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31 INTRODUÇÃO
61 SECTOR REAL
63 1. Desempenho do PIB em 2004
63 2. Sectores económicos que mais contribuíram para o PIB
67 SECTOR EXTERNO
69 1. Balança de pagamentos
69 a. Conta corrente
77 b. Balança de capital e financeira
79 c. Erros e omissões
79 d. Balança global
81 2. Stock de Dívida externa de médio e longo prazos
85 3. Política e evolução do mercado cambial
Relatório e Contas 04
ÍNDICE
89 FINANÇAS PÚBLICAS
91 1. Previsão do Orçamento Geral do Estado para 2004
91 2. Execução preliminar do OGE em 2004
95 a. Execução das receitas
95 b. Execução das despesas
101 c. Financiamento
131 PREÇOS
Relatório e Contas 04
ÍNDICE
239 ANEXOS
241 ANEXO I - PESSOAL
243 1. Movimentação de recursos humanos
245 2. Formação
245 3. Acção social
245 a. Centro infantil
247 b. Centro médico
249 ANEXO II - CRONOLOGIA DAS PRINCIPAIS MEDIDAS
ECONÓMICAS E FINANCEIRAS
261 ANEXO III - QUADROS ESTATÍSTICOS
269 ANEXO IV - BIBLIOGRAFIA
Relatório e Contas 04
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Mensagem do Conselho de Administração
Relatório e Contas 04
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Por outro lado, uma análise da situação económica, contendo a descrição sumária do
ambiente macro-económico envolvente, a cronologia de acontecimentos e principais
medidas económicas e financeiras, assim como as actividades desenvolvidas pelo BNA
nesse contexto.
A publicação regular de boletins estatísticos ao longo dos anos, deu suporte ao Conselho
de Administração, para circunscrever a análise da situação económica aos dois últimos
anos (2003 e 2004), período em que se acentuou e se começou a consolidar, o processo
de liberalização económica iniciado em Maio de 1999, com a aprovação do pacote
monetário e cambial.
O ano de 2003 foi importante para o país, não só por ter sido o segundo ano vivido em
paz, mas sobretudo por se terem operado mudanças significativas nas prioridades e
políticas do Governo, que para atender os imperativos da nova realidade, e sobretudo
para viabilizar a recuperação e o relançamento do sector não petrolífero da economia,
concentrou maior atenção nas questões da estabilização macro-económica e da reabilitação
das infra-estruturas básicas - a par das tarefas ligadas à reconciliação nacional e à
reinserção social.
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O BNA adoptou no ano de 2003 uma política monetária restritiva, tendo tomado para
o efeito várias medidas, das quais destacamos:
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As taxas de juros dos títulos do banco central (TBC), sofreram uma redução no 1º
trimestre de 2004, aumentaram nos trimestres subsequentes, sem contudo atingirem os
níveis de Dezembro de 2003, o que se justifica pela redução da inflação. Durante o 2º
semestre de 2004 as taxas de juros reais nas diversas maturidades, quer dos TBC como
dos bilhetes do tesouro (BT), apresentaram-se positivas, o que conferiu melhorias na
remuneração deste tipo de aplicações transaccionadas no mercado monetário.
Apesar das medidas de liberalização introduzidas pelo banco central, as taxas de juro
praticadas pelo sistema bancário, não registaram ajustamentos significativos na sua estrutura.
Em termos nominais, não obstante uma redução registada em 2004 (aquém do que
seria de esperar na sequência da redução da taxa de inflação) o diferencial de taxas de
juro alargou-se, na sequência do aumento das taxas das operações activas e da redução
das taxas das operações passivas, situação que se traduz num claro desincentivo á
poupança. No final de 2004 as taxas de juro activas nominais, situaram-se na faixa de
70-75 por cento, o que em termos reais e em média, reflectiu uma remuneração positiva
pois, ao contrário, as taxas de remuneração dos depósitos a prazo continuaram negativas,
embora menos que em anos anteriores, devido à evolução favorável da inflação.
