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Lição

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9 a 15 de dezembro
Missão em favor dos não alcançados: parte 2
VERSO PARA MEMORIZAR:
“Então Jesus exclamou: – Mulher, que grande fé
você tem! Que seja feito como você quer. E, desde
aquele momento, a filha dela ficou curada” (Mt
15:28).
Leituras da semana: 1Rs 11:1-6; Mt 4:23-25; Mt
15:22-28; Mc 7:24-30; At 10:34,35; Mt 8:10
Sábado, 9 de dezembro RPSP: Is 16
No princípio, um Deus amoroso buscou Seus
filhos perdidos (Gn 3:9) e, até hoje, Ele ainda busca
alcançá-los (Ap 14:6-12), incluindo os que estão nas
cidades. Em 2018, as Nações Unidas publicaram
suas últimas descobertas, que dizem que 55% da
população do planeta vive em áreas urbanas, e isso
crescerá (se houver tempo) para 68% até 2050. Não
temos escolha: devemos testemunhar aos que estão
nas cidades.
No entanto, muitos do povo de Deus agem como
Jonas ao serem chamados para testemunhar a uma
cidade: por qualquer motivo, fogem da tarefa. “Pois
tudo o que no passado foi escrito, para o nosso
ensino foi escrito, a fim de que, pela paciência e
pela consolação das Escrituras, tenhamos
esperança” (Rm 15:4). Isso inclui o que foi escrito
sobre Jonas.
Jesus ministrou não apenas aos que estavam nas
cidades de Israel, mas também aos que estavam em
regiões estrangeiras, que não eram do povo
escolhido.
Nesta semana estudaremos a história bíblica da
missão de Cristo em Tiro e Sidom e tiraremos lições
para nossa vida.

