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os
FUNDAMENTOS
da
FÉ CRISTÃ

DOUTRINAS ESSENCIAIS

COMUNIDADE CRISTÃ

VIDASEMEANDO

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


1 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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O FUNDAMENTO
O que é Fundamento?
Fundamento significa base, alicerce, fundação. Quando olhamos para uma casa não notamos o seu ali-
cerce, mas ele é a base para toda a edificação. O fundamento é necessário, pois não podemos edificar
uma casa sem alicerce. Os Fundamentos da Fé são necessários, pois neles apoiamos toda a nossa Fé.
Não são coisas relativas, que com o tempo podem variar ou se adaptar a uma determinada situação. Os
fundamentos nunca vão mudar, são absolutos. Nunca se revoga ou se muda algo absoluto.

O Fundamento de Deus
Ef 2:19-22 - “Assim, pois, não sois mais estrangeiros, nem forasteiros, antes sois concidadãos dos santos e
membros da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo
o próprio Cristo Jesus a principal pedra da esquina; no qual todo o edifício bem ajustado cresce para
templo santo no Senhor, no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito”.
I Co 3:11 - “Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”.

Jesus é o único fundamento da Igreja. Antes de conhecermos Jesus, nos “firmávamos” em qualquer coi-
sa: dinheiro, bens, emprego, relacionamentos, etc. Mas Deus só edificará se o fundamento for Jesus.

Hb 5:11-14 - “Sobre isso temos muito que dizer, mas de difícil interpretação, porquanto vos tornastes tardios
em ouvir. Porque, desde a infância sabes as sagradas letras, que podem necessitais de que se vos torne a ensi-
nar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e vos haveis feito tais que precisais de leite, e não de ali-
mento sólido. Ora, qualquer que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, pois é criança; mas o
alimento sólido é para os adultos, os quais têm, pela prática, as faculdades exercitadas para discernir tanto o
bem como o mal”.

Estes cristãos a respeito dos quais o autor de Hebreus fala acima, por não estarem bem fundamentados,
tinham que continuar tomando leite. Porém, o objetivo de Deus para cada um de nós é que nos torne-
mos mestres: Aprendemos para depois ensinarmos.

 As coisas de Deus são simples, por isso não estamos estudando teologia, escatologia ou fazendo es-
tudo bíblico. Tratamos de assuntos práticos nas nossas vidas.

Lc 6:46-49 - “E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo? Todo aquele que vem a
mim, e ouve as minhas palavras, e as pratica, eu vos mostrarei a quem é semelhante: É semelhante ao ho-
mem que, edificando uma casa, cavou, abriu profunda vala, e pôs os alicerces sobre a rocha; e vindo a en-
chente, bateu com ímpeto a torrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque tinha sido bem edificada.
Mas o que ouve e não pratica é semelhante a um homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces,
na qual bateu com ímpeto a torrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa”.

Neste texto vemos dois tipos de pessoas:


 Uma que ouviu e praticou a palavra, cavou bem fundo - não foi abalada.
 Outra que ouviu e não praticou, sem alicerce - grande ruína.

Podemos edificar duas casas idênticas, seguindo a mesma planta, uma com alicerce e outra sem alicerce.
Uma vai prevalecer e outra vai cair. Se gastarmos mais tempo cavando fundo o alicerce para só depois

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edificarmos a casa, o resultado será duradouro. Devemos cavar até chegar na Rocha, que é Jesus. E ca-
var é arrancar tudo que é nosso, limpar de nossas vidas tudo que não vem de Deus.
Os quatro tipos de solo – A parábola do Semeador- Mt 13:3-23 / Mc 4:2-20 / Lc 8:4-15
Uma parábola é uma estória que contém algum ensino moral. Jesus falava por parábolas para mostrar os
princípios. Ele repetia com freqüência a frase: “quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. Os discípulos não en-
tenderam muito bem a parábola, muito menos a multidão. Mas os discípulos pediram e Jesus explicou.
“Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado”. Jesus quer en-
contrar corações receptivos e abertos que queiram compreender de fato.

A semente é a Palavra de Deus. O semeador é quem anuncia a Palavra de Deus. O solo é aquele que
ouve a Palavra. A semente é boa. O semeador não é o problema. O problema está no solo. Nesta pa-
rábola identificamos quatro tipos de solos:

1) CORAÇÃO DURO - Mt 13:19 - “A todo o que ouve a palavra do reino e não a entende, vem o Ma-
ligno e arrebata o que lhe foi semeado no coração; este é o que foi semeado à beira do caminho”.
 O Diabo rouba a palavra
 Ouve de mal grado, não aceita. Lc 8:12 ainda menciona que não chega nem a se converter.

2) CORAÇÃO VOLÚVEL, INCONSTANTE - Mt 13:20 - “E o que foi semeado nos lugares pedre-
gosos, este é o que ouve a palavra, e logo a recebe com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, antes é de
pouca duração; e sobrevindo a angústia e a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza”.
 Ouve a palavra, fica animado, alegre, mas não tem raiz em si mesmo (convicção)
 Não tem convicção própria, não experimentou a Jesus verdadeiramente.
 Não tem fé em Jesus (no fundamento), tem fé na fé dos outros.
 Não tem experiência própria.
 Mc 4:17 - pouca duração
 Lc 8:13 - na hora da provação se desviam

3) CORAÇÃO DIVIDIDO - Mt 13:22 - “E o que foi semeado entre os espinhos, este é o que ouve a pa-
lavra; mas os cuidados deste mundo e a sedução das riquezas sufocam a palavra, e ela fica infrutífera”.
 Chega quase a frutificar mas não frutifica.
 Não LIMPA A VIDA e as ervas daninhas sufocam a palavra.
 Está divido entre Jesus e si mesmo.
 Mc 4:18-19 - Fica infrutífera.
 Lc 8:14 - Não dão fruto com perfeição.
 “Quem não é por mim é contra mim, quem comigo não ajunta espalha” Mt 12:30
 “Não podeis servir a dois senhores...” Mt 6:24

É a Palavra de Deus que limpa o nosso coração - Hb 11:4-12. Ela é o instrumento, mas quem tem
que arrancar os espinhos somos nós.

4) CORAÇÃO BOM - Mt 13:23 - “Mas o que foi semeado em boa terra, este é o que ouve a palavra, e
a entende; e dá fruto, e um produz cem, outro sessenta, e outro trinta”.
 Ouve e compreende.
 A palavra não pode ficar só na mente, ela tem que penetrar no coração.
 Mc 4:20 - Recebem a Palavra - não é presunçoso, soberbo, não acha que já sabe.
 Lc 8:15 - Ouvem a palavra com coração honesto e bom,
 Conservam, retêm
 Dão fruto com perseverança
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A nossa fé é uma chave poderosa que abre as portas da Graça de Deus. "... pela graça sois salvos, median-
te a fé...". E esta fé tem que estar apoiada em algo sólido, firme, absoluto: a pessoa de Jesus Cristo, o
Senhor.

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O EVANGELHO DO REINO

Gl 1:6-9 - “Estou admirado de que tão depressa estejais desertando daquele que vos chamou na graça de
Cristo, para outro evangelho, o qual não é outro; senão que há alguns que vos perturbam e querem perverter o
evangelho de Cristo. Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que
já vos pregamos, seja anátema. Como antes temos dito, assim agora novamente o digo: Se alguém vos pregar
outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema”.

Desde o início da Igreja começaram a ser pregados outros evangelhos, que nem Jesus nem os apóstolos
pregaram (distorções). E hoje em dia isto não é diferente.

 O que Jesus pregou?


 O que os apóstolos pregaram?

A parábola do semeador
Mt 13:3-9
 Jesus fala com a multidão através de parábolas e as pessoas não entendiam
 Os discípulos perguntam o porquê e Ele explica.

Mt 13:10-17
 Os mistérios não eram revelados à multidão porque não tinham um coração disposto, mas aos discí-
pulos Ele explicava.

Mt 13:18-23
 O agricultor se preocupa com a qualidade da semente para não perder toda a colheita.
 Quatro tipos de solo, O semeador, A semente.

O Semeador
 Quem era o semeador?  JESUS
 O que Ele queria colher?  DISCÍPULOS

No livro de Atos, temos registrado o resultado da primeira semeadura. A Igreja de Atos é o resultado
da semeadura de Jesus. E qual foi o resultado?

 Toda a Igreja tinha graça para sofrer pelo nome de Jesus


 Os cristãos iam para a arena alegres, cantando (segundo os próprios historiadores da época - pa-
gãos)
 O amor entre eles era notório. Eram reconhecidos pelo amor, não pelo falar, pelo vestir etc.
 A santidade era notória. As pessoas pagãs que tinham contato com a Igreja ficavam convictas do
seu pecado).

A Semente
 Qual era a semente?  A Palavra do Reino, Evangelho do Reino.

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Mt 4:23 - “E percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do reino, e curan-
do todas as doenças e enfermidades entre o povo”.
Mt 9:35 - “E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas, pregando o evangelho do
reino, e curando toda sorte de doenças e enfermidades”.
Mt 24:14 - “E este evangelho do reino será pregado no mundo inteiro, em testemunho a todas as nações, e
então virá o fim”.

Quantos evangelhos existem?  Um só, apresentado por quatro testemunhas.

Lc 4:43 - “Ele, porém, lhes disse: É necessário que também às outras cidades eu anuncie o evangelho do reino
de Deus; porque para isso é que fui enviado”.
Lc 8:1 - “Logo depois disso, andava Jesus de cidade em cidade, e de aldeia em aldeia, pregando e anunciando
o evangelho do reino de Deus; e iam com ele os doze”
Lc 16:16 - “A lei e os profetas vigoraram até João; desde então é anunciado o evangelho do reino de Deus, e
todo homem forceja por entrar nele”.
At 8:12 - “Mas, quando creram em Filipe, que lhes pregava acerca do reino de Deus e do nome de Jesus, ba-
tizavam-se homens e mulheres”.
At 19:8 - “Paulo, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, discutindo e persuadin-
do acerca do reino de Deus”.
At 20:25 - “E eis agora, sei que nenhum de vós, por entre os quais passei pregando o reino de Deus, jamais
tornará a ver o meu rosto”.
At 28:23 - “Havendo-lhe eles marcado um dia, muitos foram ter com ele à sua morada, aos quais desde a
manhã até a noite explicava com bom testemunho o reino de Deus e procurava persuadi-los acerca
de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas”.
At 28:30-31 - “E morou dois anos inteiros na casa que alugara, e recebia a todos os que o visitavam, pre-
gando o reino de Deus e ensinando as coisas concernentes ao Senhor Jesus Cristo, com toda a liber-
dade, sem impedimento algum”.

Esta era a semente. Quando Jesus inicia seu ministério ele diz: “Arrependei-vos, porque é chegado o reino
dos céus.”- Mt 3:2

O Pecado
Nós vivemos num planeta enfermo:

 Há uma doença pior que o câncer, que a AIDS: O Pecado


 Há um remédio que Jesus trouxe para o pecado: O Evangelho do Reino

O que é pecado?
Rm 5:12 - “Portanto, assim como por um só homem (Adão) entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a mor-
te, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”

Qual foi o pecado de Adão?

Em Gênesis 3:1-17 vemos como esta doença entrou na raça humana: “Ora, a serpente era o mais astuto de
todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não
comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos
comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis,
para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamente não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em
que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, ven-
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do a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar en-
tendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido, e ele também comeu. Então foram abertos os
olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que coseram folhas de figueira, e fizeram para si aven-
tais”.
 O homem tinha comunhão perfeita com Deus
 Relacionamento, alegria, sem preocupações, abundância.
 O que o diabo ofereceu?  Entendimento
 Arriscaram tudo e desobedeceram pela oportunidade de viver por conta própria.
 “Eu vou ser o meu deus.”  Independência de Deus

Ao pecar o homem se tornou independente e por isso inútil para o propósito de Deus.

 O pecado não é o que o homem faz, é uma atitude interior, um princípio de vida interior de inde-
pendência de Deus. (Eu sou dono do meu nariz, ninguém manda na minha vida)

Sl 51:5 - “Eis que eu nasci em iniqüidade, e em pecado me concedeu minha mãe”.

Não foi nada que ele fez nem seus pais. Toda criança quando nasce já traz o pecado, a raiz de indepen-
dência. Porém, note que há uma diferença entre pecado e pecados:

Pecado (Atitude) Pecados (Atos)


Atitude interior de amar a sua in- Rebeldia, inveja, inimizades, de-
dependência (gostar de ser senhor sobediência, adultério, vícios,
de si mesmo) mentira, etc.

Não é preciso fazer força para pecar, é natural. A desobediência de Adão foi um fruto de sua rebelião
interior.

O Remédio
Jesus não trouxe um remédio para as conseqüências do pecado, mas sim para a raiz do pecado.

O que é o Reino de Deus?

 O Reino de Deus é o fim da independência do homem

Ira Mesmo que podemos os galhos, se não houver mudança de atitude eles vol-
tam a brotar. (continua sendo rebelde)
Rebeldia
Avareza
Roubo  A oração de um rebelde é pecado
Contenda  A oferta de um rebelde é pecado
Adultério  O bons atos de um rebelde são pecado
Glutonaria

O Homem está perdido porque é rebelde, independente de Deus.


Consequências Atos

Raiz Atitude

Independência

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O Senhorio de Jesus Cristo


 Jesus   (Kurios) Senhor (Dono+Governante supremo+Máxima autoridade+etc)

Quando uma pessoa é salva, ela entra para o reino de Deus e está debaixo do governo de Jesus Cristo.
Ela é salva da sua independência para ser dependente de Jesus. O senhorio de Jesus não é uma opção
para ser salvo, é uma condição.

Mt 16:24 - “Então disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a
sua cruz, e siga-me”.

 Não podemos prometer a vida eterna para alguém que continua independente de Jesus.

Mc 10:17-22 - “Ora, ao sair para se pôr a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou diante de-
le e lhe perguntou: Bom Mestre, que hei de fazer para herdar a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Por que me
chamas bom? ninguém é bom, senão um que é Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás; não adulterarás;
não furtarás; não dirás falso testemunho; a ninguém defraudarás; honra a teu pai e a tua mãe. Ele, porém, lhe
replicou: Mestre, tudo isso tenho guardado desde a minha juventude. E Jesus, olhando para ele, o amou e lhe
disse: Uma coisa te falta; vai vende tudo quanto tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, se-
gue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste, porque possuía muitos bens”.

 Era dono, possuía...


 O deus dele eram suas posses. Seu coração estava nelas.

Lc 19:1-10 - “Tendo Jesus entrado em Jericó, ia atravessando a cidade. Havia ali um homem chamado Za-
queu, o qual era chefe de publicanos e era rico. Este procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa da
multidão, porque era de pequena estatura. E correndo adiante, subiu a um sicômoro a fim de vê-lo, porque ha-
via de passar por ali. Quando Jesus chegou àquele lugar, olhou para cima e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa;
porque importa que eu fique hoje em tua casa. Desceu, pois, a toda a pressa, e o recebeu com alegria. Ao ve-
rem isso, todos murmuravam, dizendo: Entrou para ser hóspede de um homem pecador. Zaqueu, porém, levan-
tando-se, disse ao Senhor: Eis aqui, Senhor, dou aos pobres metade dos meus bens; e se em alguma coisa tenho
defraudado alguém, eu lho restituo quadruplicado. Disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, porquanto
também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido”.

 Era rico, proeminente.


 Subiu numa árvore para ver.
 Jesus manda e ele obedece sem questionar nada.
 Recebeu Jesus com alegria.
 Ele se despojou de seus bens sem que Jesus tocasse no assunto.
 Entendeu o que era ter Jesus como Senhor. Deixou de ser independente.

 A renúncia é uma condição para se converter. A porta é estreita - não existe a porta média!

Nem Jesus nem os apóstolos usavam aquela famosa frase: “Quem quer aceitar Jesus como seu salva-
dor?” Mas sim: “Negue-se a si mesmo. Renuncie a tudo, inclusive a você”. Eles pregavam uma submissão
incondicional a Jesus.

O Arrependimento
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 Para isso é necessário arrependimento  Meta,noia (metanoia)  Mudança de atitude.

 Deixa de ser senhor para ser servo.


 Deixa de ser independente para ser dependente.
 Mudança de governo.
 Transformação de caráter.
 Corta-se a raiz da árvore - Lc 3:9
Lc 14:26-27;33 - “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e
ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não leva a sua cruz e não me segue, não po-
de ser meu discípulo”. “Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode
ser meu discípulo”.

 Condição para se tornar discípulo.


 Calcular o preço (v28 e v31)

Lc 9:57-62 - “Quando iam pelo caminho, disse-lhe um homem: Seguir-te-ei para onde quer que fores. Respon-
deu-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos; mas o Filho do homem não tem onde reclinar
a cabeça. E a outro disse: Segue-me. Ao que este respondeu: Permite-me ir primeiro sepultar meu pai. Replicou-
lhe Jesus: Deixa os mortos sepultar os seus próprios mortos; tu, porém, vai e anuncia o reino de Deus. Jesus, po-
rém, lhe respondeu: Ninguém que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.”

 Todos queriam seguir a Jesus.


 Jesus aplica Lc14:26-27;33
 “Deixa primeiro...” - condições
 Jesus é quem determina as condições.
 Ele não admite o segundo lugar.

 O preço é TUDO. O primeiro Adão quis fazer a própria vontade, O segundo Adão (Cristo) se sub-
meteu completamente a Deus.

Os dois reinos
Rm 14:17 - “Porque o reino de Deus não consiste no comer e no beber, mas na justiça, na paz, e na
alegria no Espírito Santo”.

Cl 1:12-13 - “Dando graças ao Pai que vos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz, e
que nos tirou do império das trevas, e nos transportou para o reino do seu Filho amado”.

Existem 2 reinos:

 O Reino das Trevas


 O Reino da Luz

O que é um reino?
 É um estado ou país governado por um rei.

Em um reino existem pelo menos duas classes de pessoas:

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 O rei  que governa o reino e de quem é o reino.


 Os súditos  que vivem no reino, obedecem e se sujeitam à autoridade do rei.

Não pode haver reino sem rei, nem rei sem súditos. Todas as pessoas estão em um desses dois reinos:
ou no reino das trevas ou no reino da luz. Não existe meio termo. Toda pessoa desde quando nasce,
está no reino das trevas. Por quê? Por causa da Independência decretada por Adão. Por causa disso a
natureza humana desde Adão até hoje está em pecado (reino das trevas). O pecado (independência do
homem) faz com que ele não se submeta ao governo de Deus e viva segundo a própria vontade.

Jz 21:25 - “Naqueles dias não havia rei em Israel; cada um fazia o que parecia bem aos seus olhos”.
Ef 2:1-9 - “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes, se-
gundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos de
desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a von-
tade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas Deus,
sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos deli-
tos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele, e com ele
nos fez sentar nas regiões celestes em Cristo Jesus, para mostrar nos séculos vindouros a suprema riqueza da
sua graça, pela sua bondade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, mediante a fé e isso
não vem de vós, é dom de Deus; não vem das obras, para que ninguém se glorie”.

Este é o relato da história de todo homem que nasce de novo.

 Estando nós mortos nos nossos delitos e pecados


 Segundo o curso deste mundo
 Segundo o príncipe das potestades do ar
 Filhos da desobediência
 Filhos da ira

Jesus é quem opera em nós a mudança de reino.

 Só Ele é capaz de fazer esta obra


 Não conseguimos por sacrifício
 Nem por boas obras
 Mas pela Graça, mediante a Fé

Ele nos libertou do império das trevas. Fomos tirados de um reino e colocados em outro. Porém, o
Reino de Deus não é o céu, não é a outra vida. O Reino de Deus começa quando nós cremos em Jesus.

Reino decorativo
Vejamos como exemplo a rainha Elizabete da Inglaterra. Ela recebe atenção de todos, participa de mui-
tas festas, é procurada pela imprensa, aparece nos noticiários e jornais, vive no maior luxo e com toda
mordomia. Mas ela não manda nada, não governa nada. Existe um 1o ministro, um parlamento e as câ-
maras que realmente governam a Inglaterra. Ela reina, mas não governa. É uma figura decorativa.

A Igreja de um modo geral se tornou uma Inglaterra espiritual. Todos concordam que Jesus é rei, que
ele reina, mas não se submetem ao seu governo. Todos dizem que ele é rei: as músicas, os hinos, as
orações, os líderes, o povo. Mas ele governa? Se olharmos para isso, veremos que ele reina, mas não
governa a vida de determinadas pessoas. Por isso a Igreja tem estado longe do propósito de Deus. Po-
rém, Jesus reina e governa de fato.
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Sl 2:1-9 - “Por que se amotinam as nações, e os povos tramam em vão? Os reis da terra se levantam, e os
príncipes juntos conspiram contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo: Rompamos as suas ataduras, e sa-
cudamos de nós as suas cordas. Aquele que está sentado nos céus se rirá; o Senhor zombará deles. Então lhes
falará na sua ira, e no seu furor os confundirá, dizendo: Eu tenho estabelecido o meu Rei sobre Sião, meu santo
monte. Falarei do decreto do Senhor; ele me disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei. Pede-me, e eu te darei as na-
ções por herança, e as extremidades da terra por possessão. Tu os quebrarás com uma vara de ferro; tu os
despedaçarás como a um vaso de oleiro”.
O fato das pessoas não se submeterem a Ele não significa que Ele perdeu a autoridade, ou que não tem
poder. Todos que não o obedecem sofrem as conseqüências.

As características de cada reino


1. Cada reino tem a sua lei
 Qual a lei do reino das trevas? Viva como quiser.

Ef 2:3 - “Entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade
da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais”.

 Eu não tenho que dar satisfação para ninguém


 Ninguém manda no meu nariz
 Eu sou dono da minha vida
 Faço o que me der na telha.

Mesmo na Igreja muitas pessoas depois de convertidas acham que são donas de suas vidas e continuam
teimando em viver como pensam e acham - ACHOLOGIA.

Mt 7:21-23 - “Nem todo que me diz Senhor, Senhor...”

Qual a lei do reino da Luz? Viva como Jesus quer.

 Submissão a Jesus
 Obedecer sempre, não só quando for conveniente.

2. Cada reino tem seu idioma


Pelo idioma podemos detectar a nacionalidade das pessoas (japonês, alemão, grego, português).

 O idioma que falamos evidencia a que reino nós pertencemos.

Se pudéssemos fazer uma excursão até o inferno, o que ouviríamos:

 Choro
 Ranger de dentes
 Gemidos (Obs O diabo não está no inferno, mas vai para lá.)
 Reclamações
 Murmurações (maledicências)

Nossa maneira de falar mostra quem está reinando em nosso coração.


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Lc 6:45 “pois do que há em abundância no coração, disso fala a boca”.


Ex.: O que se ouve nos pontos de ônibus, filas de banco, orelhões? - isso é contagioso.

Qual é o idioma do reino das trevas?


 A Murmuração

Qual o idioma do reino da luz?


 O Louvor

Louvor não significa cânticos ou música. A música é apenas uma maneira de se expressar o louvor. Lou-
vor é uma atitude interior de contentamento. Alguns crentes, no entanto, estão na fronteira entre os
dois reinos. Seu idioma é uma mistura dos dois: Louvormuração (semelhante ao portunhol). Se pu-
déssemos medir a espiritualidade de uma pessoa, ela seria proporcional a sua gratidão.

Ef 5:20 - “Sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.
I Ts 5:18 - “Em tudo dai graças; porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco”.
Rm 8:28 - “E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que
são chamados segundo o seu propósito”.

3. Cada reino tem sua bandeira


As cores e a disposição delas identificam a nação. Normalmente não têm palavras, elas não fazem falta.

 A bandeira é algo que se vê

Qual é a bandeira do reino da luz? O que Jesus disse que nos identificaria? - O Amor

Jo 13:34-35 - “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós,
que também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor
uns aos outros”.

Jesus não disse que a Igreja seria conhecida pelo tipo de roupa, tipo de cabelo, lugar que se reúne, etc.
mas sim pelo amor. Mesmo os escritores e historiadores pagãos dizem: “Quando você vê duas pessoas
juntas que nunca se viram antes mas se amam, ali estão dois cristãos”.

Qual é a bandeira do reino das trevas? - O Egoísmo

 Tudo girando em torno do EU.


 Atenção voltada para mim.
 Tudo converge para mim.
 EU sou o centro de tudo.

 O Amor não é uma opção, uma exortação ou um conselho de Deus. É um mandamento.

Reino das Trevas Reino da Luz Referências


Rei Satanás Jesus Mt 25:34
Lei Viva como quiser Viva como Jesus quer Mt 7:21
Idioma Murmuração Louvor I Ts 5:18
Bandeira Egoísmo Amor Jo 13:34-35

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Em que reino você está?


Podemos usar um filtro: A Palavra de Deus.

I Jo 2:9-11 - “Aquele que diz estar na luz, e odeia a seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama a
seu irmão permanece na luz, e nele não há tropeço. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas tre-
vas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai; porque as trevas lhe cegaram os olhos”.

Odiar  Aborrecer  Amar menos  pôr em segundo lugar.

I Jo 3:10 - “Nisto são manifestos os filhos de Deus, e os filhos do Diabo: quem não pratica a justiça não é de
Deus, nem o que não ama a seu irmão”.
I Jo 3:14 - “Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama
permanece na morte”.

Deve haver o amor. Não basta não odiar. Se dissermos que “não temos nada” com o irmão não temos
amor. A quem eu devo amar?

 Amar os irmãos Jo 13:34-35


 Amar o próximo Mc 12:32-33
 Amar os inimigos Mt 5:44

O mundo não sabe distinguir o amor.

 Amor não é sexo.


 Amor não é sentimento.

I Jo 3:16 - “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a vida pelos ir-
mãos” (comparar com Jo 3:16)
I Jo 3:18 - “Filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obras e em verdade”.

Amor prático

O amor não vem por você dobrar o joelho e ficar orando: me dá amor, me dá amor!

 Vem pelo obedecer


 Obedecer a palavra de Deus
 Não é sentimento, é prática
 Agir com fé

(Ex.: Se um irmão passa e não me cumprimenta ou não vê, mesmo assim eu sei que ele me ama, e eu de
minha parte vou amá-lo)

 Na Bíblia não há nenhum mandamento de que os outros têm que amar você. A palavra é AME. (vo-
cê é quem tem que amar)

O amor de Deus nos livra do espírito de suspeita:

 Por que ele não me cumprimentou?


 Estão falando de mim...
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 A iniciativa de amar deve partir de nós

O nosso amor deve ser prático, demonstrado através do nosso agir, falar, ouvir. Pelo fato de termos
recebido e experimentado do amor de Cristo, somos capacitados a amar como Ele. O amor de Cristo
nos capacita a amarmos as pessoas. Mesmo em situações difíceis e em casos complicados devemos
amar as pessoas envolvidas, não importando se o pivô da situação sou eu se é o outro.

 Quando eu abraço um irmão e digo: “Eu te amo”. Eu estou dando a ele o direito de me magoar. (o
amor sempre perdoa.)

 Quando somos transportados do reino das trevas para o reino da luz apagam-se os holofotes que es-
tavam acesos sobre nós e passamos a nos concentrar no Senhor e nas outras pessoas.

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ARREPENDIMENTO
A Porta do Reino
Quando o Evangelho do Reino chega até nós, revelando a pessoa de Jesus Cristo como Senhor, sua
obra por nós na cruz e a nossa real condição de pecado, gera em nós um confronto, uma consciência
de que é preciso mudança. Em Atos 2:22-36, Pedro fala sobre Jesus, Sua vida, Sua obra, Seus milagres,
prodígios e sinais, Sua morte na cruz, Sua ressurreição, exaltação, e finalmente termina proclamando
que Jesus Cristo é o Senhor. Isto gerou fé no coração das pessoas, que perguntaram:

At 2:37 - "E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apósto-
los: Que faremos, irmãos?" (ou seja, “o que faremos para ENTRAR neste Reino?”)

Pedro então responde indicando a porta de entrada do reino de Deus:

At 2:38 - Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cris-
to, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.

Para entrar no reino de Deus existe uma porta pela qual temos que passar. Ninguém se coloca sob o
governo de Deus sem passar por ela  ARREPENDIMENTO

Esta é a porta do Reino de Deus. É a porta porque está no início de nossa vida cristã. Após passarmos
por ela iniciamos nossa caminhada no Reino. A FÉ não é a porta do reino (não basta só crer e pronto),
mas é a chave para passarmos pela porta. Quando o evangelho nos é anunciado, nós exercitamos a fé,
cremos em Jesus e agora vamos passar pela porta e entrar no reino. Estas são coisas que determinam o
reino de Deus na vida de uma pessoa.

Arrependimento
Precisamos entender bem o que é arrependimento pois estamos cercados de conceitos do mundo e
conceitos religiosos que não definem bem a questão. Já vimos que Jesus pregava o evangelho do reino, a
boa notícia da chegada do reino de Deus no coração das pessoas. ("reino de Deus está dentro de vós")
Mas antes de Jesus, veio João Batista para preparar o caminho do Senhor, para preparar o coração das
pessoas para a chegada do Reino. Qual era a pregação de João Batista?

Mt 3:1-2 - “Naqueles dias apareceu João, o Batista, pregando no deserto da Judéia, dizendo: Arrependei-vos,
porque é chegado o reino dos céus.” v8 - "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento,"

Como Jesus inicia a pregação do evangelho?