Esta situação tende a ser corrigida paulatinamente, por um lado, pelo efeito das medidas
que têm vindo a ser adoptadas consubstanciadas na estabilidade da taxa de câmbio
e redução da taxa de inflação, e por outro, pelo desenvolvimento do próprio sector
financeiro – com o alargamento da rede bancária actual, potenciada pelo surgimento de
novos bancos e novos produtos financeiros, e ainda com a criação num futuro próximo
do mercado de capitais - que irá provocar um aumento da competitividade na captação
das poupanças.
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No ano de 2004 a base monetária registou uma expansão em termos nominais de apenas
56,06 %, ao passar de Kz 58.626,99 milhões em Dezembro de 2003, para Kz
91.495,10 milhões em Dezembro de 2004, contra uma expansão de 75.8 % em 2003
, muito aquém dos 117,84% registados no exercício de 2002. Da observação da base
monetária ao longo do ano de 2004, é possível distinguir uma evolução assimétrica,
com uma contracção respectivamente de 3,92 % e 10,95 % no 1º e 2º trimestres, a que
se seguiu uma expansão respectivamente de 21,44 % e 50,2 % no 3º e 4º trimestres,
crescimento este que não se repercutiu sobre os preços em geral e sobre a taxa de câmbio,
devido ao aperfeiçoamento dos instrumentos de política monetária concorrentes à
regulação da liquidez na economia.
Nesse mês, a inflação foi de 1,45 % , que àquela data representava a menor taxa mensal
dos últimos sete anos, quebrando-se os receios e o mito, de que, a introdução de novas
cédulas seria sinónimo de inflação. Pelo contrário, tornaram as transacções mais fáceis
e céleres, e contribuíram para o fortalecimento da confiança dos agentes económicos nas
instituições e sistema financeiros nacionais.
Esta acção que visa contribuir igualmente para uma economia de recursos destinados à
fabricação, armazenagem e distribuição do dinheiro, foi complementada com um conjunto
de investimentos de modernização e de medidas de ordem organizativa em matéria de
emissão e circulação de papel moeda iniciadas em 2004, e cujo impacto será melhor
avaliado nos anos seguintes.
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Quanto à dívida externa, o stock da dívida de médio e longo prazo atingiu em 2003 o
valor de usd 8.5 mil milhões o que significa mais usd 762 milhões que o saldo do ano
anterior, tendo o final de 2004 registado um stock cifrado em usd 8,8 mil milhões,
traduzindo em termos absolutos e relativos, um crescimento inferior ao que se vinha
registando em períodos anteriores.
Enquanto em 2003 o aumento equivalente do passivo, foi justificado pelo aumento das
necessidades da economia nacional em “Notas e moedas em Circulação”, em 2004, o
aumento equivalente em sinal contrário no passivo, deveu-se à utilização mais intensiva
de instrumentos de política monetária para nivelamento da liquidez.
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Para colmatar a ausência de medidas de capitalização, o banco teve de usar como recurso a
(re)integração do capital social, necessariamente de forma muito parcial, e pelo viés da incor-
poração de reservas, designadamente de reavaliação do imobilizado, mecanismo a que tem
recorrido como mais uma vez aconteceu com a realização do capital social fixado na lei
orgânica aprovada em Fevereiro de 1997 pela Assembleia Nacional, que se consubstanciou
na incorporação de reservas de reavaliação do imobilizado, constituídas até aquela data.
É verdade que o valor das reservas de reavaliação do imobilizado não pode ter outra
aplicação que não seja a sua incorporação no capital social, mas face ao reduzido peso
do património físico na estrutura financeira de um Banco Central era indispensável que
se tivesse concretizado um aporte de capitais mais líquidos por parte do Orçamento
Geral do Estado que pudesse acrescer e rejuvenescer os capitais do BNA, na prevalência
de um contexto de continuada depreciação da moeda, como então se verificava.
