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1. ASSEMBLEIA
2. DIRETORIA DA IGREJA
3. MISSÃO DA IGREJA
Ao nosso ver existem dois fatores principais pelos quais podemos afirmar que a missão da igreja
são: a adoração e a proclamação, que veremos mais detalhadamente a seguir.
3.1 ADORAÇÃO
“Mas faça-se tudo decentemente e com ordem” (I Cor. 14:40). O culto cristão deve ser pautado
com toda a decência e acima de tudo com ordem. Algumas denominações, não tem atinado para a
seriedade do culto que deve ser prestado ao Senhor, e muitas vezes tem deixado muito a desejar em
matéria de organização e reverência. Devemos tratar a obra do Senhor com toda a seriedade e com todo
o zelo.
A comunicação deve ser clara e transparente nos cultos da igreja. Muitas recorrem ao sistema
de boletins, que ao meu ver é muito interessante e mais apropriado. A grande vantagem dos boletins é
que as pessoas podem ter em suas mãos em qualquer momento na igreja ou em casa, a programação
da igreja, para as atividades durante a semana. Quando as informações ou avisos à igreja são feitas
diretamente do púlpito, costumam ser cansativos, desinteressantes e demorados, muitas vezes
postergando o término do culto, uma vez que ficam sempre para o final. A vantagem neste tipo de
comunicação é que a pessoa que comunica tem a vantagem de enfatizar bastante o assunto. Por outro
lado tem a desvantagem de haver ruído em sua comunicação, não somente provocando distorções nas
informações, como também, esquecimento por parte das pessoas ao saírem do templo.
O serviço de som deve estar em perfeita sintonia com o ambiente acústico do templo, por mais
simples que ele seja. Deve ser preparado antes do início dos cultos, principalmente a afinação de
instrumentos, para que se evite quaisquer transtornos durante o início dos trabalhos. As igrejas devem
incluir em seus orçamentos a manutenção e melhora de seus equipamentos de som, por ser o principal
instrumento para a comunicação no templo.
A igreja não deve negligenciar a recepção das pessoas, e principalmente dos visitantes. Alguns
irmãos são suficientes para darem as boas-vindas aos que estão chegando, e para introduzirem às
pessoas para as suas devidas acomodações durante os cultos. Ao término do culto igualmente faz-se
imperiosa a necessidade da presença do pastor na entrada do templo, para despedir-se dos membros da
igreja e dos visitantes.
3.2 PROCLAMAÇÃO
Quando a igreja proclama o Reino de Deus, ela está obedecendo ao mandado de Jesus, que ao
falar aos onze discípulos na Galileia, disse: “...É me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto ide,
ensinai as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo; Ensinando-as a guardar
todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação
dos séculos. Amém. (Assim seja feito)” (Mat. 28:16-20). Proclamar o evangelho, é manter-se ao alcance
da promessa de Cristo, de estar com a igreja, até a consumação dos séculos. O livro de Atos dos
Apóstolos, registra o último encontro de Jesus com os onze. Nesta oportunidade, Jesus, recomendou-
lhes que permanecessem em Jerusalém, à espera do Consolador, que Ele haveria de enviar da parte do
Pai. “Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós e ser-me-eis testemunhas, tanto
em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra (Atos 1:8)”. Em seguida, Jesus
sobe para os céus na presença de seus discípulos, deixando esta recomendação mais uma vez, de que,
a igreja deve primar pela proclamação do evangelho. A proclamação virá sempre em primeiro lugar, se
antecedendo a adoração na ordem dos fatores da missão da igreja. Somente pessoas convertidas,
regeneradas e restauradas pelo sangue de Cristo poderão adentrar no Santo dos Santos e adorar a Deus
em espírito e em verdade.
Jesus mencionou mais a proclamação do evangelho do que a própria adoração, praticamente a
adoração como ensino de Jesus tem poucos registros. No encontro com a mulher samaritana Jesus foi
abordado por ela sobre a questão da adoração. “...Nossos pais adoraram neste monte, e vós dizeis que
é em Jerusalém o lugar onde se deve adorar”. (João 4:20). Tendo Jesus se manifestado sobre o assunto,
dizendo: “...a hora vem, em que nem neste monte nem em Jerusalém se deve adorar. Vós adorais o que
não sabeis; nós adoramos o que sabemos porque a salvação vem dos judeus. Mas a hora vem, e agora
é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a
tais que assim o adorem. Deus é Espírito e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em
verdade (João 4:21-24). É, interessante notar, que em seguida, a mulher samaritana faz uma confissão
de fé, dizendo que acredita que quando o Messias vier, Ele anunciaria tudo. E, Jesus faz pela primeira
vez, a grande confissão de seu ministério. A mulher crê pela fé, que o Messias anunciará tudo. E, Jesus,
o Messias, diz: Eu sou, eu que falo contigo” (João 4:25-26).