Mt 4:17 - “Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei-vos, porque é chegado o reino dos
céus.”

Por que Tanto Jesus quanto João Batista e os apóstolos anunciam primeiro o arrependimento? Porque
o arrependimento está na porta do reino. É algo interior que deve acontecer com a pessoa para que o
reino de Deus se estabeleça em sua vida. Porque isso é necessário?

O problema do homem

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Precisamos saber qual é o problema para depois saber a solução do problema. Qual é o Problema do
homem com Deus?
Gn 3:1-7 - “Ora, a serpente era o mais astuto de todos os animais do campo, que o Senhor Deus tinha feito. E
esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim? Respondeu a mulher à
serpente: Do fruto das árvores do jardim podemos comer, mas do fruto da árvore que está no meio do jardim,
disse Deus: Não comereis dele, nem nele tocareis, para que não morrais. Disse a serpente à mulher: Certamen-
te não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que comerdes desse fruto, vossos olhos se abrirão, e sereis
como Deus, conhecendo o bem e o mal. Então, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e
agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, comeu, e deu a seu marido,
e ele também comeu. Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; pelo que cose-
ram folhas de figueira, e fizeram para si aventais.”

Adão tinha uma vida perfeita no Éden. Até a natureza naquele tempo era mais bela, sem abrolhos nem
espinhos. Ele tinha comunhão com Deus, que passeava no jardim na viração do dia. Qual foi a oferta da
serpente? Dar entendimento e conhecimento. Por que isso foi tentador? Porque eles quiseram enten-
dimento e conhecimento vindos de uma árvore e não de Deus?

 Eles já estavam de olho naquela árvore. Haviam outras de boa aparência bons frutos.
 Havia uma atitude interior que fez com que eles desobedecessem. Independência
 Tendo entendimento e conhecimento eles poderiam ser independentes de Deus.
 Não precisariam mais de Deus e poderiam viver do jeito que quisessem.

Foi assim que o pecado entrou no mundo.

 Havia uma atitude interior de independência no coração do homem que foi expressada pela desobe-
diência.

Rm 5:12 - “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram.”

Quando Adão pecou, sua natureza humana se degenerou. O pecado tornou-se parte de sua natureza e
também herança de toda a raça humana, pois todos são descendentes de Adão. (Gn 5:1-2)

Rm 5:19 - “Porque, assim como pela desobediência de um só homem muitos foram constituídos pecadores, as-
sim também pela obediência de um muitos serão constituídos justos.”

Todos são pecadores, pois todos vêm de Adão, logo, todos precisam de cura para esta doença chamada
pecado. O problema de Adão é o problema de toda a raça humana.

 O maior problema do homem com Deus não é o que ele faz, mas o que ele é. É a sua atitude interi-
or de Independência de Deus.

Temos que ter este entendimento:

 Pecado: Atitude interior de independência


 Pecados: Atos pecaminosos causados pela independência de Deus

Por causa desta independência, meus atos do dia a dia não vão agradar a Deus. Nem as coisas boas.

 O mal faz parte da natureza do homem.

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 Ninguém faz força para falar mal dos outros.


 Ninguém faz força para xingar
 Ninguém faz força para ficar ressentido
 Ninguém faz força para mentir, etc.
É suficiente que o homem abandone alguns pecados mais grosseiros como beber, fumar mentir e creia
em Jesus sem resolver seu problema com Deus que é ser independente? NÃO! E o restante: insubmis-
são, rebeldia, egoísmo, orgulho, irresponsabilidade? Deus não trata com o homem de maneira superfici-
al, Ele quer atingir a raiz do problema. Um médico não receita um band-aid para curar úlcera.

Ira O que é arrependimento?


Rebeldia
Contenda  Arrependimento é mudança de atitude. Mudança de mentalidade.
Roubo
Avareza A palavra arrependimento vem do grego METANÓIA que quer dizer mu-
Adultério dança de mente, mudança de atitude interior. Arrependimento é diferen-
Glutonaria te de remorso. Remorso é um sentimento de culpa, inquietação da
consciência por culpa ou crime cometido, mordimento e remordimento,
bicho da consciência.
Atos
Mudamos a nossa atitude interior de independência (e rebeldia) e passa-
Atitude
mos a ser dependentes de Deus (e submissos). Temos que ter consciên-
Independência cia do nosso pecado. O evangelho começa dizendo que há um Deus irado
com o homem (Ef 2:1-4 Jo 3:36). Antes de sabermos as boas notí-
cias a respeito de Jesus, temos que saber as más notícias a nosso respeito.

 Há uma doença mortal em nós, pior do que o câncer e que a AIDS, o pecado. E o remédio para ela é
o arrependimento.

De que o homem deve se arrepender?


 De si mesmo. (sua condição)
 De seu pecado, (a independência de Deus)
 De seus pecados, (atos pecaminosos causados pela independência.)

Mudando nossa atitude, mudamos também nossos atos. Se mudarmos somente os atos sem mudar de
atitude, continuamos em pecado.

O que o arrependimento produz?


 Deixamos de ser independentes e passamos a ser dependentes de Deus.

Como isso vai funcionar na prática? Mudança de atitude em relação aos outros, como:

 Maridos
 Esposas
 Filhos
 Empregados
 Patrões
 Namorados

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Agora podemos depender de Deus, buscar Sua direção e obedecê-Lo em todas as áreas da nossa vida.
Agora a árvore tem sua raiz em outro lugar (no Senhor) e vai começar a dar outros frutos. Isso não
significa que nunca mais vamos pecar. Se começarmos a agir por conta própria, já estamos pecando.

 O arrependimento não é um sentimento de culpa pelo pecado. Este sentimento ocorre quando co-
lhemos as frutos do pecado. Por meio do arrependimento temos nosso interior totalmente mudado
e passamos a ter uma atitude correta para com Deus.

Toda pregação de Jesus estava repleta desta mensagem:

 Arrependei-vos!
 É chegado o Reino de Deus (quem passa a governar agora é Deus)
 Levava o homem a uma transformação interior de submissão e dependência de Deus.

O que é necessário para se arrepender?


O que é necessário para se arrepender (mudar de atitude) e se tornar um verdadeiro discípulo de Je-
sus? É Jesus quem estabelece as condições para isso:

Lc 14:26-33 - Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes: Se alguém vier a mim, e não
aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu
discípulo. Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo
edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não
acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a
zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar. Ou qual é o rei que, indo entrar em
guerra contra outro rei, não se senta primeiro a calcular se com dez mil pode sair ao encontro do que vem con-
tra ele com vinte mil? No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede con-
dições de paz. Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu
discípulo.

Quatro coisas são necessárias:

1)Negar-se a si mesmo (v26) - Não só aos pecados, mas a si mesmo.

2)Tomar a sua cruz (v27) - O que é tomar a cruz?  entregar a própria vida.

Mc 8:34-35 - E chamando a si a multidão com os discípulos, disse-lhes: Se alguém quer vir após mim, ne-
gue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; mas quem
perder a sua vida por amor de mim e do evangelho, salvá-la-á.

3)Perder a própria vida

Até hoje quem governava minha vida era eu. Mas agora eu perco a minha vida, pois a entrego a
Deus. Deus só pode governar minha vida se eu a entrego voluntariamente a Ele. Devo estar dispos-
to a perder. A cruz é o lugar onde eu entrego a minha vida (Jesus me incluiu na sua morte, estou
crucificado com Ele)

4)Renunciar a tudo por Jesus

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Se a minha vida já não me pertence, quanto mais o resto! Conversão significa mudança de direção, de
governo. Jesus convida as pessoas para morrerem com Ele. Logo "... já não sou mais eu quem vive, mais
Cristo vive em mim". O Chamado que Jesus fazia estava associado a algumas condições:

"Se alguém quiser ser meu discípulo..."

E logo vinham as condições. Não eram coisas opcionais para entrar no reino de Deus, mas sim condi-
ções. É essa a mensagem que a Igreja tem pregado? O arrependimento com tudo que ele significa e
produz está na porta do reino, Logo na entrada. Mas não é isso que a Igreja de um modo geral tem pre-
gado. Anuncia-se um evangelho "fofinho".

 Voltado para o homem


 Voltado para as massas
 Creia e pronto
 Deus vai te abençoar
 Prosperidade

Depois querem estreitar o caminho. Mas quem vai querer perder a própria vida se já lhe ofereceram
salvação e vida eterna sem nenhuma condição? Isto enche a Igreja de pessoas religiosas.

Hoje no mundo existem três tipos de pessoas:

Família Dinheiro Família Dinheiro Família Dinheiro

Lazer Casa Lazer Jesus Lazer EU


EU EU JESUS

Sexo Estudos Sexo Estudos Sexo Estudos


Trabalho Trabalho Trabalho
Etc. Etc. Etc.

Incrédulo Religioso Discípulo

O Incrédulo: Não quer dizer necessariamente ateu. É alguém que não tem interesse em Deus. É ele
quem governa e controla todas as áreas de sua vida conforme sua vontade. Tem o EU no centro de sua
vida. Vive para si mesmo.

O Religioso: É bem diferente do incrédulo. Acredita em Deus, lê a bíblia, ora, canta, vai a reuniões,
chama Jesus de Senhor, etc. Mas ainda tem o eu como o centro. Vive para si mesmo. E Deus? Deus
existe para abençoá-lo, curá-lo, servi-lo, salvá-lo. É um quebra galho. Este está pior que o incrédulo,
pois está se enganando.

O Discípulo: Não vive mais para si, vive para Deus. Toda sua vida está estruturada entorno da vonta-
de de Deus. Jesus é o seu Senhor. Este experimentou o verdadeiro arrependimento. Jesus é o centro
da sua vida.

 O verdadeiro arrependimento tira o homem do centro e coloca Jesus no centro de tudo.

Que benção é quando uma pessoa compreende o reino de Deus em sua vida. Está sempre pronta para
servir, disposta, alegre, tem um coração grato, é submissa.

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 Esta pessoa tem problemas?  Tem!


 Ela passa por dificuldades?  Passa!
 Ela pode vir a pecar?  Pode!
 Ela passa por tribulações?  Sim!

Mas em todas estas áreas ela tem vitória completa, pois sua vida esta edificada sobre a pessoa de Jesus.
Ele é o centro. Ele é o Senhor.

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O NOVO NASCIMENTO
Introdução
A porta do reino (At 2:38 / Cl 1:12-13)

Existem apenas dois reinos: o reino das trevas e o reino da luz. Todas as pessoas estão no reino das
trevas por natureza. Mas o Evangelho é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. (Rm
1:16). Quando cremos no Evangelho do Reino, entregamos nossas vidas ao Senhor Jesus, nos arrepen-
demos e somos batizados nas águas e no Espírito Santo, mudamos de reino (governo) e nos tornamos
discípulos do Senhor.

 Jesus nos transporta do reino das trevas para o reino da luz pelo novo nascimento.

Não existe nenhuma maneira de mudar de reino a não ser morrer para um reino nascer de novo em ou-
tro. Somos transportados de um reino para outro através do novo nascimento.

NOVO NASCIMENTO  DEUS FEZ UMA NOVA PESSOA

Nós morremos para o mundo, para Satanás, para o pecado e principalmente para nós mesmos e nas-
cemos de novo, passando a viver para Deus.

Rm 6:11 - "Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo
Jesus."
Jo 1:1-5 - “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio
com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Ne-
le estava a vida, e a vida era a luz dos homens; a luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevale-
ceram contra ela.”
Jo 1:10-13 - “Estava ele no mundo, e o mundo foi feito por intermédio dele, e o mundo não o conheceu. Veio
para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no
seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem
da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus.”

 A vida que está em Deus desde antes da fundação do mundo nos é dada em Cristo.

Esta vida é a luz dos homens, ela acende em nosso interior cheio de trevas e ilumina todo o nosso ser.
Nós então nascemos de novo (nascidos de Deus) e passamos a ser filhos de Deus. Deus nos comunica
suas qualidades e somos participantes da natureza de Cristo (nosso irmão mais velho).

Somos gerados por Deus.

Pai Mãe Deus


Qualidades Qualidades Qualidades
do pai da mãe de seu caráter

Filho Filhos

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Deus nos dá a sua vida, a Vida Eterna; e começamos a viver essa vida agora consagrando todo nosso ser
a Deus.
É necessário nascer de novo
Todos são filhos de Deus? A bíblia nos mostra que nem todos são filhos de Deus. O homem foi criado
por Deus, mas quando pecou perdeu toda a glória de filho de Deus (Rm3:23), passando a ser apenas
criatura de Deus. Mas o objetivo de Deus ao criar o homem era ter uma grande família de muitos fi-
lhos, e para trazer o homem de volta ao seu propósito, Ele proporcionou uma solução:

Jo 3:12 - "Mas, a todos quantos o receberam, aos que crêem no seu nome (Jesus), deu-lhes o poder de se
tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do
varão, mas de Deus.”

 Para se tornar filho de Deus você precisa nascer de Deus pela fé no nome de Jesus.

Então, quem são os filhos de Deus? São todos aqueles que creram em Jesus e o receberam como Se-
nhor de suas vidas.

Por que é necessário nascer de novo?


Jo 3:1-7 - “Ora, havia entre os fariseus um homem chamado Nicodemos, um dos principais dos judeus. Este foi
ter com Jesus, de noite, e disse-lhe: Rabi, sabemos que és Mestre, vindo de Deus; pois ninguém pode fazer estes
sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele. Respondeu-lhe Jesus: Em verdade, em verdade te digo que se
alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um ho-
mem nascer, sendo velho? porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? Jesus respondeu:
Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino
de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te admires
de eu te haver dito: Necessário vos é nascer de novo.”

 Se alguém não nascer de novo não pode ver o reino


 Se alguém não nascer da Água e do Espírito não pode entrar no reino.

 O reino de Deus só pode ser estabelecido na vida daqueles que nasceram de novo.

Jesus disse a Nicodemos que um dia a mãe dele deu a luz e ele nasceu. Nascimento físico, da natureza
humana, da carne. Mas para entrar no reino de Deus ele precisava nascer de novo. Porque o homem
precisa nascer de novo? Porque está morto. O homem está morto espiritualmente por causa da cul-
pa do pecado.

Rm 5:12 - "Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram"

Quando Adão pecou seu espírito morreu para Deus (morte espiritual). Todos nós somos descendentes
de Adão; e o que aconteceu com ele no Éden é transmitido a nós por herança até os dias de hoje.

Gn 2:16-17 - “Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente;
mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres,
certamente morrerás.”

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 Adão não morreu fisicamente, morreu espiritualmente.


 Satanás ofereceu a oportunidade dele viver independente de Deus.

Ele acreditou no diabo, duvidou de Deus, desobedeceu e morreu.


O espírito do homem morreu por causa da culpa do pecado.

Adão e Eva fogem da presença de Deus, se escondem.

Gn 3:8 - “E, ouvindo a voz do Senhor Deus, que passeava no jardim à tardinha, esconderam-se o homem e
sua mulher da presença do Senhor Deus, entre as árvores do jardim”.

O homem creu em Satanás e duvidou da bondade de Deus. Eles se sentiam culpados pelo pecado e
esse sentimento de culpa os afastava de Deus.

 A mesma semente que estava em Satanás quando se rebelou contra Deus foi plantada em Adão.
 Ele foi então tomado por uma natureza diabólica, malígna, a mesma de Satanás.

A esta natureza a bíblia chama de CARNE, que é a natureza humana não regenerada, velha natureza.
Jesus disse que todo aquele que é nascido da carne é carne, e precisa nascer de novo.

Todos nascem mortos espiritualmente

Adão é o cabeça da humanidade, pois ele deu origem a toda a raça humana. Todos os homens são
descendentes de Adão. A semente que o diabo plantou em Adão passou a todos os seus descendentes,
ou seja, toda a raça humana. (Ex.: Caim)

 Quando Adão pecou, ele ganhou uma natureza diabólica e um espírito morto por causa da culpa do
pecado. E essa é a condição de todo ser humano. (desde quando nasce – Gn 5:3)

Todas as pessoas quando nascem estão nesta condição: morte espiritual. Todos nascem mortos espiri-
tualmente.

Todos estão debaixo do pecado.

Rm 3:9 - "Pois quê? Somos melhores do que eles? De maneira nenhuma, pois já demonstramos que, tanto ju-
deus como gregos, todos estão debaixo do pecado;"
Rm 3:23 - "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus;"

Todos os seres humanos estão debaixo do pecado e estão mortos para Deus por causa do pecado. O
pecado passou a todos os homens e pelo pecado a morte. Existe uma fonte de pecado dentro do ho-
mem que é a sua natureza. Por isso, mesmo quando não quer, acaba pecando. Mesmo quando quer fa-
zer o bem acaba fazendo o mal. É porque o mal está dentro dele.

O homem peca porque é pecador ou é pecador porque peca?

 O homem peca porque é pecador. Ele é pecador por natureza, por isso ele e sempre peca. Todo
aquele que comete pecado é escravo do pecado. O pecado tem domínio sobre ele e acaba sempre
pecando.

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Rm 7:14-19 - “Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o
que faço, não o entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que
não quero, consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habi-
ta em mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o que-
rer o bem está em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero,
esse pratico.”

Ninguém precisa fazer força para pecar, existe uma fábrica de pecados dentro do homem: o pecado.

 O homem não precisa ser só perdoado de seus pecados. Ele precisa ser liberto do seu pecado.
Da sua natureza diabólica que o faz escravo do pecado.

Nós entramos neste reino por nascimento, então precisamos morrer para sair dele. Isto acontece na
Cruz de Cristo, onde eu morro para o reino das trevas e ressuscito juntamente com Jesus no reino da
luz.

A morte espiritual

Todo ser humano é formado de espírito, alma e corpo.

I Ts 5:23 - “E o próprio Deus de paz vos santifique completamente; e o vosso espírito, e alma e corpo se-
jam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.”

Quando Deus criou o homem, ele o formou do pó da terra (corpo), soprou nele o fôlego de vida (es-
pírito) e ele se tornou alma vivente (alma).Gn2:7

ESPÍRITO
Mente
ALMA Vontade
Emoções

CORPO

O homem é um espírito que possui uma alma e que habita num corpo.

Espírito humano: Ponto de contato com Deus. É através do meu espírito que tenho consciência
de Deus e me relaciono com Ele. Deus é Espírito e só podemos perceber Deus no espírito. (Ef 2:22
Jo 4:24)

Alma: É tudo que o homem é. Sua personalidade. Seu ego. É o mundo dos pensamentos, sentimentos
e decisões. A alma está entre o espírito e o corpo. Pertence aos dois. Está ligada ao mundo espiritual
através do espírito e ao mundo material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim
mesmo.

Áreas da alma:

Mente  Sede da alma, intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.


Vontade  Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
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Emoções  Nossos sentimentos, gostos, simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.

A alma do homem é singular

Corpo: Minha forma visível. Com ele me relaciono com o mundo exterior.
(ex.: A fala, os cinco sentidos - audição, visão, olfato, tato, paladar, etc.)

Deus criou o homem à sua imagem e semelhança para ter comunhão com ele. Adão antes da queda era
um homem perfeito e usava todo seu potencial da alma, mas era governado pelo espírito. Deus pôs o
espírito no homem para que todo o seu ser fosse governado pelo espírito, pois é por ele que Deus fala
e se relaciona com o homem. O espírito governando a alma, que por sua vez governa o corpo.

DEUS DEUS
Gn 2:7

ESPÍRITO ESPÍRITO
QUEDA
Gn 2:16-17
Gn 3:6
ALMA ALMA

CORPO CORPO

Homem criado à semelhança de Deus. Após a queda o espírito do homem morreu


Tinha comunhão com Deus no espírito, para Deus e o homem perdeu a comunhão
que governava sua alma, que por sua vez com Ele. O homem passou a ser governado
governava o corpo. O homem era um ser pela sua alma.
governado pelo espírito.

Quando o espírito do homem morreu, todo o seu ser passou a ser governado pela alma. O homem
passou a viver então segundo sua vontade, pensamentos e emoções.

Se o espírito está morto, o homem está impossibilitado de perceber, ouvir e até falar com Deus. Pode
ter pensamentos e idéias a respeito de Deus, ser religioso, mas não pode se comunicar nem ter
comunhão com Ele. Por isso Jesus nos diz que é preciso nascer do espírito. Precisamos ter nosso
espírito vivificado por Deus e livre da culpa do pecado.

A regeneração
Tt 3:3-5 - “Porque também nós éramos outrora insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias pai-
xões e deleites, vivendo em malícia e inveja odiosos e odiando-nos uns aos outros. Mas quando apareceu a bon-
dade de Deus, nosso Salvador e o seu amor para com os homens, não em virtude de obras de justiça que nós
houvéssemos feito, mas segundo a sua misericórdia, nos salvou mediante o lavar da regeneração e renovação
pelo Espírito Santo.”

Regenerar significa gerar de novo. Visto que o mal está dentro do homem desde sua geração no ventre
de sua mãe, Deus nos gera de novo (regenera) pela renovação do Espírito.

 DEUS FEZ UMA NOVA PESSOA

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Não importa como você era antes, se era perverso, mal, religioso, fracassado, corrupto, ladrão, menti-
roso, extraviado; Deus prega tudo isso na cruz e faz um novo homem,"formado em verdadeira justiça e
santidade"(Ef 4). É de vital importância que tenhamos este entendimento: Através da obra de Jesus na
cruz por nós, somos justificados da culpa do pecado e com o Espírito Santo operando em nosso espíri-
to Deus faz um novo homem. A morte de Jesus é substitutiva, ou seja, ele morreu no nosso lugar pa-
gando pelos nossos pecados e recendo sobre si o nosso castigo. Mas ela também é inclusiva, somos in-
cluídos na sua morte, nosso velho homem morre junto com Ele, e um NOVO ressurge.

Ef 2:1-5 - “Ele vos vivificou, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais outrora andastes,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que agora opera nos filhos
de desobediência, entre os quais todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a
vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como também os demais. Mas
Deus, sendo rico em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nos-
sos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)”

Este texto conta a história completa:

 Estávamos mortos, assim como todas as pessoas estão (por causa do pecado).
 Vivíamos na carne fazendo a nossa própria vontade.
 A ira de Deus estava sobre nós. (por natureza, não por algo que fizemos)

Quando estávamos nesta situação, Deus pela sua infinita misericórdia vem até nós e nos dá a Vida por
meio de Jesus.

A vivificação do espírito

Quando cremos em Jesus, nos unimos a Ele, somos justificados diante de Deus e perdoados da culpa do
pecado. Então Deus através do seu Espírito Santo derrama de sua Vida sobre nosso espírito dando vida
a ele.
DEUS Nosso espírito é vivificado. Nascemos do espírito. Nascemos
de novo e agora podemos ter comunhão com Deus. É isto
que Jesus disse que Nicodemos precisava. É como se uma lâm-
ESPÍRITO pada se acendesse em nosso interior e sua luz vai aos poucos
tomando conta da alma e do corpo.
ALMA
Pv 20:27
“O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, a qual esquadrinha
CORPO todo o mais íntimo do coração.”

Agora estamos vivos para Deus, podemos ter comunhão com Ele, ouvi-lo, obedecê-lo e conhecer a sua
vontade. Ganhamos uma nova natureza, a mesma natureza de Cristo, “que, segundo Deus, é formada
em verdadeira justiça e santidade”.

Cristo é o cabeça da Igreja  deu origem a todos os que nasceram de novo. Todos os cristãos têm
a natureza de Cristo.

II Co 5:17 - “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tu-
do se fez novo.”

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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I Pe 1:3-4 - “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia,
nos regenerou para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, pa-
ra uma herança incorruptível, incontaminável e imarcescível, reservada nos céus para vós.”
Gl 6:15 - “Pois nem a circuncisão nem a incircuncisão é coisa alguma, mas sim o ser uma nova criatura.”

O que importa é ser uma nova criatura, nascer se novo.

A velha e a nova natureza


Todo aquele que recebe a Cristo como seu único Senhor e Salvador, nasce de novo. Seu espírito é vivi-
ficado e pode ter comunhão com Deus. Jo 1:12-13 Ef 2:1
Temos então uma nova natureza em Cristo que segundo Deus é formada em verdadeira justiça e
santidade. O nosso espírito é justificado pela fé e podemos agora ter comunhão com Deus.

O novo nascimento não tira de mim a possibilidade de pecar, mas me dá a possibilidade de não pe-
car, pois agora tenho uma outra natureza, a natureza de Cristo e através do seu Espírito recebo forças
para viver uma vida santa.

1 Pe 1:15-16 - "Mas, como é santo aquele que vos chamou, sede vós também santos em todo o vosso proce-
dimento; porquanto está escrito: Sereis santos, porque eu sou santo."

Se eu permanecer em Cristo, na nova natureza, eu não peco. Mas se eu voltar para à velha natureza já
estou pecando.

 Temos a nova natureza que é segundo o espírito.


 Temos a velha natureza, o velho homem, a carne.

 É daí que vêm todos os pecados: da nossa velha natureza independente de Deus.

A corrupção da carne

Rm 7:17-18 - “Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. Porque eu sei
que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem está em mim, mas o
efetuá-lo não está.”

 “Em mim”  EGO


 O pecado habita na carne
 Por isso tudo que eu faço na carne é pecado. (até as boas obras)

 A carne possui uma raiz de EGOÍSMO, REBELDIA e ORGULHO, de onde provém todos os pecados
do homem.

Egoísmo Orgulho Rebeldia


Individualismo Ambição de poder Todos os pecados de origem prática de desobediência
Egocentrismo Ambição de autoridade Fornicação
Hedonismo Ambição de glória Mentira
Materialismo Vaidade Roubo
Injustiça Vanglória Ira

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Avareza Soberba Prostituição


Preguiça Ostentação Feitiçaria
Ciúme Hipocrisia Inimizades
Racismo Todo pecado é rebeldia

Deus considera a carne como sendo totalmente corrupta. A carne não melhora, é impossível se aper-
feiçoar a carne. (Ex.: porco lavado). Até as boas obras que fazemos na carne são pecado e para nada
servem (a carne para nada serve). Por isso Ele não tenta alterá-la. Ele nos dá nova vida para que nos des-
pojemos da velha.

Qual foi o tratamento que Deus deu para a carne?


 Cruz

Rm 6:6 - “Sabendo isto, que o nosso velho homem foi crucificado com ele, para que o corpo do pecado fosse
desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado.”

 Deus não muda a carne. Ele crucifica a carne.

Por isso Jesus disse:

Lc 9:23 - “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz, e siga-me.”

Ou seja lembre-se a cada dia que você está morto com Cristo na cruz. Para ser salvos do pecado preci-
samos apenas crer e ser batizados. Mas para ter vitória completa sobre o pecado é necessário um ope-
rar diário da cruz de Cristo em nossas vidas.

 Dia a dia vamos negando a nós mesmos e o Espírito Santo vai tratando com o nosso ego, tirando-nos
do centro e estabelecendo Jesus como o centro de nossas vidas.

A Nova Natureza

Deus não quer alterar a nossa velha natureza. Ele não quer uma carne melhorada. Ele crucifica a velha
natureza e nos dá uma nova.

 A Nossa nova natureza é firmada em AMOR, HUMILDADE e MANSIDÃO.

Ef 4:1-2 - “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis como é digno da vocação com que fostes
chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor”
Velha Natureza Nova Natureza
Egoísmo Amor
Rebeldia Mansidão
Orgulho Humildade
 Cristo opera em nós o novo nascimento
 Nosso espírito é justificado
 Nascemos de novo
 Temos uma nova natureza (Natureza divina)
 Somos uma nova criatura.

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II Pe 1:3-4 - “Visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo
pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude; pelas quais ele nos tem dado as
suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina,
havendo escapado da corrupção, que pela concupiscência há no mundo.”

 Antes mesmo quando queríamos fazer o bem a nossa velha natureza só produzia frutos para o mal.
 Agora Deus nos dá a capacitação para NÃO pecar e andar conforme sua vontade  Uma Nova Na-
tureza.

Rm 8:12-13 - “Portanto, irmãos, somos devedores, não à carne para vivermos segundo a carne; porque se vi-
verdes segundo a carne, haveis de morrer; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.”

Agora todos nós que cremos em Jesus somos novas criaturas, independente de como éramos no pas-
sado Deus nos fez de novo. Andemos pois, segundo a nova pessoa que Deus fez e não segundo a velha.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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A CERTEZA DA SALVAÇÃO

 O que é uma coisa eterna?


 Você sabe onde vai passar a eternidade?
 Se você morresse hoje, estaria salvo?
 A opção que fazemos em seguir Jesus é uma opção para a eternidade.

Um dia todos estarão diante de Cristo e confessarão que Ele é o Senhor. (reis, presidentes, atletas, ar-
tistas, todos)
 Alguns com júbilo e alegria, pois passarão a eternidade com Ele
 Outros com tristeza pois não creram Nele.

 A nossa fé determina onde nós vamos passar a eternidade. No céu com Deus ou no inferno.

Deus nos proporciona grande salvação em Cristo, uma cura completa para nosso espírito, alma e cor-
po.

O que é salvação?
Salvação significa ato ou efeito de salvar.

Salvar  Pôr a salvo; livrar da morte, tirar de perigo, preservar de dano, destruição, perda, ruína etc.;
curar-se. (Evitar a derrota: O goleiro salvou o jogo)

Por uma pessoa precisa ser salva?