Por força dos elevados níveis de inflação a que o país esteve sujeito, o capital social do
banco fixado pela lei 6/97 no valor de kzr 5.000.000.000.000,00, equivalente então a
cerca de 30 milhões de usd, ficou completamente exposto á erosão, correspondendo
apenas a usd 63.226,00 no final de 2003 ou usd 58.382,00 em 2004 .
Ainda que como referência de medição da solvabilidade, o capital social deva ser visto
numa dimensão um pouco diferente, do conceito que tem nas empresas e outras instituições
financeiras, é incontornável e urgente repor uma relação mais equilibrada entre os
capitais próprios (em contínuo decréscimo), e o passivo da instituição, e igualmente
entre os capitais próprios e os activos, em particular os activos fixos e os activos de
menor liquidez, fortalecendo a situação financeira do banco central, para que possa
conduzir a política monetária de forma adequada.
Contudo, o BNA está apostado em potenciar uma cultura assente em critérios cada vez
mais rigorosos e transparentes, reforçando a fiabilidade quer dos seus próprios instrumentos
e modelos de gestão, quer da informação que deve prestar sobre a sua situação financeira.
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Introdução
Relatório e Contas 04
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Introdução
O relatório do Banco Nacional de Angola que agora apresentamos, retracta o comportamento
da economia nacional em 2004 , que se desenvolveu num contexto, marcado a nível
interno pela consolidação do processo de estabilização macro-económica e a nível
internacional pelo aumento do preço do petróleo no mercado internacional, que
compensou os aspectos negativos da queda do dólar norte americano.
Estes e outros assuntos serão apresentados nos desenvolvimentos a seguir que começa
por analisar a evolução da economia internacional capítulo II, nos capítulos III, IV, V,
VI, VII , VIII serão tratados, a evolução recente do sector monetário e dos preços, a
evolução do Produto Interno Bruto, as relações da economia nacional com o resto do
mundo, respectivamente.
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Evolução da Economia Internacional
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Durante a primeira metade de 2004 a economia mundial continuou com a sua forte
expansão iniciada em meados de 2003. isto ocorreu apesar de um fraco crescimento no
Japão no segundo trimestre de 2004 e sinais tentativos de que passos tomados pelas
autoridades chinesas para o crescimento tiveram sucesso. No entanto, no seu conjunto
os níveis de actividade continuaram a crescer com os volumes de comércio internacional
a expandir-se de forma activa com os preços das matérias primas permanecendo elevados.
mente, e com alguma defasagem, as exportações de outras regiões, como o Japão e área
do euro, que também sofreram os efeitos do aumento dos custos de energia. Nos Esta-
dos Unidos, porém, a desaceleração da economia no segundo trimestre caracteri-
zou-se por uma suave oscilação em torno da linha de tendência do crescimento do PIB,
que atingiu 4,4% no ano 2004, enquanto a inflação cifrou-se em 3,3%.
Ao longo dos últimos 27 anos, desde a aplicação da reforma e abertura ao exterior, a China
testemunhou grandes mudanças e tem conseguido êxitos no âmbito do desenvolvimento
económico e social. A economia tem mantido um crescimento acelerado, o poderio integral
do país tem-se fortalecido e a vida da população tem melhorado consideravelmente.
Em 2004, a sua produção industrial cresceu 11,5%, alcançando 758 bilhões de Dólares.
Os investimentos aumentaram em 25,8%, atingindo 846 bilhões de dólares. A inflação
do país foi de 3,9% enquanto que o crescimento do Produto Interno Bruto cifrou-se em
9,5%.
3
Google ( BBB Brasil.com), 22-2-2005
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Na zona euro após uma fase de forte aceleração no decurso do primeiro semestre de
2004, a recente apreciação do Euro face ao dólar norte americano levou a um abrandamento
do crescimento económico, desta região. Esta discrepância, em parte, foi influenciada
pelo abrandamento do crescimento económico dos Estados Unidos, que se prolongou
até Setembro.