Comentários de Ellen G. White


A queda do homem encheu todo o Céu de
tristeza. [...] Os anjos cessaram seus cânticos de
louvor. Por toda a corte celestial havia lamento pela
ruína que o pecado havia causado.
O Filho de Deus, o glorioso Comandante do Céu,
ficou tocado de piedade pela raça decaída. Seu
coração se comoveu de infinita compaixão ao ver as
desgraças do mundo perdido. Entretanto, o amor
divino havia concebido um plano pelo qual o ser
humano poderia ser redimido. A transgressão da lei
de Deus exigia a vida do pecador. Em todo o
Universo havia apenas um Ser que, em favor do
homem, poderia satisfazer suas reivindicações. Visto
que a lei divina é tão sagrada como o próprio Deus,
unicamente um Ser igual a Ele poderia fazer
expiação por sua transgressão. Ninguém, a não ser
Cristo, poderia redimir da maldição da lei o ser
humano decaído e levá-lo novamente à harmonia
com o Céu. [...] Cristo atingiria as profundezas da
miséria para resgatar a raça que fora arruinada
(Patriarcas e Profetas, p. 39).
Devemos cultivar o espírito que Cristo
manifestou em Seu esforço para salvar os que
erram. Esses Lhe são tão estimados como nós e
podem igualmente se tornar troféus de Sua graça e
herdeiros de Seu reino. Mas estão expostos às
ciladas de um inimigo astuto, ao perigo e corrupção,
e sem a graça salvadora de Cristo caminham para a
ruína certa. Se pudéssemos ver isso em sua plena
realidade, quanto nosso zelo seria estimulado e
nossos esforços redobrados para atingir essas
pessoas que estão necessitando de nosso auxílio,
orações, compaixão e amor! [...]
Só vivem para Cristo e Lhe honram o nome os
que são fiéis ao Mestre, buscando salvar os
perdidos. A verdadeira piedade forçosamente há de
traduzir-se naquele ardente desejo e diligente
esforço do Salvador crucificado para salvar aqueles
por quem morreu. Quando nosso coração tiver sido
enternecido e subjugado pela graça de Cristo,
quando arder com o senso da bondade e do amor
de Deus, o amor, a compaixão e a ternura se
derramarão espontaneamente sobre os outros. A
verdade exemplificada na vida há de, como o
fermento oculto, exercer seu poder sobre todos os
que com ela entrarem em contato (Testemunhos
Para a Igreja, v. 5, p. 517).
O homem é propriedade de Deus, e os anjos
olham com intenso interesse, para ver como o ser
humano tratará o próximo. Quando os seres
celestiais veem os que alegam ser filhos e filhas de
Deus empenhando esforços cristãos para ajudar os
que erram, manifestando para com os arrependidos
e caídos um espírito compassivo, os anjos se lhes
chegam bem perto, e lhes levam à lembrança as
palavras que abrandam e erguem o espírito. Santos
anjos estão no caminho de cada um de nós. Não
devemos desprezar o menor dos pequeninos de
Deus (Nos Lugares Celestiais [MD 1968, 3 de abril],
p. 100).
Domingo, 10 de dezembroRPSP: Is 17
Missão em regiões estrangeiras
Jesus partiu com Seus discípulos de Genesaré
(Mt 14:34) “para a região de Tiro e Sidom” (Mt
15:21). Por que Ele os levou da Galileia para esses
lugares pagãos? Ele conduziu Seus discípulos nessa
expedição para essas regiões estrangeiras a fim de
que pudessem aprender o que não aprenderiam tão
facilmente na Galileia. Ele queria ensinar a Seus
discípulos lições que ajudassem a prepará-los para
seu chamado de alcançar todos os grupos de
pessoas, inclusive os que viviam em áreas urbanas.
1. Leia Jz 3:1-6; 1Rs 5:1-12; 2Rs 11:1-6. Como esses
textos nos ajudam a entender um pouco do
contexto dessas cidades?
Em Juízes 3:1-6, vemos que esses povos antigos
foram usados por Deus para testar a fé dos
israelitas. Infelizmente, o povo de Deus falhou
também nesse teste, pelo menos neste caso:
“Tomaram de suas filhas para si por mulheres e
deram as suas próprias aos filhos deles; e rendiam
culto a seus deuses” (Jz 3:6). Assim, desde o início,
esses povos foram uma pedra de tropeço para
Israel.
Em 1Reis 5:1-11, vemos o estreito
relacionamento entre os sidônios e hebreus.
Embora vvos laços econômicos fossem mutuamente
benéficos, os israelitas ainda eram negativamente
influenciados pelo paganismo e idolatria de seus
parceiros comerciais.
1Reis 11:1-6 revela quão negativa essa influência
acabou se tornando: o rei Salomão casou-se com
princesas de diversas nações, que o desviaram.
“Salomão seguiu Astarote, deusa dos sidônios” (1Rs
11:5).
No entanto, apesar da história do paganismo e
da idolatria, e sua influência negativa sobre a nação
escolhida, Jesus levou Seus discípulos àqueles
lugares. Assim, Ele os iniciou na missão urbana
intercultural, confrontando seu preconceito e
padronizando para Seus seguidores a missão a todas
as culturas e nacionalidades.
Há muitos desafios para o missionário adventista
nas cidades, entre os quais estão questões
ambientais e de saúde. Outros seriam o custo de
vida alto, o racismo, a intolerância, o nacionalismo e
as restrições à liberdade religiosa e de expressão.
No entanto, apesar desses obstáculos, temos que
trabalhar pelas cidades.
O que você pode fazer para ajudar os envolvidos
no ministério urbano?
Comentários de Ellen G. White
Cristo diz: “Assim como Tu Me enviaste ao
mundo, também Eu os enviei ao mundo” (Jo 17:18).
[...] Toda pessoa que Cristo salvou é chamada a
atuar em Seu nome pela salvação dos perdidos. [...]
Quantos afastados, caro leitor, você procurou e
trouxe ao redil? Você reconhece que despreza os
que Cristo procura, quando se desvia dos que
parecem pouco promissores e sem atrativos?
Quando você se esquiva deles, pode ser justamente
o momento em que mais carecem de sua
compaixão. Em toda assembleia de culto há os que
anseiam descanso e paz. Podem parecer como se
vivessem indiferentemente, mas não são insensíveis
à influência do Espírito Santo. Muitos deles podem
ser ganhos para Cristo (Parábolas de Jesus, p. 107).
Todo o Céu está interessado na obra de salvar os
perdidos. Anjos vigiam com intenso interesse para
ver quem há de deixar as noventa e nove para, em
meio ao temporal e à chuva, ir ao rude deserto, para
buscar a ovelha desgarrada. Os perdidos estão ao
nosso redor, a perecer, e tristemente
negligenciados. São, porém, de valor para Deus, pois
são aquisição do sangue de Cristo (Nos Lugares
Celestiais [MD 1968, 3 de abril], p. 100).
Ocupando-se nessa obra, [ministrando aos
perdidos], você terá companheiros invisíveis aos
olhos humanos. Os anjos do Céu estavam ao lado do
samaritano que cuidou do estrangeiro ferido. Os
mensageiros das cortes celestiais assistem a todos
quantos realizam o serviço de Deus, cuidando dos
semelhantes. Assim, eles terão a cooperação do
próprio Cristo. Ele é o Restaurador, e, se você
trabalhar sob Sua superintendência, verá grandes
resultados. [...]
Cristo procura elevar todos quantos desejam ser
alçados à Sua companhia para que sejam um com
Ele, como Ele é um com o Pai. Ele permite que
tenhamos contato com o sofrimento e a calamidade
para nos tirar de nosso egoísmo. Procura
desenvolver em nós os atributos de Seu caráter:
compaixão, ternura e amor. Aceitando essa obra de
beneficência, entramos em Sua escola para ser
qualificados para as cortes de Deus (Parábolas de
Jesus, p. 228).
O Salvador confiou aos Seus seguidores uma
missão mundial. Nos dias de Cristo, o egoísmo, o
orgulho e o preconceito haviam construído um alto
muro de separação entre os indicados guardiões dos
sagrados oráculos e qualquer outra nação do globo.