 Porque está perdida ou prestes a se perder mas ainda pode safar-se dessa situação. (Ex.: afoga-
mento  incapaz de se salvar por si mesmo, precisa de ajuda)

No dilúvio, Noé e sua família foram salvos na arca. O Juízo de Deus era inevitável, viria sobre todos os
homens, mas todos poderiam se salvar, se ao invés de criticar Noé tivessem feito barcos.

Uma pessoa que está perdida (por exemplo num labirinto) se salva em três etapas:
 Precisa reconhecer que está perdido (cair em si)
 Precisa encontra o caminho. (Jesus)
 Precisa ser conduzido para fora.

Por que o homem está perdido?

 Porque desobedeceu a Deus e seu estado de pecado o colocou debaixo da IRA de Deus.

Gn 2:16-17
“Ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim podes comer livremente; mas da árvore
do conhecimento do bem e do mal, dessa não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente
morrerás.”

Mas o homem cedeu a Satanás e desobedeceu.


Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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Ao desobedecer o homem pensou em trazer para si o controle de sua vida, mas esse controle foi
para as mãos de Satanás.

 Satanás passou a ter domínio sobre o homem. O próprio homem se entregou a ele.

O homem que tinha sido criado a imagem e semelhança de Deus foi corrompido e tomado por uma na-
tureza diabólica.

Rm 3:23 ”Todos pecaram …” (pode haver alguém que não pecou???)

Rm 5:12 “A morte passou a todos os homens…”

Rm 6:23 “O salário do pecado é a morte... “ (trabalho, salário, holerite)

Mc 16:16 “Quem não crer já está condenado…”

Is 59:2
“Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu
rosto de vós, de modo que não vos ouça.

SITUAÇÃO DO HOMEM: Separado de Deus

(Deus é a fonte de todo bem. O contrario disso é o mal)

 O homem está separado de Deus por causa do pecado. Por causa da ira de Deus contra o pecado, o
homem está debaixo de uma terrível condenação: a morte eterna.

O homem (a humanidade toda) está perdido, impossibilitado de cumprir o propósito para o qual foi cri-
ado (Supremo Propósito). Por isso ele precisa ser salvo.

Ex.: Labirinto

Para ser salvo o homem precisa


 Ter consciência de que está perdido (cair em si)
 Encontrar o caminho para fora (Jesus)
 Seguir o caminho para fora

De que o homem precisa ser salvo?

1) Do domínio de Satanás
Cl 1:13 “… nos libertou do poder das trevas …” (do domínio)

A primeira coisa da qual o homem precisa ser salvo é do domínio de Satanás.


Satanás tem domínio sobre a vida do homem e sobre o sistema do mundo. Por isso Jesus o chama de
príncipe deste mundo.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Jo 12:31 “ …será expulso o principe desse mundo”


Jo 14:30 “…vem o príncipe deste mundo, e ele nada tem em mim;”

Lc 4:6
“E disse-lhe: Dar-te-ei toda a autoridade e glória destes reinos, porque me foi entregue, e a dou a quem eu
quiser; se tu, me adorares, será toda tua.”

Quem entregou?  o homem


Quando entregou?  no Edem ao pecar

MUNDO  Cosmo: sistema organizado (política, comércio, moda, religião, etc.)

I Jo 5:19 “Sabemos que somos de Deus, e que o mundo inteiro jaz no Maligno.”

Jesus veio para nos salvar do domínio que Satanás exerce em nós através de seu sistema chamado
mundo. Jesus venceu a Satanás para nos dar a vitória sobre ele.

Muitas pessoas não sabem que estão sob o domínio do diabo, que ele as mantém aprisionas através de
suas mentiras.

O Evangelho é a boa noticia de Deus para a nossa libertação.

2) Do poder do pecado
O homem é pecador porque peca ou peca porque é pecador?

 O fato do homem pecar prova que ele é pecador.

Há uma lei operando no homem que a bíblia chama de “lei do pecado” que o homem por si mesmo
não consegue vencer.
Esta lei opera através de sua natureza carnal que leva o homem a fazer somente o que é mal. Mesmo às
vezes conhecendo o bem não consegue praticá-lo.

Rm 7:14-21
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Pois o que faço, não o
entendo; porque o que quero, isso não pratico; mas o que aborreço, isso faço. E, se faço o que não quero,
consinto com a lei, que é boa. Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em
mim. Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum; com efeito o querer o bem es-
tá em mim, mas o efetuá-lo não está. Pois não faço o bem que quero, mas o mal que não quero, esse
pratico. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim. Acho então
esta lei em mim, que, mesmo querendo eu fazer o bem, o mal está comigo.

O homem precisa ser salvo não só do que ele faz, mas do que ele é (pecador).
(Pecado gera pecados)

3) Do salário do pecado  Morte Eterna


Rm 6:23 “O salário do pecado é a morte… ”
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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MORTE  Separação eterna de Deus

O homem está separado de Deus e se morrer assim esta será sua situação para toda a eternidade.

 Deus não criou o homem para ir para o inferno. Mas é para lá que ele vai se não se arrepender.

Inferno  hades, lugar de tormento (Lc 16:23)


O inferno foi criado para o diabo e seus anjos.
Mt 25:41 “… o fogo eterno, preparado para o Diabo e seus anjos”

Existem muitos textos na bíblia que falam sobre o inferno: Sl 9:17 ; Mt 5:22 Mt 10:28 ; Mt
18:8 ; Mt 23:33 ; Mt 25:41 ; Lc 12:5 ; II Pe 2:4

(lago de fogo, fogo eterno)

O homem precisa ser salvo da morte eterna, do inferno, tormento eterno.

4) Da ira de Deus
Jo 3:36
“Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus.”

 O estado de desobediência do homem o coloca debaixo da ira de Deus.


 Deus ama o homem mas odeia o pecado

Mt 3:7 “…quem vos ensinou a fugir da ira vindoura?”


Rm 1:18 “Pois do céu é revelada a ira de Deus contra toda a impiedade…”
Rm 2:5 “…entesouras ira para ti no dia da ira e da revelação do justo juízo…”
Rm 3:5 “Acaso Deus, que castiga com ira, é injusto?”
Ef 5:6 “…por estas coisas vem ira de Deus sobre os filhos da desobediência.”
I Ts 1:10 “… e esperardes dos céus a seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, a saber, Jesus,
que nos livra da ira vindoura.”

Por causa de tudo isso o homem precisa ser salvo.

Para sair desse estado de condenação ele precisa nascer de novo. Precisa receber o presente que Deus
oferece.

 Deus poderia condenar o homem simplesmente porque rejeita a salvação que lhe é oferecida de gra-
ça.

O homem só precisa exercitar sua capacidade de decidir e crer. (ao contrário do que fez no Edem)

A Palavra de Deus sempre apela para a vontade do homem


Mc 8:34 “Se alguém quiser vir após mim …”
Ap 3:20 “Se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta…”

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Para que nós somos salvos?


 Para a glória de Deus

Ef 1:3-14 “…para o louvor da sua glória”

 A criatura deve revelar a beleza de seu criador. (ex.: quadro / refletir a glória)
 A salvação antes de beneficiar o homem, glorifica a Deus.
 Somos salvos para Deus
 Somos salvos para ser reenquadrados no Propósito de Deus

Deus criou o homem para ter comunhão com ele. Mas o homem por causa do pecado volta-se para si
mesmo, para seus próprios interesses e impossibilita esta comunhão.

Rm 6:10-13
“Pois quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus.
Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus. Não
reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para obedecerdes às suas concupiscências; nem tampouco
apresenteis os vossos membros ao pecado como instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus,
como redivivos dentre os mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.”

 A cruz jamais operará sua obra completa em nós enquanto não formos capazes de interpretar além
daquilo que Cristo fez PARA NÓS e começarmos a ver o que ele fez PARA DEUS.

O que nos garante a salvação?


Como saber se estamos salvos?
Em que nos baseamos para dizer que estamos salvos?

Ef 2:8-9
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus; não vem das
obras, para que ninguém se glorie.”

 Pela graça, mediante a fé.


 Não por obras
 Se é pela graça já não é mais por obras, senão a graça deixa de ser graça

 Exercitamos a nossa fé na obra que Jesus fez e recebemos de graça a salvação.

Hb 11:6
“Ora, sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia
que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam.”

Fé em que?
 Em Jesus e na palavra de Deus.

(fé  Hb 11:1)

A obra de Jesus foi perfeita e suficiente.


Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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Cl 2:14-15
“E havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário,
removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz; e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publi-
camente e deles triunfou na mesma cruz.”

 Não temos que pagar mais nada. Jesus pagou a divida por nós e cravou na cruz.
 Só precisamos crer nele, na sua obra por nós.

II Co 5:21
“Àquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus.”

 Ele se fez pecado para nos libertar do pecado e nos justificar para com Deus
 Ele pagou pelos nossos pecados, um alto preço (Ex.: preço tesouro x preço que pagamos)

Rm 5:1
“Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo”

 Pela fé na obra de Jesus por nós somos justificados diante de deus


 Foi-se a ira de Deus contra nós.
 Em Cristo temos paz para com Deus.

 Não é pela nossa justiça, mas pela justiça de Deus em Cristo. (nossa justiça é um trapo de imundícia)

At 26:18
“Para lhes abrir os olhos a fim de que se convertam das trevas à luz, e do poder de Satanás a Deus, para que
recebam remissão de pecados e herança entre aqueles que são santificados pela fé em mim.”

 Pela fé em Jesus somos libertados do domínio de Satanás

Gl 2:16
“Sabendo, contudo, que o homem não é justificado por obras da lei, mas sim, pela fé em Cristo Jesus, temos
também crido em Cristo Jesus para sermos justificados pela fé em Cristo, e não por obras da lei; pois por obras
da lei nenhuma carne será justificada.”

As bases da nossa salvação


Podemos afirmar que estamos salvos com base em 2 coisas:

1) Na obra de Jesus por nós.


No que Ele fez por nós e não do que nós fizemos.

Is 53:5-6
" Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e esmagado por causa das nossas iniqüidades; o castigo
que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados
como ovelhas, cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de todos
nós."

2) Na Palavra de Deus
Não é por sentimento, mas por fé na palavra de Deus que diz que eu sou salvo.
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I Jo 5:6-13 “Quem tem o filho tem a vida…”


Mc 16:16 “Quem crer e for batizado será salvo…”

Jo 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…”


v15  “assim como a serpente foi levantada no deserto..” Nu 21:5-9

 Quando cremos em Jesus somos curados da peçonha mortal que nos conduzia a morte.

Jo 5:24 “Quem ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou…”


Jo 6:28-29 “A obra de Deus é esta: Que creiais naquele que ele enviou”
Jo 10:9-10 “…eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância.”
Jo 11:25 “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim…”
Jo 14:6 “Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida….”
I Tm 2:5 “Porque há um só mediador entre deus e os homens …”

Temos dois testemunhos que somos salvos:


 Um exterior  A Palavra de Deus
 Um interior  O Espírito Santo

I Tm 1:15
"Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos
quais sou eu o principal"

Rm 8:16
“O Espírito mesmo testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus”

 Nos liberou de Satanás


 Nos libertou do pecado
 Nos livrou da morte
 Nos deu paz com Deus

 Uma completa salvação por meio da fé em Cristo

 Se você creu em Jesus, que ele morreu pelos seus pecados.


 Se você se arrependeu e foi batizado para a remissão dos seus pecados.
 Se você tem Jesus como Senhor da sua vida e tem disposição em obedecê-lo.

Então você pode dizer que está salvo e viver à luz desta verdade. Livre para expressar a glória de Deus.

 Um indício de que uma pessoa se sente salva é quando ela para de pedir a salvação e começa a glori-
ficar a Deus por estar salva.

Versículos para decorar


Rm 3:23 “Todos pecaram …”
Rm 6:23 “O salário do pecado é a morte…”
Cl 1:13 “Ele nos tirou do império das trevas…”
Ef 2:8-9 “Pela graça sois salvos por meio da fé…”
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Hb 11:6 “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus…”


II Co 5:21 “Aquele que não conheceu o pecado, Deus o fez pecado por nós…”
Rm 5:1 “Sendo pois justificados mediante a fé…”
Jo 3:16 “Porque Deus amou o mundo de tal maneira…”
Jo 5:14 “Quem ouve a minha palavra…”
I Tm 2:5 “Porque há um só mediador entre Deus e os homens …”

SALVAÇÃO  Cura completa (I Ts 5:23 para o espírito, alma e corpo)

1) Justificação do espírito

 Justificar  tornar justo.


Mas quando o homem caiu (escolheu fazer a própria vontade ao invés da vontade de Deus), ele mor-
reu espiritualmente. O homem ficou então incapaz de ter comunhão com Deus por causa da culpa do
pecado. Gn 3:7-10

O Espírito do homem precisa ser justificado diante de Deus.

2) Santificação da alma

 Santificar  purificar, separar


Consiste no operar diário da cruz de Cristo em nossas vidas.
Cruz: quando a vontade de Deus entra em choque com a minha vontade e eu escolho fazer a vontade
de Deus.

 É o Espírito Santo habitando em nós que nos santifica dia a dia.

3) Glorificação do corpo

O objetivo final na ressurreição ou arrebatamento, quando receberemos um corpo semelhante ao de


Cristo depois de ressurreto. Um novo corpo, incorruptível.

O PROPÓSITO ETERNO DE DEUS

Efésios cap 1

Qual é o tema central deste capítulo?

 Fala de algo eterno (antes da fundação do mundo)


 Algo que estava no coração de Deus antes que ele criasse todas as coisas
 Algo que precisamos saber.
v17-18
"Para que saibais a esperança da vossa vocação..."
 Fala de um objetivo, de um propósito e Paulo ora para que Deus abra o nosso entendimento para
que saibamos que existe algo maior para o qual fomos chamados.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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38

Nos versos 7 e 8 fala sobre a nossa redenção, que ela é para a glória de Deus
Nós somos os maiores beneficiados com a salvação, mas esse não é o objetivo final. Somos salvos não
para nós mas para a glória de Deus. Deus nos salva para algo maior.

Nos versos 4 a 6 fala que fomos eleitos antes da fundação do mundo para sermos filhos de adoção em
Cristo.

Nos versos 9 e 10 fala que a vontade de Deus é fazer convergir todas as coisas em Cristo.

Qual é o propósito eterno de Deus?

 Ter uma grande família de muitos filhos semelhantes a Jesus, para a sua glória.

Por que a salvação não é o propósito eterno de Deus?


 Porque se esse fosse o objetivo final, Deus teria que fazer o homem pecar para poder salvá-lo.

Quando falamos sobre o propósito eterno de Deus, falamos sobre a paternidade de Deus, o desejo de
Deus de ser pai.

 No velho testamento vemos várias referências a esse respeito:

Sl 68:5 "...até os órfãos tem um pai..."


Is 9:6 "...pai da eternidade..."
Is 63:16 "...tu és o nosso pai..."
Is 63:8 "...pai e cirador..."
Jr 3:4 "...pai meu..."
Jr 3:19 "...te porei entre os filhos..."
Ml 2:10
"Não temos nós todos um mesmo Pai? não nos criou um mesmo Deus? por que nos havemos aleivosamente
uns para com outros, profanando o pacto de nossos pais?"

Deus se revelando como Pai.


 No novo testamento, vemos que a principal obra de Jesus era mostrar o pai:
 Eu e pai somos um...
 Quem vê a mim vê o pai
 Mostrar que deus é Pai.

 O propósito eterno de Deus é o assunto mais importante no estudo da obra de Deus.

Quando nos convertemos passamos pela porta do reino:


 Arrependimento
 Batismo nas águas
 Batismo no Espírito Santo

Passamos pela porta e iniciamos um caminho.

Para que?
 Para chegar a um objetivo, a um propósito, a um alvo.

Porta Caminho Alvo


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A salvação acontece para nos levar a um objetivo maior:

 Sermos formados a imagem de Jesus

Jesus é a matriz, o molde original, o modelo de Deus (ex.: marmitex)

 Durante o caminho somos colocados em diversas situações para que aprendamos, mudemos de ati-
tude, e sejamos transformados segundo a imagem de Jesus.

(Se não mudamos, perdemos a oportunidade de ser transformados)

Quando nos convertemos, a obra de Deus em nossas vidas está apenas começando.
 Por isso vem as tribulações.
 Por isso tomamos a cruz.

Muitos, quando Deus aperta a rosca, espanam.


 Porque não entenderam que Deus quer mais do que salvar o homem.

 Nós temos um alvo. A vida de um discípulo deve convergir para este alvo. (família, trabalho, estudos,
namoro, etc.)

A nossa vida deve ser consagrada para Deus. Não podemos separa o que é sagrado e o que é profano
em nossas vidas.
(Ex.: missa e festa junina ; Deus é chefe do departamento religioso eu sou chefe do departamento pes-
soal)

Temos que glorificar a Deus na igreja e no nosso trabalho, escola, lares...


Dá para separa? Não é tudo para Deus?

Embasamento para o propósito eterno de Deus.


Deus tem um propósito, tem um plano, que ele tem declarado através de Jesus Cristo.

Ef 1:9-10 Ed Contemporânea
Ef 1:9-10 Bíblia Viva

Nós somos limitados ao tempo, Deus não.


Para entendermos este assunto precisamos sair do aspecto temporal e olhar para o eterno.
(Ex.: É o mesmo que observar um desfile por uma fresta, ou por uma sacada)

No princípio era o Paio, o Filho e o Espírito Santo vivendo numa harmonia e comunhão perfeita e o re-
lacionamento entre eles era o amor (Jo 17:24). Então que o Pai desejou Ter muitos filhos semelhantes
ao primeiro (Jesus) para multiplicar esse amor.

Gn 1:26-27
"E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes
do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se ar-

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rasta sobre a terra. Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os
criou."

 Façamos...
 Crescei e multiplicai...

 Se o homem não tivesse pecado ele continuaria a se reproduzir segundo a semelhança de Deus, dan-
do prosseguimento ao desejo inicial de Deus.

Por isso a salvação não é o objetivo final de Deus. Ela visa colocar o homem em sua situação original,
para continuar a cumprir um propósito maior.

 Deus salva o homem para que ele se enquadre novamente no seu plano inicial.

Nós somos salvos para a glória de Deus, para que seu propósito continue a se cumprir.

Hb 2:10
"Porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo
muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles."

Para quem são todas as coisas?


Deus
Conduzindo muitos filhos à glória

Jesus vem para colocar o homem no mesmo nível que estava antes de pecar (de onde nunca deveria ter
saído). Porque Adão falhou, mas Cristo venceu para levar muitos filhos a Deus.

Deus é o Centro de Tudo


Quando o homem pecou, além de se tornar independente e rebelde ele passou a se colocar como o
centro de todas as coisas.

 EGOCENTRISMO: tudo gira em torno do homem tudo é feito para o homem.

(Do homem para, o homem, pelo homem.)

Precisamos de uma mudança completa de centro.

Um roda só pode ter um eixo. Tudo gira em torno desse eixo. Se o homem for o eixo, tudo vai girar
em torno do homem.Se Deus for o eixo, tudo girará em torno de Deus.

Deus é o centro de todas as coisas

Rm 11:36
"Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém."

Temos que olhar as coisas vendo Deus como o centro (a origem e o motivo de tudo)
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DEUS: o motivo supremo de


todas as coisas

DE
PARA
Vendo o motivo do
ponto de vista de
Deus

ATRAVÉS

DE : Vendo do supremo ponto de referência


ATRAVÉS : Vendo todas as partes integradas
PARA : Vendo o supremo ponto de coordenação.

Se olharmos para a igreja hoje, é tudo feito para o bem do homem, para agradar o homem, tendo o
homem como o centro.

Ex.:
Cultos voltados para o homem (duração, datas, etc.)
Cânticos voltados para o homem.

Até o evangelho que é pregado está centralizado no homem, fazendo apelos para que o homem venha
para Deus para ser salvo, Ter sua vida concertada e ser feliz.

 Mas Deus deve ser o centro, Jesus deve ser o centro.

O próprio Jesus nunca colocou o homem como o centro.


Ex.: o jovem rico
Ele o amou, viu o jovem ir embora com tristeza.
Mas Deus sempre esteve no centro.

 O nosso apelo é para que as pessoas acordem e se ajustem ao propósito para o qual Deus nos criou.

Por isso é necessário arrependimento: para sair da situação atual e se submeter as Deus.

 A plena felicidade de cada um de nós está nisso: VOTAR PARA DEUS.

Quando fazemos s nossa própria vontade temos um prazer momentâneo, mas depois percebemos que
aquilo não permanece e não satisfaz. Não preenche o vazio que está dentro.

O apelo é para que os homens se conscientizem do propósito eterno de Deus. Para que eles entendam
o motivo para o qual foram criados.

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A questão máxima não é o homem, nem sua salvação, mas revelar quem Deus é, e o que Ele tinha no
seu coração desde o início.

Não devemos concentrar nossa atenção nos problemas do homem,, mas sim voltar-nos para Deus.

Hb 12:2 Olhando para o autor e consumador de nossa fé.

Quanto mais olhamos para os nossos problemas maiores eles ficam. Devemos olhar para Jesus e não
para os nossos problemas. O nosso maior problema é sermos o centro de tudo.

O pecado causou uma necessidade e Deus resolveu: enviou Jesus. Mas agora temos que olhar não para
a necessidade causada pelo pecado, mas para Jesus.

O que é que Deus quer? O que é que Deus gosta? Qual é a maior satisfação do Pai?
 Que o filho o ame, e que seja seu amigo.

Assim como um pai (ou uma mãe) tem prazer nos filhos, Deus tem prazer em cada um de nós.

Estamos centralizados em Deus ou em nós mesmos?

Isto é muito sutil, até mesmo os crentes podem não ter consciência de que es tão centralizados em si
mesmos.

Precisamos entender o que agrada a Deus, o que satisfaz a Deus. Quando o centro está errado, tudo
está errado. Se olharmos para a vida de Jesus veremos que tudo era centralizado no Pai, fazer a vontade
do Pai, glorificar o Pai. Tudo apontava para o Pai.

O Centro da Igreja é Jesus. Tudo deve ser para Ele. (orações, cânticos, reuniões, etc.)

Todo ser humano, rico ou pobre, santo ou pecador, novo ou velho é um filósofo.

Porquê?

 Porque existem perguntas e questionamentos interiores a serem respondidos.

Deus respondeu todas elas em Cristo.

Cl 2:2-3
"Para que os seus corações sejam animados, estando unidos em amor, e enriquecidos da plenitude do entendi-
mento para o pleno conhecimento do mistério de Deus: Cristo, no qual estão escondidos todos os tesouros da
sabedoria e da ciência."

" Tire o senso de destino do homem e ele se transforma num animal selvagem. Acaba tudo."

FILOSOFIA: amor ao saber, ciência da causa e efeito.

As pessoas tentam responder todas as perguntas baseadas em si mesmas, tendo o homem e suas neces-
sidades e indagações como o centro. Por isso não encontram respostas satisfatórias.

I Co 1:30
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"Mas vós sois dele, em Cristo Jesus, o qual para nós foi feito por Deus sabedoria, e justiça, e santificação, e re-
denção;"

Deus resume todas as coisas em Cristo


Ele é a resposta para todas as perguntas

 Deus corrige a distorção por completo, tira o homem do centro e coloca Jesus no Centro

Tudo nasce em Deus.


Deus é a única causa não causada.
Todo se iniciou no coração de Deus
Tudo começou com o Desejo de Deus. (O desejo de ser pai => Ter filhos)

O Ponto de Partida
Muitos erram por tentar entender o propósito eterno de Deus partindo do ponto errado. (a queda do
homem, a ciração do homem,...) E acabam chegando na salvação.

Erram porque olham para o homem como origem, como centro ou como objetivo

 Duas retas paralelas nunca se encontram, mas se houver um pequeno desvio, por menor que seja, no
início do traçado, elas já não são mais paralelas, se tornam concorrentes e vão acabar se cruzando.

Mas se olharmos para de antes da fundação do mundo, com Deus no centro, sendo a origem e o obje-
tivo, podemos compreender melhor qual o próposito; e veremos que não é a salvação.

Precisamos compreender todos os aspectos do plano de Deus e não apenas um deles.

A salvação é apenas uma parte do plano de Deus.


(Ex.: os hindus e o elefante numa sal escura. - cada um só reconheceu a parte que apalpou)

Muitas vezes tocamos em parte do plano de Deus e não vemos o todo. Por isso precisamos ter comu-
nhão com Deus, para ver como Ele vê. E compreendermos o todo.

Para isso o homem precisa sair do centro e colocar Deus como o centro de todas as coisas.

O homem sempre quis ser Deus.

Porque quer ser rico?


 Porque dá uma sensação de onipotência
Porque não quer precisar dos outros?
 Porque dá uma sensação de onipotência (" Não preciso da ajuda de ninguém)

O homem se coloca no centro e passa a analisar tudo de acordo com seus próprios interesses.

Este quadro precisa ser corrigido. Precisamos estabelecer o ponto de referência correto: Deus.

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Esta visão traz uma tremenda transformação em nossas vidas.

Ótica de alguns segmentos do cristianismo

Teologia da libertação
 Analisam tudo a partir do aspecto social.
 Estão sempre associados com movimentos revolucionários, política, etc.
 Do homem, pelo homem, para o homem.
 Seu ênfase é o que o homem faz

Fundamentalista
 Descartam todo tipo de experiência pessoal com Deus.
 Descartam os dons do Espírito Santo.
 Sua enfase é o que Deus fez no homem

Grupos de Santidade
 Buscam experiência com Deus.
 Buscam o Espirito Santo.
 Mas o homem continua no centro.
 Sua ênfase é a transformação do homem.

Em todos estes casos o homem continua no centro; e Deus é apenas um meio para libertá-lo, abençoá-
lo e transformá-lo.

Reuniões voltadas para o homem, orações voltadas para o homem, palavras, cânticos, tudo gira em tor-
no do homem, e o homem não é curado.

O chamado para o arrependimento é um chamado para uma mudança de mente. No seu sentido mais
amplo significa uma correção suprema.

Por isso esse arrependimento nunca deve parar, até que todas as coisas convirjam para Deus. Até que
Deus seja o centro de tudo em nossas vidas.
(Arrependimento contínuo  tomar a cruz a cada dia Lc 14:26)

O ponto de referência correto

O Supremo Pro-
pósito de Deus
Em Realização

PARA

DE

Queda
ATRAVÉS

Em Revelação

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Em Correção

Em revelação : Tudo é revelado pelo Pai. Ele mesmo se revelando.


Em correção : A obra de Cristo corrigindo o desvio causado pela queda.
Em realização: Para a suprema realização dele mesmo.

Qual deve ser o nosso ponto de partida?


Vamos analisar quatro pontos:

No Deus O
Eterno Alvo

D  A queda
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Se partirmos da queda do homem, a ênfase máxima seria a redenção em Cristo.


A redenção tem seu legítimo valor, mas ela não é o objetivo final.
Faz parecer que o homem apareceu no cenário apenas para ser salvo.
O pecado passa a ser uma etapa necessária para o cumprimento do propósito.

Erro: Agostinho.
"Bendita culpa que nos trouxe tamanho Salvador"
(É tão coerente quanto uma pessoa que é salva de um seqüestro agradecer pelos seqüestradores, pois
se não houvesse seqüestro ela não seria salva)

Se começarmos da queda do homem temos que admitir que Deus fez o homem pecar para poder salvá-
lo. Assim a redenção passa a ser a obra principal de Deus e a restauração do homem o centro de tudo.

C  A Criação do Homem

 Se iniciarmos na criação do homem o propósito passa a ser a restauração do homem ao que era an-
tes da queda.

B  A Criação do Universo

 Iniciando onde Deus inicia.


 Mostra o ponto de vista das atividades de Deus
 Ainda não é o ponto ideal, pois o propósito passa a ser a restauração de todas as coisas.

A  No Coração de Deus

 Antes de todas as coisas


 Este é o ponto correto, o ponto onde Paulo começa.
 Iniciando no desejo que estava no coração de Deus antes dele iniciar a criação. O Desejo de Deus
ser Pai.
 Isto toma como base o próprio Deus, e passamos a olhar tudo do ponto de vista de Deus.

O que Deus planejou quando quis ser pai?


O que Deus desejava na eternidade?
O que Deus desejava caso o pecado nunca tivesse entrado no mundo?

No Deus O
Eterno Alvo

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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A linha prosseguiria reta. O homem criado segundo a imagem de Deus cresceria, se multiplicaria e for-
maria uma grande família de filhos semelhantes a Jesus.

 Mesmo sem o pecado Deus continuaria a cumprir o seu propósito.

Há um propósito no coração de Deus que nunca dependeu de tempo nem foi alterado pela queda do
homem. (Deus já tinha a solução pronta)

Ef 1:4
"Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele
em amor."

 Nos elegeu nele


 Antes da fundação do mundo

Isto ocorre no nível eterno e é algo que Deus já vê como consumado.

Se o homem nunca tivesse pecado iria convergir para Cristo?


 Sim.

Cristo não está ligado somente à redenção, mas a toda a vontade do Pai.

Se o homem não tivesse pecado tudo estaria em Cristo?


 Sim

 O objetivo do Pai é que Cristo seja o meio de realização da sua vontade. Toda vontade de Deus
se cumpre em Cristo. Ele é o agente da vontade de Deus.