O impacto da taxa de câmbio sobre a procura externa dirigida à Zona Euro estimulou a
apreciação da moeda europeia, conferindo-lhe vantagem nas importações, em relação
aos seus parceiros económicos.
De acordo com Eurostat, o Produto Interno Bruto ( PIB) da Zona Euro atingiu 2% no ano
2004, reflectindo um crescimento inferior ao estimado pelos países membros para o último
trimestre do referido ano.
A economia dos doze evidenciou uma expansão de apenas 0,2% nos últimos três meses
do ano, face ao terceiro trimestre, quando cresceu 0,3% e ficou abaixo do limite inferior
de 0,3% no trimestre, constante das previsões da comissão europeia.
4
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral.
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Apesar do frágil ambiente político, foram feitos esforços para assegurar a estabilidade
macro-económica e as reformas estruturais iniciadas em 2001, devendo as autoridades
dar continuidade ao programa económico do quadriénio 2002-2005.
No início de Junho de 2004 a RDC submeteu aos doadores o seu programa mínimo de
parceria para transição reflação ( PMPTR) que tem por objectivo estabilizar a economia
e a situação social por um período transitório de 3 a 4 anos a fim de consolidar a base
económica de reflação do país. Este programa esta baseado em 4 objectivos principais:
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Durante o segundo trimestre de 2004 na Zâmbia, a política monetária impôs como meta
o alcance de uma inflação anual a volta de 18,5% em finais de Junho de 2004. Consistente
com este objectivo, projectou-se a inflação não alimentar para o final do trimestre em
20,6%. Assim, tanto a reserva monetária como a moeda foram programados para crescer
em 11,7% até o final do trimestre revisto. De acordo com isto, o Banco da Zâmbia
planeou utilizar instrumentos de política monetária indirectos, complementados por
leilões primários de bilhetes do tesouro a fim de conter o crescimento da reserva
monetária e da moeda dentro do programado.
O crescimento mundial no final de 2004 beneficiou de uma forte actividade nos Es-
tados Unidos e na China, onde o crescimento homólogo aumentou novamente no
quarto trimestre.
Em suma, apesar da volatilidade dos preços dos produtos minerais no mercado interna-
cional a economia mundial tem evoluído a um ritmo favorável, tendo mesmo excedido
as previsões emanadas pelo Fundo Monetário Internacional. A recuperação é generalizada
em todas as regiões do globo com particular incidência nas economias avançadas.
Relatório e Contas 04
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Sumário da Situação Económica Interna
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1. Objectivos programáticos
A Assembleia Nacional aprovou o Programa Económico e Social do Governo (PES)
para o período 2003-2004, através da Lei n.º 1/03, de 7 de Janeiro, publicada no
Diário da República n.º 1, I.ª Série. O mesmo revestiu-se de um carácter transitório
uma vez que o Governo perspectivava para 2006, o início da implementação do Plano
de Desenvolvimento de Médio Prazo que, deverá ser articulado com a Estratégia de
Redução da Pobreza, assim com as acções que visam o combate à fome e à pobreza.
Contudo, uma vez que a execução macro-económica revelou que se torna praticamente
impossível o cumprimento da meta de inflação inicialmente prevista no OGE, surgiu a
necessidade de se realizar um novo exercício de programação financeira para o quarto
trimestre do ano tendo, por conseguinte, sido alteradas as metas macro-económicas para
2004 como se segue:
2. Desempenho macro-económico
Apesar das incertezas que caracterizaram a economia mundial em 2004, motivadas,
principalmente pela depreciação do Dólar norte-americano em relação ao Euro e
pelas variações nos preços do petróleo, decorrentes, por um lado, da guerra do Iraque
e de instabilidade política e social em outros países do cartel da Organização de
Países Exportadores de Petróleo (OPEP), como são os casos da Venezuela e Nigéria e,
por outro lado, do aumento da procura nos países em forte expansão económica
como a China e a Índia, bem como da paridade Euro-Dólar, o ritmo de crescimento
Relatório e Contas 04
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Assim, graças ao aumento da produção de petróleo bruto angolano e ao seu preço nos
mercados internacionais, o sector petrolífero cresceu cerca de 14% em 2004, contribuindo
para a expansão do Produto Interno Bruto na ordem de 12,2%, contra 3,4% em 2003,
abrindo-se uma nova era rumo ao desenvolvimento económico de Angola, cujo crescimento
económico espera-se que venha a se consolidar nos próximos anos. O crescimento do
sector não petrolífero foi de cerca de 9,1%, destacando-se a contribuição dos serviços
mercantis cuja quota em relação ao PIB passou de 14,2% em 2003 para 16% em 2004.
