual
foi o seu segredo? As suas raízes! Esta semente
nasceu, cresceu e aprofundou na terra as suas
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raízes e por causa disso pôde suportar os


vendavais. Quando chegou os momentos de
tribulação ela não desistiu, pois pôde resistir
bravamente às intempéries porque havia nela uma
força que a sustentava.
Na Palavra de Deus encontramos homens e
mulheres de Deus que aprofundaram as suas raízes
de tal forma que aperfeiçoaram e desenvolveram a
sua fé. Estes homens e mulheres passaram por
tempos de dificuldades, como provações, aflições,
perseguições, mas eles resistiram porque estavam
sustentados pelas suas raízes. Os heróis da fé são
personagens bíblicos que suportaram todos os
vendavais e estão lá como exemplos, como placas
de sinais de trânsito para nossa orientação. Isso nos
ensina uma importante lição:
C) Somente em Cristo somos sustentados para
não cairmos nos vendavais
Se a primeira função da raiz é impedir que a árvore
caia é estritamente necessário que estejamos
radicados em Cristo. O próprio Senhor Jesus nos
advertiu quanto a essa necessidade:
5  Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem
permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito
fruto; porque sem mim nada podeis fazer. 6  Se
alguém não permanecer em mim, será lançado
fora, à semelhança do ramo, e secará; e o
apanham, lançam no fogo e o queimam (Jo 15.5-6).
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O segredo da nossa força, da nossa resistência não


está em nós, mas em Cristo. Precisamos nos
enraizar em Jesus para não tropeçarmos na fé. E
para quem pensa que não precisa de força para
resistir, Paulo assim nos adverte:
Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não
caia ( 1 Co 10.12).
E para não cair é necessário que estejamos em
Cristo, firmados nele, confiados em sua força e não
em nosso próprio entusiasmo. E acha que não há
inimigos por aí a fim de nos tirar do caminho e nos
fazer prosseguir por outro estranho à fé? Quantos
não nos aconselham a pegarmos um atalho que é
muito mais fácil e prático? Não devemos nos
esquecer de que Deus providenciou o caminho, mas
o Diabo o atalho, que nada mais é do que um desvio
do caminho. E em tempos tão modernos, com tanta
coisa acontecendo em nosso cotidiano, podemos ter
dificuldades de orientação. Como discernir o santo
do profano em meio a tantas vozes e tantos ensinos,
cada um deles parecendo ser mais verdadeiro que o
outro? No terreno espiritual todo cuidado é pouco. O
que vemos e ouvimos deve ser julgado e pesado
com muita prudência. A Bíblia diz:
Há caminho que parece direito ao homem, mas
afinal são caminhos de morte (Pv 16.25)
Há caminhos que parecem direitos aos nossos
olhos, mas muitos deles são perigosos e podem nos
levar à morte espiritual, ao abandono da fé, à queda
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nos vendavais. Por isso mantenha os olhos firmes


em Jesus para evitar que sua fé morra de secura em
cima da pedra. Precisamos criar raízes em nossa
vida cristã, aprofundarmos nossa fé para que não
venhamos a cair. Precisamos, impreterivelmente,
permanecer na videira, que é Cristo, porque não
temos raiz própria e necessitamos do alimento e da
sustentação de suas raízes, de forma que sem
Jesus não somos nada, sem Jesus estamos
perdidos, como diz aquele canto:
Quem tem Jesus tem tudo
Quem não tem, não tem nada.
Mas quem tem Jesus Cristo
No céu já tem morada.
Ligar a Cristo é o primeiro passo a ser dado na vida
cristã, pois o Apóstolo Paulo diz:
17  E, assim, se alguém está em Cristo, é nova
criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se
fizeram novas (2 co 5.17).
É o momento da conversão, de quando
abandonamos nossos velhos e sujos caminhos e
passamos a caminhar no caminho de Cristo que nos
leva direto ao Céu. É o momento em que rasgamos
nossas velhas e sujas vestes e nos revestimos de
Cristo. É o momento em que abandonamos nossas
paixões carnais, os prazeres da carne e nos
congratulamos em Cristo. É quando a nossa
natureza completamente humana se transforma e se
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alia à natureza divina, porque tomamos uma decisão


muito consciente e determinada de comprometer
totalmente a nossa vida com o Senhor Jesus Cristo.
Esta é uma fase tão primordial na vida cristã que,
caso isso realmente aconteceu na sua vida você
jamais deixará de estar ligado a Cristo; este cordão
umbilical jamais será cortado!
2 – A FUNÇÃO DA RAIZ É RETIRAR NUTRIENTES
E ÁGUA DO SOLO