(Independente do acontecesse, tudo se realizaria em Cristo)

Sl 2
 Salmo profético. Fala que todas as nações tentam tirar Deus do trono.
 Ele se ri.
 Eu ungi meu Rei (Jesus)
 Diz que Deus estabeleceu Jesus como o cabeça de todas as coisas.
"Pede-me e eu te darei as nações por herança".

Vejamos algumas expressões que aparecem em Efésios 1


Em quem Deus nos abençoou?
 Em Cristo. (v3)

Em quem nos escolheu?


 Em Cristo. (v4)

Quando?
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 Antes da fundação do mundo.

Por meio de quem nos predestinou para adoção?


 Por meio de Cristo.

Nos elegeu gratuitamente em quem?


 No Amado. (Cristo)

Fazer convergir em quem?


 Em Cristo.

 Tudo se cumpre em Cristo, toda a obra de Deus se realiza em Cristo

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O QUE É SER UM DISCÍPULO

Introdução
Jesus não apenas informou e ensinou. Ele formou discípulos. A Igreja do Senhor Jesus é composta de
discípulos.

Jesus sempre teve a multidão ao seu redor, mas Ele não se iludia com a multidão, Pois a multidão vem e
vai (é como freguesia de centro, nunca é a mesma). Mas Ele se dedicou a um grupo pequeno de pesso-
as, próximas a Ele, que estavam dispostos a tudo por Ele: OS DISCÍPULOS.

Jesus procurou enraizar neles a visão do Pai e fez dos discípulos pessoas capazes de dar continuidade a
sua obra. Através de um relacionamento intenso com o Mestre os discípulos aprenderam tudo e aplica-
ram da mesma maneira à Igreja.

Não vamos encontrar na bíblia as palavras “membro de igreja” como referência aos cristãos e sim discí-
pulos. Sempre que a Igreja estava reunida, ali estavam reunidos os discípulos de Jesus.

Mesmo antes de Jesus a Bíblia nos mostra pessoas que tinham um relacionamento de discípulos.

Moisés e Josué

Ex 24:13
“E levantando-se Moisés com Josué, seu servidor, subiu ao monte de Deus”

Ex 33:11
“E falava o Senhor a Moisés face a face, como qualquer fala com o seu amigo. Depois tornava Moisés ao ar-
raial; mas o seu servidor, o mancebo Josué, filho de Num, não se apartava da tenda.”

Nm 27:18-21
“Então disse o Senhor a Moisés: Toma a Josué, filho de Num, homem em quem há o Espírito, e impõe-lhe a
mão; e apresenta-o perante Eleazar, o sacerdote, e perante toda a congregação, e dá-lhe a comissão à vista de-
les; e sobre ele porás da tua glória, para que lhe obedeça toda a congregação dos filhos de Israel.”

Elias e Eliseu

II Re 2:1-9
Disse Elias a Eliseu: Fica-te aqui, porque o Senhor me envia a Betel. Eliseu, porém disse: Vive o Senhor, e vive
a tua alma, que não te deixarei. E assim desceram a Betel. Então os filhos dos profetas que estavam em
Betel saíram ao encontro de Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Senhor hoje tomará o teu senhor por sobre a
tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos. E Elias lhe disse: Eliseu, fica-te aqui, porque o Senhor me envia
a Jericó. Ele, porém, disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não te deixarei. E assim vieram a Jeri-
có. Então os filhos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu, e lhe disseram: Sabes que o Se-
nhor hoje tomará o teu senhor por sobre a tua cabeça? E ele disse: Sim, eu o sei; calai-vos. E Elias lhe disse: Fi-
ca-te aqui, porque o senhor me envia ao Jordão. Mas ele disse: Vive o Senhor, e vive a tua alma, que não
te deixarei. E assim ambos foram juntos. E foram cinqüenta homens dentre os filhos dos profetas, e pararam
defronte deles, de longe; e eles dois pararam junto ao Jordão. Então Elias tomou a sua capa e, dobrando-a, feriu
as águas, as quais se dividiram de uma à outra banda; e passaram ambos a pé enxuto. Havendo eles passado,

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Elias disse a Eliseu: Pede-me o que queres que eu te faça, antes que seja tomado de ti. E disse Eli-
seu: Peço-te que haja sobre mim dobrada porção de teu espírito.”

Is 50:4
“O Senhor Deus me deu a língua dos instruídos para que eu saiba sustentar com uma palavra o que está can-
sado; ele desperta-me todas as manhãs; desperta-me o ouvido para que eu ouça como discípulo.”

O que é um discípulo?
 É aquele que crê em tudo que Cristo disse e faz tudo que Cristo manda.

Aquele que creu, se arrependeu, foi batizado e recebeu o Dom do Espírito Santo a bíblia chama de dis-
cípulo.

É importante entender que no contexto do Novo Testamento não existe uma pessoa que seja conver-
tida e não seja discípulo.

Salvo, convertido, discípulo, todos são termos que se referem a uma mesma pessoa. Cada um desses
termos tem um sentido diferente, mas são aplicados a uma mesma pessoa.

A palavra convertido aparece 2 vezes no VT


A palavra crente aparece 15 vezes no NT
A palavra discípulo aparece 3 vezes no VT e 258 vezes no NT
(Evangélico não aparece em lugar nenhum)

 Salvo : o que foi libertado do poder de da condenação do pecado.


 Convertido: o que mudou de atitude e mentalidade (transformação de mente)
 Discípulo : o seguidor, praticante dos ensinos do mestre, submisso.
 Crente : aquele que crê

É comum encontrarmos pessoas que se dizem convertidas, crêem sinceramente que são salvas, mas se
você perguntar se elas desejam se submeter e obedecer a Cristo em tudo vão dizer: “ainda não...”, “tal-
vez um dia em me consagre totalmente…”.

Isto é uma grande contradição, pois como alguém pode se considerar salvo ou convertido se ainda não
se entregou total e incondicionalmente a Jesus Cristo para viver em total obediência a Ele, renunciando
a tudo quanto tem e até sua própria vida.

 Um convertido é mais do que um crente, é um discípulo.

Mt 9:9
“Partindo Jesus dali, viu sentado na coletoria um homem chamado Mateus, e disse-lhe: Segue-me. E ele, levan-
tando-se, o seguiu.”

 Se entregou completamente, largou tudo que estava fazendo e seguiu.

Mt 7:21
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“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai,
que está nos céus.”

 É necessário obedecer, fazer a vontade do Pai.

Lc 14:33
“Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.”

 Renunciar a tudo

Lc 14:26
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à
própria vida, não pode ser meu discípulo.”

 Perder a própria vida

Isso não significa que temos que ser perfeitos para seguir a Jesus, mas sim devemos nos colocar total-
mente sob o seu governo e obedecê-lo

Existe hoje em meio a Igreja um espírito de falsa profecia, semelhante ao que havia em Israel nos
tempos de Jeremias, quando o povo estava sob condenação de Deus por causa de sua rebelião, e os fal-
sos profetas diziam que todos estavam em pas com Deus, levando o povo ao auto engano.

Jr 6:14
"Também se ocupam em curar superficialmente a ferida do meu povo, dizendo: Paz, paz; quando não há paz."

Jr 23:16-17
"Assim diz o Senhor dos exércitos: Não deis ouvidos as palavras dos profetas, que vos profetizam a vós, ensi-
nando-vos vaidades; falam da visão do seu coração, não da boca do Senhor. Dizem continuamente aos que
desprezam a palavra do Senhor: Paz tereis; e a todo o que anda na teimosia do seu coração, dizem: Não virá
mal sobre vós."

Deus, nestes dias está restaurando as realidades básicas do Evangelho do Reino para que se cumpram as
palavras proféticas dadas por Malaquias.

Ml 3:18
"Então vereis outra vez a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que o não serve."

Se alguém pretende ser salvo ou convertido sem se tornar um discípulo, não encontrou tal pretensão
nas escrituras.

 Todo salvo é um discípulo, ninguém é salvo se não for discípulo.

Podemos nos referir a uma pessoa que está no Reino de Deus usando qualquer um dos termos que
aparecem nas escrituras, mas devemos nos acostumar a usar o termo discípulo porque:

1) É o Termo mais abrangente, que expressa com mais exatidão a realidade de vida de alguém que per-
tence ao Reino de Deus.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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2) É o termo que Jesus, os apóstolos e os nossos primeiros irmãos escolheram.

O primeiro nível de relacionamento com Jesus é Senhor


Se perguntarmos por ai:
“Quem quer ser amigo de Jesus Cristo?”
Certamente a maioria responderia “ sim eu quero”

E é isso que a Igreja de um modo geral tem pregado.

Mas se olharmos para Jesus veremos que não era assim que ele fazia
Ex.: Zaqueu, Mateus (Levi).

Vemos que o primeiro nível de relacionamento que as pessoas tinham com Jesus não era amigo; e sim
Senhor.

O servo nunca diz não, ele obedece a todas as ordens. Ele nunca pode dizer:
“Agora não …”, “não estou com vontade…”

O servo nunca diz NÃO SENHOR


(Ex.: Pedro e a visão do lençol – “Não Senhor, de modo nenhum”)

Nossa posição deve ser de servos inúteis Lc 17:7-10

 Eles eram os servos e Jesus o Senhor. E tinham um relacionamento intenso de Senhor e servos, no
qual Jesus ia formando as suas vidas através de exemplos, experiências, tarefas. Eles por sua vez ob-
servavam Jesus em tudo, vendo, ouvindo, perguntando e obedecendo todas as suas ordens.

Somente mais tarde, depois de quase três anos Jesus começa a chamá-los de amigos.

Jo 15:14-15
“Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o
que faz o seu senhor; mas chamei-vos amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.”

 É interessante observar que o relacionamento de amigo é conseqüência do relacionamento de Se-


nhor e servos.
 Um não anula o outro. Jesus é nosso amigo e nós somos seus amigos, mas antes Ele é nosso Senhor
e nós somos seus servos.

 O Senhorio de Jesus vem sempre antes da amizade

Quando nós nos tornamos verdadeiros discípulos?


Mt 4:18-22
“E Jesus, andando ao longo do mar da Galiléia, viu dois irmãos - Simão, chamado Pedro, e seu irmão André, os
quais lançavam a rede ao mar, porque eram pescadores. Disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores
de homens. Eles, pois, deixando imediatamente as redes, o seguiram. E, passando mais adiante, viu outros dois
irmãos -Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, no barco com seu pai Zebedeu, consertando as redes; e os
chamou. Estes, deixando imediatamente o barco e seu pai, seguiram-no.”

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Imagine você nesta situação:


Você está no seu serviço e Jesus chega e dá essa ordem.: “ Largue tudo e me siga ”.

É loucura. Eles nem perguntaram para onde iam. Mas estava evidente que era uma ordem do
SENHOR.

Quando eles se tornaram discípulos?


 Quando eles passaram a seguir as ordens de Jesus. (ordem é ordem e não pedido)

Quando é que nós nos tornamos discípulos de Jesus?


 Quando aceitamos seu chamado de maneira incondicional e começamos a obedecer sua palavra.

Isso de demonstra de maneira prática em nossas vidas:


 Batismo
 Obediência a Palavra de Deus
As cinco características de um discípulo
Existem cinco características que Jesus quer ver em todos os seus discípulos.

1) Amar a Jesus sobre todas as coisas

Lc 14:26
“Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à
própria vida, não pode ser meu discípulo.”

 Jesus não admite o segundo lugar em nada.


 Aborrecer  amar menos
 Não significa deixar de amar, e sim amar mais a Jesus.
 Quando o discípulo tem que optar ele sabe por quem optar.
(Ex.: Tragam-me algo parecido com Jesus...)

2) Renunciar a tudo quanto tem

Lc 14:33
“Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.”

 Bens (muitos amam aquilo que desejam ter)


 Projetos e idéias
 Tempo
 Como você tem usado seu tempo?
 É Jesus quem governa o seu tempo?
 Devemos saber como usar o nosso tempo para a glória de Deus.

Os discípulos passavam todo o seu tempo com Jesus.


Ex.: Mc 4 a 7
 Acalma a tempestade
 Expulsa demônios
 Cura a filha de Jairo
 Cura uma mulher no caminho
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 Percorrem várias aldeias


 Alimenta uma multidão, etc
Foram 4 dias. Os discípulos quase não dormiram, não comeram, atravessaram o mar e andaram a pé
cerca de 100Km

3) Obediência à Palavra de Deus

Jo 8:31
“Dizia, pois, Jesus aos judeus que nele creram: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente
sois meus discípulos”

 Permanecer na palavra
 Ouvir e obedecer.
 Não basta so acreditar, achar bonitas as coisas que ele fala. É preciso conhecer sua palavra e obede-
cer a sua palavra.
“E por que me chamais: Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu vos digo?” Lc 6:46

O conhecimento e a prática da Palavra de Deus devem ser notórios na vida dos discípulos.

4) Amar como Ele amou

Jo 13:34-35
“Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que
também vós vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns
aos outros.”

 Amar com o amor de Jesus


 Amar com amor ágape (amor incondicional, não espera retorno)
 Amar os irmãos
 Amar o próximo
 Amar os inimigos
 amor deve ser a nossa principal motivação
 Expressar o amor de Jesus através de nossas atitudes. (prática e não sentimento)

Ef 2:9  “... não por obras...”


Ef 210  “... criados em Cristo Jesus para boas obras...”

Assim é que nós conhecemos os que são discípulos de Jesus

 Se eu sou discípulo eu amo.


 Se eu amo eu sou discípulo.

5) Multiplicar a vida de Jesus

Jo 15:7-8
“Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será
feito.Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.”

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


54 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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 Dar frutos  reproduzir a vida de Jesus primeiramente em nós depois nas outras pessoas. Não é o
fruto do espírito, é ganhar discípulos para Cristo.

Jo 15:16
“Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis frutos, e o vosso
fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”

O fruto é o resultado de estarmos na videira


 O discípulo permanece em Jesus
 A palavra permanece no discípulo
 O discípulo dá fruto
 O fruto permanece.

 Frutificar é conseqüência de uma vida sob o governo de Jesus

Não só o fruto, mas só conseguiremos ser verdadeiros discípulos de Jesus se estivermos nele. Obede-
cendo a Ele, servindo a Ele, envolvidos com ele.

Frutificar (fazer discípulos) é uma ordem expressa de Jesus:

A ordem que Jesus nos deu


Mt 28:18-20
"E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinan-
do-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos."

Esta foi a última palavra de Jesus aos seus discípulos. Até parece que este é o ponto mais alto do Novo
Testamento. É como se o senhor estivesse todo o tempo preparando o terreno para dar esta palavra.
Depois de fazer tudo o que o Pai lhe encomendara, finalmente o Senhor podia dar esta ordem:

 Fazei discípulos de todas as nações.

Podemos negligenciar este mandamento? Ou podemos fazê-lo de qualquer jeito, ou da maneira que
acharmos melhor? NÃO. Devemos Buscar com toda diligência e procurar entender bem. O Senhor
ressuscitado nos deu uma ordem e devemos cumpri-la a risca.

O Senhor não nos mandou juntar gente para fazer reuniões. As reuniões são importantes, assim como
a cura dos enfermos. Os sermões tem o seu lugar, e certamente devemos cantar e louvar. Contudo o
fundamental é fazer discípulos. A não ser que isto seja bem entendido, todas as outras coisas importan-
tes serão a casca de uma fruta oca. Serão um amontoado de atividades sem propósito e sem valor eter-
no.

 Que Deus crie em nós o coração de um verdadeiro discípulo, um coração voltado para o Senhor, li-
berto, disposto a obedecer, nos capacitando a viver a vida de Jesus e reproduzi-la em todas as pesso-
as que estão a nossa volta.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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A IGREJA

 Obs: Antes deste estudo é bom ler o livro de Atos para ver como a Igreja era na sua origem. Notar
como os apóstolos agiam e qual era a atitude dos discípulos naquele tempo.

Introdução

Começar do zero
Ex.: A arte de bater tambores dos japoneses
Perguntaram ao mestre deles se qualquer pessoa poderia aprender e se era difícil.
Ele respondeu:
- Quem não sabe nada está no zero
- Quem já sabe alguma coisa está abaixo de zero.

Quando uma pessoa aprende algo da maneira errada é mais difícil ensinar o que é correto do que se ela
não soubesse nada.

A Igreja saiu tão fora da normalidade que para voltar ao normal é muito difícil.

A Planta Original
Para construirmos uma casa, precisamos de uma planta.
Deus tem uma planta

Ex.: Moisés e o tabernáculo Êxodo e Hebreus


"Faça tudo conforme o modelo que viste no monte"
 Deus tem o projeto perfeito, tem a planta.
 Ele dá todos os detalhes
 Moisés não deu nenhuma sugestão
 O homem não tem autoridade para inventar nada.

Assim também Deus tem uma planta para a Igreja, um modelo que ele mesmo elaborou segundo sua
sabedoria e vontade. A Igreja atual deve conhecer o Senhor, conhecer sua vontade, renunciar suas tra-
dições e costumes humanos e se enquadrar nos moldes que o próprio Deus preparou.

No Velho Testamento
Deus tem um plano eterno, um propósito de fazer convergir em Cristo todas as coisas. A Igreja faz par-
te do plano eterno de Deus, pois é o corpo de Cristo.

Quando Cristo nasceu em Belém ele tinha um corpo físico, semelhante ao nosso; e agora, que Ele mor-
reu no calvário, ressuscitou, foi exaltado e está assentado a direita de Deus; também tem um corpo na
terra: a Igreja. A Igreja é o corpo de Cristo. Ele está no céu e a Igreja, seu corpo, esta na Terra.
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
56 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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A Igreja surgiu no Novo Testamento, mas como ela faz parte do plano eterno de Deus, podemos en-
contrar referências a ela em toda a bíblia.

 O povo de Israel
 A cidade de Jerusalém
 O monte Sião

São figuras do V.T. que apontam para a Igreja no N.T.

Sl 132:13-17
"Porque o Senhor escolheu a Sião; desejou-a para sua habitação, dizendo: Este é o lugar do meu repouso para
sempre; aqui habitarei, pois o tenho desejado. Abençoarei abundantemente o seu mantimento; fartarei de pão
os seus necessitados. Vestirei de salvação os seus sacerdotes; e de júbilo os seus santos exultarão. Ali farei brotar
a força de Davi; preparei uma lâmpada para o meu ungido."

Mq 4:2
"E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó, para que nos
ensine os seus caminhos, de sorte que andemos nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a
palavra do Senhor."

Zc 2:10-11
"Exulta, e alegra-te, ó filha de Sião; pois eis que venho, e habitarei no meio de ti, diz o Senhor. E naquele dia
muitas nações se ajuntarão ao Senhor, e serão o meu povo; e habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor
dos exércitos me enviou a ti."

Assim, todas as promessas que Deus fez a Israel no V.T. fluem para a Igreja no N.T.

Gn 12:2-3
"Eu farei de ti uma grande nação; abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu, sê uma bênção. Abençoarei
aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar; e em ti serão benditas todas as famílias da
terra."

Is 2:2-3
"Acontecerá nos últimos dias que se firmará o monte da casa do Senhor, será estabelecido como o mais alto dos
montes e se elevará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações. Irão muitos povos, e dirão: Vin-
de, e subamos ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que nos ensine os seus caminhos, e andemos
nas suas veredas; porque de Sião sairá a lei, e de Jerusalém a palavra do Senhor."

 Abençoar todas as famílias da terra


 Ser referencial para todos as nações
 Ser abrigo e proteção para as pessoas
 Ser luz para o mundo

Todas estas coisas apontam para a Igreja que encontramos no N.T.

Hb 12:22-23

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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"Mas tendes chegado ao Monte Sião, e à cidade do Deus vivo, à Jerusalém celestial, a miríades de anjos; à uni-
versal assembléia e igreja dos primogênitos inscritos nos céus, e a Deus, o juiz de todos, e aos espíritos dos jus-
tos aperfeiçoados;"

Como Nasceu a Igreja


A palavra Igreja vem do original Ekklesia

Ekklesia  Chamados para fora (do sistema)

A Igreja surgiu a partir do ministério de Jesus Cristo, o Verbo eterno, Filho de Deus. Durante todo o
tempo em que esteve na Terra, Jesus pregou o Reino de Deus (Mt4:17 Lc 16:16 Lc 17:21). Como
conseqüência dessa pregação nasceu a Igreja, como uma expressão do reino de Deus.

Mt 28:19
"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo"

At 2:1-3
"Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído,
como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas lín-
guas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma."

At 2:14
"Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais
em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras."

At 2:32-33
"Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra
de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis."

At 2: 37-47
"E, ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: Que fa-
remos, irmãos? Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus
Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence
a vós, a vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas ou-
tras palavras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram
batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam
na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos
prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E
vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseve-
rando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de cora-
ção, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam
sendo salvos."

Assim surgiu a Igreja: O conjunto de todas as pessoa salvas e redimidas pelo sangue de Jesus, com
compromisso umas com as outras e com Deus. Pessoas que crêem no seu nome e obedecem as suas
ordens. Que estão envolvidas na sua cidade para testemunhar de Cristo e proclamar a sua Palavra

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Decadência e Restauração
Se olharmos para a Igreja hoje (de um modo geral), vemos que ela está longe de ser a Igreja gloriosa
que encontramos no livro de Atos. Somos levados a entender que a glória da primeira casa foi maior
que a da segunda (Ag 2:9).

A Igreja primitiva cria, pregava e praticava literalmente todo o Conselho e Palavra de Deus. Eles perma-
neciam na doutrina dos apóstolos, no partir do pão, na comunhão e nas orações; e Deus testemunhava
através deles com poder.

Como, então, a Igreja falhou?


Como ela de desviou da sã doutrina e entrou em densas trevas?

A Igreja (os chamados para fora) começou a se enfraquecer quando abdicou da separação total das coi-
sas do mundo, permitindo assim uma mistura com o fermento mundano (costumes, concessões, inte-
resses) que levedou toda a massa.

Breve Histórico
Desde o Pentecostes, até a morte do ultimo dos apóstolos (cerca de 100dc), a Igreja foi um poderoso
instrumento nas mãos de Deus para expandir o Seu reino.

Decadência

 130dc - Enfraquecimento do ministério apostólico e profético


 150dc - Falta de dependência e experiência com o Espírito Santo.
 160dc - Deterioração dos presbitérios
 200dc - Distanciamento entre a Doutrina e a Prática (batismo de crianças)
 210dc - Distanciamento entre o clero e o povo (castas sacerdotal)
 225dc - O batismo nas águas deixou de ser usado para a inclusão de pessoas no reino (declaração
de fé)
 300dc - Ênfase exagerada nas obras para receber a vida eterna
 313dc - Imperador Constantino se torna cristão (Cristianismo - religião oficial)
 380dc - Roma passa a ser a capital do império e da Igreja.
 392dc - Igreja passa a perseguir os pagãos (inversão)
 404dc - Isenção de impostos para o clero

Sobre esta base foi edificada a Igreja da Idade Média (ou Idade das Trevas). Não é de se admirar que a
partir daí tenham surgido:

 Rezas repetitivas (para os não salvos que não sabiam orar).


 Edificação de templos e edifícios suntuosos (que agradavam aos homens e não a Deus).
 Adoração de Santos no lugar dos deuses pagãos (antigos apóstolos e Maria).
 Adoração de imagens, gravuras e crucifixos.
 Os bispos passaram a ser a autoridade máxima.
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
59 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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 O bispo de Roma (capital do império) reivindicou primazia sobre os outros e passou a ser o papa.
 Isso sem mencionar as Cruzadas e a Inquisição.

Será que Deus se esqueceu do seu povo?

Is 1:9
"Se o Senhor dos exércitos não nos deixara alguns sobreviventes, já como Sodoma seríamos, e semelhantes a
Gomorra."

Ez 14:22
"Mas, se ainda restarem nela alguns sobreviventes que levem para fora filhos e filhas, quando eles saírem a ter
convosco, vereis o seu caminho e os seus feitos, e ficareis consolados do mal que eu trouxe sobre Jerusalém, até
de tudo o que trouxe sobre ela."

 É incrível, mas se fizermos um estudo minuncioso da história a partir o 2 o século, veremos que
aqueles grupos que a Igreja acusava de heréticos eram os verdadeiros crentes adorando a Deus em
Espírito e em Verdade.

Em todas as épocas sempre houve crentes que experimentaram o senhor e viveram de acordo com es-
sa experiência.

Restauração

 Restaurar é trazer de volta ao estado original. (ex: uma pintura)

Três aspéctos
1. Abandonar tido que foi agregado
2. Manter as verdades que são legítimas.
3. Recuperar as verdades que foram perdidas

O Senhor iniciou então uma obra de restauração na sua Igreja. E o método que tem usado é o de Is
28:10 "pois é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco
aqui, um pouco ali."

 1517dc - Martinho Lutero: Justificação pela fé, Ef 2:8 (colocou a bíblia na mão do povo)
 1525dc - Batismo por imersão como ato de obediência (batistas)
 1738dc - Santificação, vida reta e separada (John Wesley, metodistas)
 1865dc - Cura divina, santificação pela fé (Simpson)
 1906dc - Batismo no Espirito e os dons (pentecostais)
 1940dc - Ministérios do Corpo de Cristo

Ainda nos dias de hoje este processo continua (estruturas da Igreja, discipulado, relação com Deus,
etc.) e continuará até que a Igreja atinja a plenitude de Cristo.

Recentemente cristãos percorreram o caminho das cruzadas quebrando maldições e pedindo perdão
pelos erros cometidos pela igreja na época da inquisição

 A Igreja que Jesus vem buscar é uma Igreja única e santa. Jo 17

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O que Jesus disse sobre a Igreja


Jesus não falou muito sobre a Igreja. Ele falava acerca do reino de Deus e como conseqüência disto sur-
giu a Igreja.

Jesus só falou duas vezes a respeito da Igreja

Mt 16:15-19
"Mas vós, perguntou-lhes Jesus, quem dizeis que eu sou? Respondeu-lhe Simão Pedro: Tu és o Cristo, o Filho
do Deus vivo. Disse-lhe Jesus: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to
revelou, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei
a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela; dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o
que ligares, pois, na terra será ligado nos céus, e o que desligares na terra será desligado nos céus."

 Tu és o Cristo, o filho do Deus vivo


 Tu és Pedro  Petrus  fragmento de rocha
 Sobre esta pedra  Petra  Grande Rocha.
 Sobre a Rocha (Cristo) edificarei a minha igreja.
 Pedro é parte da igreja (era chamado "o primeiro entre os iguais")

Neste primeiro texto, Jesus fala sobre a Igreja em toda a terra. Todos aqueles que são salvos e redimi-
dos pelo seu sangue  IGREJA UNIVERSAL.

Aqui vemos que a Igreja é:

 Sua Igreja. (e não nossa)


 Uma única Igreja (Jesus só tem uma Igreja, e não muitas)
 Edificada pelo próprio Cristo.
 Edificada sobre a Rocha (localização espiritual) que é Jesus.
 Está fundamentada sobre a revelação de que quem é Jesus (o filho do Deus vivo).
 Triunfante sobre as portas do inferno
 Revestida de autoridade para ligar e desligar na terra e no céu.

Mt 18:15-20
"Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; mas se não te
ouvir, leva ainda contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confir-
mada. Se recusar ouvi-los, dize-o à igreja; e, se também recusar ouvir a igreja, considera-o como gentio e pu-
blicano. Em verdade vos digo: Tudo quanto ligardes na terra será ligado no céu; e tudo quanto desligardes na
terra será desligado no céu. Ainda vos digo mais: Se dois de vós na terra concordarem acerca de qualquer coisa
que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus. Porque onde estiverem dois ou três reunidos
em meu nome, ali estou no meio deles."

Este texto fala sobre a Igreja em uma determinada localidade (cidade)  IGREJA LOCAL

Aqui aprendemos que a Igreja é:

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


61 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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 Composta de irmãos.
 Envolvida em áreas de disciplina.
 Suprida de um governo local.
 Um corpo definido do qual uma pessoa pode ser expulsa.
 Um corpo que tem poder para ligar e desligar no céu e na terra.
 Lugar de comunhão em fé e oração
 Um grupo de pessoas identificadas com o NOME de Cristo.
 Um povo no qual Cristo promete estar.

Quantas igrejas existem em Piracicaba?


 Uma

I Co 1:2
"À igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para serem santos, com to-
dos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso"

Fp 1:1
"Paulo e Timóteo, servos de Cristo Jesus, a todos os santos em Cristo Jesus que estão em Filipos, com os bispos e
diáconos"

Estes e outros textos, mostram que a Igreja em uma determinada localidade é única. A referência é
sempre no singular e nunca no plural, pois só existe uma igreja em uma determinada localidade.

Se Paulo escrevesse uma carta para a igreja de Piracicaba, quem iria ler esta carta?
 Que bagunça que existe na igreja.

A Igreja só está separada por localidades geográficas (cidades) e não por templos ou nomes.

Ap 1:11
"Que dizia: O que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas: a Éfeso, a Esmirna, a Pérgamo, a Tiatira, a
Sardes, a Filadélfia e a Laodicéia."

Ásia é um continente e as localidades citadas são cidades.

No livro de Atos e em todo o novo testamento a Igreja não tinha nome.


Só damos nomes a coisas plurais (quando existe mais de um) para diferenciação.