O Salvador, porém, veio mudar tudo isso. [...] Cristo
afasta a parede de separação, o amor-próprio, o
separatista preconceito de nacionalidade, e ensina
amor a toda a família humana. Ergue os seres
humanos do estreito círculo que o egoísmo lhes
prescreve; elimina todos os limites territoriais e as
convencionais distinções da sociedade. Não faz
diferença entre vizinhos e estrangeiros, amigos e
inimigos. Ele nos ensina a considerar toda alma
necessitada como nosso semelhante, e o mundo
como nosso campo (O Maior Discurso de Cristo, p.
32, 33).
Segunda, 11 de dezembroRPSP: Is 18
Buscando as multidões
Apesar dos desafios externos e internos, Jesus
graciosamente estende o chamado para a Sua
missão nas cidades.
2. Leia Mateus 9:35-38. O que isso nos ensina sobre
a missão para com as multidões, onde quer que as
encontremos?
Jesus era movido por compaixão pelas
multidões, como as que se encontram nas
cidades. Lucas 19:41 descreve como Jesus chorou
sobre Jerusalém. Podemos não entender a
profundidade do Seu amor, mesmo pelas “massas
anônimas” que vivem nas cidades. É por isso que
em Mateus 9:38 Jesus nos disse para orar, a fim de
que nossos motivos e sentimentos sejam como os
Dele.
3. Leia Mateus 4:23-25. Quando Jesus começou Seu
ministério, de quais localidades vinha o povo?
Em Mateus 4:25, as multidões que seguiam Jesus
vinham da Galileia, de Decápolis, de Jerusalém, da
Judeia e do outro lado do Jordão. Além de Samaria,
que região faltava? A região costeira de Tiro e
Sidom, parte da Fenícia, ao longo do Mar
Mediterrâneo e noroeste da Galileia. Agora
entendemos por que Jesus foi àquela região! A
viagem à região de Tiro e Sidom foi uma das viagens
missionárias transculturais de Jesus.
“Depois do encontro com os fariseus, Jesus Se
retirou de Cafarnaum e, atravessando a Galileia,
dirigiu-Se para a região montanhosa das fronteiras
da Fenícia. Olhando para o oeste, avistava,
estendendo-se pelas planícies embaixo, as antigas
cidades de Tiro e Sidom, com os templos pagãos, os
luxuosos palácios e mercados, e os portos cheios de
embarcações” (Ellen G.White, O Desejado de Todas
as Nações [CPB, 2021], p. 315).
Como podemos ajudar as pessoas a ver quão
fúteis são os “luxuosos palácios e mercados” e o
motivo pelo qual precisam de Jesus?
Comentários de Ellen G. White
Jesus subiu a uma montanha, e para lá foi a
multidão, reunindo-se ao redor Dele, trazendo
enfermos e paralíticos e ficando aos Seus pés. Ele
curou a todos, e o povo, mesmo sendo pagão,
glorificou ao Deus de Israel. Por três dias, continuou
a se aglomerar em torno do Salvador, dormindo à
noite ao ar livre, e durante o dia comprimindo-se
ansiosamente para ouvir as palavras de Cristo e
testemunhar Suas obras. Após três dias, acabaram-
se os alimentos que tinham. Jesus não queria
despedi-los com fome e chamou os discípulos para
que lhes dessem alimento.
Novamente os discípulos manifestaram sua
incredulidade. Em Betsaida, tinham visto como, com
a bênção de Cristo, a pequena quantidade de
alimento fora suficiente para alimentar a multidão.
Agora, no entanto, não levaram para Ele tudo o que
tinham, confiando em Seu poder para multiplicá-lo e
alimentar o povo faminto. Além disso, os que Ele
havia alimentado em Betsaida eram judeus; estes
eram gentios e pagãos. O preconceito judaico era
ainda forte no coração dos discípulos, e
responderam a Jesus: “Onde, neste lugar deserto,
poderia alguém conseguir pão suficiente para
alimentá-los?” (Mc 8:4, NVI). Entretanto, obedientes
à Sua palavra, trouxeram-Lhe o que havia – sete
pães e alguns peixinhos. A multidão foi alimentada,
ficando sete grandes cestos cheios das sobras.
Quatro mil homens, além de mulheres e crianças,
foram assim saciados, e Jesus os despediu cheios de
alegria e gratidão (O Desejado de Todas as Nações,
p. 320, 321).
Não estamos, como povo, suficientemente
despertos para o pouco tempo em que temos de
trabalhar, e não compreendemos a magnitude do
trabalho para este tempo.
A noite logo chega, na qual ninguém pode
trabalhar. Deus quer que homens e mulheres se
qualifiquem, pela consagração à Sua vontade e
fervoroso estudo das Escrituras, para fazer Sua obra
especial para estes últimos dias. Ele chama homens
agora que possam trabalhar. Ao se empenharem na
obra com sinceridade e humildade para fazer tudo o
que puderem, obterão uma experiência mais
completa. Terão melhor conhecimento da verdade e
saberão melhor como alcançar as pessoas e ajudá-
las exatamente onde precisam ser ajudadas.
Obreiros são necessários agora, agora mesmo, para
trabalhar para Deus. Os campos já estão brancos
para a colheita, mas os trabalhadores são poucos
(Life Sketches of Ellen G. White, p. 211).
É possível ao crente em Cristo obter uma
experiência inteiramente suficiente para o colocar
na devida relação com Deus. Cada uma das
promessas do Livro de Deus nos apresenta a
mensagem de ânimo no sentido de que podemos
ser participantes da natureza divina. Esta é a
possibilidade: confiar em Deus, crer em Sua Palavra,
praticar as Suas obras. [...] Essa possibilidade nos
vale mais do que todas as riquezas do mundo. Coisa
alguma existe na Terra que a ela se possa comparar.
Ao fazermos uso do grande poder assim posto ao
nosso alcance, recebemos uma esperança tão forte
que podemos contar inteiramente com as
promessas de Deus; e apoderando-nos das
possibilidades que há em Cristo, tornamo-nos filhos
e filhas de Deus (Nos Lugares Celestiais [MD 1968,
26 de janeiro], p. 32).
Terça, 12 de dezembroRPSP: Is 19
Em Tiro e Sidom
Os estudiosos creem que Mateus foi escrito para
um público judeu, e que Marcos foi escrito para
gentios. É útil saber essa diferença ao estudar os
evangelhos.
4. Leia Mateus 15:22-28 e Marcos 7:24-30. Que
diferenças podemos perceber no modo como a
mulher foi retratada?
Observe que Mateus menciona a nacionalidade
ou etnia: cananeia. Marcos é levado pelo Espírito
Santo a usar termos adicionais para descrever a
mulher como “grega” ou “estrangeira” e, em
seguida, dá informações adicionais: “de origem siro-
fenícia” – essa é a única vez que esse termo é usado
na Bíblia.
Considere como essa história em Mateus
15 afetaria o público-alvo principal com sua
formação e visão de mundo. O público de Mateus
veria essa mãe como uma pagã desprezada. Isso
vem da experiência histórica do povo judeu com os
cananeus como um povo que adorava ídolos, cujo
estilo de vida e práticas malignas há muito tempo
eram uma pedra de tropeço para sua nação. Nem os
discípulos de Cristo consideraram a possibilidade de
que essa mulher tivesse fé e fosse parte do Reino!
A audiência gentílica de Marcos teria uma reação
diferente. Os gentios não tinham a mesma
experiência que os judeus com os cananeus, mas se
identificariam com a mulher, “grega, siro-fenícia de
origem” (NVI). Jesus curou um dos seus! Para os
gentios, ela seria considerada uma mãe amorosa,
preocupada com o destino da filha e queria que o
Mestre a curasse, independentemente da origem
étnica e nacional dela.
“Cristo não atendeu imediatamente à súplica da
mulher. Recebeu essa representante de uma etnia
desprezada, como teriam feito os próprios judeus.
Agindo assim, era Seu objetivo impressionar os
discípulos quanto à maneira fria e insensível com
que os judeus tratariam um caso como esse,
ilustrada pela forma como Ele recebeu a mulher; Ele
queria impressioná-los também quanto ao modo
