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IGREJA BAPTISTA REFORMADA EM ANGOLA

23 DE OUTUBRO DE 2022

Sermão nº 28
Marcos: 6.45-56
Pastor Pascoal Mapaxi

Jesus Cristo não é um Fantasma.


Afinal, qual é o real motivo para tanta evidencias para se provar a identidade de um individuo
? a pergunta que não cala. É esta quem este? Sua resposta comporta um serie de relatos, há
evidencias de sobra. Por que confiar em Jesus Cristo?

• INTRODUÇÃO

Esta história é uma continuação da multiplicação dos pães; ambas as narrativas ligadas pelas
pessoas envolvidas, pela cronologia e referências geográficas. Os dois milagres são revelações
complementares de Jesus, pois, como Marcos declara (v. 52), o entendimento dos dois é
interdependente. A proeminência dada às atividades dos discípulos nas duas perícopes chama
a atenção para o tema da missão dos discípulos, iniciada em 6.7.

1. UMA SAIDA ESFORÇADA

6.45-46 - Estes dois versículos fazem a transição entre as duas fases que compõem
essa história. Falam das ações de Jesus em relação aos discípulos, à multidão e a Deus.
Depois de alimentar os cinco mil, Jesus faz com que seus relutantes discípulos embarquem
com destino a Betsaida.

A Betsaida à qual Marcos se refere estava claramente no lado oeste do mar, como a planície
de Genesaré estava ao sul de Cafarnaum (cf. Mc 6.53; Jo 6.17). Para mais informações sobre
as duas Betsaidas.

Quais foram as possíveis razões da saída de Jesus Cristo? 6.45 (Jesus insistiu os
discípulos) – Uma saída saiba, Jesus Cristo é a forte de sabedoria. Os discípulos estavam
facisnados, imagina!

• Estava ficando tarde e muitos estavam longe de casa.


• As pessoas não estavam querendo deixar Jesus tão facilmente.
• Eles queriam tomar Jesus à força e fazê-lo rei (Jo 6.15);

“Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo. 15 Sabendo, pois, Jesus que estavam para vir
com o intuito de arrebatá-lo para o proclamarem rei, retirou-se novamente, sozinho, para o monte.”

que era exatamente o que ele não queria (Jo 18.36);


“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros
se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.”

• Jesus desejava ter um tempo de comunhão com o Pai.

Sobre o motivo pelo qual Jesus despediu seus discípulos, a necessidade de comunhão
particular (ponto d) também explicaria isso. Além do mais, em conexão com o ponto c, Jesus

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sabia que nem mesmo seus próprios discípulos estavam livres de expectativas messiânicas
errôneas. Podemos admitir que ele também estava consciente do fato de que seria melhor
para os discípulos não ficarem e serem influenciados pelo clamor da multidão.

Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este o tempo em que restaures o reino a
Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua
exclusiva autoridade; 8 mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e sereis minhas
testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra – At.1.6-7

• A vida de oração de Jesus Cristo

Jesus Cristo não estava ser compreendido, e o que ele é faz? Amados irmãos, qual é a primeira
coisa que você faz quando as coisas não vão de acordo com o que desejas?

Enquanto isso, Jesus dispensa a multidão. Já é tarde da noite, e as pessoas tinham muito que
caminhar na volta para casa. Jesus, então, sobe ao monte para orar. Essa é a segunda das três
ocasiões, registradas por Marcos, em que Jesus ora sozinho à noite, num momento crítico de
seu ministério (1.35; 14.32-42.) Ele estava preocupado com a falta de entendimento dos
discípulos sobre a sua identidade, e a falta de compaixão deles para com as muitas ovelhas
sem pastor.

A oração pertence à essência desta “vida verdadeira”. Por isso, em uma passagem que
certamente também elucida Marcos 6.46, Speer aponta que a oração era o fôlego de Jesus, a
saber, “oração altruísta (Lc 22.32), oração de perdão (Lc 23.34), oração fervorosa (Lc 22.44),
oração de submissão (Mt 11.26; 26.39, 54)” (p. 20).

A cena de Jesus no monte orando, como era de costume (cf. Jo 17), não deve ser separada da
dos discípulos no mar revolto:

2. O CORAÇÃO DO SENHOR E O CORAÇÃO ENDURECIDO

• Um coração que vela pelos seus filhos – 6.47-48 “Ele viu” salmo

6.47-51 - Embora geograficamente separados, Jesus está atento aos discípulos, que a
contragosto começam a cruzar o lago para Betsaida, remando contra um forte vento. Ele
não somente continua a observá-los de seu ponto de vantagem em terra, mas também ora
pelos seus conflitos.