Ex.: Moisés no monte Orebe - EU SOU

 O nome discrimina

Todos os discípulos de Jesus fazem parte da mesma Igreja, quer sejam batistas, metodistas, católicos,
das assembléias de Deus, etc.

Católico  universal
Nós somos católicos, apostólicos, cristãos (não romanos). Pois somos parte da igreja universal, edifica-
da sobre o fundamento dos apóstolos, cuja autoridade máxima é Cristo (e não o papa)

De qual igreja você é?


Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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 Da Igreja de Jesus

Se você estivesse em uma denominação e alguém perguntasse o porque deste nome, você teria que ex-
plicar:
" Chama metodista por que.... "

Temos um privilégio por não pertencermos a nenhuma denominação. Quando alguém nos pergunta de
que Igreja somos temos a oportunidade de falar de Jesus, e não do nome.

Estamos tão longe da normalidade que a anormalidade passa a ser normal, e a normalidade passa a ser
anormal.

 Nós não somos a única Igreja em Piracicaba, somos parte dela, junto com todos os outros irmãos in-
dependente da denominação. (O fato de não adotarmos um nome não pode ser uma barreira de se-
paração, mais facilitador para a unidade)

 Só existe uma Igreja em Piracicaba em várias congregações. Deus olha para Piracicaba e vê uma única
Igreja.

"A denominação veio para roubar, matar e destruir"

A Igreja: O Corpo de Cristo

Organismo x Organização

A Igreja não é uma organização, é um organismo. A diferença básica é que um organismo tem vida.

 Um organismo tem organização, mas precisa de vida para funcionar (corpo humano)
 Uma organização não precisa de vida para funcionar (empresa, computador)

O apóstolo Paulo nos mostra a Igreja como sendo o Corpo de Cristo, um organismo cheio de vida,

Rm 12:4-7
"Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim
nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros. De modo que, tendo dife-
rentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é ministério,
seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em exortar; o que repar-
te, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com alegria."

Durante seu ministério na Terra, Jesus tinha um corpo como o nosso, com o qual ele falava as pessoas,
impunha as mãos, curava, pregava, etc. Hoje seu corpo na Terra é a Igreja. Assim, ela deve continuar a
expressar a vida e o poder de Cristo na terra.

1 Co 12:12-27

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"Porque, assim como o corpo é um, e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, for-
mam um só corpo, assim também é Cristo. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só
corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito. Por-
que também o corpo não é um membro, mas muitos. Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo;
nem por isso deixará de ser do corpo. E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; nem por isso
deixará de ser do corpo. Se o corpo todo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o
olfato? Mas agora Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis. E, se todos fossem um só
membro, onde estaria o corpo? Agora, porém, há muitos membros, mas um só corpo. E o olho não pode dizer à
mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de vós. Antes, os
membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os membros do corpo que reputamos serem
menos honrados, a esses revestimos com muito mais honra; e os que em nós não são decorosos têm muito mais
decoro, ao passo que os decorosos não têm necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito
mais honra ao que tinha falta dela, para que não haja divisão no corpo, mas que os membros tenham igual cui-
dado uns dos outros. De maneira que, se um membro padece, todos os membros padecem com ele; e, se um
membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente
seus membros."

A Igreja é o corpo de Cristo. Sozinho ninguém é igreja, mas juntos formamos o Corpo de Cristo. Os
relacionamentos são os ligamentos do corpo, onde cada membro tem a sua função.

 A Igreja é composta por pessoas que receberam Jesus como Senhor de suas vidas.

Quando passamos pela Porta do Reino (At 2:38) somos inseridos no Corpo. Se alguém não tem Jesus
como Senhor de sua vida, mesmo que congregue em algum lugar, não faz parte do corpo de Cristo.

 Um rato num saco de batatas não é uma batata.

Por isso quando evangelizamos não devemos pregar a igreja e sim Jesus. Devemos pregar arrependi-
mento, o reino, e não: "venha ver como é bom na minha igreja".

Se uma pessoa vem para a Igreja por causa dos relacionamentos, da comunhão, da ajuda mútua, do esti-
lo de vida do povo, mais cedo ou mais tarde ela vai se decepcionar, discordar de uma coisa ou outra e
se afastar.

Mas se uma pessoa recebe primeiramente a Cristo como Senhor de sua vida, ela entenderá a igreja e se
submeterá a ela.

 A Igreja é produto do reino de Deus na vida das pessoas.

O Plano de Deus de habitar na Igreja


 A igreja não é uma construção de tijolos, mas uma casa de pedras vivas, ajustadas umas as outra, edi-
ficadas para a morada de Deus.

A figura da Igreja no velho testamento.


O velho testamento aponta sempre para o novo, tudo que é anunciado e mostrado lá se cumpre em
Cristo.
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64 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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 Toda figura do velho testamento aponta para uma realidade no novo testamento.

Figura do Velho Testamento Se cumpre em

Festa da Páscoa Cristo,

- Os cordeiros imolados - O cordeiro pascal.

- O sangue nos umbrais das portas - O sangue de Cristo que nos salva.

Festa do Pentecostes (primícias) Derramamento do Espírito Santo

Sábado Descanso na graça de Deus (Hb4:3-4)

O Tabernáculo (templo) O homem

- Átrio - Corpo

- Santo lugar - Alma

- Santo dos Santos - Espírito

Quando Deus ordenou a construção do tabernáculo Ele disse “para que eu habite no meio deles” Ex
25:8-9. Ele pretendia habitar no meio do povo. Como o tabernáculo era uma figura do homem, indica-
va que seu desejo era habitar em cada um de nós.
O homem, por causa de sua carnalidade, tende sempre a ficar com a figura. Do tabernáculo fez-se o
templo e criou-se a idéia de que Deus habita no templo.

Ainda hoje, um dos principais problemas é que as pessoas pensam que Deus só habita no templo. Você
pode falar que Deus esta em todo lugar e dirão que é verdade, mas sempre associam a presença de
Deus ao templo.

Ex.:
Se um ladrão rouba e passa em frente a matriz, ele faz o sinal da cruz.
É aqui a igreja? Não aqui é onde a igreja se reúne.

 Igreja não é templo, é povo. Deus não habita só no templo.

Tomando a figura do templo judaico encontramos a mesma estrutura nas catedrais católicas e nos tem-
plos evangélicos.

Templo Prédios católicos e evangélicos

Átrio Onde ficam os fiéis, o povo, os bancos

Santo Lugar O altar, onde ficam os coroinhas, lei-


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65 Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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gos, o genoflexório.

Santo dos Santos Onde fica a hóstia, o cálice, só o sumo


sacerdote (padre) podem entra lá.

Mas se olharmos para a Palavra de Deus, veremos que Deus nunca planejou habitar num templo, ou
numa construção de tijolos.

Deus progredindo com seu plano

Gn 28:17-19
A Pedra

 "Esta é a Casa de Deus"


 Mas ele estava ao ar livre.
 Jacó chamou a pedra de Casa de Deus (Betel)
Ex 25:8-9
 Povo tinha sido tirado do Egito...
O Tabernáculo

 Deus diz para Moisés fazer o tabernáculo.


 Santuário - "Eu habitarei no meio deles"
 Deus habitando com o povo.
II Sm 7:5;11-16
 "Quem é você para fazer casa para mim"
 "O Senhor te fará casa"
 O teu descendente - Edificará casa ao meu nome (Jesus)
O Templo

 Mt 1:1 - Os dois únicos a quem Deus prometeu descendência.


I Re 8:27
 Reconheceram que o templo era incapaz de conter a glória de Deus
II Cr 2:6
 Salomão (um dos descendentes de Davi) dizendo.
Is 66:1
 Que casa me edificareis vós
Deus não habita
em templos

At 7:48-49
 Estevão compreendeu o que Deus disse no velho testamento e que
se tornara realidade através da Igreja
At 17:24
 Deus não habita em templos
Mt 1:23
 Em todo o caminho do V.T. o que é que Deus queria?
  habitar conosco
Jo 1:14
Deus Habitando na Igreja, um edi-

 Habitou (tabernaculou) entre nos.


 A figura do tabernáculo se cumprindo
Jo 14:16-20;23
fício de pedras vivas.

 Habita convosco e está em vós


 Faremos nele morada
I Co 3:16
 Vós sois templo do Espírito Santo
 Deus habita em vós
Ef 2:20-22
 Edificados sobre o fundamento dos apóstolos
 Sobre a pedra que é Cristo
 Edifício bem ajustado  diferente de monte de tijolos
I Pe 2;5
 Pedras Vivas edificadas como Casa Espiritual.
Hb 3:4-6
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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 Somos Casa Espiritual em Cristo (fora dele não)


 O Velho é figura do Novo

 A Igreja é a morada coletiva de Deus

A Igreja nas casas


Antes de Jesus as pessoas iam uma vez por ano até Jerusalém para oferecer sacrifícios pelos seus peca-
dos e para adorar a Deus. Havia o templo dividido em 3 partes: Átrio, Santo Lugar e Santo dos Santos,
que representava a presença de Deus. havia um véu que separava o Santo dos Santos do Santo Lugar e
só o sumo-sacerdote podia entra lá para oferecer sacrifício pelo povo.

Quando Jesus morreu o véu do templo se rasgou de alto a baixo, mostrando que agora, com o fim dos
rituais e tradições judaicas, todos nós podemos ter acesso a presença de Deus a toda ora e em todo
lugar.

Jo 4:21-24
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; por-
que o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram o adorem
em espírito e em verdade.”

Igreja  Templo Igreja = pessoas

Não existe lugar específico para se adorar a Deus. Nós o adoramos em espírito e em verdade. Jo
4:24

A Igreja na Bíblia
At 2:44-47
“Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os re-
partiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e
partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça
de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos.”

 Comunhão e unidade
 No templo
 Nas casas

A Igreja estava presente tanto no dia-a-dia da cidade, testemunhando onde o povo estava, quanto nas
casas, orando e se edificando.

Rm 16:3-5;14-15

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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“Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas
cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios. Saudai também a igreja
que está na casa deles. Saudai a Epêneto, meu amado, que é as primícias da Ásia para Cristo.”

“Saudai a Asíncrito, a Flegonte, a Hermes, a Pátrobas, a Hermes, e aos irmãos que estão com eles. Saudai
a Filólogo e a Júlia, a Nereu e a sua irmã, e a Olimpas, e a todos os santos que com eles estão.”

 Igreja em sua casa


 Santos reunidos
 Intimidade

A igreja se reunia nas casas dos irmãos, em pequenos grupos onde havia edificação, companheirismo e
intimidade entre eles.

I Co 16:15-19
“Agora vos rogo, irmãos - pois sabeis que a família de Estéfanas é as primícias da Acaía, e que se tem dedicado
ao ministério dos santos - que também vos sujeiteis aos tais, e a todo aquele que auxilia na obra e trabalha. Re-
gozijo-me com a vinda de Estéfanas, de Fortunato e de Acaico; porque estes supriram o que da vossa parte me
faltava. Porque recrearam o meu espírito assim como o vosso. Reconhecei, pois, aos tais. As igrejas da Ásia
vos saúdam. Saúdam-vos afetuosamente no Senhor Aqüila e Prisca, com a igreja que está em sua casa.”.

 As igrejas da Ásia
 Igreja que está em sua casa

Na Bíblia, a palavra Igrejas (no plural) sempre indica localidades geográficas diferentes. A Igreja em uma
cidade sempre é uma só (Igreja em Corinto, em Éfeso, em Laodicéia, etc.). Mas quando se trata de vá-
rias localidades a palavra aparece no plural. (Igrejas da Ásia, continente com muitas cidades).

 Igreja no singular indica a Igreja em uma localidade (cidade)


 Igrejas no plural indica sempre localidades Geográficas diferentes, nunca doutrinas diferentes.

Cl 4:15
“Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a Ninfas e a igreja que está em sua casa.”
 Laodicéia - localidade
 Em sua casa

Igreja universal: em toda a terra (Ef 5:23 Cristo cabeça da Igreja)


Igreja loca: em uma localidade ( bairro ou quarteirão), cidade.

O Espírito Santo conduziu a Igreja para as casas.


Quando houve a perseguição ela espalhou-se por toda a Ásia, Grécia, Acaia, etc. pois para onde quer
que os cristão fossem, pregavam o evangelho ganhavam pessoas para Cristo e a Igreja crescia. Se eles
estivessem apegados a um lugar, um templo, talvez a história da igreja terminasse aí.

A Igreja não tinha templo


Não há indícios da construção de templos no Novo Testamento.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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 Só 300 anos depois de Cristo.


 Constantino se declarou Cristão.
 Paganização da Igreja

A igreja é a casa de Deus, o templo somos nós


Hb 3:6
“Mas Cristo o é como Filho sobre a casa de Deus; a qual casa somos nós, se tão-somente conservarmos firmes
até o fim a nossa confiança e a glória da esperança.”

Ef 2:22
“…no qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito.”
I Tm 3:15
“Para que, no caso de eu tardar, saibas como se deve proceder na casa de Deus, a qual é a igreja do Deus vivo,
coluna e esteio da verdade.”

A Igreja não possuía templo. O templo que aparece em alguns texto no novo testamento refere-se ao
templo dos judeus, quando a igreja estava em Jerusalém.
 Os judeus perseguiam a Igreja
 Os cristão não podiam entrar no templo.
 O templo era usado para sacrifícios segundo a lei judaica.
 A Igreja se reunia do lado de fora do templo, em lugares públicos. (pórtico de Salomão)
 Ali haviam comerciantes, cambistas (Jo 2:14-16 - Jesus ainda não tinha morrido).
 Quando a Igreja sai de Jerusalém e vai ao mundo, não se houve mais falar de templos.

A Igreja não é um edifício


Existe um costume errado de se chamar de igreja o local onde a Igreja se reúne. O prédio ou salão on-
de a igreja se reúne não é igreja, é construção. Ele não tem nada de santo ou sagrado e não abriga a
presença de Deus.

A Igreja é o corpo de Cristo e nós somos membros uns dos outros.

Ef 1:22-23
“…e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as coisas o deu à igreja, que
é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.”

Rm 12:5
“…assim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente uns dos outros.”

 A Igreja é um conjunto de pessoas salvas e redimidas por Jesus, com compromisso umas com as ou-
tras e com Deus e que estão envolvidas na sua cidade para testemunhar de Cristo e proclamar a sua
Palavra.
Não está restrito a lugar
Não é uma organização, é um organismo. (corpo)

Diferenças entre os templos religiosos e a Igreja nas casas.

Templos religiosos Casas dos irmãos


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Frios Calor humano


Impessoais Receptivas
Aspecto religioso Demonstram vida
Custam caro Já estão prontas
Separação entre vida natural e vida Introduz a obra de Deus no contexto
cristã da vida natural do discípulo
Massificam a obra Grupos pequenos que produzem co-
munhão verdadeira
Fruto da religiosidade do homem Indicação do Espírito Santo para a Igre-
ja

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BATISMO NAS ÁGUAS

Introdução
A “parábola” do imigrante persistente.

Quem nasce no Brasil é: brasileiro.


Quem nasce no Japão é: japonês.
Quem nasce nos EUA é: americano.

O país em que nós nascemos determina a nossa nacionalidade. O que é preciso para que uma pessoa
nascida no Brasil se torne um americano?

Imagine que um brasileiro se dirija ao departamento de imigração dos EUA. Imagine o diálogo:

- Eu quero me tornar um cidadão americano.


- Onde foi que o senhor nasceu?
- Em Piracicaba, no Brasil.
- Então é impossível, pois para ser americano é necessário nascer nos EUA.
- Mas eu quero tanto ser americano...
- Onde é que o senhor nasceu?
- No Brasil.
- Então, eu já disse, o único modo de ser americano é ter nascido no EUA.
- Ah! Mas eu quero tanto ser americano! O que eu preciso fazer?
- Bom só tem um jeito: Se você morrer e nascer de novo nos EUA. É o único jeito. Pois nós não acei-
tamos visitantes e nem concedemos vistos. A pessoa tem que nascer aqui.

No reino de Deus é exatamente assim! Toda pessoa quando nasce, nasce em que reino? Reino das tre-
vas. O que é preciso fazer para passar do reino das trevas para o reino da luz? Morrer e nascer de no-
vo.

 JESUS é quem faz esta obra!

Através da sua morte e ressurreição, Ele dá a todos os que crêem no seu nome o poder de morrer
com Ele para o pecado, para o mundo e para o domínio de Satanás e ressuscitar junto com Ele para
um a nova vida diante de Deus.

 O batismo nas águas é a expressão desta realidade espiritual! (regeneração em Cristo)

Nos unimos com Cristo e nos tornamos participantes de sua morte, ressurreição, vitória, exaltação, na-
tureza.

O que é o Batismo
 O batismo é um ato pelo qual mediante a fé nos unimos a Cristo para sepultar em sua morte a
nossa velha natureza e começar uma nova vida pelo poder de sua ressurreição.
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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 É um sinal visível de uma realidade espiritual!


Quando uma pessoa desce às águas do batismo, simbolicamente ela está se unindo a Cristo. Nós não
temos dimensão do que acontece quando uma pessoa se batiza. Mas todos que foram batizados sabem
que algo aconteceu. Passamos a perceber a realidade de Deus em nossas vidas.

 A firmeza e edificação de um discípulo dependem diretamente da revelação que ele tem de sua uni-
ão com Cristo.

A água
A palavra batismo tem origem na palavra grega BAPTO(.

Bapto  Mergulhar, submergir

Mesmo em português é fácil notar isso:

Mc 1:5 - Mergulhados no rio - “E saíam a ter com ele toda a terra da Judéia, e todos os moradores de Je-
rusalém; e eram por ele batizados no rio Jordão, confessando os seus pecados.”

Jo 3:23 - Porque havia muitas águas - “Ora, João também estava batizando em Enom, perto de Salim,
porque havia ali muitas águas; e o povo ia e se batizava”.

At 8:36 - Haviam águas - “E indo eles caminhando, chegaram a um lugar onde havia água, e disse o eunu-
co: Eis aqui água; que impede que eu seja batizado?”

A água tem um duplo simbolismo:

 Destruição: morte (ex: o dilúvio)


 Salvação: vida (ex: a Água da Vida)

Não se mergulha alguém num copo d’água, muito menos em algumas gotas d’água. Por isso utilizamos o
batismo por imersão, pois é a forma mais próxima da realidade. No entanto, a forma do batismo não é
tão importante quanto o próprio batismo em si. Em alguns casos, por impossibilidade (pessoas mais ve-
lhas por exemplo) o batismo é feito despejando-se água no batizando. Este é chamado batismo por der-
ramamento ou efusão. Da mesma forma, em certos lugares muito frios, como a Sibéria, por exemplo, é
impossível o batismo por imersão, pois a água congelaria quase que imediatamente, e a pessoa mergu-
lhada poderia sofrer hipotermia ou outros peoblemas associados às baixíssimas temperaturas. Em tais
casos, o batismo por aspersão seria o mais indicado. O importante é que os batizandos percebam a rea-
lidade do ato e tenham consciência dele.

O que Jesus disse sobre o batismo


Mt 28:18-20
“E, aproximando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: Foi-me dada toda a autoridade no céu e na terra. Portanto ide,
fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os
a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consu-
mação dos séculos.”

Mc 16:16
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

Depois de sua morte e ressurreição, antes de ser recebido nos céus, Jesus deu uma ordem a seus discí-
pulos:
 Ide, fazei discípulos.
 Batizando-os
 Ensinando-os

Esta ordem está dividida em três partes: Fazer discípulos, batizá-los e ensiná-los. Vemos que Jesus colo-
cou o batismo no início da vida cristã: Primeiro batizar depois ensinar.

 O batismo está diretamente ligado com a SALVAÇÃO.

Porém, o batismo em si sozinho não salva ninguém. Batizar uma pessoa sem que haja fé em seu coração
não ira salvá-la.

O que antecede o batismo


Vimos a urgência do batismo na vida de uma pessoa. Mas será que qualquer pessoa pode ser batizada?
O que uma pessoa precisa para se batizar?

 Existem dois pré requisitos para o batismo: FÉ e ARREPENDIMENTO.

Alguém pode dizer: mas nem todos os textos que lemos falam sobre arrependimento.

Mas falam da palavra que era pregada e o que era anunciado.  O Reino de Deus.
(Teor da palavra)

 As pessoas criam convictas de seu pecado e da necessidade de arrependimento.

 Quando pregamos o reino de Deus pregamos arrependimento.

Vamos ler dois textos

Mc 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

At 2:38
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”

“ Quem crer e for batizado será salvo”

Crer em que?
 Crê que Jesus Cristo é o Filho de Deus?
 Crê que Ele foi perfeito e santo?
 Crê que Ele morreu pelos seus pecados?
 Crê que Deus o ressuscitou dentre os mortos?
Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”
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 Confessa e reconhece Jesus como seu Senhor?

ARREPENDIMENTO

O que é arrependimento?
 Mudança de atitude.

 Você mudou de atitude?


 Está disposto a sujeitar-se e a obedecer a Cristo em tudo?
 Renuncia a Satanás, ao pecado e aceita o reino de Deus em sua vida?
 Coloca Deus acima de seu pai, mãe, esposa, filhos, filhas, irmãos e acima de sua própria vida?
 Reconhece a Cristo como dono de tudo que você possui?
 Está disposto a seguir a Jesus e ser um verdadeiro discípulo até o fim.

 Discípulo: Aquele que crê em tudo que Cristo diz e faz tudo que Cristo manda.

Cálculo do preço
Lc 14:25-33
“Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes: Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e
mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem
não toma a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo. Pois qual de vós, querendo edificar uma tor-
re, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que,
depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, di-
zendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar. Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra
outro rei, não se senta primeiro para calcular se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com
vinte mil? No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de
paz. Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.”

 Para quem Jesus fala isso?


 Para a multidão que o seguia.

 O que é cruz?
 Quando eu tenho que optar em fazer a minha vontade e a vontade de Deus, e eu escolho fazer a
vontade de Deus.

 Por duas vezes Jesus usa a palavra “calcular” (v28 e v31 - em outras traduções fazer as contas) falan-
do sobre a edificação e depois sobre um combate.

 Devemos ter convicção de nossa opção em seguir Jesus.

 Existe um preço a ser pago e o preço é TUDO.

Qual o significado espiritual do batismo


O Batismo é nossa união com Cristo.

 É um sinal visível de uma realidade que acontece no mundo espiritual.

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O Kerigma (proclamação) do Novo testamento é estarmos em Cristo. Esta expressão aparece inúme-
ras vezes no Novo Testamento com relação a nossa vitoria, perdão, justificação, poder, salvação, unida-
de.

Todas as promessas do Novo Testamento nos são dadas em Cristo.

Como é que nós somos colocados em Cristo?  Através do batismo.

Veremos agora as realidades espirituais que estão associadas ao batismo:

1) Participação na morte e ressurreição de Cristo.

Rm 6:2-11
“Nós, que já morremos para o pecado, como viveremos ainda nele? Ou, porventura, ignorais que todos quantos
fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele pelo batismo
na morte, para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim andemos nós tam-
bém em novidade de vida. Porque, se temos sido unidos a ele na semelhança da sua morte, certamente tam-
bém o seremos na semelhança da sua ressurreição; sabendo isto, que o nosso homem velho foi crucificado com
ele, para que o corpo do pecado fosse desfeito, a fim de não servirmos mais ao pecado. Pois quem está morto
está justificado do pecado. Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos, sabendo
que, tendo Cristo ressurgido dentre os mortos, já não morre mais; a morte não mais tem domínio sobre ele. Pois
quanto a ter morrido, de uma vez por todas morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Assim
também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus.”

 Fomos batizados na sua morte


 Também o seremos na semelhança da sua ressurreição.
 Andemos em novidade de vida
 O nosso velho homem (com tudo que faz parte dele) foi crucificado com Cristo.

 A morte de Jesus é a nossa morte


 Estamos mortos para o pecado Rm 6:11, Cl2:12;3:3
 Estamos mortos para o mundo Gl 6:14
 Estamos mortos para a lei Rm 7:4, Gl 2:7

 A sua ressurreição é a nossa nova vida para servir-mos a Deus.


 Em Cristo somos novas criaturas II Co 5:17
 Fomos ressuscitados com Ele Ef 2:5-6
 Ressurgimos pela fé Cl 2:12
2) Sua exaltação é nossa vitoria sobre todas as potestades

Ef 1:20-23
“Que operou em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar-se à sua direita nos céus, muito
acima de todo principado, e autoridade, e poder, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste sécu-
lo, mas também no vindouro; e sujeitou todas as coisas debaixo dos seus pés, e para ser cabeça sobre todas as
coisas o deu à igreja, que é o seu corpo, o complemento daquele que cumpre tudo em todas as coisas.”

 Acima de todo nome que se nomeia.


 Acima de todo principado
 Unidos a Cristo temos vitoria sobre Satanás e os demônios e sobre toda amarra diabólica.

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3) Temos o perdão dos pecados

At 2:38
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo.”

 Para que?  Perdão dos pecados.


 Nossos pecados são perdoados por Deus no batismo.

4) Somos lavados e purificados

At 22:16
“Agora por que te demoras? Levanta-te, batiza-te e lava os teus pecados, invocando o seu nome.”

 Ananias disse a Paulo: “ Batiza-te e lava os teus pecados”


 Somos limpos, lavados por dentro, recebemos vestes brancas.

5) Somos salvos

Mc 16:16
“Quem crer e for batizado será salvo; mas quem não crer será condenado.”

 As duas coisas devem acontecer  “ e ”

I Pe 3:21
“Que também agora, por uma verdadeira figura-o batismo, vos salva, o qual não é o despojamento da imundícia
da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com Deus, pela ressurreição de Jesus Cristo.”

 Vos salva

6) Somos introduzidos no corpo de Cristo, que é a Igreja.

 Cristo tem um corpo, um organismo vivo na terra. Quando nos unimos a Cristo pelo batismo somos
unidos, inseridos no seu corpo, que é a Igreja.
I Co 12:13
“Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos
quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito.”

 Quando éramos do mundo, éramos independentes de Deus e dos homens


 Agora somos dependentes não só de Deus mas também dos irmão que estão conosco.
 Nos submetemos uns aos outros.
 Da mesma forma que um dedo não se move apenas com uma ordem do cérebro, mas depende tam-
bém da mão, braço, ombro, pescoço. Assim também nós estamos ligados uns aos outros de forma
que Cristo, o Cabeça da Igreja comande todo o seu corpo.

Conclusão
Deus tem uma grande obra para fazer em nós, mas Ele não faz nada em nós separados de Cristo Jesus.
 Deus não nos trata isoladamente.
 Toda obra que Ele tem para fazer em nós é em Cristo.
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 Deus crucificou nosso velho homem em Cristo.


 Deus nos dá nova vida juntamente com Cristo.
 Estamos assentados nos lugares celestiais (acima de Satanás) em Cristo.

 Toda esta tremenda vitória é possível porque fomos batizados em Cristo.

Algumas considerações finais


 A Fé e o Arrependimento são condições indispensáveis para o batismo. Por isso não devemos batizar
crianças.
 Se você conhece um irmão de outra congregação que crê ou pratica de forma diferente, deve respei-
tá-lo e recebê-lo como irmão.
 Ele faz assim porque crê assim.
 Age conforme sua consciência.
 É uma questão de fé e não de pecado.
 Quanto a nós, vamos cumprir o que está escrito na palavra de Deus.
 Ninguém pode se batizar de novo.
Se alguém crê que seu batismo não foi válido (não havia fé ou arrependimento ou era criança) não foi
batizado, foi molhado e deve se batizar.
 Se alguém disser: “Mas eu conheço pessoas que não se batizaram e vivem em santidade.” ou então “Lu-
tero era um homem de Deus e cria no batismo infantil”. Nossa resposta deve ser que não podemos nos
dirigir pela experiência dos homens, mas pela INFALÍVEL e ETERNA PALAVRA DE DEUS.

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BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

Introdução
Este é um assunto importantíssimo para a nossa vida com Deus. Satanás tem procurado de todas as
maneiras trazer confusão sobre este assunto, mas cada vez mais o Espírito Santo tem sido experimen-
tado pelos filhos de Deus. Para desfrutarmos plenamente da nova vida que Deus nos dá, precisamos ter
a convicção de que O Espírito de Deus habita em nós e também entender as conseqüências dessa habi-
tação.

O Batismo no Espírito Santo é uma experiência simples, é para todos os filhos de Deus e deve ser en-
carado de forma prática. Não adianta saber tudo sobre o Espírito Santo e não ter uma experiência com
Ele.

Existem teólogos, doutores em Espírito Santo que nunca foram batizados no Espírito Santo. Sabem tu-
do sobre o assunto, mas não tem uma experiência prática.

Ex.: Copo d’água

 Devemos buscar a experiência. Provar.


 Espírito Santo é necessário para a vida cristã.
 É uma coisa simples que não está ligada a entendimento do assunto nem a mérito.

(Ex.: Paulo e os efésios - Eles nem sabiam que existia o Espírito Santo, mas quando Paulo impôs as
mãos sobre eles começaram profetizar e a falar em línguas.)

O Batismo no Espírito Santo não é o nosso diploma de formatura da “faculdade espiritual". É o cer-
tificado de matrícula no mobral da fé.

O Espírito Santo

Antes de falarmos sobre o batismo no Espírito Santo, vamos entender melhor o Espírito Santo.