É importante mencionar que em Mateus 28, Jesus disse ter todo o poder no céu e na terra,
motivo pelo qual outorgava-lhe o direito de enviar os discípulos por todo o mundo para proclamar o
evangelho ensinando-o a todas as nações. Já em Atos, Jesus afirma que os discípulos receberiam a
virtude ao descer sobre eles o Espírito Santo. Em algumas traduções diz que os discípulos receberiam “o
poder ao descer sobre vós o Espírito Santo”. Fica bem claro que antes do pentecoste o poder estava tão
somente sobre Jesus. Agora, não. Agora o poder para proclamar o evangelho já está sobre a sua igreja.
“Porque não sois vós quem falará, mas o Espírito de vosso Pai é que fala em vós” (Mat 10:19).
Evangelizar, é obedecer a grande comissão de Mateus 28:18. A igreja deve ter a evangelização
como algo prioritário. Deve ser a grande meta e objetivo da igreja, evangelizar a tempo e a fora de tempo
(II Tim. 4:2). É necessário portanto que todo o corpo de Cristo abrace esse ideal que é apresentar a
salvação a um mundo sem Deus e sem salvação. Em Mateus 9:35-38, relata que Jesus depois de percorrer
cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas dos judeus, pregando e curando todas as enfermidades e
moléstias entre o povo, vendo a multidão, teve grande compaixão, porque andavam desgarrados e
errantes, como ovelhas que não tem pastor. A pergunta que fazemos é esta: mudou muita coisa de lá
para cá? Não são em nossos dias as mesmas multidões? Claro que sim e agora muito maiores. “Convém
que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode
trabalhar” (João 9:4).
3.2.1.1 Serviço de Evangelização Dominical
Este serviço pode ser feito de diversas maneiras: Cultos ao ar-livre em locais previamente
marcados. Visitando hospitais, presídios, pessoas interessadas ao evangelho. Distribuindo folhetos e
convidando pessoas.
A igreja deve estar preocupada com a sua expansão, criando espaços para novas frentes
evangelísticas e missionárias. Enviando e sustentando obreiros de modo que o Reino de Deus se propague
em todos os cantos e recantos.
A igreja deve estar totalmente integrada, tanto interiormente como exteriormente. Diria que
interiormente todos os departamentos da igreja devem gozar de santa comunhão. Perfeitamente
integrados, como membros do corpo de Cristo. Exteriormente, deve ter atuação ímpar, de modo que seja
a luz do mundo, e o sal da terra, como Jesus se referiu. Devemos manter boas relações com a comunidade
onde estamos inseridos, com as autoridades constituídas e com as demais denominações que nos cercam.
Não devemos participar do mundo, contudo devemos nos identificar com ele. É tendo empatia com o
mundo, que nos identificamos com o ele, tomando conhecimento de seus problemas, de suas
dificuldades, das suas dores, dos seus anseios, e das suas angústias. É diante do mundo, que a igreja
terá a oportunidade de testemunhar de Cristo de tal modo que o mundo veja em cada crente um discípulo
autêntico. E o que é o discípulo? Discípulo é aquele que se parece com o seu mestre. Assim, cada crente
deve parecer-se com Jesus.
3.3 ENSINO
O ministério da educação cristã está associado com o ensino da Palavra de Deus no seio da
igreja. Deste modo, é preciso que se tenha obreiros devidamente preparados e treinados para o exercício
deste ministério.
A Escola Bíblica Dominical, tem como meta fundamental o ensino da Palavra de Deus.
Ultimamente, temos visto e ouvido de muito descaso nesta área, por parte de algumas denominações.
Preocupados com o esvaziamento da escola bíblica, muitos grupos tem conclamado congressos e
simpósios, para tratar do assunto, com vistas a ter-se uma sensível melhora nesta área. Sabemos que os
problemas na área da Escola Bíblica Dominical são muitos, e envolvem muitas questões. A freqüência à
escola dominical tem caído muito nos últimos anos, e de acordo com os dados estatísticos, se acha em
torno de 50 a 60% de freqüentadores. A qualidade do ensino tem caído quase na mesma proporção. É
preciso motivar as pessoas, para que realmente sintam necessidades da busca de conhecimento da
Palavra. Devemos dar prioridade ao ensino bíblico em nossas igrejas.
Há igrejas evangélicas que tem substituído os assuntos inerentes a Bíblica por assuntos
seculares, o que ao meu ver tem sido um instrumento de desmotivação de parte considerável de
membros, que preferem unicamente e com toda razão o estudo da Palavra. A Escola Bíblica Dominical,
como o próprio nome sugere, nasceu da necessidade de melhor conhecimento da Bíblia e por
consequência natural de Deus. Pressupõe o estudo da Bíblia, logo a Bíblia deve ser o seu livro texto em
qualquer situação. Quando se estuda a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, se trás a tona todos os problemas
que envolvem o ser humano e à luz da Palavra revelada de Deus, qual a Sua vontade para o homem.