Durante o ano foram tomadas diversas medidas que vieram contribuir positivamente para
o ordenamento jurídico e o desenvolvimento do sistema produtivo e comercial angolanos,
destacando-se a aprovação pelo parlamento dos seguintes diplomas: Lei das Sociedades
Comerciais, Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo, Lei das Actividades Indus-
triais, Lei de Terras, Lei das Actividades Industriais e, finalmente, a Lei das Actividades
Petrolíferas e a Lei sobre o Regime Aduaneiro Aplicável ao Sector Petrolífero5 .
Em termos organizativos e com vista a tornar autónomas certas área do banco que
concorrem directamente para a implementação da política monetária, reunido em
sessão ordinária no dia 11 de Julho de 2004, o Conselho de Administração, no âmbito
do Projecto de Desenvolvimento Organizacional do BNA, analisou e decidiu aprovar
a nova estrutura orgânica da Instituição sendo de destacar o surgimentos de novas
áreas operacionais como: o Departamento de Sistema de Pagamentos e de Operações
Bancárias (DSP), o Departamento de Mercados de Activos (DMA) e o Departamento
de Meio Circulante (DMC), todos eles resultantes da desagregação da extinta Direcção
de Emissão e Crédito (DEC).
Embora a base monetária tenha registado uma expansão de 56.06% a emissão de Títulos
do Banco Central (TBC) foi importante para a esterilização da liquidez, pois sem a
contribuição desse instrumenmto os níveis do excedentes de liquidez seriam maiores e
os resultados seriam consequentemente piores. Com efeito foram emitidos em 2004
TBC pelo valor líquido de Kz 34.534,63 milhões e resgatados pelo valor nominal Kz
38.455,4 milhões. O maior protagonismo no Mercado Monetário Interbancário recaiu
sobre os Bilhetes do Tesouro emitidos por conta do Tesouro Nacional e cuja colocação
líquida no ano foi bastante positiva (cerca de Kz 17.430,15 milhões).
As taxas de juro reais nas mais diversas maturidades de TBC após se terem revelado
negativas em Maio, devido ao elevado nível de inflação, retomaram uma trajectória
ascendente até Outubro, reduzindo-se ligeiramente a seguir mas, permanecendo positivas,
o que conferiu melhorias na remuneração deste tipo de aplicações. Esta situação prevaleceu
igualmente para as taxas de juro aplicadas aos Bilhetes do Tesouro (BT).
A observação das taxas de juro nominais activas aplicadas pelas instituições bancárias
ao crédito concedido aos seus clientes revela que, apesar de alguma redução encetada
em 2004 a mesma foi ainda tímida porquanto, situaram-se muito aquém do que era de
se esperar na sequência da redução da inflação. Inversamente devido ao baixo nível
nominal das taxas de remuneração dos depósitos na banca comercial, as taxas de juro
reais foram negativas, embora se tenha notado ligeiras melhorias ao longo do ano.
A leitura da situação dos depósitos nos bancos e do crédito concedido pela banca
comercial revelou uma certa concentração da actividade bancária em Angola, sugerindo
a revitalização dos estabelecimentos bancários que operam no país e a criação de
condições para o surgimento de mais instituições no mercado afim de, por um lado,
se aumentar a concorrência e, por outro lado, se evitar situações de riscos que possam
eventualmente ocorrer. Se assim for, assistir-se-á à uma maior mobilização de recursos
susceptíveis de serem transformados em prol do desenvolvimento de Angola.