compassivo pelo qual desejava que eles lidassem
com essas aflições, conforme exemplificou ao
atender posteriormente o pedido dela” (Ellen G.
White, O Desejado de Todas as Nações [CPB, 2021],
p. 316).
Leia 1João 2:2. O que esse texto nos diz sobre
sermos todos iguais perante Deus?
Comentários de Ellen G. White
Olhando para o oeste, Jesus avistava,
estendendo-se pelas planícies abaixo, as antigas
cidades de Tiro e Sidom, com os templos pagãos, os
luxuosos palácios e mercados, e os portos cheios de
embarcações. Adiante estava a extensão azul do
Mediterrâneo, sobre o qual os mensageiros do
evangelho deveriam levar as boas-novas aos centros
do grande império do mundo. Mas ainda não era o
tempo. A obra que agora estava diante Dele era
preparar os discípulos para a missão. [...]
O povo dessa região fazia parte da antiga raça
cananeia. Eram idólatras, desprezados e odiados
pelos judeus. A essa classe pertencia a mulher que
foi até Jesus. Era pagã, sendo, portanto, excluída das
vantagens desfrutadas no dia a dia pelos judeus.
Muitos desses residiam entre os fenícios, e a notícia
da obra de Cristo havia chegado nessa região. [...]
Cristo conhecia a situação dessa mulher. Sabia
que desejava vê-Lo, e tinha Se colocado no caminho
dela. Aliviando-lhe a dor, poderia representar de
maneira vívida o que pretendia ensinar. Com esse
propósito, Ele levara os discípulos àquele lugar.
Queria que vissem a ignorância existente em aldeias
e cidades vizinhas da terra de Israel. O povo a quem
se dera toda oportunidade de compreender a
verdade desconhecia as necessidades daqueles que
o rodeavam. Nenhum esforço se fazia para ajudar as
pessoas em trevas. O muro de separação, criado
pelo orgulho judaico, impedia os próprios discípulos
de se compadecerem do mundo pagão. Porém era
necessário quebrar essas barreiras (O Desejado de
Todas as Nações, p. 315, 316).
Durante Seu ministério terrestre, Cristo deu
início à obra de derrubar o muro de separação entre
judeus e pagãos e anunciar a salvação a toda a
humanidade. Embora fosse judeu, misturava-Se
livremente com os samaritanos, anulando os
costumes farisaicos dos judeus em relação a esse
desprezado povo. Dormia sob seu teto, comia de
sua mesa e ensinava em suas ruas.
O Salvador desejava muito mostrar aos discípulos
a verdade referente à demolição da “parede de
separação” (Ef 2:14, ARC) entre Israel e as outras
nações – de que “os gentios são co-herdeiros” com
os judeus, “e coparticipantes da promessa em Cristo
Jesus por meio do evangelho” (Ef 3:6). Essa verdade
foi revelada em parte quando Ele recompensou a fé
do centurião de Cafarnaum e quando pregou o
evangelho aos habitantes de Sicar. Isso foi revelado
de forma ainda mais plena por ocasião de Sua visita
à Fenícia, quando curou a filha da mulher cananeia.
Essas experiências ajudaram os discípulos a
compreender que, dentre aqueles que muitos
consideravam indignos da salvação, havia pessoas
famintas da luz da verdade (Atos dos Apóstolos, p.
13).
Quarta, 13 de dezembroRPSP: Is 20
Mande-a embora!
Nas regiões não alcançadas das cidades, muitos
anseiam por esperança. Na época de Cristo, o que
impedia os israelitas de levar a esperança do
Messias a cidades como Tiro e Sidom? O
nacionalismo e o preconceito cegaram o povo para
as oportunidades de olhar para seus semelhantes
que ansiavam pela esperança predita nas profecias
do primeiro advento de Cristo. Hoje, nas cidades, há
muitos grupos com os quais Jesus quer que Seu
povo compartilhe a “bendita esperança” do
segundo advento (Tt 2:13). E, assim como Jesus não
Se importava com etnias, não devemos nos
importar.
5. Leia Atos 10:9-16,28,34,35. Como você resumiria
a lição ensinada pelo Espírito Santo?
Enquanto esperava o almoço, Pedro teve a visão
de um lençol cheio de animais e pássaros imundos.
Três vezes foi dito a ele que se levantasse e
comesse. Deus usou essa visão para confrontar o
orgulho religioso e a intolerância de Pedro contra os
gentios. O apóstolo finalmente entendeu esta
verdade: “Ele disse: – Reconheço por verdade que
Deus não trata as pessoas com parcialidade; pelo
contrário, em qualquer nação, aquele que O teme e
faz o que é justo Lhe é aceitável” (At 10:34,35).
Dentro desse contexto, vamos refletir sobre as
lições de Tiro e Sidom. Observe novamente Jesus e
Sua interação com a mãe siro-fenícia. Que lições os
discípulos aprenderam nessa expedição que se
relacionava também com a visão de Pedro? Como
podemos aplicá-las à nossa vida hoje e ao chamado
de Cristo nos últimos dias para Sua missão nas
cidades? Que preconceitos nos impedem de ver as
necessidades dos que vivem nas áreas urbanas?
Que oportunidades Deus nos proporciona nas
cidades para expandir nossa compreensão da
missão e confrontar nosso nacionalismo, orgulho
espiritual e intolerância?
Jesus pacientemente ensinou Seus discípulos,
que ainda não entendiam completamente que o
grande plano divino da salvação era para toda a
família humana, não apenas para uma nação ou
grupo étnico. O Espírito Santo pode nos ajudar a
vencer a intolerância e o preconceito, a fim de
completar a missão nas cidades.
É difícil se libertar dos preconceitos aprendidos
desde a infância? (Leia Gl 2:11-13)
Comentários de Ellen G. White
O Salvador demonstrou divina compaixão para
com a mulher siro-fenícia. Seu coração se comoveu
ao ver sua aflição. Desejava dar-lhe imediata
segurança de que sua oração fora atendida; porém
desejava dar aos discípulos uma lição, e por um
tempo pareceu desprezar o clamor daquele coração
torturado. Depois de ser manifestada a sua fé, falou-
lhe palavras de louvor e enviou-a com a preciosa
bênção pela qual orava. Os discípulos jamais
esqueceram essa lição; e foi registrada para mostrar
o resultado da oração perseverante.
Cristo mesmo colocou no coração daquela mãe a
persistência que não se deixa repelir. Cristo foi quem
deu àquela suplicante viúva ânimo e resolução
perante o juiz. Cristo foi quem, séculos antes, no
misterioso conflito junto ao Jaboque, inspirou a Jacó
a mesma perseverante fé; e não deixou de
recompensar a confiança que Ele mesmo havia
implantado (Parábolas de Jesus, p. 99).
Jesus conhece o fardo do coração de cada mãe.
Aquele que tinha uma mãe que lutava com a
pobreza e a privação Se compadece com cada mãe
em seus labores. Aquele que fez uma longa jornada
a fim de aliviar o ansioso coração da mulher
cananeia fará o mesmo pelas mães de nossos dias.
O que restituiu à viúva de Naim seu filho único e,
em Sua agonia na cruz, lembrou-Se de Sua própria
mãe é hoje tocado pelas dores maternas. Em todo
desgosto, em toda necessidade, Ele confortará e
socorrerá. [...]
Nas crianças que foram postas em contato com
Ele, Jesus viu os homens e as mulheres que deviam
ser herdeiros de Sua graça e súditos de Seu reino, e
alguns dos quais se tornariam mártires por amor a
Ele. Sabia que aquelas crianças haviam de Lhe dar
ouvidos e aceitá-Lo como seu Redentor muito mais
prontamente do que o fariam os adultos, alguns dos
quais eram os sábios segundo o mundo e
endurecidos de coração. Ensinando, Ele descia ao
seu nível. Ele, a Majestade do Céu, respondia às
perguntas delas e simplificava Suas importantes
lições para alcançar-lhes o entendimento infantil.
Plantava-lhes no espírito a semente da verdade que,
nos anos por vir, brotaria e daria frutos para a vida
eterna (A Ciência do Bom Viver, p. 20).
