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16 de Junho de 2007
BEM CONTENTES
Bem contentes viemos Senhor, pra cantar jubiloso louvor.
Nossa vida está cheia de graças a mostrar Tua amável presença.
1 -/Por meus olhos que veem, eu Te canto louvor.
Eu Te vejo em meu ser, como és bom meu Senhor/.
2 - /Tudo vem só de Ti, que és fonte do ser;
toda glória a Ti, toda honra e poder
Memória
RITOS INICIAIS
Mas a nossa Mãe Imaculada não quer só que a admiremos, mas a imitemos procurando viver
em total transparência, sinceridade, verdade e santidade diante de Deus e dos Homens
ORAÇÃO COLECTA: Senhor nosso Deus, que preparastes no coração da Virgem Santa
Maria uma digna morada do Espírito Santo, transformai-nos, por sua intercessão, em templos
da vossa glória. Por Nosso Senhor ...
LITURGIA DA PALAVRA
Primeira Leitura
Monição: Muitos são os sinais do amor, da santidade e misericórdia de Deus. Perante estas
maravilhas saltam gritos de alegria, de louvor e gratidão.
Mesmo que a humanidade seja ingrata há sempre um coração que ama, repara e canta por
todos: o Coração de Maria Imaculada.
9A linhagem do povo de Deus será conhecida entre os povos e a sua descendência no meio
das nações. Quantos os virem terão de os reconhecer como linhagem que o Senhor
abençoou. 10Exulto de alegria no Senhor, a minha alma rejubila no meu Deus, que me
revestiu com as vestes da salvação e me envolveu num manto de justiça, como noivo que
cinge a fronte com o diadema e a noiva que se adorna com as suas jóias. 11Como a terra faz
brotar os germes e o jardim germinar as sementes, assim o Senhor Deus fará brotar a justiça
e o louvor diante das nações.
O Terceiro Isaías (Is 56 – 66) não se cansa de cantar as glórias de Jerusalém, em especial nos
capítulos 60 a 64, donde é extraído o trecho da leitura. Jerusalém é uma figura da Igreja e a
Liturgia, como acontece frequentemente aplica a Virgem Maria o que se diz da Igreja de
quem ela é Mãe, modelo e tipo (cf. LG 53).
Monição: No templo Maria aparece como discípula de Cristo: procura-O, escuta-O, aceita-O
e compromete-se com Ele.
Dá um sim como na encarnação. Este sim revela a sua grande maturidade humana e
espiritual.
ALELUIA
CÂNTICO: M. Faria, NRMS 87
Evangelho
41Os pais de Jesus iam todos os anos a Jerusalém, pela festa da Páscoa. 42Quando Ele fez
doze anos, subiram até lá, como era costume nessa festa. 43Quando eles regressavam,
passados os dias festivos, o Menino Jesus ficou em Jerusalém, sem que seus pais o
soubessem. 44Julgando que Ele vinha na caravana, fizeram um dia de viagem e começaram
a procurá-l’O entre os parentes e conhecidos. 45Não O encontrando, voltaram a Jerusalém, à
sua procura. 46Passados três dias, encontraram-n’O no templo, sentado no meio dos
doutores, a ouvi-los e a fazer-lhes perguntas. 47Todos aqueles que O ouviam estavam
surpreendidos com a sua inteligência e as suas respostas. 48Quando viram Jesus, seus pais
ficaram admirados e sua Mãe disse-Lhe: «Filho, porque procedeste assim connosco? Teu pai
e eu andávamos aflitos à tua procura». 49Jesus respondeu-lhes: «Porque Me procuráveis?
Não sabíeis que Eu devia estar na casa de meu Pai?». 50Mas eles não entenderam as palavras
que Jesus lhes disse. 51Jesus desceu então com eles para Nazaré e era-lhes submisso. Sua
Mãe guardava todas estes acontecimentos em seu coração.