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Assim, o bom desempenho da balança comercial contribuiu para que no final do ano
o saldo global da balança de pagamentos apresentasse um superavit de cerca de
USD 732,2 milhões.
No domínio fiscal, destaca-se a redução do défice fiscal que na base de caixa passou
de cerca de 7% do PIB em 2003 para 1,9% em 2004, como resultado do alto nível
de arrecadação de receitas e da contenção constatada a nível da execução das despesas.
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Sector Real
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16,0
14,0
(em percentagem)
12,0
10,0
8,0
6,0
4,0
2,0
0,0
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Anos
Parte dos constrangimentos registados pelo sector industrial foi superado pelo aumento
da produção de energia eléctrica resultante, quer do arranque dos Grupos 1 e 2 da Central
Hidroeléctrica de Kapanda, como da reabilitação da Central Hidroeléctrica do Biópio.
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e, sobretudo, dos serviços mercantis de 14,2% do PIB para 16%. Os demais ramos de
actividade, a excepção dos serviços não mercantis que, conheceram uma forte redução
de 15,1% do PIB em 2003 para 8% em 2004, viram as suas contribuições ao PIB
mantiverem-se nas mesmas proporções.
O desempenho do PIB em 2004 foi um dos mais significativos dos últimos 6 anos,
apenas superado pelo crescimento de 14,4% registado em 2002, esperando-se que o
mesmo venha significar uma nova era no desenvolvimento económico de Angola pois,
perspectiva-se que o mesmo continue sustentado nos próximos anos, contrariando assim
o período de quase-estagnação que a economia registou num passado recente.
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Sector Externo
Relatório e Contas 04
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1. Balança de pagamentos6
A balança de pagamentos reflecte o conjunto de transacções económicas e financeiras
externas realizadas entre um país e o resto do mundo, decorridas num determinado
período de tempo designadamente um ano. Nesta conformidade a Balança de Pagamentos
de Angola, reflecte também as transacções entre a República de Angola e o resto do
mundo, durante o ano de 2004.
a. Conta corrente
2.000,0
1.000,0
0,0
2002 2003 2004
-1.000,0
• Balança Comercial
6
Informação preliminar
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• Exportações
O sector petrolífero, contribuiu com cerca de 92,4%, no total das exportações continuando
assim a evidenciar predominância deste sector no cômputo das exportações angolanas.
Relatório e Contas 04
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Gráfico 3
1,8% 5,7%
Petróleo
92,4% Diamantes
Outros
Este facto torna a situação, preocupante, já que se verifica que as receitas de exportação
de Angola continuam ainda a depender grandemente das obtidas na industria
petrolífera, apesar de um crescimento considerável dos outros produtos de exportação.
• Importações
• Serviços
A balança de serviços, apresentou um défice de USD 4.230,5 milhões, contra USD 3.120,1
milhões registado em 2003, um agravamento na ordem de 35,6%. Grande parte dos débitos
de serviços estão associados principalmente a contratação de serviços especializados nos
blocos petrolíferos que se encontram na fase de pesquisa e desenvolvimento.
Relatório e Contas 04
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• O aumento dos gastos com transportes e viagens, que passaram de USD 770,7
milhões em 2003 para USD 854,9 milhões em 2004, como consequência do
crescimento das importações.
• Rendimentos
Este agravamento foi causado principalmente pelo crescimento dos lucros e dividendos
do sector petrolífero, que passou de USD 1.254,0 milhões em 2003 para USD 1.847,1
milhões em 2004, correspondente a uma variação relativa de 47,3%, em consequência de
uma recuperação mais acentuada do Investimento Directo Estrangeiro no sector petrolífero.
Relatório e Contas 04
77
• Transferências correntes
Esta balança reflecte, na sua maioria, a crédito as doações de bens e serviços recebidas,
e a débito as remessas de trabalhadores estrangeiros, apresentando um saldo positivo ao
longo do período, tendo passado de USD 98,9 milhões em 2003 para USD 65,5 milhões
em 2004, uma redução de 33,8%.