A segunda função da raiz é absorção de nutrientes


que alimenta e mantém a árvore vigorosa. As
espécies que estão adaptadas para crescer em
regiões áridas têm longas raízes de busca, que
sugam umidade de uma vasta área. As que vivem
em solos úmidos e férteis têm raízes finas e pouco
profundas, que podem não se expandir para além da
extensão de seus ramos.
Uma planta sempre tem uma raiz principal, chamada
de pinhão da árvore. Esta provavelmente é a
primeira raiz produzida por uma semente e ela
cresce diretamente para baixo em busca de água e
simultaneamente fortalece a estabilidade da planta.
Esta raiz continua a estender-se para baixo o
suficiente para localizar uma fonte constante de
água e alimento.
Uma árvore com suas raízes bem fixadas e
profundas não se enfraquece. Ela retira os nutrientes
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necessários para a sua sobrevivência e seu


fortalecimento. Da mesma forma o cristão radicado
em Jesus Cristo não passa fome e nem sede,
porque Jesus disse:
Eu sou o pão da vida (Jo 6.48).
Eu sou o pão da vida; o que vem a mim jamais terá
fome; e o que crê em mim jamais terá sede (Jo
6.35).
Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém
dele comer, viverá eternamente (Jo 6.51).
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu
interior fluirão rios de água viva (Jo 7.38).
Ele recebe o alimento e os nutrientes necessários à
sua sustentação e fortalecimento de Cristo, ele
desenvolve a sua fé na comunhão cotidiana com
Deus. Na parábola do semeador temos dois
exemplos da negligência provocado pela não
ramificação das raízes:
A) Exemplo da semente que caiu à beira do
caminho
Assim a Bíblia diz dessa semente:
E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e,
vindo as aves, a comeram (Mt 13.4).
E Jesus explica sobre ela:
A que caiu à beira do caminho são os que a
ouviram; vem, a seguir, o diabo e arrebata-lhes do
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coração a palavra, para não suceder que, crendo,


sejam salvos (Mt 13.12).
A semente à beira do caminho praticamente não
tinha raiz, sendo que algumas nem chegam a
nascer, e por não se alimentarem morreram
desnutridas. Esta semente significa dar uma atenção
superficial a Deus e demonstra o desprezo do
homem pelo Evangelho de Jesus Cristo. Talvez, haja
até certa curiosidade sobre o assunto, mas nada é
levado a sério. Talvez, o interesse foi proveniente de
um momento difícil, uma busca de socorro; vindo a
bonança esquece-se do favor recebido. Talvez, tudo
não passou de um negócio, de uma troca de favores,
eu te aceito e o Senhor me ajuda, eu te sirvo e o
Senhor me dê uma vida próspera; não vindo o
resultado esperado a decepção o faz repensar. E
como tudo que é leviano desaparece o resultado
final é uma recusa ao chamado de Deus.
Isso acontece de diferentes formas. Pode vir na
pessoa de amigos, parentes, professores, colegas
de trabalho ou namorados e até mesmo do cônjuge,
para fazer com que você desista e perca o interesse
pelo Evangelho. Eles apontam todas as
desvantagens e perigos que vai enfrentar se insistir
em ser um crente em Jesus. Então, sem analisar o
outro lado, isto é, a salvação e todas as bênçãos
que a seguem pela eternidade, você pode ser levado
a entender falsamente que ser um cristão é um
atraso de vida e assim recusa ao convite de Deus.
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

Quando alguém vem e diz que o Evangelho é coisa


de gente atrasada, pregado por espertalhões, não
está dizendo a verdade, mas está jogando areia na
sua fé. A aceitação do Evangelho nunca foi atraso
de vida. Pelo contrário, já tirou, tira e sempre vai tirar
muita gente da miséria espiritual e da perdição
eterna. Ter Jesus como Senhor de nossa vida é a
maior riqueza que se possa ter. Portanto, não de
ouvidos aos cochichos de quem não se importa com
a sua salvação, não seja como uma semente à beira
do caminho que é pisada ou devorada pelas aves.
b) Exemplo da semente que caiu entre os
espinhos
A Bíblia assim diz sobre esta semente:
Outra caiu entre os espinhos, e os espinhos
cresceram e a sufocaram (Mt 13.7).
E Jesus explica seu significado:
A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no
decorrer dos dias, foram sufocados com os
cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos
não chegam a amadurecer (Mt 13.14).
A semente em terreno de espinheiros é aquela que
nasceu, cresceu e até frutificou porque aprofundou
um pouco as suas raízes, entretanto os seus frutos
não amadureceram porque não aprofundou o
suficiente as suas raízes para se alimentar de Deus.
Não se trata mais de um novo convertido, mas de
um cristão maduro. E quando o dono do terreno
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(Deus) vai procurar seus frutos, simplesmente não