Segundo a Mixnáh (Niddáh, V, 6), depois dos 13 anos, o rapaz israelita começava a ser «bar-
hamitswáh», «filho-da-lei», isto é, passava ter os deveres e direitos da Lei mosaica, incluindo
o dever de peregrinar a Jerusalém, mas os pais piedosos costumavam antecipar um ano ou
dois o cumprimento deste dever. Os judeus tinham por hábito deslocar-se em caravanas e em
grupos separados de homens e de mulheres, podendo as crianças fazer viagem em qualquer
dos grupos; nas paragens do caminho, as famílias reuniam-se. É neste contexto que se
desenrola o relato. A atitude de Jesus de ficar em Jerusalém é deveras surpreendente. Não
deveria ter avisado os pais ou outros familiares? O que não faz sentido é buscar a explicação
do sucedido numa rebeldia ou na irresponsabilidade dum adolescente – este rapaz é o Filho
de Deus –, embora o relato evangélico possa fornecer luzes aos pais que se deparam com
situações similares de filhos perdidos.
A teologia de Lucas talvez nos possa dar alguma pista para a compreensão do episódio
narrado. «Jerusalém» não é simplesmente o centro da vida religiosa de Israel. Para os
evangelistas, e de modo singular para Lucas, Jerusalém representa o culminar de toda a obra
salvadora de Jesus, por ocasião da Páscoa da Paixão, Morte e Ressurreição; é por isso que
Lucas, ao pôr em evidência a tensão de Jesus para a sua Paixão, apresenta grande parte do
seu ensino «a caminho de Jerusalém» (Lc 9, 51 – 19, 27), onde Jesus tem de padecer para ir
para o Pai e entrar na sua glória (cf. Lc 24, 26). A teologia de Lucas não é abstracta e
desligada da realidade. Ora a realidade é que Jesus não é apenas «o Mestre», Ele é «o
Profeta», e, por isso mesmo, não ensina apenas quando exerce a função de rabi, mas em
todos os passos da sua vida actua como Profeta, ensinando através dos seu agir, mormente
através de acções simbólicas de profundo alcance, por vezes bem chocantes. O «Menino
perdido» não aparece como um simples menino, é apresentado como um Profeta que realiza
uma acção simbólica para proclamar quem é e qual é a sua missão: «Não sabíeis que Eu
devia estar na casa de meu Pai?». Ele é o Filho de Deus, e tem de cumprir a missão que o Pai
lhe confiou, em Jerusalém, ainda que isto lhe custe bem e tenha de fazer sofrer aqueles que
mais ama – «aflitos à tua procura» (v. 48). O episódio passa-se em Jerusalém, como
prenúncio e paralelo de um sofrimento bem maior, também em Jerusalém. A lição é clara:
não se pode realizar plenamente a vontade do Pai do Céu e, ao mesmo tempo, evitar todo o
sofrimento próprio e dos seres mais queridos; subir a Jerusalém é subir à Cruz, e subir à Cruz
é «elevar-se» ao Céu, também em Jerusalém (cf. Lc 24, 50-51).
41 «Os pais de Jesus. Teu pai» (v. 48). Uma vez que Lucas tinha acabado de falar tão
explicitamente da concepção virginal de Jesus, não tem agora qualquer receio de nomear S.
José como pai (virginal) do Senhor.
49 «Eu devia estar na Casa de Meu Pai». A tradução de tá toû Patrós mou pode significar
tanto «a casa de meu Pai», como «as coisas (assuntos, vontade) de meu Pai». A verdade é
que o redactor pode ter querido dar à resposta de Jesus uma certa ambiguidade: «Não sabíeis
que Eu tenho de estar nas coisas de meu Pai» (e que, por isso, me deveria encontrar aqui no
Templo)?
50 «Eles não entenderam». A resposta do Menino envolvia um sentido muito profundo que
ultrapassava uma simples justificação da sua «independência». Não alcançam ver até onde
iria este «estar nas coisas do Pai», mas também não se atrevem a fazer mais perguntas, dada
a sua extrema delicadeza e reverência, que uma profunda fé lhes ditava. Estamos postos
perante o mistério do ser e da missão de Jesus; é mais um «sinal» e mais uma «espada» (cf.
Lc 2, 34-35).