O nosso Deus, o Deus em quem nós cremos, é um Deus Triuno, ou seja, um único Deus em três pes-
soas inseparáveis.

 O Altíssimo.
 Aquele que nos fez
 O Grande Eu sou.
 O Onisciente
 O Onipotente
 O Onipresente

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II Co 13:13
“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós.”

Jd 20-21
“Mas vós, amados, edificando-vos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo, conservai-vos no amor
de Deus, esperando a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna.”

I Pe 1:2
“Eleitos segundo a presciência de Deus Pai, na santificação do Espírito, para a obediência e aspersão do sangue
de Jesus Cristo: Graça e paz vos sejam multiplicadas.”

 Um único Deus em três pessoas (ex:. mistura de tintas)

 Deus Pai: O Criador dos céus e da terra, o que se assenta no trono, o El Shadai, o Deus invisível.

 Deus Filho: Jesus, o Cristo, a imagem do Deus invisível, o que era, que é e que há de vir, a pleni-
tude de todas as coisa, o Verbo da Vida, o Príncipe de Paz, o Leão de Judá, o Cabeça da Igreja.
Deus tomando forma de homem para salvar o mundo.

 Deus Espírito Santo: O Espírito de Deus, o Consolador, o Espírito da Verdade.

A três pessoas da trindade se fundem, são indivisíveis, inseparáveis, são uma unidade.

Existe muita confusão por ai quando se fala no Espírito Santo. Não somente hoje mas desde muito
tempo a Igreja tem negligenciado, deixado de lado o Espírito de Deus e alguns nem dão a Ele sua devida
importância na trindade. Preferem caminhar pelas suas próprias forças, à sua própria maneira, depen-
dendo mais de seus estatutos do que do Espírito de Deus.

“Se o Espírito Santo fosse tirado da terra hoje, a maior parte das congregações e denominações continuaria su-
as atividades sem perceber a diferença.”

Isso porque não O conhecem, não dependem Dele, não dão espaço para Ele. Por isso a igreja tem an-
dado por tantos caminhos errados e caído em tantas contradições.

Outros fazem uma tremenda confusão: Dizem que Ele é uma energia cósmica, uma substância nebulosa,
uma nuvem que paira sobre a cabeça dos cristãos e muitos outro enganos.

 Para não errarmos e compreendermos a verdade, temos que examinar tudo à luz da PALAVRA DE
DEUS.

Símbolos do Espírito Santo


Muitas vezes o Espírito Santo aparece na bíblia representado por um símbolo, Por exemplo:

 Fogo Lc 3:16
 Vento At 2:2
 Água, rio, chuva Jo 7:37-39
 Óleo Zc 4:2-6 (Unção)
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 Selo Ef 1:13
 Pomba Mt 3:16

O Espírito Santo não é nenhum desses símbolos (um vento, uma pomba, fogo, etc.). Ele apenas aparece
representado por eles nestas passagens.

O Espirito Santo é Deus


Ele é tão Deus quanto Pai e quanto o Filho.

 Ele é Eterno.
Hb 9:14
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará
das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?”

 Ele é Onipresente.
Sl 139:7-10
“Para onde me irei do teu Espírito, ou para onde fugirei da tua presença? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer
no Seol a minha cama, eis que tu ali estás também. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do
mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.”

 Ele é Onisciente.
I Co 2:10
“Porque Deus no-las revelou pelo seu Espírito; pois o Espírito esquadrinha todas as coisas, mesmos as profunde-
zas de Deus.”

 Ele é Onipotente.
Lc 1:35
“Respondeu-lhe o anjo: Virá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te cobrirá com a sua sombra; por
isso o que há de nascer será chamado santo, Filho de Deus.”

O Espírito Santo é uma pessoa


Jesus quando fala sobre o Espírito Santo o apresenta como uma pessoa:

Jo 14:15 - “Eu rogarei ao Pai e Ele vos dará outro Consolador a fim de que esteja convosco para sempre”

A palavra usada para consolador aqui vem do grego PARAKLETOS:

PARAKLETOS  alguém que fica ao lado, junto, outro semelhante a mim.

Esta palavra traz o sentido de aconselhador, exortador, intercessor, estimulador, consolador, fortalece-
dor.

O Espírito Santo tem todas as características de uma personalidade; de uma pessoa:

 Ele ama Rm 15:30


 Fala Ap 2:7
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 Pensa
 Vê
 Ouve
 Ensina I Co 2:13
 Ordena At 16:6-7
 Nos ajuda
 Se entristece Ef 4:30
 Tem Compaixão
 Tem vontade própria I Co 12:11
 Intercede por nós Rm8:26-27
 Temos comunhão com Ele IICo 13:13

Sem Espírito Santo não haveria Igreja, nem Novo Testamento:

 É ele quem dá poder à Igreja para testemunhar e para falar de Jesus.


 É Ele quem converte as pessoas.
 Ele era o poder que operava em Jesus fazendo todos os milagres.
 Ele também era o poder que operava nos apóstolos e é o mesmo poder que opera em nós hoje.

O Espírito Santo no Velho Testamento


O Espírito Santo está presente na obra de Deus desde sempre até hoje. Só no Velho Testamento apa-
rece em mais ou menos 88 citações, como por exemplo:

 Na criação
Gn 1:2;26
“A terra era sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo, mas o Espírito de Deus pairava sobre a
face das águas.”
“E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; domine ele sobre os peixes
do mar, sobre as aves do céu, sobre os animais domésticos, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se ar-
rasta sobre a terra.”

A forma do Espírito Santo Agir no Velho Testamento era diferente da de hoje. Ele atuava sobre pessoas
capacitando-as para uma tarefa específica e depois se retirava. Por exemplo:

 Na vida de Sansão
Jz 14:6-19; 15:14
“Então o Espírito do Senhor se apossou dele, de modo que ele, sem ter coisa alguma na mão, despedaçou o
leão como se fosse um cabrito. E não disse nem a seu pai nem a sua mãe o que tinha feito.”

Sansão não possuía o Espírito habitando nele. Era uma capacitação momentânea para um de terminado
fim.

 Não morava em Sansão, visitava de vez em quando.

 Em Moisés
Nm 11:16;24-30
“Disse então o Senhor a Moisés: Ajunta-me setenta homens dos anciãos de Israel, que sabes serem os anciãos
do povo e seus oficiais; e os trarás perante a tenda da revelação, para que estejam ali contigo.”
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“Saiu, pois, Moisés, e relatou ao povo as palavras do Senhor; e ajuntou setenta homens dentre os anciãos do
povo e os colocou ao redor da tenda. Então o Senhor desceu: na nuvem, e lhe falou; e, tirando do espírito que
estava sobre ele, pô-lo sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o espírito repousou sobre eles
profetizaram, mas depois nunca mais o fizeram. Mas no arraial ficaram dois homens; chamava-se um Eldade, e
o outro Medade; e repousou sobre eles o espírito, porquanto estavam entre os inscritos, ainda que não saíram
para irem à tenda; e profetizavam no arraial. Correu, pois, um moço, etenho dado os levitas a Arão e a Eldade
e Medade profetizaram no arraial. Então Josué, filho de Num, servidor de Moisés, um dos seus mancebos esco-
lhidos, respondeu e disse: Meu Senhor Moisés, proíbe-lho. Moisés, porém, lhe disse: Tens tu ciúmes por mim?
Oxalá que do povo do Senhor todos fossem profetas, que o Senhor pusesse o seu espírito sobre eles! Depois
Moisés se recolheu ao arraial, ele e os anciãos de Israel.

Neste texto Moisés expressa um grande desejo do coração de Deus: enviar seu Espírito sobre todo seu
povo.

Quando ordena acerca do tabernáculo, a arca, etc. Ele capacita simples artesãos com o seu Espírito
para fazerem a obra, transformando homens normais do meio do povo em artistas.

 Em Josué
Dt 34:9
“Ora, Josué, filho de Num, foi cheio do espírito de sabedoria, porquanto Moisés lhe tinha imposto as mãos; as-
sim os filhos de Israel lhe obedeceram, e fizeram como o Senhor ordenara a Moisés.”

 Em Gideão
Jz 6:34
“Mas o Espírito do Senhor apoderou-se de Gideão; e tocando ele a trombeta, os abiezritas se ajuntaram após
ele.”

 Em Davi
I Sm 16:13
“Então Samuel tomou o vaso de azeite, e o ungiu no meio de seus irmãos; e daquele dia em diante o Espírito
do Senhor se apoderou de Davi. Depois Samuel se levantou, e foi para Ramá.”

 Em Ezequiel (e os outros profetas Elias, Eliseu, etc)


Ez 37:1-5
“Veio sobre mim a mão do Senhor; e ele me levou no Espírito do Senhor, e me pôs no meio do vale que estava
cheio de ossos; e me fez andar ao redor deles. E eis que eram muito numerosos sobre a face do vale; e eis que
estavam sequíssimos. Ele me perguntou: Filho do homem, poderão viver estes ossos? Respondi: Senhor Deus, tu
o sabes. Então me disse: Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhes: Ossos secos, ouvi a palavra do Senhor. Assim
diz o Senhor Deus a estes ossos: Eis que vou fazer entrar em vós o fôlego da vida, e vivereis.”

Ez 36:26-27
"Também vos darei um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei da vossa carne o coração
de pedra, e vos darei um coração de carne. Ainda porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos
meus estatutos, e guardeis as minhas ordenanças, e as observeis."

 Em Joel
Jl 2:28-29

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"Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas
naqueles dias derramarei o meu Espírito."

Joel viu a transição de um período para outro:

No V. T. eram manifestações fortes, repentinas e sobrenaturais, capacitando uma pessoa para uma de-
terminada tarefa e depois o Espírito se retirava.

Mas Senhor diz que derramará do seu Espírito sobre toda carne, sobre todo seu povo, dando a eles um
novo coração e finalmente vindo habitar dentro de cada um.

Logo no início do Novo Testamento o Espírito vemos o Espírito Santo operando.

Ex João Batista
"porque ele será grande diante do Senhor; não beberá vinho, nem bebida forte; e será cheio do Espírito Santo já
desde o ventre de sua mãe" Lc 1:15

Ex.: Maria.
O Espírito Santo veio sobre ela e a fez conceber Jesus.

 Hoje em dia muitos se debatem quanto esta questão porque não crêem no poder do Espírito Santo.

A obra de Jesus e a promessa do Espírito Santo


Jesus era um homem com um corpo de carne e osso, como o nosso. Ele sentia fome, sede, frio, se can-
sava, chorava, se alegrava, sentia dor, etc.

Jesus era Deus e é Deus, mas enquanto esteve em carne, ele não operava nem agia segundo a sua divin-
dade, tinha se esvaziado Fp2:6-8. O Verbo se fez carne, se fez homem, e como homem dependia do Es-
pírito Santo para pregar, curar, orar, etc. Tudo que Ele fez e ensinou foi pelo poder do Espírito Santo.

At 10:38
"...concernente a Jesus de Nazaré, como Deus o ungiu com o Espírito Santo e com poder; o qual andou por toda
parte, fazendo o bem e [curando a todos ]os oprimidos do Diabo, porque Deus era com ele."

Quando Jesus começa o seu ministério?


 Após seu batismo no rio Jordão, quando o Espírito Santo vem sobre Ele.

Lc 3:21-23
“Quando todo o povo fora batizado, tendo sido Jesus também batizado, e estando ele a orar, o céu se abriu; e o
Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz: Tu és o meu
Filho amado; em ti me comprazo. Ora, Jesus, ao começar o seu ministério, tinha cerca de trinta anos; sendo
(como se cuidava) filho de José, filho de Eli”

Depois disso Ele começa a ensinar, curar e operar milagres.

Jesus formou discípulos. Pessoas que viram e ouviram tudo que ele fez e ensinou. Pessoas que renuncia-
ram a tudo por Ele. Eles seriam os responsáveis por dar continuidade ao trabalho de Jesus.
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Jesus dizia a eles:

 “Se o grão de trigo caindo na terra não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto”

 “Convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.”

Jo 14:15-20
“Se me amardes, guardareis os meus mandamentos. E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para
que fique convosco para sempre. a saber, o Espírito da verdade, o qual o mundo não pode receber; porque não
o vê nem o conhece; mas vós o conheceis, porque ele habita convosco, e estará em vós. Não vos deixarei órfãos;
voltarei a vós. Ainda um pouco, e o mundo não me verá mais; mas vós me vereis, porque eu vivo, e vós vivereis.
Naquele dia conhecereis que estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em vós.”

Ele prometeu o Espírito Santo a todos que cressem em seu nome.

Jo 7:38-39
 “Quem crê em mim, como diz a Escritura, do seu interior correrão rios de água viva. Ora, isto ele disse a
respeito do Espírito que haviam de receber os que nele cressem; pois o Espírito ainda não fora dado, porque Je-
sus ainda não tinha sido glorificado.”

Jesus então se entregou por nós, tomou sobre si os nossos pecados e morreu na cruz por nós. Mas ao
terceiro dia ELE RESSURGE dentre os mortos, RESSUCITA!! Reaparece aos discípulos e por 40 dias
permanece com eles falando com respeito ao reino de Deus, e diz:

“Aguardai até que do alto sejais revestidos de poder”

Lc 24:44-49
“Depois lhe disse: São estas as palavras que vos falei, estando ainda convosco, que importava que se cumprisse
tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos. Então lhes abriu o entendimento
para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito que o Cristo padecesse, e ao terceiro dia res-
surgisse dentre os mortos; e que em seu nome se pregasse o arrependimento para remissão dos pecados, a to-
das as nações, começando por Jerusalém. Vós sois testemunhas destas coisas. E eis que sobre vós envio a
promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder.”

At 1:3-8
“Aos quais também, depois de haver padecido, se apresentou vivo, com muitas provas infalíveis, aparecendo-
lhes por espaço de quarenta dias, e lhes falando das coisas concernentes ao reino de Deus. Estando com eles,
ordenou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual (disse ele)
de mim ouvistes. Porque, na verdade, João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo,
dentro de poucos dias. Aqueles, pois, que se haviam reunido perguntavam-lhe, dizendo: Senhor, é nesse
tempo que restauras o reino a Israel? Respondeu-lhes: A vós não vos compete saber os tempos ou as épocas,
que o Pai reservou à sua própria autoridade. Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito San-
to, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.”

O livro de Atos é chamado Atos dos Apóstolos, mas também é conhecido como Atos do Espírito Santo,
porque tudo que fizeram foi através do Espírito que receberam da parte de Jesus.

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A vinda do Espírito Santo


Os Discípulos então permaneceram e, Jerusalém juntos, orando, unânimes. Eram cerca de 120 pessoas.

No dia da festa do Pentecostes, enquanto estavam reunidos, algo aconteceu:


(O capítulo 2 do livro de Atos conta a vinda do Espírito Santo)

At 2:1-6
“Ao cumprir-se o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente veio do céu um ruído,
como que de um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. E lhes apareceram umas lín-
guas como que de fogo, que se distribuíam, e sobre cada um deles pousou uma. E todos ficaram cheios do Espí-
rito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem. Habitavam en-
tão em Jerusalém judeus, homens piedosos, de todas as nações que há debaixo do céu. Ouvindo-se, pois, aquele
ruído, ajuntou-se a multidão; e estava confusa, porque cada um os ouvia falar na sua própria língua.”

Todos ficaram perplexos: “...que quer dizer isso? “


Então Pedro se levanta e diz:

At 2:14-21
“Então Pedro, pondo-se em pé com os onze, levantou a voz e disse-lhes: Varões judeus e todos os que habitais
em Jerusalém, seja-vos isto notório, e escutai as minhas palavras. Pois estes homens não estão embriagados,
como vós pensais, visto que é apenas a terceira hora do dia. Mas isto é o que foi dito pelo profeta Joel: E acon-
tecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei do meu Espírito sobre toda a carne; e os vossos filhos e as
vossas filhas profetizarão, os vossos mancebos terão visões, os vossos anciãos terão sonhos; e sobre os meus
servos e sobre as minhas servas derramarei do meu Espírito naqueles dias, e eles profetizarão. E mostrarei pro-
dígios em cima no céu; e sinais embaixo na terra, sangue, fogo e vapor de fumaça. O sol se converterá em tre-
vas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. e acontecerá que todo aquele que
invocar o nome do Senhor será salvo.”

 É o cumprimento da promessa.
 O derramamento do Espírito Santo
 É a maior prova da vitória e da ressurreição de Jesus
 Jesus tinha sido exaltado, e como havia prometido enviou o Espírito Santo.

At 2:32-33
“Ora, a este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas. De sorte que, exaltado pela destra
de Deus, e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.”

Deus ressuscitou a Jesus ; e aprova era que o Espírito Santo havia sido derramado como Jesus dissera e
agora eles eram testemunhas disso.

Ao ouvir que Deus tinha ressuscitado a Jesus, o mesmo que eles tinham rejeitado e crucificado, eles
perguntaram:

“Que faremos irmãos?”

At 2:38-41
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo. Porque a promessa vos pertence a vós, a
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vossos filhos, e a todos os que estão longe: a quantos o Senhor nosso Deus chamar. E com muitas outras pala-
vras dava testemunho, e os exortava, dizendo: salvai-vos desta geração perversa. De sorte que foram batizados
os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas.”

Agora o mesmo poder que operava em Jesus estava operando nos apóstolos e nos discípulos capaci-
tando-os a testemunhar e proclamar o evangelho.

O Diabo deve ter ficado furioso. Jesus era apenas um, mas agora eram vários, cerca de três mil, ope-
rando no mesmo poder e estavam se espalhando pelo mundo (derrota de Satanás).

O Espírito Santo habita em nós


Jesus prometeu o Espírito Santo a todos que cressem no seu nome. O Espírito Santo habita, mora, em
todos os que se converteram genuinamente, amam a Jesus e guardam suas palavras.

Jo 14:23-26
“Respondeu-lhe Jesus: Se alguém me amar, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele, e
faremos nele morada. Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; ora, a palavra que estais ouvindo
não é minha, mas do Pai que me enviou. Estas coisas vos tenho falado, estando ainda convosco. Mas o Ajuda-
dor, o Espírito Santo a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar
de tudo quanto eu vos tenho dito.”

 Todos os cristãos tem o Espírito Santo morando dentro de si.


(É Ele quem nos capacita a uma nova vida)

I Co 3:16
“Não sabeis vós que sois santuário de Deus, e que o Espírito de Deus habita em vós?”

I Co 6:19
“Ou não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, o qual possuís da parte de
Deus, e que não sois de vós mesmos?”

Rm 8:8-11
“Os que estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que
o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. Ora, se Cris-
to está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a
Cristo Jesus há de vivificar também os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita.”

Quando cremos em Jesus após recebermos a Palavra, somos selados com o Espírito Santo. (Ef 1:13)

 No Antigo Testamento, antes de Jesus, Ele vinha em ocasiões específicas capacitando para uma de-
terminada obra.

 Agora Ele está presente o tempo todo, morando dentro de nós. (Pessoa Viva).

Precisamos mais do que saber ou aprender sobre o Espírito Santo. Precisamos conhecê-lo, buscá-lo, es-
tar com Ele, experimentar.
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(Ex copo d’água)

Recebemos o Espírito Santo, que agora vem morar dentro de nós e é o poder de Deus para nossa san-
tificação. É Ele quem nos leva a ter o caráter de Jesus.

 É Deus habitando em nós

Isto significa que todas as barreiras de pecado que nos separavam de Deus foram vencidas. Pela fé no
nome de Jesus somos declarados "sem culpa" e agora somos habitação do Espirito Santo.

Será que podemos compreender realmente o que isto significa?...

O Batismo no Espírito Santo

Introdução
Quando uma pessoa crê no Senhor e se batiza nas águas, o Espírito Santo vem morar no seu interior.
Todos os cristãos tem o Espírito de Deus habitando em seu interior .
(Rm 8:9).

Existe porém um momento em que o Espírito Santo opera em nós de forma mais poderosa, nos en-
chendo de virtude, poder e manifestando seus dons. Esta experiência é chamada Batismo no Espírito
Santo.

Satanás quer contradizer, trazer confusão e anular esta experiência na vida da Igreja. Cada dia surge
uma novidade, alguém que pega um texto isolado da bíblia e começa a pregar gerando muita confusão.

Existem muitas idéias erradas com respeito a isto também. Dizem alguns que:

 É só para pastores, presbíteros, missionários.


 É só para quem atinge um determinado grau de santidade.
 É um prêmio, uma recompensa por obedecer ou fazer a obra de Deus.
 É muito complicado, não precisamos saber disso agora.

Dois enganos principais


1) Os grupos tradicionais: rejeitam a experiência do batismo dizendo que o Espírito é dado automa-
ticamente no momento da conversão. Todos os que creram, se arrependeram e foram batizados já
receberam o Espírito Santo e não necessitam de nenhuma outra experiência
2) Os grupos pentecostais: pregam corretamente que existe uma experiência a mais, além da con-
versão, um batismo. Porém dizem que há uma "espera", dando a entender que este dom deve ser
esperado, buscado e até suplicado. Vão para outro extremo e ignoram que o Espírito Santo já foi
dado a todos os que creram.
Onde está o equilíbrio? Precisamos entender que por um lado, o Dom do Espírito Santo já foi dado a
todos que os creram e que portanto não é necessário buscar nem esperar aquilo que o Senhor já deu.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO VIDA”


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Mas por outro lado quando alguém se converte deve ser instruído a respeito deste dom, receber impo-
sição de mãos e se apossar da promessa de tal maneira que ela seja evidente, palpável e consciente.

Vamos examinar tudo a luz da Palavra de Deus e procurar responder as seguintes perguntas:
 Quais as bases bíblicas?
 O que é o Batismo no Espírito Santo?
 Por que Jesus quer nos batizar?
 Como receber o batismo?

Quais as base bíblicas para o Batismo no Espírito Santo?


Porque devemos crer que este batismo existe e é necessário para nós?

 João Batista disse que Jesus batizaria com o Espírito Santo Mt 3-11
 Jesus disse que batizaria At 1:4-8
 A promessa se cumpriu At 2:1-4
 A promessa é para todos os cristãos At 2:38-39
 Os apóstolos encaminhavam os cristãos para isso At 8:14-17
 A experiência de Paulo At 9:17
 A experiência de Cornélio e sua família At 10:44-47
 Os efésios At 19:1-7

Os textos que falam dos efésios e dos samaritanos derruba um engano muito grande de que o Espírito
Santo só é dados no momento da conversão.

Eles tinham crido e ainda não tinham sido sido batizados no Espírito. E, quando Paulo lhes impôs as
mãos foram batizados, falando em línguas e profetizando sem necessidade de ficar "esperando".

O que é o batismo com o Espírito Santo?


Na bíblia esta experiência é apresentada através de vários termos diferentes:

 Batismo com o Espírito Santo - Mt 3:11 At 1:5


 Receber o Dom do Espírito Santo - At 2:38 At 10:35
 A promessa do Pai - Lc 24:49 At 1:4 At 2:33,39
 Ficar cheio do Espírito Santo - At 2:4
 Receber o Espírito Santo - At 8:17 At 10:47
 Caiu o Espirito Santo sobre …. - At 10:44 At 11:15
 Derramar do Espírito Santo - At 2:17,18,33 At 10:45

Todos estes termos se referem a uma mesma experiência: O batismo no Espírito Santo

O que é?

1) É um DOM, uma promessa e um mandamento.

“...recebereis o dom do Espírito Santo.” (At 2:38)


O que é um dom?

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Dom é um presente, dadiva, algo que foi dado.

 NÃO é um prêmio: um prêmio é uma recompensa dada pelo esforço ou mérito de alguém.
 NÃO é uma conquista, algo que adquirimos depois de caminhar anos com o Senhor
 NÃO está ligado ao que eu faço ou a merecimento. (Ex.: corrida, se eu não merecer eu não ga-
nho)

 Ao contrário, é de graça, é um presente, a virtude está em quem dá: JESUS.

 Jesus é o doador e Ele dá o Espírito Santo a todos.

Isto significa que não depende do caráter da pessoa nem de sua santidade. Em qualquer momento, seja
qual for a situação que você estiver atravessando, você pode se colocar diante de Deus e ser batizado
no Espírito.

 É o Espírito que nos leva a uma vida santa e não uma vida santa que nos leva ao Espírito. É o Espírito
que irá transformar o nosso caráter.
 (At 3:12 -...como se pela nossa própria santidade...)

Temos que crer na promessa do Pai. Ele prometeu e cumpriu, e receber a promessa depende apenas
de crer na fidelidade do Pai.

Ef 5:18-20
Aqui o apóstolo ordena expressamente: “…enchei-vos do Espírito”
 No nosso relacionamento uns para com os outros: “Falando entre vós com salmos, hinos e cânticos es-
pirituais”
 No nosso relacionamento com o Senhor: “ Cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração”

2) É uma experiência definida e pessoal.

Aquele que recebe fica consciente que recebeu.

Em cada um de nós pode acontecer de maneira diferente. Uns podem profetizar, outros rir, chorar,
orar, falar em outras línguas.

Aquele que creu, se arrependeu e foi batizado tem o espírito santo morando dentro de si. Mas o dom é
uma experiência definida que o manifesta.

Tomamos posse da promessa de uma maneira evidente, consciente e NÃO TEMOS MAIS DÚVIDA se
temos o Espírito de Deus.

At 19:2-6
“Perguntou-lhes: Recebestes vós o Espírito Santo quando crestes? Responderam-lhe eles: Não, nem sequer ou-
vimos que haja Espírito Santo. Tornou-lhes ele: Em que fostes batizados então? E eles disseram: No batismo de
João. Mas Paulo respondeu: João administrou o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naque-
le que após ele havia de vir, isto é, em Jesus. Quando ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus.
Havendo-lhes Paulo imposto as mãos, veio sobre eles o Espírito Santo, e falavam em línguas e profetizavam.”

Recebestes vós o Espírito Santo…? (dúvida)

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Eles creram e foram batizados e quando Paulo impôs as mãos, veio sobre eles o Espírito e, começaram
a manifesta-lo falando em línguas e profetizando. Aí então não testava mais dúvida de que tinham, rece-
bido o Espírito Santo.

3) É um revestimento de poder.

Lc 24:49
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de
poder.”

 É poder espiritual. Poder de Deus comunicado a nós.


 Você é revestido com o poder de Deus
 E você pode:
 Curar enfermos
 Operar milagres
 Profetizar
 Falar em outras línguas
 Ter revelação da Palavra de Deus, etc
 É este poder que tem capacitado a Igreja a existir por quase 2000 anos.
 É este mesmo poder que operava em Jesus e nos apóstolos

4) É a capacitação para sermos testemunhas de Cristo.

At 1:8
Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusa-
lém, como em toda a Judéia e Samária, e até os confins da terra.”

Um dos significados da palavra poder é “capacidade para fazer”.

É a nossa capacitação para:


 Fazer discípulos
 Ser testemunhas de Cristo
 Anunciar o Evangelho do Reino
 Falar com autoridade e poder.

I Co 2:4
“A minha linguagem e a minha pregação não consistiram em palavras persuasivas de sabedoria, mas em de-
monstração do Espírito de poder.”

Se estamos cheios do Espírito seremos testemunhas eficientes de Cristo e manifestaremos o Senhor Je-
sus não apenas com palavras, mas com poder, pelo Espírito Santo que habita em nós.

Ex.:
No dia de Pentecostes quando começaram a proclamar 3 mil pessoas creram. Por que?
 Porque estavam cheios do Espírito Santo.
Quando Pedro cura o coxo na porta formosa, todos fica perplexos. Ele anuncia a Palavra e logo depois
ele e João são presos. Mas se converteram mais pessoas. (o número deles já era 5 mil)
 Porque o poder do Espírito Santo curou o coxo e deu testemunho através deles com a palavra.

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Por que Cristo quer nos batizar?


Para nos dar poder, força, graça, virtude, dinamismo, unção.
(“...recebeis poder... ”)

 Poder para fazermos toda a vontade de Deus (Ez 36:26-27 - novo coração).
Isso é possível e fácil se andarmos no espírito.

Rm 8:3-9
“Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho
em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado. para que a justa
exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.”

 Poder para amar, louvar, perdoar, suportar, obedecer e para tudo que Deus mandar fazer.
 Poder para sermos testemunhas dando-nos ousadia, graça, palavra, etc.
 Poder para sermos transformados à imagem de Cristo

Rm 3:18
“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de
glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.”

Como receber o batismo no Espírito Santo


Gl 3:14
“Para que aos gentios viesse a bênção de Abraão em Jesus Cristo, a fim de que nós recebêssemos pela fé a
promessa do Espírito.”

 Nós recebemos pela fé (como todas as promessas de Deus)

Não é por um esforço mental, recitando alguma fórmula, repetindo uma oração, ou fazendo algum ri-
tual.
(Ex: repetir glória, glória, gloglo... = tijolo, tijolo)

 Devemos ouvir a palavra com fé e crer em Deus, que fez a promessa.


 Pedir com fé (não o Espírito que já foi dado, mas a experiência, o batismo).
Lc 11:9-13 Mc 11:24 Jo 4:14-15
 Receber com fé Jo 7:37-39
 Deixar fluir com fé (os rios de água viva) (v38)
- Se render a Deus.
- Não resistir.
- Deixe fluir, dando graças a Deus, louvando falando em línguas.