os encontra. Uma erva daninha cheia de espinhos
cresceu junto à planta e a sufocou impedindo o
amadurecimento de seus frutos. Veja que não a
impediu de frutificar, mas de amadurecer o seu fruto.
Uma triste realidade hoje são os cristãos de "banco".
Passam a vida inteira assentados na Igreja sem um
propósito, sem o mínimo desejo de se envolver com
a obra de Deus. Apenas assistem ao culto, sem
prestar a Deus o verdadeiro culto, a verdadeira
adoração. Não planejam nada em Deus e não se
envolvem com os trabalhos da igreja. Mesmo depois
de muito tempo convertidos não passam de
crianças. Paulo assim diz sobre eles:
1 Eu, porém, irmãos, não vos pude falar como a
espirituais, e sim como a carnais, como a crianças
em Cristo. 2  Leite vos dei a beber, não vos dei
alimento sólido; porque ainda não podíeis
suportá-lo. Nem ainda agora podeis, porque ainda
sois carnais (1 Co 3.1,2).
Eram velhos convertidos, mas ainda crianças na fé.
E o autor de Hebreus diz:
12  Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres,
atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente,
necessidade de alguém que vos ensine, de novo,
quais são os princípios elementares dos oráculos de
Deus; assim, vos tornastes como necessitados de
leite e não de alimento sólido. 13  Ora, todo aquele
que se alimenta de leite é inexperiente na palavra
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

da justiça, porque é criança. 14  Mas o alimento


sólido é para os adultos, para aqueles que, pela
prática, têm as suas faculdades exercitadas para
discernir não somente o bem, mas também o
mal (Hb 5.12-14).
O cristão nunca deve regredir e nem ficar estagnado
na fé, na sua vida com Deus, mas deve prosseguir
rumo ao desenvolvimento, ao crescimento espiritual.
O Crente não deve simplesmente assistir aos cultos,
mas prestar culto a Deus com sua vida. O culto não
é apenas aquelas duas horas onde se canta, ora,
contribui e se ouve uma pregação. Ele precisa
cultuar a Deus todos os dias, em todos os momentos
de sua vida. Este é o padrão e este é o segredo para
se crescer e se desenvolver.
O significado dos espinhos está bem claro no
Evangelho: Novas prioridades na vida e o abandono
do compromisso de fidelidade com a obra do
Senhor. Isso pode ser a busca de riquezas, o
ingresso de pastores na vida política, crente
enrolado até ao pescoço pelas concupiscências da
carne, dos olhos e da soberba da vida, decepções e
revoltas com Deus, com a igreja ou com pessoas. É
a perda do primeiro amor. Antes era tudo para Jesus
e agora nem suporta falar do assunto e nem suporta
ver aqueles que não foram fracos como ele, antes,
perseveram até ao fim e seguem firmes no caminho.
É muito atual para eles a exortação de Jesus:
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu


primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde
caíste, arrepende-te e volta à prática das
primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do
seu lugar o teu candeeiro, caso não te
arrependas (Ap 2.4,5).
 Isso tudo nos ensina mais uma lição muito
importante:
C) Somente em Cristo somos nutridos
Somente Cristo pode nos alimentar e impedir que
venhamos a morrer desnutridos. Jesus é o único
alimento que nutre nossa alma, Ele é o maná do
céu:
32  Replicou-lhes Jesus: Em verdade, em verdade
vos digo: não foi Moisés quem vos deu o pão do
céu; o verdadeiro pão do céu é meu Pai quem vos
dá. 33  Porque o pão de Deus é o que desce do céu
e dá vida ao mundo. 34  Então, lhe disseram:
Senhor, dá-nos sempre desse pão. 35  Declarou-
lhes, pois, Jesus: Eu sou o pão da vida; o que
vem a mim jamais terá fome; e o que crê em mim
jamais terá sede (Jo 6.32-35).
Nossa vida, nossa alma, nosso coração precisam
nutrir-se de Jesus, Ele deve ser o nosso principal
alimento, a nossa esperança, a nossa vida, o nosso
vigor. E Ele tem alimento suficiente para nos
alimentar até mesmo no deserto. Há espécies de
plantas que estão adaptadas para crescer em
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

