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PARÁBOLA DO SEMEADOR – MATEUS 13

Jesus assentou-se em um barco à beira mar, diante de grande multidão que estava na
praia, e contou a seguinte parábola:

Então lhes falou muitas coisas por parábolas, dizendo: "O semeador saiu a
semear. Enquanto lançava a semente, parte dela caiu à beira do caminho, e as
aves vieram e a comeram.
Parte dela caiu em terreno pedregoso, onde não havia muita terra; e logo brotou,
porque a terra não era profunda.
Mas quando saiu o sol, as plantas se queimaram e secaram, porque não tinham
raiz. Outra parte caiu entre espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas.
Outra ainda caiu em boa terra, deu boa colheita, a cem, sessenta e trinta por um.
Aquele que tem ouvidos para ouvir, ouça!" Mateus 13:3-9

Mais adiante no Capítulo, temos a explicação perfeita da Parábola pelo próprio Senhor
Jesus:

"Portanto, ouçam o que significa a parábola do semeador:


Quando alguém ouve a mensagem do Reino e não a entende, o Maligno vem e lhe
arranca o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do
caminho.
Quanto ao que foi semeado em terreno pedregoso, este é aquele que ouve a
palavra e logo a recebe com alegria.
Todavia, visto que não tem raiz em si mesmo, permanece por pouco tempo.
Quando surge alguma tribulação ou perseguição por causa da palavra, logo a
abandona.
Quanto ao que foi semeado entre os espinhos, este é aquele que ouve a palavra,
mas a preocupação desta vida e o engano das riquezas a sufocam, tornando-a
infrutífera.
E, finalmente, o que foi semeado em boa terra: este é aquele que ouve a palavra e
a entende, e dá uma colheita de cem, sessenta e trinta por um". Mateus 13:18-23

Podemos notar, também, que embora seja comumente conhecida como “a parábola do
semeador”, Jesus enfatizou os diferentes tipos de solo. Todos receberam sementes, mas
apenas um produziu uma colheita.

No Livro do Profeta Isaías, Deus havia comparado Israel com sua agricultura, na qual Ele
buscava uma colheita de retidão e de justiça:

Cantarei para o meu amigo o seu cântico a respeito de sua vinha: Meu amigo tinha
uma vinha na encosta de uma fértil colina.
Ele cavou a terra, tirou as pedras e plantou as melhores videiras. Construiu uma
torre de sentinela e também fez um tanque de prensar uvas. Ele esperava que
desse uvas boas, mas só deu uvas azedas.
"Agora, habitantes de Jerusalém e homens de Judá, julguem entre mim e a minha
vinha. Que mais se poderia fazer por ela que eu não tenha feito? Então, por que só
produziu uvas azedas, quando eu esperava uvas boas?
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Pois, eu lhes digo o que vou fazer com a minha vinha: Derrubarei sua cerca para
que ela seja transformada em pasto; derrubarei o seu muro para que seja
pisoteada.
Farei dela um terreno baldio; não será podada nem capinada, espinheiros e ervas
daninhas crescerão nela. Também ordenarei às nuvens que não derramem chuva
sobre ela".
Pois bem, a vinha do Senhor dos Exércitos é a nação de Israel, e os homens de
Judá são a plantação que ele amava. Ele esperava justiça, mas houve
derramamento de sangue; esperava retidão, mas ouviu gritos de aflição. Isaías
5:1-7

Na parábola acima do Antigo Testamento podemos constatar que Deus deu todas as
condições para garantir a produtividade da vinha, ou seja, para que os Israelitas
produzissem os frutos do Espírito, a serem demonstrados pelas boas obras. “Ele cavou a
terra, tirou as pedras e plantou as melhores videiras. Construiu uma torre de
sentinela.”

Mas, infelizmente, não foi isso que aconteceu; razão pela qual o Eterno, que é um Deus
de justiça, decretou um juízo sobre a nação, que mais tarde seria entregue nas mãos do
Rei da Babilônia.

Com relação a parábola de Mateus 13, objeto do nosso estudo, o Senhor Jesus, portador
da Palavra de Deus, indica que apenas alguns dos ouvintes de Israel produziriam o fruto
desejado.

Embora a Palavra tenha sido semeada no coração daqueles que escutaram a mensagem
do Evangelho da Salvação, ela não residia profundamente no íntimo deles. Não houve um
estreitamente da relação do ouvinte com o Mestre Jesus, cabeça da Igreja, e com Deus
Todo Poderoso.

No mesmo Capítulo 13 de Mateus vemos que o povo endureceu o coração:

“Por isso, lhes falo por parábolas; porque, vendo, não veem; e, ouvindo, não
ouvem, nem entendem. De sorte que neles se cumpre a profecia de Isaías:
Ouvireis com os ouvidos e de nenhum modo entendereis; vereis com os olhos e
de nenhum modo percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, de
mau grado ouviram com os ouvidos e fecharam os olhos...” Mateus 13:13-15a

Por isso Satanás (o maligno), elimina a influência da Palavra, por meio de suas mentiras e
distrações, tão facilmente quanto os pássaros comem as sementes que ficam depositadas
à beira do caminho.

Nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que
lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de
Deus. 2 Coríntios 4:4

A Bíblia diz, em Apocalipse 12:9, que o Diabo engana todo o mundo. Ele somente não
pode enganar para sempre os eleitos, ou seja, aqueles que negam a si mesmo; buscam
primeiro o Reino de Deus e a sua justiça; tomam diariamente a sua cruz, e se esforçam
para andar como Jesus andou.
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Quando o verso 21 diz: “mas não tem raiz em si mesmo, sendo, antes, de pouca
duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo
se escandaliza.” Significa que a alegria inicial na Palavra não dura. A pessoa se afasta,
se escandaliza, porque a dureza secreta do seu coração ainda não convertido; que
representa o solo rochoso; impede que a Palavra transforme a antiga natureza de modo
profundo, ou seja: não tem raiz.

A pessoa não suporta as dificuldades e as provações pelas quais passam aqueles que
querem servir ao Mestre Jesus. Não consegue priorizar a busca pelo Reino dos Céus.
Não coloca Deus efetivamente em primeiro lugar.

Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não
destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam. Pois onde estiver o seu
tesouro, aí também estará o seu coração. Mateus 6:20,21

Como vemos no verso 22, o amor pelas inúmeras distrações, mentiras, fascinação das
riquezas e cuidados deste mundo, acabam ficando acima do amor ao Criador dos céus
e da Terra. O tempo dedicado para ler e estudar a Bíblia é praticamente inexistente. Não
guardam o sábado e nenhum outro dia.

Trabalho, lazer, televisão, internet, Netflix, futebol, happy hour, viagens, seriados, vídeo
game, redes sociais, etc. Tudo isso afasta a pessoa do Evangelho, na medida em que
não abrem mão dessas coisas, mas facilmente abrem mão de examinar as Escrituras e
de procurar fazer a vontade de Deus. Abrem mão de servir como instrumentos na obra
do Criador e ainda alegam “falta de tempo.”

Sim, Satanás te distraiu com tantas coisas, ao ponto de te “deixar sem tempo”. Você
deve agir rápido para reverter essa situação e buscar a Deus de todo o teu coração e
entendimento. Será que a desculpa de “falta de tempo” será aceita diante do Grande
Trono Branco? Ou não seria melhor arrumar tempo para as coisas de Deus?

Quanto à antiga maneira de viver, vocês foram ensinados a despir-se do velho


homem, que se corrompe por desejos enganosos, Efésios 4:22

Além disso, muitos acham mais cômodo amontoar mestres e doutores para si, confiando
a sua vida e a sua eternidade em homens perversos.

Pois virá o tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário, sentindo
coceira nos ouvidos, segundo os seus próprios desejos juntarão mestres para si
mesmos. 2 Timóteo 4:3

E muitos somente se lembram de Deus e do Senhor Jesus; único mediador entre nós e
o Altíssimo; quando estão passando por sérias dificuldades, e depois se esquecem
novamente, entristecendo o Espírito do Pai Celestial.

E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da
redenção. Efésios 4:30

Devemos nos livrar da ansiedade e medo em relação às coisas terrenas:


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Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de
comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a
vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros;
contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do
que as aves?
Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua
vida?
E por que andais ansiosos quanto ao vestuário? Considerai como crescem os
lírios do campo: eles não trabalham, nem fiam.
Eu, contudo, vos afirmo que nem Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como
qualquer deles.
Ora, se Deus veste assim a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no
forno, quanto mais a vós outros, homens de pequena fé?
Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos? Que beberemos? Ou:
Com que nos vestiremos?
Porque os gentios é que procuram todas estas coisas; pois vosso Pai celeste
sabe que necessitais de todas elas;
buscai, pois, em primeiro lugar, o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas.
Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus
cuidados; basta ao dia o seu próprio mal. Mateus 6:25-34

Isso não significa que podemos simplesmente parar de trabalhar. Não podemos ser
negligentes com relação ao nosso sustento e o sustento de nossa família.

Aquele que furtava, não furte mais; antes trabalhe, fazendo com as mãos o que é
bom, para que tenha o que repartir com o que tiver necessidade. Efésios 4:28

Quando ainda estávamos com vocês, nós lhes ordenamos isto: se alguém não
quiser trabalhar, também não coma. 2 Tessalonicenses 3:10

Mas devemos estar com o nosso coração focado no Reino de Deus, e não dar total
prioridade as coisas terrenas que o ladrão rouba, a traça come e a ferrugem corrói.
Aqueles que não conhecem a Deus se caracterizam pela busca incessante de bens e
prazeres passageiros, por medo ou ganância.

Contudo, os discípulos de Cristo devem ter a sua prioridade e os seus melhores esforços
investidos na busca do glorioso reino de Deus e na obediência à Sua vontade, Seus
mandamentos, Seus estatutos e a Sua justiça, confiando que Deus os proverá quanto a
suas necessidades básicas.

Não são proveitosas as tentativas de se receber a Palavra de Deus sem arrependimento


quanto às coisas do mundo.

Por fim, a característica definidora da boa terra do verso 23 é que ela produz fruto.
Estamos diante não apenas de um ouvinte da Palavra, mas de quem de fato a pratica. A
Palavra transforma o coração com conhecimento experimental de forma que nem
Satanás, nem tribulações, nem perseguições e nem as coisas do mundo podem impedi-la
de produzir uma nova vida, embora em graus variados, de acordo com os talentos e
capacidades de cada um.

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