(Se tiver que ajoelhar, ajoelhe. Se quiser chorar, chore. Se quiser rir, ria. Não tenha vergonha, não te-
nha medo)

Em Gl 5:1 diz que Cristo nos libertou para que de fato sejamos livres.

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O Espírito Santo é uma pessoa, nós podemos sentir a sua presença como a de uma pessoa. Ele também
habita em nós e devemos procurar ouvi-lo, deixar Ele se manifestar.
(Tanto faz se estamos em casa sozinhos ou numa reunião com a igreja)

Ele está em nós, mas pode agir ou não.

 Ele age quando dependemos dele, quando nos rendemos a Ele, quando nos esvaziamos de nós mes-
mos.
 Se formos soberbos, cheios de si, ele não encontra espaço e se cala.

Ele não forçará nada. Ele é um cavalheiro.

Ao receber o batismo é necessário falar em línguas?

Muitos pensam que uma pessoa é batizada no Espírito quando começa a falar em línguas. Mas isto nem
sempre é verdadeiro. Não há nenhum texto que fale claramente que só recebe o Espírito quem fala em
línguas. Por isso devemos estar abertos para aceitar que alguém seja batizado sem falar em línguas.

O falar em línguas é uma evidência, mas não necessária do batismo no Espírito Santo. Uma pessoa pode
ser batizada no Espírito e não falar em línguas. Ela pode profetizar, glorificar a Deus em espírito, chorar
de arrependimento, se quebrantar, dar vivas de júbilo e muitas outras manifestações.

Mas mediante as evidências que encontramos no livro de Atos dos apóstolos, devemos considerar co-
mo exceção o fato de uma pessoa ser batizada no Espírito e não falar em línguas; e não como regra.

Vemos que isto aconteceu


 No pentecostes - At 2:4
 Na casa de Cornélio - At 10:46
 Com os doze efésios - At 19:6
 Sobre Paulo (At 9:17) não diz nada, mas vemos em I Corintios que ele falava em línguas, e inclusive
queria que todos falassem. (1Co14:5;18)

Normalmente quando a pessoa não fala em línguas é porque existe algum bloqueio. A nossa mente nes-
se caso atrapalha. Ficamos tentando entender o que acontece e impedimos a manifestação do Espírito.
(as vezes por medo, as vezes por religiosidade)

O batismo com o Espírito Santo é a mesma coisa que ser cheio do


Espírito Santo?

Quando a bíblia fala se ser cheio do Espírito Santo, nem sempre ela está falando de uma mesma experi-
ência.

No texto original, em grego, aparecem duas palavras diferentes descrevendo experiências diferentes,
mas quando foram traduzidas para o português usou-se uma única palavra (cheio) como se fosse uma
única experiência.

 A primeira palavra é PIMPLEIMI:

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Aparece em Lc 1:15 Lc 1:41 Lc 1:67-68


At 4:31 At 4:8 At 9:17 At 13:9-11

Ela significa ficar cheio.


 Dá a entender que antes não estava.
 É uma experiência repentina, momentânea.
 Não é contínua
 É para cumprir um determinado propósito.
 É o revestimento de poder para profetizar, testemunhar, fazer a obra de Deus.

 A segunda palavra é PLEIROS:

Aparece em Lc 4:1 Ef 5:18


At 6:3 At 7:55 At 11:24

Esta palavra significa ser cheio.


 Não como uma experiência momentânea
 De maneira continua
 Estar sempre cheio.
 Não está relacionada com uma obra a fazer, mas com uma vida no Espírito.

As diferenças:

 Os textos em que aparece a palavra PIMPLEIME dão a idéia se ser enchido de fora para dentro, o que
combina com as palavras caiu, e derramado.
 Já a palavra PLEIROS dá a entender um enchimento de dentro para fora.

 A primeira é um derramamento.
 A segunda é um transbordamento

 A primeira nos dá poder.


 A segunda nos dá vida, nos enche de vida.

 A primeira dá poder para testemunhar falando de Cristo.


 A segunda é para mostrar o caráter de Cristo.

 A primeira nos capacita a manifestar os dons do Espírito descritos em ICo 12:7-11


 A segunda nos capacita a manifestar o fruto do Espírito descrito em Gl 5:22-23

 A primeira é uma experiência definida.


 A segunda é um processo de crescimento.

A maior diferença é que:

 A primeira se recebe na porta, sem nenhuma condição a não ser arrependimento e batismo.
 A segunda requer um contínuo esvaziamento de si mesmo, uma contínua operação da cruz de Cris-
to, um quebrantamento contínuo aceitando o governo de Deus.

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As três festas de Israel


Existem três festas que o povo de Israel comemorava que nos ajudam a entender melhor o assunto:

Páscoa: Início do ano. Representa a nossa salvação, saímos do mundo, passamos da morte para a vida.
(sem fermento)

Pentecostes: Cinqüenta dias após a páscoa, as primícias. Representa o batismo no Espírito, onde re-
cebemos poder e Podemos ficar meio confusos, não entender algumas coisas, mas precisamos disso.
(pode haver fermento)

Tabernáculos: Após a colheita. Deus conosco, a presença de Deus no meio do povo. Nesta festa eles
saíam para habitar em tendas e cabanas relembrando o tempo em que Deus os conduzia e guiava pelo
deserto.

Eram três festas anuais que se cumpriram em Cristo. A primeira era a Páscoa, depois Pentecostes e de-
pois Tabernáculos. Vemos então que não chegamos na terceira festa sem passar pela primeira e pela
segunda.

 Não podemos ter a abundância da presença de Deus em nossas vidas sem passarmos pela salvação e
pelo batismo no Espírito Santo.

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DONS E MINISTÉRIOS

Introdução
Todas as pessoas que creram no Senhor Jesus, se arrependeram e foram batizadas, tem o Espírito Santo
habitando no seu interior. Como resultado dessa habitação existem algumas conseqüências na vida do
cristão. Deus não vem morar dentro de você para ficar quieto e inerte. Ele vai operar em você e atra-
vés de você para crescimento e edificação.

Deus tem um supremo propósito de nos fazer semelhantes a seu filho Jesus. Semelhantes em caráter e
em poder. E tudo que Ele produz em nós é através de seu Espírito.

O Espírito que habita em nós nos faz produzir o fruto do Espírito (para o caráter) e manifestar os dons
do Espírito (para o poder). Deus é quem opera tudo em todos.

Da mesma forma que existem muitos enganos quanto ao batismo nas águas e batismo no Espírito Santo,
também existem muitos enganos quanto aos dons do Espírito Santo.

Dois enganos principais:

1) Se importar só com a formação do caráter e rejeitar os dons

Por não conhecer, não compreender ou por medo de perder o controle, as pessoas evitam, desaconse-
lham e em alguns lugares até condenam a manifestação dos dons.

Se preocupam só com a formação do caráter das pessoas e com a Palavra., não dando espaço para as
operações do Espírito.

Muitas vezes quando o Espírito Santo se manifesta na vida das pessoas trazendo dons em uma reunião,
pode haver alguma confusão devido a imaturidade das pessoas. Mas isso não significa que devemos im-
pedi-lo de operar simplesmente para que tudo fique organizado. Devemos ter maturidade para permitir
a operação do Espírito Santo sem cair em extremos exageros

Muitos livros ao invés de esclarecer, complicam mais ainda o assunto, dizendo coisas como:
 Foi um mover só para a época dos apóstolos.
 Só aconteceu porque a Igreja ainda estava em formação.
 Espírito precisou agir porque os obreiros eram poucos e não havia transportes eficientes.
 E alguns não se posicionam, mas tratam de maneira vulgar o assunto.

 Se o Espírito agiu somente naquela época, hoje a Igreja caminha pelo poder dos homens?

(Precisamos ter cuidado. Filtrar….)

2) Se preocupar só com os dons e negligenciar a formação do caráter

Outros se baseia somente nas experiências espirituais, sem muito discernimento e base bíblica e aca-
bam tendendo ao misticismo. Se preocupam tanto em profetizar, falar em línguas e milagres, que muitas
vezes acabam entrando em heresias.
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A formação do caráter das pessoas é quase desprezada e como conseqüência disso vemos pessoas se
casando por profecia, separando por profecia, problemas tratados de maneira errada, etc.

Deus dá o Espírito independente do caráter para que pelo Espírito o caráter seja formado.

 Devemos buscar equilíbrio entre dons e caráter. Nos precisamos dos dons mas aliados ao cará-
ter.

Pães ázimos

 São feitos com Trigo, água e óleo.


 Se colocar muita água fica muito duro.
 Se colocar muito óleo fica quebradiço

Água  Palavra
Óleo  Espírito.

A Igreja que Deus quer levantar é uma Igreja que tem o equilíbrio entre a Palavra e o Espírito. Age nos
dons, com poder, mas é amparada pela Palavra.

 Não adianta unção sem caráter.


 Não adianta caráter sem unção

Conseqüências da habitação do Espírito


Como conseqüência do Espírito de Deus habitando em nós temos:

1) O fruto do Espírito
Está relacionado com a obra do Espírito de imprimir em nós o caráter de Cristo, nos conduzindo a uma
vida em santidade, sendo transformados de glória em glória na imagem de Jesus. (2Co 3:18)

Gl 5:22-23
"Mas o fruto do Espírito é: o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a benignidade, a bondade, a fidelidade. a
mansidão, o domínio próprio; contra estas coisas não há lei."

2) As manifestações do Espírito
Estão relacionadas com a obra do Espírito de manifestar (phaneroses - revelar, mostrar) em nós o po-
der de Deus. Ai então encontramos dons, ministérios e operações (1Co 12:4-6)

Dons
 Como função (atividades) no corpo - Rm 12:4-8
 Como carismas ou virtudes (charismata) - 1Co 12:6-11

Ministérios
 Como conseqüência dos dons - 1Co 12:28
 Como ministérios principais no corpo - Ef 4:11-13
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Operações (energemata)
São manifestações isoladas do Espírito Santo que não constituem nem dons nem ministérios.
 Salmos e cânticos espirituais - Ef 5:18-20
 Embriagues do Espírito - At 2:12-14
 Intrepidez - At 4:31;14:3
 Arrebatamento físico - At 8:39-40 2Co 12:2-4 Ap 4:1-2
 Visões - At 7:55-56;10:10-20
 Alegria, quebrantamento, choro, extase, júbilo, etc

Nesta apostila trataremos apenas de dons e ministérios.


Os Dons Espirituais
O que são dons espirituais?
 É a manifestação do Espírito Santo dentro de nós, nos capacitando com poder de Deus para realizar
uma tarefa segundo a sua vontade.

É uma coisa que acontece entre o seu espírito e o Espírito de Deus e se expressa através da alma e do
corpo.

Não confundir dons do Espírito Santo com habilidades naturais.

Habilidade é a capacidade natural que cada um de nós tem. Está ligado a aptidão.

Para ser um bom médico cirurgião é necessário aptidão. Para ser um bom músico é necessário aptidão
Para ser um bom vendedor é necessário aptidão. Você precisa ter as qualidades necessárias.

Deus pode nos dar habilidades naturais a uma pessoa, mas para que elas sejam usadas por Deus preci-
sam transformadas pelo Espírito. Por exemplo, uma grande cantora, com uma linda voz tem uma habili-
dade natural. Mesmo que cante músicas cristãs não é um dom do Espírito. Para que esta habilidade pos-
sa ser usada pelo Senhor ela deve passar pela cruz e ser vivificada pelo Espírito.
Ex.: O Advogado e o Contador. / Asaph Borba

 Os dons espirituais são poder divino operando através de nós

Não confundir o dom do Espírito Santo com dons do Espírito Santo

 Dom do Espírito Santo: Pessoa viva do Espírito habitando em nós.


 Dons do Espirito Santo: Resultado do Espírito Santo habitando em nós. (capacitação especial pa-
ra fazer determinadas coisas)

Os dons espirituais em 1Co 12


Vamos ver o que Paulo diz sobre os dons espirituais:

1Co 12:1-7
“Ora, a respeito dos dons espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes. Vós sabeis que, quando éreis gen-
tios, vos desviáveis para os ídolos mudos, conforme éreis levados. Portanto vos quero fazer compreender que
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VIDA” Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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ninguém, falando pelo Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema! e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor! senão
pelo Espírito Santo. Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios,
mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. A
cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito para o proveito comum."

Não quero que sejais ignorantes.

Ser ignorante é não ter conhecimento a respeito de algum assunto (ex.: agricultura, construção, compu-
tadores). O apóstolo Paulo diz que não quer que sejamos ignorantes a respeito dos dons espirituais. É
algo que precisamos conhecer.

O texto diz que "ninguém falando pelo Espírito de Deus" pode amaldiçoar Jesus e "ninguém pode dizer: Je-
sus é Senhor! Senão pelo Espirito Santo". Isto quer dizer que não podemos expressar o reino de Deus em
nossas vidas (Jesus como Senhor) senão pelo Espírito Santo.

A vida no reino de Deus está ligada ao agir do Espírito em nossas vidas. O Espírito Santo nos concede
dons para termos um relacionamento frutífero e edificante uns para com os outros e com Deus.

Há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo.

 Existem vários dons.


 Espírito Santo dentro de nós se manifesta de maneiras diferentes.

A cada um é dada a manifestação do Espírito

 Os dons são dados a cada um. (não está ligado a mérito)


 A cada um de nós podem ser dados dons diferentes em situações diferentes

Para que?

 Para o proveito comum. Para o que for útil.


 Para a edificação da Igreja.
 Espírito dá o dom a um com o objetivo de abençoar a todos.
 Não é para nosso próprio deleite, mas para testemunho e edificação.

Pelo mesmo Espírito

 Embora sejam vários dons diferentes, são todos dados pelo Espírito Santo.
 Veja quantas vezes aparecem as palavras mesmo Espírito nos versos 8, 9 e 10

Distribuindo particularmente a cada um como quer (v11)

 Espírito é imprevisível.
 Ele distribui os dons de acordo com sua vontade para que a igreja seja edificada. Ele sabe quando e
onde cada dom é necessário.
 Não devemos transformar uma experiência em um movimento (Ex.: cair, rir, chorar)

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Os Dons espirituais de 1Co 12:8-11

1Co 12:8-11
"Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra da ciência;
a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; a outro a operação de mila-
gres; a outro a profecia; a outro o dom de discernir espíritos; a outro a variedade de línguas; e a outro a inter-
pretação de línguas. Mas um só e o mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a
cada um como quer.”

Quantos dons são?


 Nove dons
Três dons de saber.
Três dons de fazer.
Três dons de falar.

Vamos identificar estes dons:

Dons de saber:
 Palavra de sabedoria.
 Palavra de ciência (ou conhecimento)
 Discernimento de espíritos.

Dons de Fazer:
 Fé.
 Cura.
 Operação de milagres

Dons de falar
 Profecia.
 Variedade de línguas.
 Interpretação de línguas.

Agora vamos compreender melhor cada um desses dons:

Palavra de Sabedoria

 É um fragmento da sabedoria de Deus transmitida a nós pelo Espírito Santo.


 É saber o que fazer e falar em determinada ocasião (solucionar um problema específico)
Ex.: Salomão e as duas mães I Reis 3:16-28
 Não está ligado a conhecimento, cultura ou inteligência.

Palavra de Ciência

É quando Deus nos revela através do seu Espírito o seu eterno conhecimento.
É uma revelação do que está acontecendo no momento.

Ex.: Pedro com Ananias e Safira At 5:1-10

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Diferença: Salomão não sabia de quem era o filho até ver a reação das mães. Pedro já sabia, tinha o
conhecimento da situação.

Discernimento de Espírito

 Entendimento sobrenatural para conhecer a natureza de uma atividade espiritual.


 Não é o dom de saber o que se passa na cabeça das pessoas.

Ex.: Paulo e a jovem de Filipos At 16:16-18

 É a fé sobrenatural que é dada a alguém para realizar um determinado propósito, independente da


situação adversa.
 É diferente da fé que temos para a salvação
 É manter a fé em Deus aconteça o que acontecer.

Ex.: A fé de Abraão quando entregou Isaque - Creu contra a esperança.

Dons de Curar

 Para curar doenças através do poder de Deus.


 Quando Deus opera seu poder curando uma pessoa de suas enfermidades e dores.

A cura depende de Deus e da pessoa.

 Depende de Deus porque Ele decide quem Ele vai curar e quando. (ex.: paralítico de Betesda)
 Depende da pessoa porque ela tem que ter fé no poder e no amor de Deus para ser curada. (Ex.:
a mulher que tocou Jesus)

A pessoa que ministra a cura é apenas uma ferramenta que Deus usa para comunicar a cura.

É necessário fé: “ Ainda que eu ore por varias pessoas e nenhuma seja curada eu continuo crendo que
Deus cura ” (um irmão que tem ministério de cura)

(Ex.: A mulher com cancer, Jamê)

Propósito dos dons de cura:


 Libertar doentes e aflitos e destruir as obras de Satanás.
 Confirmar a palavra pegada.
 Dar testemunho de Jesus Cristo ressurreto.
 Glorificar ao Pai.

Operação de Milagres

É uma operação de poder que transcende as leis naturais.

Ex.: Moisés e o Mar Vermelho, Jesus e acalmando a tempestade e a ressurreição de Lázaro.


 A operação deste dom gera uma confiança e autoridade especial.
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 Fé aliada a autoridade. Ex.: Elias e os 400 profetas de baal.

Variedade de línguas

Ex: At 2 - “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas.”

Em Rm 8:26 diz que:


“… não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos
inexprimíveis.”

É quando o Espírito de Deus ora através de nós com uma linguagem desconhecida por nós, mas
conhecida por Deus.

Tem ora que não sabemos o que orar, então o Espírito ora por nós.
(Não é você, é o Espírito. Ele usa sua boca, mas é Ele que ora.)

Você ora e não sabe o que orou. Pode ter sido por você ou por outra pessoa

Quando você ora em línguas


 É como se tomasse um banho por dentro.
 É um rio saindo de dentro.
 É um banho de alegria.
 É a água que transborda pela boca ( “do seu interior fluirão rios de água viva”, “a boca fala do que o
coração está cheio” ).

Interpretação de línguas

 É um dom gêmeo do dom de línguas, pois não existe sozinho.


 É para explicar o que foi dito em línguas.
 Não é uma tradução. (Pois a linguagem não é lógica)
 É uma forte convicção de que a pessoa disse determinada coisa.

Pode ocorrer também da pessoa falar em línguas e a interpretação ser natural.


(Ex.: pentecostes – cada um os ouvia em sua própria língua.)

Profecia

 Profetizar é expressar palavras.


 É quando o Espirito Santo usa você para falar à Igreja
 Não deve ser confundida com pregação, embora a pessoa possa profetizar enquanto prega.
 Não é para predizer o futuro. Ela chama a atenção para o presente.
 Não é para dar direção pessoal (Ex.: casamentos, etc.)

Acerca do Dom de línguas e Profecias (I Co 14)


I Co 14:1-3

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“Segui o amor; e procurai com zelo os dons espirituais, mas principalmente o de profetizar. Porque o
que fala em língua não fala aos homens, mas a Deus; pois ninguém o entende; porque em espírito fala
mistérios. Mas o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação e consolação.”

I Co 14:4-6
“O que fala em língua edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza edifica a igreja. Ora, quero que todos
vós faleis em línguas, mas muito mais que profetizeis, pois quem profetiza é maior do que aquele que fala em
línguas, a não ser que também interprete para que a igreja receba edificação. E agora, irmãos, se eu for ter
convosco falando em línguas, de que vos aproveitarei, se vos não falar ou por meio de revelação, ou de ciência,
ou de profecia, ou de doutrina?”

I Co 14:12-14
“Assim também vós, já que estais desejosos de dons espirituais, procurai abundar neles para a edificação da
igreja. Por isso, o que fala em língua, ore para que a possa interpretar. Porque se eu orar em língua, o meu
espírito ora, sim, mas o meu entendimento fica infrutífero.”

I Co 14:18-20
“Dou graças a Deus, que falo em línguas mais do que vós todos. Todavia na igreja eu antes quero falar cinco
palavras com o meu entendimento, para que possa também instruir os outros, do que dez mil palavras em lín-
gua. Irmãos, não sejais meninos no entendimento; na malícia, contudo, sede criancinhas, mas adultos no enten-
dimento.”

I Co 14:26-33
“Que fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem
língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação. Se alguém falar em língua, faça-se isso por dois, ou
quando muito três, e cada um por sua vez, e haja um que interprete. Mas, se não houver intérprete, esteja
calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus. E falem os profetas, dois ou três, e os outros jul-
guem. Mas se a outro, que estiver sentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro. Porque todos podereis
profetizar, cada um por sua vez; para que todos aprendam e todos sejam consolados; pois os espíritos dos
profetas estão sujeitos aos profetas; porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz. Como em to-
das as igrejas dos santos,

I Co 14:39-40
“Portanto, irmãos, procurai com zelo o profetizar, e não proibais o falar em línguas.0 Mas faça-se tudo decen-
temente e com ordem.”

Os dons espirituais de Rm 12
Rm 12:4-8
“Pois assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, as-
sim nós, embora muitos, somos um só corpo em Cristo, e individualmente membros uns dos outros. De mo-
do que, tendo diferentes dons segundo a graça que nos foi dada, se é profecia, seja ela segundo a medida da
fé; se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou que exorta, use esse dom em
exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com zelo; o que usa de misericórdia, com ale-
gria.”

Somos Igreja do Senhor, o Corpo de Cristo na terra. Um corpo tem muitos membros, mas nem todos
os membros tem a mesma função. Cada um de nós foi colocado no corpo com uma função específica e

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO 105


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para cumprirmos esta função o espírito nos concede dons segundo a graça de Deus (não segundo nos-
sas habilidades e esforços)

Recebemos os dons para servir

Tanto em Romanos quanto em I Coríntios Paulo fala sobre o corpo de Cristo, a Igreja; e em seguida fa-
la sobre os dons.

Ele começa falando que somos o corpo de Cristo, que somos membros uns dos outros, que cada
membro tem a sua função e em seguida fala dos dons.

A vida no corpo de Cristo está diretamente ligada com a operação dos dons.
A edificação do corpo se dá pelo próprio corpo de acordo com o fluir dos dons.

 O Espírito Santo opera em cada um de nós e capacita a cada um de nós para vivermos no corpo de
Cristo de forma abençoadora, edificando os que estão a nossa volta. Quer seja com profecias, pala-
vras, curas, ensino, exercendo misericórdia, servindo, repartindo, em tudo.

É o Espírito Santo que promove os ligamentos do corpo, articulações. Ele é a seiva da videira. (ex: en-
grenagem e óleo)

Se quisermos ser cheios dos dons do Espírito temos que nos envolver com a vida do corpo (igreja),
temos que nos relacionar uns com os outros. Deus não vai nos encher de dons se estivermos isolados,
vivendo individualmente e sem relacionamento com os irmãos. Todos os dons que recebemos são para
edificação da igreja (1Co 12:7), somente o dom de línguas é para edificação pessoal (1Co 14:4).

Nós recebemos os dons para servir e nossos relacionamentos e reuniões devem dar lugar ao Espírito
Santo para que possamos cumprir este objetivo.

I Pe 4:10-11
“Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme
graça de Deus. Se alguém fala, fale como entregando oráculos de Deus; se alguém ministra, ministre segundo a
força que Deus concede; para que em tudo Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertencem a
glória e o domínio para todo o sempre. Amém.”

Qual a função do despenseiro? Entregar aquilo que está guardado na despensa.


Devemos entregar (manifestar) a igreja aquilo que temos recebido de Deus como bons despenseiros,
para que todos sejam edificados e Deus seja glorificado.

Os Ministérios
A palavra ministério vem da palavra grega diakonia, que quer dizer SERVIR

MINISTÉRIO  vida de serviço na Igreja.

É quando Deus, em sua soberania, escolhe alguns homens para certas funções. Ele os chama e concede
dons para um ministério específico. Este dom é uma graça (capacitação) que alguém recebe para de-
sempenhar determinada função no corpo

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Erradamente costuma-se usar o ministério da pessoa como um título para ela (Pastor fulano, apóstolo
fulano, etc.). Mas os ministérios não são títulos, ou cargos e sim funções.

Outro erro comum é chamar de ministério determinados cargos dentro da igreja, por exemplo minis-
tério da música, ministério de ação social, ministério da economia, ministério de oração (orar é tarefa
de todos e não função de alguns). Não podemos confundir a função que a pessoa tem no corpo com a
ocupação de um cargo em uma estrutura.

Os dons ministeriais

O texto de I Co 12:7-11 fala sobre os dons espirituais,


O texto de I Co 12:27-31 fala sobre os dons ministeriais

I Co 12:27-31
“Ora, vós sois corpo de Cristo, e individualmente seus membros. E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente
apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois operadores de milagres, depois dons
de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Porventura são todos apóstolos? são todos profetas?
são todos mestres? são todos operadores de milagres? Todos têm dons de curar? falam todos em línguas? inter-
pretam todos? Mas procurai com zelo os melhores dons. Ademais, eu vos mostrarei um caminho sobremodo ex-
celente.”

 Os dons são dados a cada um de nós em situações específicas, visando edificação. Mas quando o Es-
pírito começa a usar várias vezes o mesmo dom em uma pessoa isso se torna um ministério.

Os ministérios principais da Igreja

Ef 4:4-13
“Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um
só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos.
Mas a cada um de nós foi dada a graça conforme a medida do dom de Cristo. Por isso foi dito: Subindo ao alto,
levou cativo o cativeiro, e deu dons aos homens. Ora, isto-ele subiu-que é, senão que também desceu às partes
mais baixas da terra? Aquele que desceu é também o mesmo que subiu muito acima de todos os céus, para
cumprir todas as coisas. E ele deu uns como apóstolos, e outros como profetas, e outros como evangelis-
tas, e outros como pastores e mestres, tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do mi-
nistério, para edificação do corpo de Cristo; até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conheci-
mento do Filho de Deus, ao estado de homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo.”

Quando este texto fala de mistérios está falando de pessoas levantadas por Deus para aperfeiçoar e
edificar a Igreja levando-a a conhecer plenamente a Jesus até que ele volte.

Objetivos para com a igreja


 Aperfeiçoamento dos santos
 Edificação do corpo
 Unidade da fé
 Conhecimento de Cristo

Então, olhando para Ef 4:11 e 1Co 12:28 vemos que os ministérios principais da igreja são quatro:
(Apóstolo, Profeta, Evangelista, Pastor/mestre).

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O ministério de "pastor" não aparece em 1Co 12:28 pois ali os ministérios estão listados de acordo
com os dons e pastor não é dom, é função.

Estes são os ministérios do Corpo de Cristo

APÓSTOLO

Apóstolo  enviado

 É aquele que lança os fundamentos da vida da Igreja. Trabalha edificando a Igreja nas suas bases. (Ex.:
Jamê, Marcos)

3 tipos de apóstolos
 Os 12 Apóstolos (que estiveram com Jesus)
 Os apóstolos primitivos e fundadores da Igreja (como Paulo e Barnabé)
 O ministério apostólico de caráter permanente (que Cristo segue dando a igreja até que se comple-
ta a edificação de seu corpo)

Características
 Fundar Igrejas, evangelizar novas regiões.
 É um ministério que Deus levanta para trabalhar na base da vida da Igreja, nos princípios da vida da
Igreja.
 Para restaurar princípios, manter a Igreja na base correta. (fundamentação)
 Trabalha com princípios e não com práticas.
 As praticas variam de lugar para lugar, mas os princípios não.
 É a autoridade principal na estrutura da Igreja.
 Seu ministério é Translocal.

Por exemplo: Paulo ia para Corinto, pregava o evangelho, fazia discípulos, estabelecia presbíteros (li-
derança) e ia para outro lugar. Depois ele escrevia para eles e de vez em quando passava por lá para
ver como as coisas estavam indo.

PROFETA

 É a aquele que aponta a direção para a Igreja.

 Enxerga onde a Igreja esta caminhando


 Para onde ela deve ir
 Tem a visão de Deus para encaminhar a Igreja.

(Não é adivinho, que prevê o futuro, nem determina passos práticos na vida individual dos cristãos)

É um canal de revelação de Deus para a igreja. Ajuda os santos a compreenderem o que foi revelado
pelo Senhor.

O profeta pode ser movido mais em palavra de sabedoria, como Ágabo (At 11:27-30;21:10-11) ou em
exortação, edificação e consolação, como no caso de Judas e Silas (At 15:32).

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EVANGELISTA

 É a pessoa que Deus usa para estender o alcance do evangelho e fazer com ele seja obedecido nas di-
ferentes localidades.

As características deste ministério podem ser vistas nas vidas de Felipe e Timóteo
(At 21:8 2Tm 4:15 2Tm 1:6-8 1Tm 3:1-7 1Tm 4:6-13 At 8:12)

Trabalha com a Igreja preparando o povo, evangelizando, batizando, ensinando a doutrina, estabelecen-
do presbíteros e corrigindo desvios.

Não é o homem que prega para uma multidão e converte todo mundo.

 Fazer discípulos é uma tarefa de todos os filhos de Deus. (uma ordem de Jesus)
 Evangelista é aquele que traz a visão de Deus para a Igreja obedecer esta ordem.

PASTOR E MESTRE

Pastor e mestre são uma mesma função e ministério. O texto de Ef 4:11 diz: "...a outros pastores e mes-
tres." e não "...a outos pastores e a outros mestres "

O termo pastor é uma expressão alegórica (figurativa de pastor de ovelhas) cuja correlação literal seria
mestre. O pastor tem ovelhas, o mestre tem discípulos.