Se a ovelha perdida não é trazida ao aprisco,
vagueia até perecer. E muitas almas descem à ruína
pela falta de uma mão estendida para salvá-las.
Esses errantes podem aparentar ser resistentes e
indiferentes, mas, se tivessem tido os mesmos
privilégios que outros, poderiam ter revelado muito
maior nobreza de caráter e maior talento para a
utilidade. Os anjos se compadecem desses errantes.
Eles choram, enquanto os olhos humanos estão
enxutos e os corações fechados à compaixão.
Ah, que falta de profunda e sensibilizante
empatia pelos tentados e errantes! Ah, se houvesse
mais do espírito de Cristo e menos, muito menos,
do próprio eu! (Parábolas de Jesus, p. 107).
Quinta, 14 de dezembroRPSP: Is 21
Fé na Terra?
Em Lucas 18:8, Jesus fez esta pergunta no fim de
uma de Suas parábolas: “Quando o Filho do Homem
vier, será que ainda encontrará fé sobre a Terra?”
Como discípulos de Cristo hoje, precisamos ver o
que Jesus está procurando. Nessa história, vemos
que Jesus está à procura de uma fé que resplandeça
mesmo em meio às trevas.
6. Leia Mateus 8:10,13; Mt 9:2; Mt 20:29-
34; Marcos 2:5; Mc 10:46-52; Lucas 18:35-43.
Nessas passagens, quem Jesus descreve como tendo
fé?
Essa lista inclui pessoas cuja fé brilhou mesmo
em cidades dominadas pelas trevas. Em Cafarnaum,
Jesus destacou várias pessoas de fé. Em Mateus
8:10,13, vemos um centurião pagão convertido com
grande fé. Encontramos quatro amigos cheios de fé
que fizeram uma abertura no telhado para levar o
amigo paralítico a Jesus (Mt 9:2; Mc 2:5).
Em Marcos 10, encontramos o cego Bartimeu, cuja
fé resplandeceu em Jericó e que foi curado por
Jesus.
Era de se esperar que entre o povo de Deus
houvesse grande fé. No entanto, mesmo na cidade
natal de Jesus, Nazaré, um fator limitante para o
ministério de Cristo foi a pequena fé ou mesmo a
incredulidade absoluta. Entre Seus discípulos, várias
vezes Jesus declarou: “homens de pequena fé” (Mt
6:30; Mt 8:26; Mt 14:31; Mt 16:8). E em Mateus
17:17 exclamou: “Ó geração incrédula e perversa”!
Uma lição que podemos aplicar no presente é
que a fé é encontrada em lugares inesperados: entre
estrangeiros nas cidades, em pagãos e pessoas de
diferentes religiões. Com humildade, devemos ir às
cidades como Jesus fez, procurando aqueles que,
quando apresentados à verdade, responderão com
uma fé salvífica em Jesus.
Desafio: Rogue por mais fé, com a qual possa
compartilhar seu amor pelas pessoas próximas e
distantes.
Desafie-se: Como você conheceu Jesus e as
preciosas três mensagens angélicas? Liste três
bênçãos espirituais que você experimentou de
Jesus. Prepare-se para compartilhar essas
experiências com a classe da Escola Sabatina.
Comentários de Ellen G. White
Como os raios do Sol penetram até os mais
afastados recantos do globo, assim Deus determina
que a luz do evangelho se estenda a todos sobre a
Terra. Se a igreja de Cristo estivesse cumprindo a
vontade de nosso Senhor, a luz se espalharia sobre
todos que vivem nas trevas e na região da sombra
da morte (Is 9:2). Em vez de se ajuntarem e se
eximirem das responsabilidades e de levar a cruz, os
membros da igreja se espalhariam por todas as
terras, irradiando a luz de Cristo, trabalhando como
Jesus pela salvação das pessoas, e este “evangelho
do reino” seria velozmente levado a todo o mundo.
É assim que o propósito de Deus ao chamar,
desde Abraão na Mesopotâmia até nós hoje, tem de
chegar ao seu cumprimento (O Maior Discurso de
Cristo, p. 33).
Cristo renunciou a tudo para poder trazer a
salvação a todo povo, nação e língua. Ele construiu
uma ponte sobre o abismo que o pecado havia
criado para que, por meio de Seus méritos, o ser
humano pudesse ser reconciliado com Deus. Por
que não há um exército de trabalhadores alistados
sob a bandeira ensanguentada do Príncipe
Emmanuel, prontos a sair para [...] trazer pessoas
das trevas para a luz? Por que não ensinamos os que
perecem a crer em Cristo como seu Salvador pessoal
e os ajudamos a ver a Cristo pela fé e a se lavar na
fonte que foi aberta para purificar os pecados do
mundo? Devemos ensiná-los a se despojar de suas
vestes de caráter velhas e manchadas pelo pecado e
a se revestir da justiça de Cristo. Devemos plantar
em sua mente obscurecida os pensamentos
elevados e enobrecedores das coisas celestiais. Pela
fé, pela compaixão e exemplo semelhantes aos de
Cristo, devemos conduzir os corrompidos a uma
vida pura e santa. Devemos viver uma vida
semelhante diante deles de modo que eles possam
discernir a diferença entre erro e vício, e a pureza,
retidão e santidade (The Southern Work, p. 27).
Em cidades grandes há certas classes que não
podem ser alcançadas pelas reuniões públicas. Essas
têm de ser procuradas como o pastor procura a
ovelha perdida. Tem que ser feito, em seu favor,
diligente esforço pessoal. Sendo negligenciado o
trabalho pessoal, perdem-se muitas preciosas
oportunidades que, se fossem aproveitadas, fariam
avançar decididamente a obra. [...]
Os que desejam pesquisar a verdade precisam
ser ensinados a estudar diligentemente a Palavra de
Deus. Alguém terá de ajudá-los a construir sobre
alicerce firme. Nessa ocasião crítica em sua
experiência religiosa, quão importante é que
instrutores bíblicos sabiamente dirigidos venham ao
seu auxílio e lhes abram ao entendimento o tesouro
da Palavra de Deus! (Testemunhos Para a Igreja, v. 9,
p. 88).
Sexta, 15 de dezembroRPSP: Is 22
Estudo adicional
“Entre aqueles a quem os judeus classificavam de
pagãos, encontravam-se homens que possuíam
melhor compreensão das profecias da Escritura
sobre o Messias do que os mestres de Israel. Alguns
O esperavam como Libertador do pecado. Filósofos
se esforçavam por estudar profundamente o
mistério do sistema cerimonial hebraico. Porém a
intolerância dos judeus impedia a disseminação da
luz” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as
Nações [CPB, 2021], p. 21, 22).
“Jesus, o poderoso Salvador, morreu por essas
almas. Ele pode despertá-las da indiferença,
despertar sua compaixão, suavizar seu coração e
revelar à sua alma a beleza e o poder da verdade. O
Obreiro-Mestre é Deus, e não o ser humano finito;
no entanto, Ele os chama para ser os agentes por
meio dos quais Ele transmita luz aos que estão em
trevas. Deus tem joias em todas as igrejas, e não
cabe a nós fazer denúncias generalizadas do
professo mundo religioso, mas, com humildade e
amor, apresentar a todos a verdade como ela é em
Jesus. Que os seres humanos vejam piedade e
devoção, que contemplem a semelhança de caráter
com Cristo, e serão atraídos para a verdade. […] Eles
devem exaltar Jesus, o Redentor do mundo, e
anunciar a palavra da vida (Ellen G. White, The
Advent Review and Sabbath Herald, 17 de janeiro de
1893).
Perguntas para consideração
1. Quais são as necessidades das pessoas em sua
comunidade que poderiam dar a você e à sua igreja
a oportunidade de alcançar pessoas que não
conhecem o evangelho?
2. Pense no texto de Ellen G. White acima. Como
mostrar às pessoas de outras igrejas a verdade e
ajudá-las a ver seus erros sem que se sintam
condenadas?
3. “Quando o Filho do Homem vier, será que
ainda encontrará fé sobre a Terra?” (Lc 18:8). O que
Jesus quis dizer com essa pergunta retórica? Qual é
a diferença entre fé e crença? Por que as pessoas
que têm a crença correta poderão ser consideradas
vazias de fé quando Cristo retornar?