Deus é amor
A arte de amar
Deus é amor
A Palavra de Deus oferecida para esta celebração leva-nos ao Deus que tem coração, que
ama. Ele faz coisas impensáveis para derramar sobre nós o seu amor e a sua misericórdia.
A sua relação connosco e a sua revelação é uma história de amor. Mas é sobretudo em Jesus
Cristo seu Filho – no Seu Mistério Pascal – que todo o seu amor jorra abundante e é
derramado no coração da humanidade.
Cristo nossa Páscoa é o centro do amor de Deus e da nossa busca, procura, aceitação e
compromisso. É a partir daqui que todos nascemos e devemos viver. Devemos viver na e da
fé. E esta fé é tanto mais autêntica quanto mais se compromete em mistério pascal: encontro
com Cristo ressuscitado. E a partir desse Acontecimento a dar a vida, a fazer-se doação. Há,
pois, um chamamento à nossa identificação com a Cruz de Cristo, isto é, quando «tiverem
passado os dias festivos», os sinais da festa, do entusiasmo e nos parecer ter perdido tudo ou
se transformarem os acontecimentos em dor, tristeza e desilusão.
Maria de Nazaré, feliz porque acreditou, aparece como referência do autêntico discípulo que
acredita e vive todos os acontecimentos, sobretudo os mais dolorosos e difíceis. Ela vive em
confiança e doação total. Ele sabe permanecer e sabe estar de pé na firmeza do poder do
amor de Cristo morto e ressuscitado.
Hoje o seu Imaculado Coração é forte sinal para toda a Humanidade. Convite a aceitarmos o
amor, a voltarmos ao amor, a dizermos não à tentação e sedução do mundo da violência, da
morte, da arrogância e do poder do mal. Maria é voz de boa-nova a anunciar que Cristo está
vivo. Ela continua a ser presença da força do mistério pascal de Cristo que vence o pecado e
a morte.
A arte de amar
Todos aprendemos a amar. É sobretudo com os pais e na família, a melhor e mais importante
universidade, que aprendemos vários sinónimos e sinais do amor.
A Palavra de Deus convida-nos à arte de amar: «Exulto de alegria no Senhor, a minha alma
rejubila no Senhor». O salmo traduz a pessoa enamorada que canta a beleza da bondade e
misericórdia de Deus, das maravilhas que opera. Maria, no Evangelho, aparece como a mais
bela docilidade amorosa diante do projecto de Deus.
Maria quer ensinar-nos a arte mais importante: a arte de amar. Amar é fácil de dizer, mas
difícil de viver. Maria vive-a como ninguém. Ao mostrar o seu Coração Imaculado é
sobretudo a vida que Ela mostra. Ela quer ensinar-nos que o amor repara os pecados,
reanima a esperança, leva à vida, une, constrói, perdoa, santifica, defende os pequeninos e
liberta os humilhados.
O Seu Coração Imaculado sofre de maneira incalculável tantos crimes, pecados e ofensas. É
preciso travar o mal com o amor incondicional a Deus e por Ele a todos os Homens.
O Seu Coração Imaculado é um convite de forma especial a todos os seus filhos para que
Deus «brilhe» com mais transparência em todo o seu ser e vida.
Oração Universal
oremos, irmãos.
oremos, irmãos.
Oremos, irmãos.
e do verdadeiro amor.
oremos, irmãos.
oremos, irmãos.
oremos, irmãos.
LITURGIA EUCARÍSTICA
Monição da Comunhão
Este momento de comunhão com o mistério pascal de Cristo me dê a certeza do seu amor, do
convite a viver uma vida de entrega, doação e compromisso.
Que Maria Imaculada que O soube acolher como ninguém, me ensine a sabedoria da entrega
e da força transformadora do amor e da caridade.
Lc 2, 19
Monição final
Só na abertura a Cristo a humanidade pode encontrar a plena alegria. Sem Ele corremos o
risco da solidão, da tristeza e do fracasso.
Possa eu ser dócil à Palavra, servo fiel, testemunha das maravilhas de Deus e discípulo fiel.