Nota-se que a contribuição da conta de capital continua a ser ínfima devido ao peso,
tradicionalmente pouco relevante, do perdão da dívida futura e das doações de capital,
para a ajuda pública ao desenvolvimento. Para o ano em análise, esta conta apresentou
um saldo de USD 10,6 milhões contra os USD 22,0 milhões de 2003 o que perfez uma
redução de 51,6%.
Assim, no ano de 2004 o IDE líquido apresentou um saldo negativo de USD 1.307,8 milhões
ainda assim representando 6,7% do PIB, contra o saldo positivo de USD 3.481,1 milhões
registado no ano de 2003, motivado principalmente por uma recuperação mais acelerada
do investimento no sector petrolífero devido aos preços do petróleo bruto no mercado
internacional.
c. Erros e omissões
Os erros e omissões foram de USD 286,3 milhões negativos em 2004, contra USD 388,2
milhões negativos em 2003.
d. Balança global
1000
500
0
2002 2003 2004
-500
-1000
Como se pode observar no gráfico acima, o saldo da balança global tem apresentado
uma tendência de melhoria nos últimos três anos, tendo atingido um défice em 2002
e superavites nos anos de 2003 e 2004. Ao contrario do ano de 2003, a melhoria da
Balança Global em 2004 esteve associada ao superavit verificado na balança comercial.
O saldo da balança global dos dois últimos anos foram financiados conforme quadro
a seguir:
Relatório e Contas 04
81
Relatório e Contas 04
83
10.000,00
2002
9.000,00
2003
8.000,00
2004
7.000,00
6.000,00
2002 2003 2004
Durante o ano, a taxa de câmbio de referência evoluiu de Kz 79,20, por Dólar norte-
americano, em Dezembro de 2003 para Kz 85,86 em Dezembro de 2004, sendo de
destacar as apreciações nominais ocorridas em Fevereiro, Novembro e, essencialmente,
em Dezembro, uma vez que até ao ano de 2002 este foi sempre um mês caracterizado
por acelerações do ritmo de depreciação da moeda, situação apenas invertida em 2003
e mantida, por conseguinte, em 2004.
Na decorrência das apreciações registadas nos dois últimos meses do ano, no quarto
trimestre de 2004 a moeda nacional apreciou-se em termos nominais na ordem dos
1,45% após se ter depreciado no terceiro trimestre em 4%, em decorrência da forte
expansão monetária provocada, em particular, pelo ajustamento salarial dos funcionários
públicos. Este foi o trimestre em que se operou a maior perda nominal de valor da
moeda nacional uma vez que no primeiro e segundo trimestres as depreciações situaram-se
em 2,2% e 3,5%, respectivamente.
Para fazer face a procura por cambiais manifestada pela economia através dos bancos
comerciais, o Banco Nacional de Angola, na sua qualidade de órgão reitor da política
cambial do país, aumentou gradualmente a oferta de Divisas no mercado primário tendo
estas passado de USD 503,55 milhões no primeiro trimestre para USD 580,90 milhões
no segundo trimestre. Nos terceiro e quarto trimestres fruto, por um lado, do aumento
da procura e, por outro lado, de maiores disponibilidades cambias, resultantes quer do
aumento dos impostos petrolíferos, em linha com o aumento do preço do barril de
petróleo no mercado internacional, como dos financiamentos externos obtidos, o BNA
elevou a venda de divisas aos bancos que operam em Angola para USD 688,05 milhões
e USD 757,45 milhões, respectivamente.
Assim, durante o ano de 2004 o total de divisas repassadas á economia através dos
bancos comerciais elevou-se à USD 2.529,95 milhões, representando um aumento
absoluto de USD 390,19 milhões, correspondente a 18,2% em relação ao ano anterior.