Respostas e atividades da semana: 1. O povo de


Deus tinha um estreito relacionamento com as
nações pagãs que viviam ao redor. Tomavam suas
mulheres em casamento e mantinham negócios
com essas nações. A influência negativa desses
povos acabaram sendo uma pedra de tropeço para
Israel. 2. Jesus Se compadecia das multidões e
desejava ver mais pessoas trabalhando em favor
delas. 3. O povo vinha da Galileia, de Decápolis, de
Jerusalém, da Judeia e do outro lado do
Jordão. 4. Mateus descreve essa mãe pela
nacionalidade: cananeia. Marcos a descreve como
“grega” ou “estrangeira”, “de origem siro-
fenícia”. 5. O evangelho é para todos os povos. Deus
não faz acepção de pessoas. 6. O centurião, os
amigos do paralítico e o cego Bartimeu.
Comentários de Ellen G. White
Minha Consagração Hoje [MD 1989], 24 de
junho, p. 179 (“Amai-vos uns aos outros”).
“Amai-vos uns aos outros”
24 de Junho
Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o
amor procede de Deus; e todo aquele que ama é
nascido de Deus e conhece a Deus. 1 João 4:7.
Do ponto de vista cristão o amor é poder. Há
envolvida neste princípio força intelectual e
espiritual. O amor puro tem especial eficácia para o
bem, e não pode fazer senão o bem. Ele previne a
discórdia e o sofrimento e leva à verdadeira
felicidade. A riqueza é não raro uma influência
corruptora e destruidora; a força é forte para ferir;
mas a verdade e a bondade são propriedades do
puro amor. — O Lar Adventista, 195.
O homem em paz com Deus e com seu
semelhante não pode ser miserável. A inveja não
estará em seu coração; a suspeita do mal não
encontrará guarida nele; o ódio não pode nele
existir. O coração em harmonia com Deus eleva-se
acima dos preconceitos e provações desta vida. —
Testimonies for the Church 5:488.
O que Satanás planta no coração — ruins
suspeitas, inveja, ciúmes, maledicência, impaciência,
preconceito, egoísmo e cobiça — devem ser
desarraigados. Se se permite que essas más
qualidades permaneçam na alma, produzirão frutos
pelos quais muitos serão corrompidos. Oh, quantos
cultivam as venenosas plantas que matam os
preciosos frutos do amor e debilitam a alma! — O
Lar Adventista, 196.
Unicamente o amor que origina-se no coração de
Cristo, pode curar. Unicamente Aquele, em quem
flui esse amor, assim como faz a seiva na árvore e o
sangue no corpo, poderá restaurar o coração ferido.
O poder do amor possui força maravilhosa,
porquanto é divino. “A resposta branda desvia o
furor” (Provérbios 15:1), “o amor é paciente, é
benigno” (1 Coríntios 13:4); “o amor cobre multidão
de pecados” (1 Pedro 4:8) — sim, se aprendêssemos
nessas lições, quão grande não seria o poder para
curar de que seríamos dotados! Como se
transformaria a vida, e a Terra se tornaria a própria
semelhança e antegozo do Céu! — Educação, 114.
Serviço Cristão, p. 164 (“Ociosa negligência”);
Ociosa negligência — Tem havido ociosa
negligência e criminosa incredulidade entre nós
como um povo, e isso nos tem impedido de fazer a
obra que Deus nos deixou, de fazer nossa luz brilhar
aos de outras nações. — Lar sem Sombras, 213.
Foi-me mostrado que, como um povo, temos
estado a dormir em relação ao nosso dever quanto a
levar a luz perante os de outras nações. — Lar sem
Sombras, 212.
Não estamos correspondendo com a providência
de Deus, a abrir-nos caminho. Jesus e os anjos estão
a operar. Esta causa avança, enquanto nós estamos
parados e ficando na retaguarda. Se seguíssemos a
providência de Deus que nos abre caminho,
seríamos rápidos em discernir cada oportunidade, e
em fazer o máximo de cada vantagem ao nosso
alcance, a fim de que a luz se estendesse e
espalhasse a outras nações. — Lar sem Sombras,
212, 213.
Mensageiros da Esperança, p. 152 (“Influência
de nossas publicações”).
Capítulo 24
A grande influência de nossas publicações
O poder da escrita — Os instrumentos da escrita
são um poder nas mãos de homens que sentem a
verdade a arder no altar de seu coração e que têm
por Deus um zelo inteligente, equilibrado com sadio
discernimento. Esses instrumentos, inseridos na
fonte da verdade pura, podem enviar aos escuros
recantos da Terra raios de luz que refletirão em
retorno, acrescentando novo poder e
incrementando a luz a ser espalhada em todos os
lugares. — Life Sketches, p. 214.
A imprensa, instrumento de Deus — A gráfica é
um poderoso instrumento para impressionar a
mente e o coração do povo. ... A imprensa é um
poderoso meio que Deus determinou fosse
combinado com as energias do pregador vivo, a fim
de levar a verdade a toda nação, tribo, língua e
povo. Muitos há que não poderiam ser atingidos de
outra maneira. — Vida e Ensinos, 225-227.
O setor de publicações de nossa causa é um dos
poderosos recursos de que dispomos. É meu desejo
que esse setor realize tudo quanto o Senhor lhe tem
designado. Se nossos homens associados a
atividades de livros fizerem fielmente sua parte, eu
sei, pela luz que me tem sido dada por Deus, que o
conhecimento da verdade presente será dobrado e
triplicado. — Life Sketches, p. 446-447.
Influência de nossas publicações — Foi-me
mostrado que nossas publicações devem ser
impressas em diferentes línguas e enviadas a todos
os países civilizados, custe o que custar. Qual é o
valor do dinheiro neste tempo, em comparação com
o valor das almas? ...
Foi-me mostrado que a imprensa é poderosa
para o bem ou para o mal. Esta agência pode atingir
e influenciar o espírito do público como nenhum
outro meio. A imprensa, dirigida por homens
santificados por Deus, pode ser, de fato, um poder
para o bem em levar homens ao conhecimento da
verdade. ...
Em outras terras — Foi-me revelado que as
publicações já estão operando em alguns corações
em outros países, quebrando os muros do
preconceito e da superstição. Vi homens e mulheres
estudando com intenso interesse revistas e algumas
páginas de folhetos sobre a verdade presente. Liam
as evidências tão maravilhosas e novas para eles e
abriam a Bíblia com profundo e novo interesse, ao
se tornarem claros os assuntos da verdade que
antes lhes eram obscuros, especialmente a luz com
relação ao sábado do quarto mandamento. Ao
examinarem as Escrituras para ver se essas coisas
eram assim, uma nova luz brilhava em seu
entendimento, porque os anjos circulavam entre
eles, impressionando seu espírito com as verdades
contidas nas publicações que liam.
Examinando com oração e lágrimas — Vi-os
segurando revistas e folhetos com uma mão e com a
outra a Bíblia, enquanto suas faces estavam úmidas
de lágrimas, e ajoelhando-se diante de Deus em
fervente e humilde oração, para serem guiados em
toda a verdade — exatamente o que Ele estivera
fazendo por eles antes de O invocarem. E quando a
verdade foi recebida no coração e viram sua
harmoniosa relação, a Bíblia tornou-se para eles um
novo livro; apertaram-na de encontro ao coração
com grato regozijo e seu semblante estava radiante
de felicidade e santa exaltação.
Estes não se satisfaziam com fruir só eles
mesmos a luz, e começaram a trabalhar por outros.
Alguns fizeram grandes sacrifícios por amor da
verdade e para ajudar os irmãos que se achavam em
trevas. O caminho assim está sendo preparado para
uma grande obra na distribuição de folhetos e
revistas em outras línguas. — Life Sketches, p. 214-
215.
Livros retirados das estantes — É certo que
alguns dos que compram os livros, os colocarão na
estante ou na mesa da sala de visitas e raramente os
olharão. No entanto, Deus tem cuidado de Sua
verdade, e virá o tempo em que esses livros serão
procurados e lidos. A doença ou o infortúnio pode
entrar no lar, e por meio da verdade contida nos
livros Deus envia aos corações turbados paz,
esperança e descanso. Seu amor lhes é revelado, e
eles compreendem a preciosidade do perdão de
seus pecados. Desse modo o Senhor coopera com
Seus dedicados obreiros. — Testemunhos Seletos
2:532.
Pessoas levadas a Cristo — Nossas publicações
estão agora semeando a semente do evangelho, e
são instrumentos em levar a Cristo o mesmo tanto
de pessoas que a palavra pregada. Igrejas inteiras
têm sido formadas como resultado de sua
circulação. — The Review and Herald, 10 de Junho
de 1880.
Até os fragmentos são preciosos — Devemos
tratar como a sagrado tesouro cada linha de matéria
impressa que contém a verdade presente. Todo
fragmento de um folheto ou de uma revista deve ser
considerado como de valor. Quem pode estimar a
influência que uma página arrancada, contendo as
verdades da mensagem do terceiro anjo, pode ter
sobre o coração de algum pesquisador da verdade?
Lembremo-nos de que alguém poderia encontrar
proveito em ler todos os livros e revistas que
pudermos guardar. Cada página é um raio de luz do
Céu que brilha e ilumina a trilha da verdade.
No milagre de alimentação da multidão com uns
poucos pães e peixes, o alimento foi multiplicado
ao passar de Cristo aos que o recebiam. Assim será
na distribuição de nossas publicações. A verdade de
Deus, ao ser transmitida, multiplicar-se-á
grandemente. E como os discípulos, pela direção de
Cristo, juntaram o que sobrou para que nada se
perdesse, devemos nós entesourar cada fragmento
de publicação que contenha a verdade para este
tempo. — The Review and Herald, 27 de Agosto de
1903.
Mil em um dia — Deus fará logo grandes coisas
por nós, se nos achegarmos humildes e crentes a
Seus pés. ... Mais de mil serão logo convertidos em
um dia, a maioria dos quais atribuirá suas primeiras
convicções à leitura de nossas publicações. — The
Review and Herald, 10 de Novembro de 1885.
Durante a advertência final — Por milhares de
vozes, em toda a extensão da Terra, será dada a
advertência. Operar-se-ão prodígios, os doentes
serão curados, e sinais e maravilhas acompanharão
os crentes. Satanás também opera com prodígios de
mentira, fazendo mesmo descer fogo do céu, à vista
dos homens. Assim os habitantes da Terra serão
levados a decidir-se.
A mensagem há de ser levada não tanto por
argumentos como pela convicção profunda do
Espírito de Deus. Os argumentos foram
apresentados. A semente foi semeada e agora
brotará e frutificará. As publicações distribuídas
pelos missionários têm exercido sua influência; no
entanto, muitos que ficaram impressionados foram
impedidos de compreender completamente a
verdade, ou de lhe prestar obediência. Agora os
raios de luz penetram por toda parte, a verdade é
vista em sua clareza. ... Grande número se coloca ao
lado do Senhor. — O Grande Conflito, 612.
A recompensa do colportor — Quando os
redimidos estiverem perante Deus, responderão ao
chamado pessoas que ali estão por causa dos
fervorosos e perseverantes esforços feitos em seu
benefício, e dos apelos para que fugissem para a
Fortaleza. Desse modo, os que neste mundo têm
estado a cooperar com Deus, receberão a
recompensa. — Conselhos sobre Saúde, 357.