O dom que opera no pastor é o dom de mestre, por isso não aparece o ministério de pastor na lista de
ministérios de 1Co 12:28 (que é conforme os dons).

Quem cuida de vidas também precisa saber ensiná-las. E se alguém ensina, ensina para edificação e prá-
tica.

 Todo pastor é mestre e todo mestre é pastor.

Como Pastor:

 È o que cuida de vidas. (apascenta)

 Tem aliança com o povo


 Toca nas vidas, apascenta.
 Está envolvido com o povo.

Pastor é uma função e não um cargo ou título. Por isso não precisamos falar: "pastor Fulano ". (Não fa-
lamos pastor Jesus, mesmo ele sendo o Sumo Pastor)

Nós temos aqui muitos pastores. Todos aqueles que cuidam de vidas são pastores e mestres.

Como Mestre:

 É o que ensina a doutrina (doutor). Pega as verdades mais difíceis e complicadas e traz de maneira
clara para a Igreja entender.
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Presbíteros e Bispos

As palavras presbítero, ancião e bispo são usadas no N.T. como mesmo significado.
A palavra presbítero vem de presidir. Eles são responsáveis pelo governo e administração da igreja lo-
cal. (todo presbítero é pastor, mas nem todo pastor é presbítero)

Na bíblia, a igreja em uma localidade era governada por um conjunto de presbíteros (o presbitério).
Com o tempo, o primeiro dos presbíteros passou a ser chama do de Bispo.

Diáconos:Colaboradores dos presbíteros nas diversas tarefas de administrar a igreja local.

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DÍZIMOS E OFERTAS

Este não é um assunto muito abordado, mas é de tremenda importância para vida da Igreja.

Muitas pessoas tem problemas sérios na área financeira por não contribuir ou contribuir de maneira
equivocada.

Pessoas inconstantes em seus dízimos tendem a ser instáveis na sua vida financeira. Pessoas que tem di-
ficuldade para dar tem dificuldade para receber.

Ex.: " Se a pessoa está com a mão fechada para dar, não receberá. Para que Deus coloque algo na sua
mão ela tem que estar aberta."

A Palavra de Deus diz:


"Coisa mais bem aventurada é dar do que receber " At 20:35

 Nós precisamos entender que nosso compromisso com o corpo (irmãos em Cristo) também é um
compromisso financeiro.

Existem ainda muitos enfoques errados sobre esse assunto e muito que ainda precisa ser restaurado.
Uns pecam pelo excesso,outros pelo descaso, outros pela ganância, etc.

Antes porém de entrarmos no assunto de dízimos ofertas vamos falar um pouco sobre dinheiro.

O dinheiro
O que o dinheiro?

 É um meio de transação, um instrumento que permite a troca de bens e mercadorias.

Muitos textos que vamos estudar são do Velho Testamento e na época que alguns deles foram escritos
ainda não havia moeda.

 Todos os artigos serviam como artigos de troca. (gado, prata, ouro, objetos)
 A riqueza era medida, por exemplo, pela quantidade de gado. Ex Abraão Gn 13:2

O primeiro metal que foi usado como instrumento de troca foi a prata. As pessoas trocavam bens por
determiado peso em prata:

1carro de guerra = 600 siclos de prata


1 cavalo = 150 siclos de prata

Gn 23:16
"E Abraão ouviu a Efrom, e pesou-lhe a prata de que este tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatro-
centos siclos de prata, moeda corrente entre os mercadores."

Re 10:29
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"E subia e saía um carro do Egito por seiscentos siclos de prata, e um cavalo por cento e cinqüenta; e assim, por
intermédio desses mercadores, eram exportados para todos os reis dos heteus e para os reis da Síria."
A quantidade de metal a ser paga era controlada através do peso. A palavra siclo vem do hebraico
SIQEL que quer dizer peso. Gn 22:24

Mais tarde começou-se a usar a moeda de metal (cerca de 700 AC), estampando-se nela seu lugar de
origem.

Mas não vamos perder muito tempo falando da evolução histórica do dinheiro. Vamos ver o que Deus
diz a respeito.

A Natureza do Dinheiro
 O dinheiro é uma POTESTADE.

Ou seja, ele tem poder em si mesmo. Exerce poder sobre as pessoas.

Mt 6.24
"Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e
desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas."

Neste texto Jesus usa uma palavra em aramaico para riquezas: MAMOM

Mamom  riquezas, indica algo que tem natureza pessoal e espiritual.

 Não podeis servir a Deus e a Mamom.

 Mamom é um deus rival


 Como um deus ele exige devoção.
 Mamom (o dinheiro) tem a tendência de conduzir as pessoas para longe do Deus verdadeiro. (Ex.: o
jovem rico: amava a Deus, mas amava mais a mamom)

O Dinheiro possui muitas características de um deus:


 Dá segurança
 Liberdade
 Poder (sensação de onipotência)
 Parece onipresente.
 Um dos problemas mais sérios do dinheiro (mamom) é que ele reivindica a lealdade e amor que
pertencem somente a Deus.

Por isso em Lc 14:33 Jesus diz que quem "não renuncia a tudo quanto possui" não pode ser seu discí-
pulo.

Temos que aprender a usar o dinheiro que Deus nos dá (confia aos nossos cuidados), sem amar o di-
nheiro. (Pv 30:8-9)

O dinheiro pode ser um empecilho ou um incentivo

 Empecilho : pois se nos apegarmos a ele, atrapalha nosso relacionamento com Deus.

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 Incentivo : Pois pode ser usado para intensificar nosso relacionamento com Deus e com os
irmãos.

A bíblia nos fala de pessoas ricas que andaram com Deus e foram uma benção para o próximo. (e.:
Abraão. Salomão, e outros)

Conceitos errados
 O Dinheiro é neutro. (Nem bom, nem mau)

O dinheiro não é neutro. Ele pode ser bom se usarmos bem ou pode ser mau se usarmos mau.

 O Dinheiro não satisfaz

O dinheiro satisfaz sim: Para uma pessoa materialista que ama o dinheiro e as coisas que ele pode dar, o
dinheiro satisfaz.

 Rico é quem tem muito dinheiro

Você não é rico pela quantidade de bens (ou dinheiro) que possui, mas pela quantidade de coração que
coloca neles.

Uma pessoa pode ter muito dinheiro e ser pobre para Deus. Outras podem ter pouco dinheiro e ser
ricas para Deus.

 Você é pobre quando o que tem é seu. Você é realmente rico quando o que tem é dos outros.
O Senhor e o dinheiro
Qual a relação de Deus com o dinheiro?

Ag 2:8
"Minha é a prata, e meu é o ouro, diz o Senhor dos exércitos."

I Cr 29:12
"Tanto riquezas como honra vêm de ti, tu dominas sobre tudo, e na tua mão há força e poder; na tua mão está
o engrandecer e o dar força a tudo"

 Nestes textos vemos que todo o ouro, toda a prata, todas as riquezas são do Senhor, pertencem a
Ele, estão sob o seu domínio.

(Até o dinheiro que está no seu bolso agora)

Até o dinheiro que temos não é nosso, é de Deus.

 Deus nos dá para administrarmos para Ele


 Sejamos então bons administradores.
 Usemos de acordo com a vontade Dele.
 Segundo as prioridades Dele.
 Usemos para abençoar os outros.
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Deus nos dá o dinheiro não para que sejamos escravos dele, ou amemos a ele ou sirvamos a ele, mas
para que façamos bom uso dele.
O nosso coração não deve estar no dinheiro, e sim no Senhor.
 O objetivo de Deus não é nos tornar ricos, mas sim nos tornar semelhantes a Jesus.
Dízimos
O que é dizimo?
O conceito é simples: decima parte ou 10 %

 Consiste em devolvermos ao Senhor a decima parte (ou seja 10 %) de tudo que ele nos dá.

Por que Deus quer 10 por cento?


1) Porque Ele é misericordioso e bom.

 De quem é todo ouro, toda prata e todo dinheiro? (do Senhor)


 De que é o mundo e tudo que nele há? (do Senhor)

 Nós plantamos, colhemos, trabalhamos, recebemos, vivemos e respiramos no mundo que é do Se-
nhor. E ele só pede em troca 10 % do que recebemos.

Ex.: arrendamento de terras (1/3 ou 1/2 para o dono da terra)

2) Quer produzir em nós fé e obediência

Deus não precisa de dinheiro. Ele não precisa do nosso dinheiro. Mas quer que sejamos fiéis e obedien-
tes, desprendidos do dinheiro e atentos as necessidades uns dos outros.

Para isso precisamos ter fé que Ele cuida de nós, depender Dele para nosso sustento. Precisamos saber
que nosso sustento vem do Senhor e não do salário.

O que diz a bíblia?


Dt 14:22
"Certamente darás os dízimos de todo o produto da tua semente que cada ano se recolher do campo."

Lv 27:30
"Também todos os dízimos da terra, quer dos cereais, quer do fruto das árvores, pertencem ao senhor; santos
são ao Senhor."

 O dízimo pertence ao Senhor, é propriedade dele. Não nossa.

(Este é um conceito fundamental.)

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O dízimo não é parte da nossa renda que damos ao Senhor. São os 10% pertencentes a Deus dentre
tudo que Ele nos dá. ( É Dele )

 Nós não damos o dízimo, nos devolvemos o dízimo ao Senhor. (é propriedade dele)

Por isso não devemos retirar do que sobra e sim das primícias da nossa renda.
Pv 3:9
Muitas pessoas que não devolvem o dízimo e retém para si, ou usam o dinheiro do dizimo para outras
coisas, estão usando dinheiro do Senhor e não seu. (Estão sendo infiéis e desobedientes)

Ex.: Este conceito estava presente estava presente desde a criação o mundo, no jardim do Éden (Adão,
Eva e a Árvore). Desobedecendo este principio eles trouxeram problemas para si e para toda humani-
dade.

 Dar o dízimo é uma questão de fidelidade e obediência ao Senhor.

Quando não somos fiéis no dízimo e usamos o dinheiro que é do Senhor para outras coisas, estamos
roubando a Deus.

Ml 3:8-9
"Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas
alçadas. Vós sois amaldiçoados com a maldição; porque a mim me roubais, sim, vós, esta nação toda."

Quando não damos o dízimo trazemos maldição para nós mesmos.


Às vezes a pessoa não dá o dízimo e acaba gastando mais com farmácia.
Não dá porque nunca sobra. (mas não é para dar a sobra)
Não dá porque está sempre em dificuldade financeira. (mas se continuar a roubar a Deus vai continuar
assim)

Não estou dizendo que toda dificuldade financeira é proveniente da retenção do dízimo, ou que o dízi-
mo é uma fórmula mágica para reverter qualquer crise financeira.

Mas existe um princípio de fé e obediência por traz do dízimo que se seguirmos seremos abençoados.

Ml 3:10-11
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de
mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção,
que dela vos advenha a maior abastança. Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá
os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exér-
citos."

Sempre que obedecemos um princípio de Deus nós somos abençoados; e nesse caso não é diferente. O
Senhor diz que:
 Abrirá as janelas do céu.
 Repreenderá o devorador
 Fará nossa terra dar frutos.

 Isto é conseqüência de fé e obediência.

Este texto também nos mostra para quem devemos entregar os dízimos
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O texto diz "minha casa"


Qual é a casa de Deus?
 A Igreja.
 Casa do tesouro (Cristo é o tesouro)

 Nós devolvemos os dízimos à Igreja, ou mais especificamente, aos homens que Deus colocou para
governar a Igreja.

Não vamos entrar aqui na questão de como os dízimos são aplicados. Mas vemos no V.T. que ele tinha
uma finalidade específica:

Era para sustento dos LEVITAS: Povo que cuidava da casa de Deus.

Dt 26:12
Nm 18:21

Quando o povo de Israel chegou à terra prometida, foi feita uma divisão da terra entre as tribos de Is-
rael. Os levitas não receberam nenhuma parte. Deus os separou para si. Eles só trabalhariam para o Se-
nhor e o próprio Senhor cuidaria deles.

 Por isso Deus reverteu os dízimos para eles.

O povo de Israel é uma figura da Igreja; e os levitas representam as pessoas que servem na casa de
Deus, ou seja, os presbíteros e diáconos que governam e administram a igreja.

Vemos então que o dinheiro do dízimo não é para construção de templos, aquisição de bens para a
igreja, reformas, campanhas, etc. Este dinheiro deve vir de outra fonte.

 O dízimo é para sustento dos obreiros. (pessoas que se dedicam exclusivamente a


obra de Deus)
Lei x Graça
Algumas pessoas dizem:

" Esta coisa de dízimo vem da lei, e como estou livre da lei não preciso dar "

Este é um grande engano, pois a lei estabelece o dízimo e o coloca como uma ordenança (embora nin-
guém deva dar o dízimo por obrigação), mas o dízimo existe muito antes da lei.

O conceito de dízimo não vem da lei.


 Vimos que o princípio do dízimo já estava no Éden (fidelidade)
 Vemos também que 700 anos antes da lei, Abraão deu o dízimo de todos os seus bens a Melquize-
deque, sacerdote do Deus Altíssimo. (figura de Jesus)

Gn 14:18-20

 Melquizedeque era rei, não precisava ser sustentado por Abraão.

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 Abraão deu o dízimo num sinal de reconhecimento da soberania e autoridade de Melquizede-


que. (reverência)
 Nem era uma exigência de Deus. Ele deu espontãneamente.

 Mais tarde seu neto Jacó seguiu seu exemplo e deu o dízimo quando teve a revelação da casa de
Deus. Gn 28:22

 A lei regulamenta o dízimo, mas o princípio do dízimo é muito mais profundo, e não depende da lei.

A graça sempre excede a lei, vai além. A velha aliança era baseada na lei de Moisés, mas a nova aliança é
baseada na graça.

Velha Aliança Nova Aliança


Deus precisou fazer uma marca na Deus faz uma marca no coração, no
carne para mostrar a aliança (circunci- nosso espírito
são) Gn17:10-11 Fp 3:3 Ef 2:11-15
Deus deu a lei escrita em tábuas de Deus Grava sua lei em nossos cora-
pedra ções
Ex 31:18 Hb 10:16
Deus estabelece um percentual da Deus não estabelece um percentual,
renda de todo homem para lhe ser mas nos deixa livres para dar tudo.
devolvido, a fim de lembrar-lhe que Uma vez que renunciamos a tudo por
tudo o que possui provém do Senhor. Jesus, nada mais é nosso, é tudo dele.
Gn 28:22 Dt 14:23 Lc 14:33
Fala de uma nação terrena (Israel) Fala de uma nação espiritual (Igreja),
com promessas terrenas e esperanças celestial, com promessas e esperanças
terrenas. eternas. Fp 3:20-21 I Jo 3:1-2
At 1:6

A Nova Aliança é muito superior a Velha, ela vai sempre além.

No sermão do monte cristo faz uma comparação entre os mandamentos de Moisés (lei) e os seus
mandamentos (graça).

Lei Graça
Proibia-se o homicídio Mt 5:21-23 Proíbe-se até a ira.
Proibia-se o adultério Mt 5:27-28 Proíbe-se ate o olhar
impuro
Exigia-se o amor ao pró- Mt 5:43-44 Exige-se o amor ao pró-
ximo, mas permitia o ximo, aos irmãos, aos
ódio ao inimigo. inimigos e também orar
pelos que vos perseguem.
Exigia-se o dízimo Mt3:8 Lc 14:25-33 Exige-se a vida e tudo
quanto possui.

Deste modo vemos que pela graça Deus não exige 10%. Ele exige TUDO.

 O mínimo que podemos dar é o dízimo, conforme diz a lei (e estaremos seguindo a lei). Mas pela
graça estamos livres para dar mais.

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Mt 5:20
"Pois eu vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no
reino dos céus."

O significado mais profundo do dízimo é:


 "Deus não é Senhor apenas de 10% de minhas finanças, Ele é Senhor de tudo (100%)."

As bençãos que seguem o dízimo


O que queremos mostrar aqui não é que se você der o dízimo deus vai enriquecê-lo, ou que todos os
seus problemas financeiros serão solucionados. Não é com esse objetivo que devemos dar o dízimo.

O que queremos mostrar é que este é um princípio de Deus e pelo fato de obedecermos a um princí-
pio de Deus somos abençoados.

Pv 3:9
"Honra ao Senhor com os teus bens, e com as primícias de toda a tua renda."

Rm 11:16
"Se as primícias são santas, também a massa o é; e se a raiz é santa, também os ramos o são."

Devolvendo o dízimo estamos honrando a Deus e em conseqüência disto santificando toda a nossa
renda.

 Damos uma parte a Deus e Ele faz prosperar o restante.

Ml 3:10-11
"Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de
mim, diz o Senhor dos exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós tal bênção,
que dela vos advenha a maior abastança. Também por amor de vós reprovarei o devorador, e ele não destruirá
os frutos da vossa terra; nem a vossa vide no campo lançará o seu fruto antes do tempo, diz o Senhor dos exér-
citos."

Diz que devemos provar (experimentar) o Senhor. Ele abrirá as janelas do céu e derramará as bençãos
sem medidas

 O contribuinte fiel não passa necessidades.


 Deus faz o seu pouco prosperar e ser suficiente.

Ofertas
 Ofertar é DAR.

Na bíblia o seu conceito está ligado a idéia de sacrifício.

 È dar algo que nos custe, que é valioso para nós.

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II Sm 24:22-24
"Então disse Araúna a Davi: Tome e ofereça o rei meu senhor o que bem lhe parecer; eis aí os bois para o holo-
causto, e os trilhos e os aparelhos dos bois para lenha. Tudo isto, ó rei, Araúna te oferece. Disse mais Araúna ao
rei: O Senhor teu Deus tome prazer em ti. Mas o rei disse a Araúna: Não! antes to comprarei pelo seu valor,
porque não oferecerei ao Senhor meu Deus holocaustos que não me custem nada. Comprou, pois, Davi a eira e
os bois por cinqüenta siclos de prata."

Não devemos ofertar ao SENHOR algo que não custe nada para nós.
(Ex.: os reis magos)

Na bíblia encontramos vários tipos de ofertas:


 Queimada
 Pelo pecado
 Pacífica
 Movida
 De libação
 De ação de graças
 De incenso
 Dos primeiros frutos
 Pelo ciúme
Para RedençãoEx.: Lv 6:24-30

Estas ofertas ou sacrifícios eram requeridas com muitas exigências e sempre visavam a obtenção de
uma dadiva perdoadora.
 Não era qualquer tipo de oferta
 Nem todos podiam ofertar
 Só o sumo sacerdote ofertava e através dele o perdão era concedido ao povo.

Todas as bençãos, redenção, perdão de pecados, nós já possuímos em Cisto. Por isso todos estes tipos
de ofertas e sacrifícios foram abolidos pela obra de Jesus na cruz.

 Todo ritual religioso judaico foi abolido por Jesus.

Haviam porém dois tipos de ofertas entre o povo de Deus que não estavam associadas a obtenção de
alguma benção, ou perdão de pecados, nem a um ritual religioso, mas sim ao princípio de dar, de con-
tribuir.

Por isso não foram abolidas e são referenciadas no Novo testamento, praticadas pelos discípulos da
Igreja primitiva e usadas até hoje.

Ofertas voluntárias
 Oferta voluntária é a que oferecemos ao Senhor (ou ao necessitado, como ao Senhor), espontanea-
mente, por livre vontade.

Da COMUNIDADE CRISTÃ “SEMEANDO 119


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Dt 16:10
"Depois celebrarás a festa das semanas ao Senhor teu Deus segundo a medida da oferta voluntária da tua
mão, que darás conforme o Senhor teu Deus te houver abençoado."

Ex 35:21-22
"E veio todo homem cujo coração o moveu, e todo aquele cujo espírito o estimulava, e trouxeram a
oferta alçada do Senhor para a obra da tenda da revelação, e para todo o serviço dela, e para as vestes sagra-
das. Vieram, tanto homens como mulheres, todos quantos eram bem dispostos de coração, trazendo bro-
ches, pendentes, anéis e braceletes, sendo todos estes jóias de ouro; assim veio todo aquele que queria fazer
oferta de ouro ao Senhor."

I Cr 29:6-8;13-17
"Então os chefes das casas paternas, os chefes das tribos de Israel, e os chefes de mil e de cem, juntamente
com os intendentes da obra do rei, fizeram ofertas voluntárias; e deram para o serviço da casa de Deus cinco
mil talentos e dez mil, dracmas de ouro, e dez mil talentos de prata, dezoito mil talentos de bronze, e cem mil
talentos de ferro."
"Agora, pois, ó nosso Deus, graças te damos, e louvamos o teu glorioso nome. Mas quem sou eu, e quem é o
meu povo, para que pudéssemos fazer ofertas tão voluntariamente? Porque tudo vem de ti, e do que é teu to
damos. Porque somos estrangeiros diante de ti e peregrinos, como o foram todos os nossos pais; como a som-
bra são os nossos dias sobre a terra, e não há permanência: Ó Senhor, Deus nosso, toda esta abundância, que
preparamos para te edificar uma casa ao teu santo nome, vem da tua mão, e é toda tua. E bem sei, Deus meu,
que tu sondas o coração, e que te agradas da retidão. Na sinceridade de meu coração voluntariamente
ofereci todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, ofereceu voluntariamente."

Ofertas alçadas
 Oferta alçada é a levantada com uma finalidade específica.

No V.T. foram usadas principalmente para a construção do templo (I Cr 29). No N.T. era usada princi-
palmente para suprir as necessidades dos discípulos.

I Co 16:1-2
"Ora, quanto à coleta para os santos fazei vós também o mesmo que ordenei às igrejas da Galiléia. No pri-
meiro dia da semana cada um de vós ponha de parte o que puder, conforme tiver prosperado, guardando-o,
para que se não façam coletas quando eu chegar."

Fp 4:16
"Porque estando eu ainda em Tessalônica, não uma só vez, mas duas, mandastes suprir-me as necessidades."

O que distingue a oferta voluntária da oferta alçada é que a alçada tem uma finalidade específica, a vo-
luntária não.

Mas segundo a palavra de Deus, toda oferta de ser voluntária, ou seja espontânea, até mesmo as ofertas
alçadas. Elas devem ser dadas de coração.

 Ninguém pode ser forçado a contribuir. A oferta é obra de Deus no coração do homem.

A prática dos Apóstolos

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VIDA” Para João Manuel Balanga – 935 373 053
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O que nos chama a atenção no Novo Testamento é que os apóstolos não falavam nem pregavam sobre
dízimos e sim sobre ofertas. Isto por causa do princípio de vida da Igreja.

At 2:42-47
"E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma
havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e ti-
nham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a neces-
sidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com
alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-
lhes o Senhor os que iam sendo salvos."

 Eles perseveravam no partir do pão


 Repartiam tudo
 Não viviam mais para si, mas para o Senhor.

Não havia necessidade dos apóstolos falarem e dar 10% quando as pessoas depositavam tudo a seus
pés.

At 4:32-37
"Da multidão dos que criam, era um só o coração e uma só a alma, e ninguém dizia que coisa alguma das que
possuía era sua própria, mas todas as coisas lhes eram comuns. Com grande poder os apóstolos davam teste-
munho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça. Pois não havia entre eles
necessitado algum; porque todos os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam o preço do que
vendiam e o depositavam aos pés dos apóstolos. E se repartia a qualquer um que tivesse necessidade.
então José, cognominado pelos apóstolos Barnabé (que quer dizer, filho de consolação), levita, natural de Chipre,
possuindo um campo, vendeu-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos"

 Havia necessidade de dízimo?


 Eles ofertavam tudo.
 Isto vai além (graça) de contribuir ou ofertar parte da renda.
 Isto vai além (graça) de dar 10 %
 Significa que o que é meu é dos irmãos e que a necessidade dos irmão é a minha necessidade.
 Significa que tudo o que é meu é do Senhor.

Para isso é necessário uma profunda operação do Espírito Santo no nosso coração levando-nos a um
intenso compromisso com os irmão em amor.

 É interessante observarmos que não foi nenhum deles que teve esta idéia ou decidiu mudar: "De ago-
ra em diante não daremos mais os dízimos!". Foi obra do Espírito Santo no coração do povo.

Para isso precisamos entender que a nossa pátria está no céu e não na terra Fp 3;20 Hb 11:15-16

Em favor de quem devemos ofertar


Aos pobres e necessitados
(A igreja também tem pobres)
1) De sua própria casa (pais, irmãos, etc.) I Tm 5:8
2) Aos da família da fé (irmãos) Gl 6:10
3) A todos os homens (=/= de bebados, mendigos,...) Gl 2:10

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Diz respeito a sustento e vestimenta


Para a obra de Deus
1) Na localidade
- Para sustento dos presbíteros e diáconos I Tm 5:17-18
- Demonstrando gratidão.
- Suprindo necessidades da igreja.
2) Fora da localidade
- Missionarios obreiros e apóstolos Fp 4:14-19

Como ofertar
Qual deve ser a nossa atitude ao contribuir?
A bíblia nos ensina claramente a respeito desse assunto:

 Dar com discrição (ser discreto) Mt 6:2-3


 Dar livremente Lc 6:38
 Dar como ao Senhor II Co 8:5
 Ser Generosos II Co 8:2
 Deve ser prova de nosso amor II Co 8:24
 Deve ser de acordo com o que temos II Co 8:12;15
 Deve glorificar a Deus II Co 9:13
 Não ser legalistas (dar de coração)
- Dar porque tem que dar
- Dar para cumprir a lei (principalmente c/ relação ao dízimo)
- Dar para se sentir justificado
- Sensação de dever cumprido
 Não ser mercenário com Deus (dar em troca de alguma benção)
 Não ser justo aos próprios olhos
 Ser constante nas contribuições
 Planejar suas ofertas
 Estar atento às necessidades dos irmãos.

(Ex.: Irmão de porto alegre - Apartamento)

A Lei da Semeadura
II Co 9:6;10
"Mas digo isto: Aquele que semeia pouco, pouco também ceifará; e aquele que semeia em abundância, em
abundância também ceifará"
"Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer, também dará e multiplicará a vossa semen-
teira, e aumentará os frutos da vossa justiça."

A semente e pão
O pão é para alimento, a semente é para semear.
Nosso dinheiro também tem estas duas finalidades: SUSTENTO e SEMEAR (dar)

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No verso 6 diz:
- Quem semeia pouco colhe pouco
- Quem semeia muito colhe muito

É o contrário da poupança:
Poupança : " Quanto mais guarda mais tem "
Semeadura : " Quanto mais semeia (dá) mais colhe (recebe)

Ajuntar muito dinheiro não é uma boa idéia, pois não sabemos o dia de amanhã. Podemos morrer, dei-
xar a conta cheia e perder a oportunidade de ofertar e repartir.
Lc 12:15-25 (o rico insensato)

Ec 11:1-4
"Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com
oito; porque não sabes que mal haverá sobre a terra. Estando as nuvens cheias de chuva, derramam-na sobre a
terra. Caindo a árvore para o sul, ou para o norte, no lugar em que a árvore cair, ali ficará. Quem observa o
vento, não semeará, e o que atenta para as nuvens não segará. Lançai o vosso pão sobre as águas

 Lançai o vosso pão sobre as águas


 Repartir, dar, abençoar os outros e ser abençoado."
 Quem observa o vento (circunstâncias) não semeara

A oferta da viúva pobre


Mc 12:41-44

Este é um texto muito conhecido. A viúva deu apenas uma moeda e sua oferta foi considerada maior do
que a dos ricos que ofertavam muito.

Ela deu 2 leptos (1 moeda), talvez na hora de se usar esta moeda pouca coisa se faria com ela. Mas dian-
te de Deus foi uma grande oferta.

Jesus explica porque:


- Todos deram do que sobrava.
- Ela deu tudo o que tinha para seu sustento (100%)

Aqui nos aprendemos 3 princípios para ofertar:

1) Amor
- Ninguém mandou ela dar tudo.
- Ela ofertou livremente
- Era algo espontâneo, honrando a Deus e sua obra
- Deu por amor a Deus e seu reino
2) Fé
- Ela deu tudo, não ficou com nada, nem para o seu sustento
- Jesus não demonstra nenhuma pena dela.
- Ele sabia que a mulher estava acionando um princípio poderoso de Deus para o seu suprimento: a
Fé.
- Dar quando se tem muito é fácil

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- Dar do que sobra é mais fácil ainda


- Mas dar quando se tem necessidade exige fé.

 Este é o princípio de Deus que abre as janelas do céu Ml 3:10

- Isto significa confiar mais em Deus do que nas riquezas.


- É ter fé que Deus proverá o meu sustento independente do dinheiro.

(Para nós é mais fácil ter dinheiro e comprar o que precisamos, mas para Deus pode ser melhor que fi-
quemos sem dinheiro e prendamos a depender dele e dos irmãos. Isso Quebra o orgulho do homem,
contribui para o despojamento da carne, é benção espiritual.)

3) Sacrifício
- A mulher não estava dando com a intenção de receber mais.
- Ela estava disposta a passar privações para que outros não passassem.
- Este é o padrão que devemos buscar no novo testamento.
- Se as nossas contribuições não nos expõem ao sacrifício, ainda não atingimos o padrão ensinado por
Jesus.
 Não devemos ofertar a Deus o que não significa nada ou não valha nada para nós.

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