Deve ser dado ênfase ao treinamento de pessoas vocacionadas para o ministério missionário,
oferecendo-lhes condições favoráveis para o seu devido preparo. A igreja deve encaminhar os seus
candidatos as faculdades teológicas para melhor se prepararem para exercer o ministério de missões
transculturais. Devemos ajudar em oração e financeiramente. Uma vez completado o curso teológico, o
novo bacharel estará pronto para ser enviado ao campo missionário.
A maioria das igrejas tem negligenciado a área de música. A igreja não prepara seus músicos.
A maioria dos nossos músicos são jovens dotados, que se desenvolvem praticamente sozinhos ou com a
ajuda de algum músico. Isto não é tudo, devemos criar espaços para os vocacionados, oferecendo-lhes
condições favoráveis para se desenvolverem musicalmente, inclusive custeando os seus cursos. Devemos
dotar a igreja dos instrumentos musicais, e da reposição e manutenção destes instrumentos.
3.4 UNIÃO
A união ou comunhão na igreja é primordial, pelo que Jesus rogou ao Pai, dizendo: “... Para
que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para
que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um,
como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o
mundo conheça que tu me enviaste a mim e que os tens amado a eles como me tens amado a mim (João
17:21-23). Este é o grande ensino de Jesus acerca da comunhão, e esta deve ser a grande meta da igreja
de Jesus.
Só há uma maneira do mundo crer que Deus enviou Jesus, se formos um com Ele, assim como
Ele é um com o Pai.
Só há uma maneira do mundo conhecer que Deus enviou a Jesus, se Jesus estiver em nós,
assim como o Pai está em Jesus, se formos perfeitos em unidade, assim como Jesus é perfeito em unidade
com o Pai.
O pastor é o líder da igreja, e como tal, deve ter uma vida exemplar diante de Deus, e dos
homens, de modo que a igreja possa ver em seu pastor, um exemplo de servo de Cristo. Ele deve treinar,
e equipar os santos para melhor servirem a causa de Deus. O pastor deve ser paciente, longânimo,
amoroso, e acima de tudo preparado para ensinar, exortar e edificar a igreja em Cristo.
O pastor deve dar toda assistência as ovelhas do rebanho, seja qual for a situação. “Está alguém
entre vós aflito? Ore. Está alguém contente; cante louvores. Está alguém entre vós doente? Chame os
presbíteros da Igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; E a oração da fé
salvará o doente, e o Senhor o levantará, e se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. (Tiago
5:13-15)”. Este texto, dá indicação bastante clara, do modo como a igreja como todo deve se conduzir;
principalmente os líderes e aí se inclui o pastor.
Todo o crente em Jesus Cristo, é um porta-voz de Deus. “Mas vós sois geração eleita, o
sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz” (I Pe 2:9). A comunicação é um seguimento dentre as atividades
do ministério pastoral. O pastor como presidente e líder da igreja, é o porta-voz número um junto à igreja
local, bem como junto à comunidade, e junto às autoridades constituídas, tanto civis e militares, como
eclesiásticas etc.
3.5 SERVIÇO
A diaconia nasceu nos primórdios da igreja cristã diante da necessidade de ter-se pessoas que
cuidassem do serviço das mesas. “...Não é razoável que nós deixemos a palavra de Deus e sirvamos às
mesas (Atos 6:2-3). A recomendação para a escolha foi a de que deviam ser escolhidos, irmãos, dentre
eles, em número de sete, varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, os quais
seriam encarregados do importante negócio, que era servir às mesas. Os escolhidos foram então
apresentados aos apóstolos, os quais receberam a imposição de mãos. (Atos 6:6)”.
De acordo com o porte da igreja é necessário ter-se um diretor de patrimônio, que será o
responsável pela administração, preservação e zelo dos bens, aí incluídos, móveis, instrumentos musicais,
imóveis etc. Para o bom desempenho deste departamento é necessário que a igreja inclua em seu
orçamento verba destinadas a eventuais necessidades deste seguimento.
A ação social deve ser uma das prioridades da igreja. Não dá para ficarmos de braços cruzados,
enquanto diversos seguimentos religiosos já estão trabalhando nesta área há alguns anos.
O país está passando por momentos de dificuldades econômicas e sociais. A recessão, o
desemprego, a fome, o extermínio de crianças de rua e a miséria, associados ao analfabetismo e ao
descaso das autoridades. Este clamor da pátria tem chegado aos ouvidos da igreja e ao coração de Deus.
Precisamos fazer alguma coisa. A igreja deve criar os meios necessários para a implantação de atividades
de ação social, a médio e longo prazo. A curto prazo devemos fazer alguma coisa à nível de serviço social
para amenizar as dores dos que sofrem, para que naquele glorioso dia possamos ouvir do Mestre: “ Vinde,
benditos de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo:
Porque tive fome e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro e hospedastes-
me; Estava nu, e vestistes-me; estive na prisão, e fostes ver-me (Mat. 25:34-36).