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COLÉGIO ESTADUAL JARDIM EUROPA

NOTA:
PROFESSORA: MONICA OLIVEIRA

ATIVIDADE DE ENTRE JOVENS LÍNGUA PORTUGUESA

DATA: 17/04/2020

ALUNO(A): 1ª SÉRIE:
Sugestão de vídeo para assistir, antes de responder: https://www.youtube.com/watch?v=9OiWA0qawIo
O primeiro texto que você vai ler resume as histórias de vida de dois brasileiros. Leia-o
atentamente e, a seguir, resolva as questões de leitura.
Texto 1
Ensinando a voar - GILBERTO DIMENSTEIN
Repetia, como se fosse mantra: "o gosto pelo conhecimento é a melhor herança que
posso deixar"
O CEARENSE Expedito Resende, 66, conseguiu atrair a atenção mundial ao inventar um
combustível para avião feito à base de óleo de babaçu, atualmente em testes avançados nos
laboratórios da Boeing, acompanhados pela Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos.
Mudar o jeito como os aviões voam, usando o chamado "bioquerosene", não seria sua mais
importante descoberta.
Professor de engenharia química da Universidade Federal do Ceará, Expedito criou, nos
anos 70, o biodiesel. Usando plantas comuns no Nordeste, viu que o combustível servia, sem
nenhum problema, nos motores como substituto do petróleo. Mas, na época, não havia tanta
consciência ecológica, o preço do petróleo ainda não estava nas alturas e não se sabia como
dar escala comercial à sua invenção. Em 1991, alemães e austríacos resolveram usar a
descoberta para produzir energia limpa.
Nos últimos tempos, Expedito vem ganhando prêmios internacionais e ajudando a
implantar centenas de usinas de biodiesel. Isso significa a perspectiva de criação de empregos,
especialmente no Nordeste, e de um recurso contra o aquecimento global. Por trás dessa
tecnologia há uma história não menos interessante sobre quem ajudou a inventar esse
inventor. Chama-se José Parente, pai de Expedito - é uma criação muito mais do que
biológica.

José Parente tinha 12 anos quando deixou um povoado nas proximidades de Sobral (CE),
onde vivia, e mudou-se para Fortaleza. Era o caçula entre seus 28 irmãos, sustentados pelo pai
agricultor. Fez o trajeto a pé, sozinho, alimentando-se com o que encontrava no caminho.
Tinha dois projetos: obter um emprego e entrar numa escola.
Matriculou-se para o período noturno de uma escola, mas, com o excesso de trabalho,
acabou desistindo. Tentou por várias maneiras continuar estudando. Pediu ajuda a seu patrão e
ouviu a seguinte frase: "Menino pobre não precisa de escola".
Praticando, José Parente aprendeu as artes do comércio. Adulto, tornou-se empresário,
casou, teve nove filhos, todos entraram na faculdade. Repetia algumas frases como se fossem
mantras: "o gosto pelo conhecimento é a melhor herança que posso deixar" ou "a maior
riqueza está dentro da cabeça"

Rua Bolonha com rua Piza Qd. 11A – Jardim Europa – Goiânia-GO -
-1-
Nas conversas familiares, sempre vinham as histórias do menino de 12 anos, caminhando
sozinho pelas estradas de terra, a frustração pela impossibilidade de estudar compensada pelas
habilidades autodidatas. Já empresário próspero (depois teve um banco), José Parente tratou
de ajudar aquela escola em que tentou, mas não conseguir estudar.
Expedito cresceu ouvindo esses casos. "Ficou arraigada em todos nós aquela reverência
pelo saber", conta Expedito. Essa reverência estava por trás de sua decisão de sair de casa
para estudar, como tinha feito seu pai. "Só que, desta vez, sem desconforto", diz ele. Mudou-
se para o Rio, onde se formou em engenharia química e, depois, aprimorou-se nos Estados
Unidos e na Europa. Voltou para o Ceará, fascinado pelo encanto dos experimentos químicos.
Uma de suas criações foi a "vaca mecânica" para a produção de leite de soja, disseminada em
centenas de cidades brasileiras.

Testou motores com álcool, mas preferiu investigar melhor o poder de plantas como o
babaçu. Em 1984, um Bandeirante, da Embraer, voou de São José dos Campos até Brasília,
movido a bioquerosene, desenvolvido por Expedito - apesar do sucesso do vôo, o projeto foi
arquivado pelos militares.
Foram necessários mais 20 anos para que levassem a sério sua experiência, agora em
apreciação pelos americanos - certamente seria impossível se o inventor não tivesse com um
de seus professores um menino de 12 anos, andando a pé pelo interior do Nordeste, com o
sonho de aprender.

