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UM ESTUDO EM MC 4.35-41
b) São perigosas. O barco era varrido pelas ondas (Mt 8:24) e o mesmo já estava se
enchendo de água (Mc 4:37). Sobreveio uma tempestade de vento no lago, correndo eles o
perigo de soçobrar (Lc 8:23). As tempestades da vida também são ameaçadoras.
c) Chegam de forma tão intensa que deixam as estruturas da vida abaladas. De repente
uma doença incurável abala a família, um acidente trágico ceifa uma vida cheia de vigor, um
divórcio traumático deixa o cônjuge ferido e os filhos amargurados. Uma amizade de longos
anos acaba por causa de traição e falsidade.
b) Como conciliar a tempestade com a presença de Jesus (4:35, 36)? O fato de Jesus
estar conosco não nos poupa de certas tempestades. Ser cristão não é viver numa redoma de
vidro, numa estufa espiritual. A tempestade ajudou os discípulos a entenderem que podemos
confiar em Jesus nas tempestades da vida.
c) Como conciliar a tempestade com o sono de Jesus? Talvez o maior drama dos
discípulos não tenha sido a tempestade, mas o fato de Jesus estar dormindo durante a
tempestade. Na hora do maior aperto dos discípulos, Jesus estava dormindo. Às vezes,
temos a sensação de que Deus está dormindo e isso gera grande angústia na alma.
a) Mestre, não te importa que pereçamos (4.38)?A tempestade provoca medo em nós,
porque ela é maior do que nós. É mais fácil reclamar de Deus do que depositar nossa
ansiedade aos seus pés e descansar na sua providência. A causa do desespero não era a
tempestade, mas a falta de fé. O perigo maior que enfrentavam não era a fúria do vento ao
redor deles, mas a incredulidade dentro deles. Jesus já havia provado para eles que ele se
importava com eles. Um dos sentimentos que nos assaltam na hora da tempestade é que
Deus não se importa conosco. Mas quando julgamos que ele está longe ou indiferente, ele
sabe o que está fazendo.
b) Por que sois assim tímidos. Por que não tendes fé (4.40)?Os discípulos falharam no
teste prático e revelaram medo e não fé. Onde o medo prevalece, a fé desaparece. Ficamos
com medo porque duvidamos que Deus estivesse no controle. Enchemos nossa alma de
pavor porque pensamos que as coisas estão fora de controle. Pensamos que estamos
abandonados à nossa própria sorte. Aqueles discípulos deviam ter fé e não medo, e isso por
quatro razões:
1. A promessa de Jesus (4:35). Jesus havia empenhado sua palavra a eles: “passemos para
a outra margem”. O destino deles não era o naufrágio, mas a outra margem. O Senhor vela
pela Sua palavra para cumprir. Quando ele fala, ele cumpre. Promessa e realidade são a
mesma coisa. A Palavra de Jesus, as promessas de Jesus não podem ser frustradas. São
planos são perfeitos;
2. A presença de Jesus (4:36). É a presença de Jesus que nos livra do temor, Sl 23:4. A
presença de Deus nas tempestades é nossa âncora e nosso porto seguro, Is 43:1-3, (Mt
28:20);
3. A paz de Jesus (4:38). Enquanto a tempestade rugia com toda fúria, Jesus estava
dormindo. Ele dormiu por duas razões: dormiu porque descansava totalmente na providência
do Pai e dormiu porque sabia a tempestade seria pedagógica na vida dos seus discípulos. O
fato de Jesus estar descansando na tempestade já deveria ter acalmado e encorajado os
discípulos. Jesus estava descansando na vontade do Pai e sabia que o Pai podia cuidar dele
enquanto dormia. As tempestades da vida podem nos abalar, mas não abalam o nosso
Senhor. Elas podem ficar fora do nosso controle, mas não fora do controle de Jesus.
4. O poder de Jesus (4:39). Aquele que estava no barco com os discípulos é o criador da
natureza. As leis da natureza estão em suas mãos. Ele controla o universo. A natureza ouve a
sua voz e o obedece. Seguimos ao Senhor que tem todo poder e autoridade no céu e na
terra. Jesus repreendeu o vento e o mar e eles se aquietaram e emudeceram.
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c) Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem (4.41)?As tempestades são
pedagógicas. Elas são a escola de Deus para nos ensinar as maiores lições da vida.
Aprendemos mais na tempestade do que nos tempos de bonança. Foi através do livramento
da tempestade que eles tiveram uma visão mais clara da grandeza singular de Jesus. Os
discípulos que estavam com medo da tempestade estão agora cheios de temor diante da
majestade de Jesus. Seu medo e a falta de fé vêm à tona por um único motivo: eles não
sabem quem é Jesus. Quando passa o medo da tempestade e da morte, eles são acometidos
por outro tipo de temor; uma sensação de assombro, porque Deus estava bem ali. Eles
passaram a ter uma fé real e experimental e não uma fé de segunda-mão.
d) Jesus é o mestre supremo que veio estabelecer o Reino de Deus (34,38). Jesus
ensinou através das parábolas do Reino e também através da tempestade. Seus métodos são
variados, seu ensino eficaz. Ele é o grande Mestre que nos ensina pela Escritura e também
pelas circunstâncias da vida. Devemos aprender com ele e sobre ele. O Reino chegou com o
Rei. Ele é o Rei. O Reino já foi inaugurado. O Reino já está entre nós e dentro de nós.
g) Jesus é aquele que tem toda autoridade para libertar o aflito (4:39, 41). O A
intervenção soberana de Jesus, às vezes, acontece quando todos os recursos humanos
acabam. Nossa extremidade é a oportunidade de Deus.
Conclusão: As tempestades fazem parte do currículo de Jesus para nos fortalecer na fé.
As provas não vêm para nos destruir, mas para nos fortalecer. O fogo não vem para nos
destruir, mas para nos purificar. Jesus está no controle das tempestades que nos ameaçam.
Ele pode fazê-las cessar a qualquer momento!A quem você teme: as circunstâncias ou o
Senhor das circunstâncias?