A maneira maravilhosa na qual os atributos de Jesus são aqui descritos merece um estudo
especial. Há, primeiro, seu conhecimento. O contexto anterior – veja os versículos 46–47 – deixa
a impressão de que foi enquanto Jesus ainda estava em terra que ele, através – ou apesar –
da escuridão, viu os discípulos. Para mais informação sobre a estreita relação entre a natureza
humana e a natureza divina de Cristo, entre seu conhecimento e sua onisciência.

Os olhos do SENHOR repousam sobre os justos,


e os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor. Sl.34.15

• Um coração que se move – 6.48

Tentativas foram feitas para escapar a esta conclusão, e mudar “andando sobre o mar” para
“andando ao longo do mar”. No presente contexto, todavia, isso não se sustenta. Se a

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expressão exatamente semelhante no texto precedente (6.47) significa que somente Jesus
estava em terra, o versículo 48 deve significar que ele realmente andou por sobre o mar.

v. 48 - Jesus está andando "por sobre" as águas: a preposição grega, epi, tem o sentido de
"sobre (acima das)" águas.

• diz que "andar sobre o mar" é, no Antigo Testamento, "uma manifestação da presença
divina. Veja Sl 77.19; Jó 38.16; Is 43.16".

Jesus está demonstrando quem ele é. O único que caminha sobre as águas e faz o
vento acalmar-se; que fala e faz o que somente Deus pode fazer — ele é Senhor
transcendente. Além disso, Jesus sobe no barco com os discípulos, pois ele também
é humano. Ele é um homem entre os homens. Ele entende os seres humanos, embora
eles não o compreendam. O Soberano Senhor da natureza está presente e cuida de
seu povo.

• Um coração que ama incondicionalmente – 6.49-52

Aparencia de Cristo, resumidade pelo o apostolo Paulo:

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se
conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal;
não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo
suporta - 1Co 13.4–7.

Ele usou este amor moldando os discípulos, e esta fazendo o mesmo connosco.

Não seria correto, ao considerar o conhecimento e o poder do Mestre, nos esquecermos do seu
amor, como revelado aqui. Que esses homens angustiados não eram perfeitos fica claro no
versículo 49 (eles eram supersticiosos) e também no versículo 52 (em certo sentido, os seus
corações estavam endurecidos). Não obstante, tão terno é a sua compaixão, tão paternal a
sua afeição, que nenhuma escuridão, tempestade ou ondas, podem mantê-lo longe daqueles
que são muito queridos em seu coração. Quando tais precisam de Jesus, ele mesmo quer ficar
perto deles.

Como na tempestade anterior (4.35), os discípulos encontram-se nessa aflição como


resultado de obedecerem uma ordem de Jesus. Agora, ele nem mesmo está com eles no
barco. Jesus os vê fatigados com os remos, e vai até eles, caminhando sobre o lago. A frase
"queria tomar-lhes a dianteira" lembra uma expressão semelhante usada em referência a
Moisés e Elias, proeminentes tanto no Antigo Testamento como em Marcos. Quando eles
ficam com medo de ir adiante (Ex 33.15s; 1 Rs 19. l0ss), o Senhor aparece, "passando à
frente" de seus aflitos servos. Como aquelas epifanias, a intenção de Jesus é de revelar sua
glória, como o Filho de Deus, "passando à frente" dos seus discípulos.

Os discípulos, no entanto, não podem crer que estejam vendo um homem andando sobre a
água. Eles estão aterrorizados; pensam estar vendo um fantasma. Imediatamente Jesus diz a
eles: "Tende bom ânimo! sou eu. Não temais". Ainda que gritem de medo, Jesus responde
imediatamente, pois "o poder do Senhor para responder não está limitado pela inadequação
de nossas petições".

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Enquanto que as palavras "Eu sou" (ego eimi, literalmente: "Eu sou", cf. 14.62) podem ser
simplesmente uma auto-identificação, aqui elas têm um significado muito maior. Baseado na
afirmação de Deus a Moisés ("Eu sou o que Sou", Ex 3.14), "Eu sou" aparece no Antigo
Testamento como mais um titulo ou fórmula da divina auto-revelação (cf. Is 43.25; 48.12;
51.12).

No Antigo Testamento Deus declara "Não temais, Eu sou", quando sua manifestação
não era inicialmente reconhecida, e respondida com assombro. Do mesmo modo,
Jesus procura acalmar os temores dos seus discípulos ao identificar-se com seu nome
mais sagrado, "Eu Sou".

Alguns momentos antes, os discípulos tinham gritado de pavor. Agora, após ouvirem as
palavras de Jesus, eles estão completamente maravilhados.

v. 50 - "Não temais! Sou eu", aparece em Gn 15.1; 26.24; 46.3; Is 41.13. "Eu sou" no Novo
Testamento aparece especialmente em João (cf. 8.24, 28, 58; 13.19; 18.4-6).