PS - O caso de José Parente mostra os caminhos para se evitar a marginalidade, gerando


inventores e não criminosos - envolvimento familiar na vida dos filhos, culto ao
empreendedorismo e reverência ao aprendizado. Nosso problema não é de maioridade penal,
mas a de menoridade dos adultos.
Fonte: Folha de São Paulo, 25 de fevereiro de 2007, domingo, Caderno Cotidiano. Gilberto Dimenstein, colunista e membro
do Conselho Editorial da Folha de S.Paulo e comentarista da rádio CBN, é fundador da Associação Cidade Escola Aprendiz

1. Preencha o quadro abaixo com as informações pedidas:


Título do texto Ensinando a voar

Autor
Fonte
Data

2.O texto de Gilberto Dimenstein reúne histórias de vida, histórias reais de dois brasileiros. Preencha o
quadro abaixo com informações sobre os “personagens” e suas histórias.

Personagens
Profissão Qualidades/ações destacadas no texto
Apresentados

Expedito Resende

José Parente

3. Releia:

“Por trás dessa tecnologia há uma história não menos interessante sobre quem
ajudou a inventar esse inventor”
3.1. O trecho em destaque faz referência às tecnologias inventadas pelo cientista Expedito Resende. A
que invenções o trecho se refere?

3.2. Qual é a importância dessa tecnologia?

3.3. Quem, segundo o texto, ajudou a “inventar o inventor” Expedito Resende?

3.4. Como você entende a expressão “inventar esse inventor” utilizada acima?

4. O texto afirma que José Parente tinha “habilidades autodidatas”. A palavra autodidata é formada pelo
prefixo auto (que significa por si próprio) e pela palavra didata (pessoa que instrui, ensina).

4.1. Procure explicar o sentido da palavra autodidata, considerando a frase em que essa palavra aparece
no texto

4.2. Você conhece outras palavras que se formam a partir do mesmo recurso, o prefixo auto? Cite
algumas.
5. “Ficou arraigada em todos nós aquela reverência pelo saber.”

5.1. Tente descobrir o significado de “arraigada” e discuta a escolha dessa palavra.

5.2. No trecho acima, a palavra “reverência” tem o sentido de:


a) desejo
b)respeito
c) curiosidade
d)desconfiança

5.3. A frase de Expedito Resende, citada no texto e em destaque acima, quer dizer que:
a) A família de José Parente aprendeu com ele a valorizar o conhecimento.
b)Apenas o cientista Expedito aprendeu com o pai a valorizar o estudo.
c) José Parente sempre estimulou seu filho Expedito a estudar.
d)Toda a família de Expedito teve o mesmo destino do pai.

6. Releia:

“Repetia, como se fosse mantra:´o gosto pelo conhecimento é a


melhor herança que posso deixar’”.
Você sabe o que significa “mantra”? A palavra mantra vem do sânscrito e pode ser definida como
“um instrumento para conduzir o pensamento”. Os mantras, que podem ser palavras ou frases, são
entoados e repetidos como orações.
Comente a utilização dessa palavra no texto.

7. Observe que o texto de Gilberto Dimeinstein está organizado em cinco partes. Indique, no quadro
abaixo, a ideia central de cada parte. Observe o exemplo:

1ª parte O cearense Expedito Resende, inventor do biocombustível.

2ª parte

3ª parte

4ª parte

5ª parte

8. Releia com atenção a última parte do texto. Após os relatos feitos, o autor Gilberto Dimenstein tece
uma breve argumentação.

8.1. Sobre o que ele argumenta?

8.2. Que tese o autor defende?

9. O título do texto contém uma metáfora. Explique esse título.

Você vai ler agora dois outros textos. São duas narrativas em quadrinhos, duas tirinhas de MAFALDA,
do autor argentino Quino.
Texto 2
Texto 3

Após refletir sobre a importância do conhecimento na vida das pessoas, leia com atenção as duas tirinhas,
observando as imagens dos quadrinhos, principalmente a expressão facial dos personagens. Em seguida,
responda as seguintes questões:
1. Que expectativas as personagens Mafalda e Manolito têm da escola e do conhecimento?

2. Com qual das personagens você mais se identifica?

3. Você acredita que o conhecimento pode transformar a vida das pessoas?

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