Imagine a gratidão das pessoas que nos
encontrarem nas cortes celestiais, ao
compreenderem o interesse cheio de simpatia e
amor manifestado em sua salvação! Todo louvor,
honra e glória serão dados a Deus e ao Cordeiro
pela nossa redenção; mas não diminuirá a glória de
Deus o exprimir reconhecimento para com o
instrumento por Ele empregado na salvação de
almas prestes a perecer.
Os remidos hão de encontrar e reconhecer
aqueles cuja atenção encaminharam ao excelso
Salvador. Que alegres conversas hão de eles ter com
essas pessoas! “Eu era pecador”, alguém dirá, “sem
Deus e sem esperança no mundo; e você se
aproximou de mim, e atraiu minha atenção para o
precioso Salvador, como minha única esperança.” ...
Que alegria será quando esses remidos se
encontrarem com os que se preocuparam com eles,
e os saudarem! — Obreiros Evangélicos, 518-519.
RESUMO DA LIÇÃO 11
Missão em favor dos não alcançados: parte 2
ESBOÇO
Embora o evangelho de Mateus tenha sido
escrito especificamente para um público judaico, a
presença de gentios perto de Jesus é um tema
recorrente nessa narrativa, às vezes em contraste
com a devoção dos israelitas. Por exemplo,
enquanto os magos (astrólogos persas) percorreram
um longo caminho para adorar o verdadeiro Rei de
Israel, os principais sacerdotes e escribas (os sábios
de Herodes) não fizeram esforço algum para seguir
esse exemplo. A fé de um centurião romano foi
elogiada por Jesus como maior do que a dos
israelitas (Mt 8:10). Um soldado gentio foi a
primeira pessoa, após a crucifixão de Jesus, a
reconhecer que Ele é o Filho de Deus (Mt 27:54). De
maneira peculiar, Mateus destaca três fatos: (1) o
plano redentivo de Deus sempre incluiu todas as
nações da Terra; (2) nem todos os gentios são
insensíveis à obra do Espírito Santo; e (3) deixar de
lado os preconceitos étnicos, culturais e religiosos
para amar e servir aos outros, como Cristo fez, é um
pré-requisito para desenvolver um ministério
intercultural eficaz. Assim, além de ser um chamado
à missão global, o Evangelho de Mateus é também
uma mensagem de reconciliação étnica em Cristo.
Os escritores dos outros evangelhos também
destacam notáveis interações de Jesus com os
gentios: Ele anunciou Sua mensagem à região
gentílica dos gadarenos (Mc 5:1), curou o servo de
um centurião romano (Lc 7:1-10) e ministrou a uma
cidade samaritana (Jo 4). As interações de Jesus com
os estrangeiros revelam que o Reino de Deus se
destina a todas as nações, a judeus e gentios. Jesus
demonstrou de maneira prática que Deus sempre
teve interesse em estender Seu amor e perdão a
todas as nações.
COMENTÁRIO
O coração missionário de Deus em favor das
nações no Antigo Testamento
Deus sempre desejou ter um relacionamento de
aliança com todas as sociedades humanas. Ele
estava interessado não apenas em salvar os
israelitas, mas, por meio de Abraão, queria que Sua
graça redentiva fosse estendida a todas as nações
(Gn 12:1-3). O chamado de Abraão para ser uma
bênção a todas as nações indica claramente que a
inclusão dessas nações no plano redentivo de Deus
não foi uma ideia posterior. Em outras palavras, o
desejo de Deus de que os gentios (as nações do
mundo) experimentassem a salvação não era um
“Plano B”. Séculos depois, após o chamado de
Abraão, o Senhor estendeu o mesmo chamado aos
seus descendentes biológicos (Israel) para que
fossem uma nação de sacerdotes para todas as
nações (Êx 19:6). Em várias ocasiões, Deus lembrou
os israelitas de que eles não haviam sido escolhidos
por serem melhores que as outras nações, mas
porque Ele os amava (ver, por exemplo, Dt 7). Israel
foi escolhido para ser o veículo por meio do qual
outras nações viriam a conhecer e adorar a Deus.
Esse povo deveria ser uma luz para o restante das
nações. Em Jeremias 2:3, Israel é mencionado como
o primeiro fruto da colheita de Deus, o que significa
que havia uma colheita maior fora de Israel. Desde o
momento em que Deus chamou Abraão para
carregar Seu estandarte, Seu plano era levar
salvação tanto para judeus quanto para gentios.
Portanto, Israel, como nação, não foi escolhido por
Deus para a exclusão de todas as outras nações. O
relato do Antigo Testamento é marcado por histórias
de gentios que aceitaram o Deus de Israel como seu
Deus. Os exemplos incluem Raabe, Rute, o hitita
Urias e a rainha de Sabá.
Embora Deus tenha escolhido Israel como nação
para ser Seu representante, Ele não pretendia que
esse fosse o único povo a mediar o plano da
redenção. De muitas outras formas, Deus Se revelou
incessantemente a pessoas de outras nações. Ellen
G. White faz a seguinte observação importante:
“Fora da nação judaica, houve homens que
predisseram o aparecimento de um Instrutor divino.
Esses homens andavam em busca da verdade, e foi-
lhes concedido o Espírito de inspiração. Um após
outro, como estrelas em um céu escuro, esses
mestres haviam se erguido. Suas palavras proféticas
despertaram a esperança no coração de milhares no
mundo gentio” (O Desejado de Todas as
Nações [CPB, 2021], p. 21).
Melquisedeque, um rei-sacerdote cananeu, é um
desses que não pertenceram à linhagem de Abraão,
da qual veio o povo de Israel. Deus Se revelou a esse
rei cananeu sem a intermediação de outros seres
humanos. Melquisedeque era um sacerdote do
Deus Altíssimo (em hebraico, El Elyon). O relato do
encontro de Melquisedeque com Abraão
em Gênesis 14:14-24 é muito instrutivo. Abraão
identifica seu Deus, Yahweh, com El Elyon de três
maneiras. Primeiro, ele uniu os dois nomes divinos –
Yahweh e El Elyon – em um gesto que mostrava que
se referem ao mesmo Deus (Gn 14:22). Em segundo
lugar, Abraão descreveu Yahweh da mesma forma
que Melquisedeque havia descrito El Elyon: Aquele
que “criou os céus e a Terra” (Gn 14:22). Terceiro, o
fato de que Abraão aceitou as bênçãos de
Melquisedeque e devolveu o dízimo ao sacerdote
cananeu revelam que Abraão reconheceu o
sacerdócio de Melquisedeque (Gn 14:19,20). Deus
havia escolhido Melquisedeque “para ser Seu
representante entre o povo daquela época, embora
ele pertencesse à comunidade cananita” (Jacques B.
Doukhan, Genesis, Seventh-day Adventist
International Bible Commentary, v. 1 [Pacific Press,
2016], p. 214).
É importante destacar que a incessante atuação
missionária de Deus em favor de Suas criaturas,
cumprida de várias maneiras, não torna irrelevante
o envolvimento dos crentes na missão. Mateus
28:18-20 e 1Pedro 2:9 mostram que fazer discípulos
para cristo é a razão fundamental da nossa
existência, tanto como igreja quanto como crentes
individuais. É um privilégio ser colaboradores de
Deus naquilo que Ele poderia realizar perfeitamente
bem sem a nossa participação. Além disso, saber
que o Senhor está à nossa frente, preparando o
terreno para a obra de lançar a semente do
evangelho, é outro incentivo para aceitar o privilégio
que Ele graciosamente nos concede de fazer parte
de Sua equipe.
O coração missionário de Deus em favor das
nações no Novo Testamento
Conforme observado acima, embora a maior
parte do ministério público de Jesus tenha sido
realizada em território judaico, é notável o número
de registros que encontramos de Seus encontros
pessoais com gentios, mencionados nos registros
dos evangelhos. Jesus chegou a afirmar que tinha
outras ovelhas fora da comunidade judaica (Jo
10:16). Por meio da vida e ministério de Jesus e da
ordem para que Seus seguidores fizessem discípulos
de todas as nações (Mt 28:18-20; At 1:8), os
primeiros cristãos vieram a compreender
gradualmente que a promessa da aliança divina
seria confirmada por meio do testemunho da igreja
– promessa de acolher não apenas os descendentes
de Abraão, mas pessoas de todas as outras nações
como herdeiros de Deus. Com a conversão da
família de Cornélio (At 10), uma nova realidade
irrompeu na vida da nascente comunidade cristã.
Esse evento e a subsequente longa discussão sobre
o significado dessa nova realidade que Deus estava
fazendo (At 15) convenceram a igreja apostólica de
que a admissão dos gentios na comunidade dos
crentes, como plenos beneficiários da obra
redentiva de Deus em Cristo, foi ordenada pelo
Senhor. Assim sendo, não havia nada que pudessem
fazer para invalidar esse decreto divino. Em vez
disso, agora era responsabilidade deles não
negligenciar ninguém ao compartilhar o evangelho.
Como o povo inclusivo de Deus, formado por
pessoas chamadas de todas as nações para
constituir uma entidade espiritual (1Pe 2:9), a igreja
foi chamada, capacitada pelo Espírito Santo e
encarregada de executar a tarefa missionária de ser
a luz das nações, algo que Israel, como nação, falhou
em se tornar. O texto de 1Pedro 2:9, portanto, deixa
claro que a comunidade cristã como um todo é a
propriedade exclusiva de Deus dentre todos os
povos da Terra. Esse versículo combina a identidade
dos crentes como eleitos de Deus e santo povo da
aliança com a responsabilidade de proclamar os
atos maravilhosos de Deus a todos os que ainda não
entregaram a vida ao senhorio de Jesus Cristo.
Paulo, convencido de seu apostolado aos gentios
(Rm 11:13; Rm 15:16; Gl 2:7) e impulsionado pelas
decisões do Concílio de Jerusalém (At 15), dedicou a
maior parte de seu ministério aos gentios. Seu
compromisso inabalável com essa missão
impulsionou o evangelho para fora das fronteiras da
nação judaica. O objetivo de Deus ao encarregar
Paulo de pregar aos gentios não alcançados era
mostrar que Sua oferta de salvação se destina a
todas as pessoas.
APLICAÇÃO PARA A VIDA
Conhecendo a intenção de Deus de que cada
grupo social e étnico experimente Sua salvação,
somos chamados a nos comprometer com Sua
missão. Assim como Israel como nação foi ordenado
a ser luz para os gentios, nós, como cristãos – ou
Israel espiritual –, também recebemos a ordem de
ser embaixadores de Deus para as pessoas que
ainda não aceitaram Jesus como seu Senhor e
Salvador (Mt 28:18-20; 2Co 5:20). Claramente, os
discípulos de Cristo têm um dever para com os não
alcançados. A boa notícia é que não precisamos
necessariamente ir até os confins da Terra para
encontrar os não alcançados. Existem, em todos os
contextos e ambientes, pessoas que ainda não
responderam ao evangelho. Podem ser nossos
vizinhos, colegas de trabalho ou de estudos, nossos
clientes, pacientes ou alunos. Podemos nos deparar
com eles como imigrantes, refugiados, estudantes
internacionais, diplomatas ou empresários
internacionais. Seja qual for o contexto social,
cultural e religioso das pessoas não alcançadas que
encontramos e às quais ministramos, precisamos
reconhecer que não podemos ministrar
efetivamente a qualquer grupo social sem antes nos
libertarmos de estereótipos, preconceitos e
discriminação contra eles. Portanto, precisamos orar
para que Deus nos liberte de tais preconceitos.
Uma fonte de virtude