6.52 - A frase "não haviam compreendido o milagre dos pães" significa que havia mais do
que à primeira vista por trás da multiplicação dos pães. Como as parábolas, os milagres
carregam um outro significado oculto que deve ser revelado. Se o significado dos pães tivesse
sido compreendido, o milagre no lago teria sido claro. O entendimento vem de modo
gradativo, acrescentado-se um detalhe a outro (8.19-21). A falta de entendimento não é algo
estático; se não for superada, torna-se um mal-entendido e, eventualmente, resulta em falha.
A cegueira espiritual dos discípulos tinha progredido ao ponto de Marcos descrevê-los com
uma frase semelhante à utilizada para descrever os fariseus (3.5): "dureza de coração".

O que eles não entenderam a respeito dos pães?

• Primeiramente, eles ainda não entendem quem é Jesus nem o relacionamento entre o pão, que
ele havia dado, e o reino de Deus entre os homens.

• Segundo, os discípulos (incluindo os leitores do Evangelho de Marcos) precisam compreender,


e cumprir, "o imenso privilégio e responsabilidade de oferecer à multidão... a Palavra viva, a qual
unicamente pode satisfazer sua fome". Sem entender isso, eles continuarão temerosos e realizarão
sua missão a contragosto (v. 45).

v. 52 - "Dureza de coração" não significa, aqui, um coração duro no sentido de incapaz de


sentimentos. Antes, é a falta de entendimento, percepção ou insensibilidade.

1. O poder, amor e sabedoria está alcance de todos 6.53-56

Jesus Cristo é um salvador compassivo, isso que vimos hoje não acontece apenas
com os filhos, mas também com aqueles que se achegam ao encontro de Jesus Cristo.

6.53-56 - Após uma longa noite no lago, os discípulos aportam na cidade de Genesaré, com
o barco "desviado de sua rota" pelos fortes ventos. Ao reconhecerem Jesus, as pessoas não
perdem tempo em tirar vantagem de sua presença para receberem cura para suas doenças.
Através de todo o vale fértil e para além, correm para onde Jesus está, levando os doentes a
ele.

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No meio de todas essas exigências, Jesus continua seu ministério itinerante costumeiro (cf.
1.39, 45; 6.6b). A notícia de sua presença espalha-se rapidamente; muitas pessoas afluem em
seu desejo de serem curadas. Aquela mesma pessoa que algumas horas antes aparecera numa
teofania como o Senhor transcendente, agora pode ser alcançado e tocado.

Em sua primeira atividade missionária, os discípulos estavam ocupados com o ensino (6.12,
30) e a cura (6.13). Agora não há menção da participação deles. Aparentemente falta-lhes
ainda a compaixão que cria o desejo de servir a outros (6.36, 45).

v. 53 - Genesaré se localizava na margem noroesta de lago da Galiléia. Ficava à entrada de


um pequeno e fértil vale. O lago era também conhecido pelo nome de Genesaré.

v. 56 - As curas de Jesus não podem ser estereotipadas. Às vezes ele tocava a pessoa (1.41);
às vezes a pessoa o tocava (3.10; 5.28; 6.56). Noutras ocasiões, não havia toque algum
envolvido (3.5; 7.29).

(Aplicações)

1. Os problemas desta vida não são sempre indicações que estamos fora da vontade,
os discípulos estava no barco por obediência, pois eles foram esforços.
2. O Senhor vela pelos seus filhos, ainda nos momentos mas solitário da alma. O senhor
conhecer a sua aflição, não porque apenas por ele onniciente, mas porque ele ama-
te.
3. O Amor incondicionalmente de Jesus Cristo lança fora o medo. O amor é tido como
conhecimento, neste caso, é reconhecer a pessoa Cristo, livra-nos dos nossos
fantasmas e medos. Sabem qual é a razão nosso do maiores temores, é que perdemos
de vista quem Jesus é, nós vimos fantasmas, e duvidamos quem é Jesus Cristo.

• O que faremos?

1. Devemos aprendemos com a vida devocional de Jesus Cristo, comunhão com Deus
é a nossa essência, como cristão.
2. Devemos confiar plenamente nele. Não perdamos de vista a realidade do filho de
Deus. O que é crer em Jesus Cristo? É CRER SOMENTE NELE. Principal a razão
que não devemos temer é pelo que Jesus Cristo é.

10 Eis que o SENHOR Deus virá com poder, e o seu braço dominará; eis que o seu galardão
está com ele, e diante dele, a sua recompensa. 11 Como pastor, apascentará o seu rebanho;
entre os seus braços recolherá os cordeirinhos e os levará no seio; as que amamentam ele
guiará mansamente. - Is 40.10–11.

3. A misercordia para todos. Você que nos visita hoje.

Por isso amados irmãos.

Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.Deixe o perverso
o seu caminho, o iníquo, os seus pensamentos; converta-se ao SENHOR, que se compadecerá
dele, e volte-se para o nosso Deus, porque é rico em perdoar.

Oramos....

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