regiões áridas. Elas têm longas raízes de busca, que


sugam a umidade de uma vasta área (o que sugere
uma luta incansável em busca de água e alimento),
enquanto que as que vivem em solos úmidos e
férteis têm raízes finas e pouco profundas.
É no deserto que buscamos e ansiamos pelo
alimento que vem de Deus. Podemos dizer que o
sofrimento cria anticorpos para aguentarmos as
batalhas da vida. A força para viver está exatamente
na experiência do sofrimento. O sofredor é forte!
Preparado para as batalhas! E Jesus mostra que as
vitórias são sempre antecedidas por lutas, sendo
exatamente o que muitos não compreendem
totalmente e querem vitórias sem lutas. Muitas vezes
somos "amassados" por Deus, com o propósito de
nos fazer vasos novos. A Bíblia diz:
Não poderei eu fazer de vós como fez este oleiro, ó
casa de Israel? —diz o SENHOR; eis que, como o
barro na mão do oleiro, assim sois vós na minha
mão, ó casa de Israel (Je 18.6).
Depois da tempestade, a árvore fica muito
machucada, folhas caem, galhos quebram, mas ela,
permanecendo em pé, logo se recupera e revigora a
sua aparência. As provações nos fazem chorar,
chegam a abater o coração e as vezes achamos que
não suportaremos, mas permanecendo firmes, a
tempestade passa e Deus manda a bonança.
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

Porque não passa de um momento a sua ira; o seu


favor dura a vida inteira. Ao anoitecer, pode vir o
choro, mas a alegria vem pela manhã (Sl 30.5).
A Bíblia está cheia de exemplos de pessoas que se
tornaram vitoriosas, após terem passado por sofri-
mentos. Os sofrimentos, bem vividos com
intensidade e observação consciente, sempre
produzem saldos positivos. José chegou a ser o
vice-governador do Egito, mas antes passou na vida
provações e sofrimentos, sendo até acusado
injustamente e preso. Paulo vivia preso, mas via
vantagens nas cadeias que o prendiam. Ele também
tinha um espinho na carne, mas Deus lhe disse que
aquele espinho era um controlador da sua vanglória.
Jesus sofreu e morreu crucificado e em função de
seu sofrimento brotou a Igreja.
Perseguições e provações são experiências comuns
aos cristãos. Essas coisas não devem ser estranhas,
alheias a nós, pelo contrário, são comuns, pois
fomos designados para isto. É nosso destino sofrer
nesse mundo. É claro que esse não é o nosso
destino eterno, pois Deus não nos destinou a sofrer
pela eternidade, mas certamente nos destinou a
sofrer neste mundo. Jesus falou:
Se me perseguiram a mim, também perseguirão a
vós outros (Jo 15.20).
Cristo é o fundamento da nossa fé. Precisamos estar
ligados a Ele para sermos alimentados e
fortalecidos. Sem Cristo com certeza naufragaremos
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

na fé. Sem Cristo com certeza morreremos famintos


e secos. Sem Cristo não suportaremos o sol
escaldante e os tempos áridos que se abatem em
nossas vidas.
3 – A FUNÇÃO DA RAIZ É ACUMULAR
SUBSTÂNCIAS DE RESERVA
A terceira função da raiz é atuar como uma
despensa para a árvore. Durante o verão as raízes
armazenam substâncias para sustentá-la ao longo
dos meses de inverno. As raízes mais grossas
atuam como armazéns no inverno para os açúcares
que as folhas produziram no verão. No verão as
raízes finas começam a bombear água para os
novos brotos em crescimento. Conforme a água
passa para cima, através das raízes, para o interior
do tronco, o crescimento de novos rebentos e folhas
é acelerado. Portanto podemos afirmar que nos
casos de plantas debilitadas, o seu problema está na
formação das raízes.
E será que a vida cristã não necessita de reservas?
Somos conscientes das intempéries da vida, que
assim como no clima há bonanças e vendavais,
verão e inverno, na vida existe tempos bons (em que
tudo corre às mil maravilhas) e tempos ruins (em que
até o chão desaparece de sob nossos pés). Há
momentos na vida em que estamos cruzando um
vale verde com abundantes fontes de água,
enquanto que em outros passamos por um árido
deserto. O sábio Salomão nos adverte quanto a isso:
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo


para todo propósito debaixo do céu: 2  há tempo
de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e
tempo de arrancar o que se plantou; 3  tempo de
matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo
de edificar; 4  tempo de chorar e tempo de
rir; tempo de prantear e tempo de saltar de
alegria; 5  tempo de espalhar pedras e tempo de
ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de
afastar-se de abraçar; 6  tempo de buscar e tempo
de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora;
7  tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de
estar calado e tempo de falar; 8  tempo de amar e
tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de
paz (Ec 3.1-8).
No tempo de paz devemos aproveitar a bonança
para renovar as forças e se preparar para novas
tempestades que virão. Nossa vida é como um navio
que cruza o mar revolto. Suas provisões não são
para sempre, de forma que de tempo em tempo
precisa aportar para renovar as provisões. Assim
Deus não permite tempestade eterna sobre seus
filhos. Ele sempre abre o tempo e permite uma
pausa para a paz, para a bonança, não para que
venhamos a cruzar os braços e nos acomodar, mas
para que possamos descansar e renovar as nossas
forças, porque assim como as tempestades não são
para sempre, as bonanças também não o são, e
assim como o navio não deve permanecer aportado,
assim devemos zarpar e enfrentar novamente o
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

tenebroso oceano da vida. Isso não deve nos


incomodar e nem nos fazer revoltar com a vida e
com Deus, porque este fato é a normalidade da vida.
Paulo nos adverte:
3  a fim de que ninguém se inquiete com estas
tribulações. Porque vós mesmos sabeis que
estamos designados para isto (1Ts 3.3).
Lembremos que Jesus jamais prometeu uma vida
tranquila, sem inverno e somente verão para seus
seguidores. Antes, ele dizia:
33  Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz
em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende
bom ânimo; eu venci o mundo (Jo 16.33).
Portanto, nos momentos de tranquilidade devemos
aproveitar para renovar a nossa fé, a nossa
esperança e as nossas forças, de forma que, quando
chegar novamente a tribulação possamos suportá-la
e sair dela fortalecido. E enquanto ela perdurar,
Paulo nos diz como devemos agir:
12  regozijai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, na oração, perseverantes (Rm 12.12).
Mas somente conseguiremos ser pacientes se,
durante o verão, abastecermos nossa dispensa com
abundância suficiente para reserva, porque se
aproveitarmos a pausa para somente nos divertir,
certamente ficaremos sem provisões em nosso
celeiro para passar o inverno. E o resultado disso
não será outro além da impaciência e revolta com
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

Deus e com a vida. Lembra de que devemos estar


sempre ligados a Cristo porque somente Ele nutre a
nossa vida? Pois é, Paulo nos diz:
35  Quem nos separará do amor de Cristo? Será
tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome,
ou nudez, ou perigo, ou espada? 38  Porque eu
estou bem certo de que nem a morte, nem a vida,
nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, 39  nem a
altura, nem a profundidade, nem qualquer outra
criatura poderá separar-nos do amor de Deus,
que está em Cristo Jesus, nosso Senhor (Rm
8.35, 38,39).
Portanto, se estivermos ligados em Cristo, nutridos
pela sua força e pelo alimento espiritual que Ele nos
oferece, teremos prazer em nos prevenir no verão
com abastecimento suficiente que nos permitirá
passar o inverno. E jesus assim nos adverte:
10  Não temas as coisas que tens de sofrer ... Sê
fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida (Ap 2.10).
E Tiago nos diz:
12  Bem-aventurado o homem que suporta, com
perseverança, a provação; porque, depois de ter
sido aprovado, receberá a coroa da vida, a qual o
Senhor prometeu aos que o amam (Tg 1.12).
Portanto, sejamos como as raízes e acumulemos
substâncias de reserva durante o verão para que
venhamos a suportar com paciência e perseverança
RAÍZES - Restaurando as Raízes da Verdadeira Fé

os invernos da vida e não venhamos a ser uma


planta que morra, mas uma planta que frutifique e
que amadureça os seus frutos.
Conclusão
A fé é uma semente de Deus em nosso coração. O
plano do Diabo, nosso adversário, é fazer o possível
e o impossível para roubá-la, arrancá-la e destruí-la.
Esta semente, segundo a parábola do semeador,
pode cair em quatro terrenos e ter quatro
desenvolvimentos e a raiz tem um papel
fundamental nestas quatro sementes.
Precisamos ter uma relação de confiança e amor
com Jesus, pois se posso sobreviver somente se
estiver ligado a Ele, como vou me radicar em alguém
em quem não confio? Em quem não amo? Em quem
não descanso o suficiente para confiar a minha vida
a Ele? Como posso ser nutrido por alguém em quem
não busco?
Em que ou em quem você tem radicado a sua vida?
Como você tem alimentado a sua fé? Jesus tem sido
o seu alimento? Ele tem sido a única esperança na
sua vida? Nossa conduta deve ser regida por Ele e
por sua Palavra. Portanto, alimente e fortaleça a
cada dia a sua fé em Jesus. Aprenda com os
acontecimentos de sua vida e permite que o Espírito
de Deus forje em você um caráter cristão. Que Deus
assim abençoe a sua vida! Amém!

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