“Não cesse de falar deste Livro da Lei; pelo


contrário, medite nele dia e noite, para que você
tenha o cuidado de fazer segundo tudo o que nele
está escrito; então você prosperará e será bem-
sucedido” (Js 1:8).
• QUEBRA-GELO
Qual é o seu versículo bíblico preferido? Por quê?

• PARA REFLETIR
“Deus deseja que o homem exercite o raciocínio;
como nenhum outro, o estudo da Bíblia fortalece e
aumenta a capacidade da mente ” (Ellen G.
White, Caminho a Cristo, p. 109).
O estudo profundo da Bíblia enobrece o espírito,
traz paz ao coração e liberdade para decidir. A
leitura da Palavra nos prepara para a vida eterna,
mas também nos ajuda a enfrentar os problemas
cotidianos deste mundo. Quando nos aproximamos
da Escritura com espírito humilde como o de uma
criança que deseja conhecer as maravilhas que a
rodeiam, conectamo-nos com o Espírito divino que
nos inspira para compreender o amor de Deus e,
também, nos concede inteligência para entender os
segredos das verdades eternas. Ele nos dará o poder
para aplicar os ensinamentos bíblicos à nossa vida. A
promessa de Deus para Josué, para você e para mim
é que, se operarmos conforme a Escritura, tudo nos
irá bem.
Recordemos o que Deus nos recomenda no
versículo inicial:
a) Ler a Escritura
b) Meditar nela
c) Fazer isso de dia e de noite
d) Fazer conforme o que está escrito

• ABRINDO O CORAÇÃO
1. Que motivo você encontra para ler a Bíblia de
maneira pessoal?
2. Por que é útil meditar no que se lê?
3. Qual é o significado de “meditar nela de dia e
de noite”?
4. O que aconteceria se fizéssemos conforme o
que está escrito?
5. Leia João 20:31. O que Deus diz a você nesse
versículo?

• TRABALHANDO JUNTOS
Decidam juntos colocar em prática o conselho
dado a Josué (ler, meditar e fazer). Depois,
compartilhem a experiência na próxima reunião.
INFORMATIVO MUNDIAL DAS MISSÕES
INFORMATIVO 11

Senhora Anatomia

Abigail não sabia o que fazer.


Mais do que tudo, ela queria ser enfermeira.
Mas ela precisava trabalhar para pagar os
estudos e parecia não ter tempo suficiente para se
preparar para as aulas.
Ela tinha acabado de começar o primeiro ano na
Escola Adventista do Sétimo Dia de Formação em
Enfermagem e Obstetrícia em Gana.
As aulas de anatomia e fisiologia eram
especialmente difíceis.
À noite, Abigail chorava porque não entendia
anatomia e fisiologia.
Quando acordava de manhã, ela chorava
novamente.
Ela estava matriculada em 8 matérias e, com sua
carga de trabalho, não tinha muito tempo para os
deveres de casa. Ela orava desesperadamente a
Deus pedindo ajuda para passar nas matérias,
especialmente anatomia e fisiologia.
Após dar a primeira prova, o professor disse à
classe: “A nota mais alta foi 75”.
Abigail suspirou e pensou: “Ah! Então, eu tirei
35”.
O professor não disse quem havia tirado a maior
nota.
No dia seguinte, quando as provas com as notas
foram devolvidas aos alunos, Abigail viu que tinha
tirado 75. Ela não conseguia acreditar.
Uma colega de classe que estava sentada
próximo sussurrou: “Quanto você tirou?”
Abigail mostrou a ela o papel.
“Então, foi você que tirou a maior nota!”, a
colega exclamou.
Abigail ficou envergonhada. “Por favor, não diga
a ninguém”, pediu ela.
“Tudo bem, não contarei”, disse ela.
O segredo de Abigail foi revelado para a classe
quando ela tirou 100 na prova de meio de curso.
O professor a colocou na frente da sala.
“Você tirou a maior nota na primeira prova”,
disse ele. “Você tirou a maior nota na segunda
prova. E agora você tirou 100 na prova de meio de
curso. Não se esconda mais na sala. Quando eu fizer
perguntas, sinta-se à vontade para respondê-las.”
Abigail começou a falar na sala. Quando o
professor fazia uma pergunta, ela não se importava
de responder. Às vezes, ela nem levantava a mão,
apenas respondia.
Em pouco tempo, seus colegas de classe lhe
deram um apelido: “Senhora Anatomia”. Abigail não
se importava com seu novo nome. Ela apenas sorria
quando seus colegas de classe a chamavam de
Senhora Anatomia. Ela sorriu ainda mais quando
recebeu sua prova final na sala. Foi uma nota
perfeita.
Abigail credita a Deus por ajudar em anatomia e
fisiologia e em todas as suas matérias. Hoje, ela está
na metade do curso de três anos de enfermagem e
tem a maior média cumulativa de notas de qualquer
aluno da faculdade. Ela também recebeu uma bolsa
de estudos parcial, tirando um pouco da pressão
para trabalhar.
“É Deus”, disse ela. “Não sou eu. É Deus.”
Após ir à semana de ênfase espiritual no campus,
Abigail decidiu que gostaria de ser batizada e entrar
para a Igreja Adventista. Ela ama muito a Deus de
todo o coração e quer viver para Ele.
Mas ela enfrenta resistência em casa. Uma
parente próxima que pertencia a outra
denominação chamou isso de pecado.
Abigail não sabe para quem se virar, a não ser
para Deus. Ela está pedindo ajuda a Deus. Ela tem a
certeza de que o Deus que a ajudou a tirar boas
notas vai ajudá-la a servi-Lo fielmente agora e para
sempre.
Ore por Abigal enquanto ela busca a vontade de
Deus em sua vida. Ore por todos os 770 alunos da
Escola Adventista do Sétimo Dia de Formação em
Enfermagem e Obstetrícia. Parte da oferta do
décimo terceiro sábado deste trimestre ajudará a
expandir a faculdade, que abriu com 22 alunos em
2015, com novas salas de aula e dormitórios. A
demanda excede em muito a disponibilidade para
novos alunos na faculdade, onde apenas 30 por
cento dos alunos são adventistas. Obrigado por sua
oferta generosa de 13º Sábado para o dia 30 de
dezembro.

Dicas para a história


• Após compartilhar a história missionária sobre
a jornada de Abigail até Cristo na faculdade, peça
que a classe da Escola Sabatina considere esta
pergunta da lição dos adultos desta semana: “Como
você conheceu Jesus e as preciosas três mensagens
angélicas? Faça uma lista com três bênçãos
espirituais que você vivenciou com Jesus em sua
vida pessoal” (ver quinta-feira, l4 de dezembro).
Alguém na classe enfrentou um conflito familiar
como Abigail? Quais conselhos você daria para
Abigail enquanto ela busca aprofundar sua fé?
• Baixe as fotos no Facebook: bit.ly/fb-mq.
• Baixe publicações e fatos rápidos sobre a
Divisão Africana Centro-Ocidental: bit.ly/wad-2023.
• Essa história de missão ilustra os seguintes
objetivos do plano estratégico “Eu Vou” da Igreja
Adventista do Sétimo Dia: Objetivo de Missão nº 1,
“Reavivar o conceito de missão mundial e sacrifício
pela missão como um modo de vida que envolve
não apenas os pastores, mas todos os membros da
igreja, jovens e idosos, na alegria de testemunhar
por Cristo e fazer discípulos”; Objetivo de Missão nº
2, “Fortalecer e diversificar o alcance adventista nas
grandes cidades [e] ... entre os grupos de pessoas
não alcançadas e de menor alcance”; e Objetivo de
Crescimento Espiritual nº 5, “Discipular indivíduos e
famílias em vidas cheias do Espírito.” Para mais
informações, acesse o site: IWillGo2020.org.

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