Durante o período, os bancos comerciais, quer para fazerem face à necessidades
pontuais de liquidez, como em cumprimento dos limites de posição cambial venderam
ao BNA USD 57,71 milhões, ou seja, um montante inferior em USD 28,69 milhões
(33,2%) ao registado em igual período do ano anterior. No total, em 2004 as vendas
líquidas do BNA aos bancos comerciais ao elevarem-se para USD 2.472,24 milhões,
contra USD 2.053,36 milhões no ano anterior, permitiram esterilizar liquidez no valor
Relatório e Contas 04
87
*
Negativo indica apreciação
Finalmente, importa referir que, tendo em conta a inflação interna e externa registadas
em 2004, a moeda nacional registou uma apreciação real de 14,4%, como resultado da
passagem do Índice de Taxa de Câmbio Real (ITCR) de 57,6 em Dezembro de 2003
para 49,3 em Dezembro de 2004. No entanto, esta situação, positiva no curto prazo,
caso prevaleça no longo prazo, poderá pôr em causa a competitividade dos sectores
económicos orientados para a exportação7, devido à sobrevalorização real da moeda
nacional, o que permitirá um aumento significativo das importações, acentuando, por
conseguinte, os desequilíbrios da conta corrente da balança de pagamentos.
7
À excepção do sector petrolífero, uma vez que o preço de exportação do petróleo bruto é fixado em Dólares
norte-americano nos mercados internacionais.
Relatório e Contas 04
89
Finanças Públicas
Relatório e Contas 04
91
8
Publicada no Diário da República n.º 103, I série.
Relatório e Contas 04
93
Relatório e Contas 04
95
100,0%
80,0%
60,0% 2003
2004
40,0%
20,0%
0%
Rec. petrol Rec. n/petrol Rec. n/tribut.
Relatório e Contas 04
97
10,24% do PIB, seguindo-se os gastos com Bens e Serviços com cerca de Kz 156.188,02
milhões, representando 26,39% dos gastos públicos e 9,39% do PIB.
45,0%
40,0%
35,0%
30,0% 2003
25,0%
2004
20,0%
15,0%
10,0%
5,0%
0%
Pessoal Bens e Serviços Externos Transferências Desp. Capital
Os gastos com bens e serviços representaram cerca de 9,39% do PIB, contra uma previsão
inicial de 10,24%, e isto não obstante em 2004 o seu grau de execução ter superado
em 15,18 pontos percentuais o previsto no orçamento.
35
30
25 2002
20 2003
15 2004
10
5
0
Pessoal Bens e Serviços Externos Transferências Desp. Capital
Relatório e Contas 04
99
Esta redução foi particularmente perceptível nos terceiro e quarto trimestres nos quais
as taxas de inflação acumuladas foram de apenas 4,68% e 5,88%, a que corresponderam
taxas médias mensais de 1,53% e 1,92%, respectivamente, apesar de se ter constatado,
essencialmente no quarto trimestre, uma aceleração da execução monetária e fiscal, por
conta, por um lado, da liquidação dos salários correspondentes ao décimo terceiro mês e,
por outro lado, da actualização dos preços de venda ao público dos produtos derivados de
petróleo bruto, bem como do reajustamento dos salários de base dos funcionários públicos.
8.1
10.0
6.2
5.0
0.6
0.0
2001 2002 2003 2004
-5.0
-10.0
-7.8
Anos
Relatório e Contas 04
101
c. Financiamento
Importa finalmente referir que em 2004 registou-se igualmente alívio da dívida externa
equivalente a Kz 107.098,72 milhões (6,44% do PIB), bem como a acumulação de
atrasados na ordem dos 0,85% do PIB (Kz 14.206,00 milhões).
Parte do défice, foi igualmente financiado com a acumulação de atrasados na ordem dos
0,85% do PIB (Kz 14.206,00 milhões).
Conclui-se finalmente, que a política orçamental em 2004 foi restritiva, resultando num
saldo global deficitário na base de caixa de cerca de 1,92% do PIB, tendo sido inferior ao
registado no ano anterior e ao previsto (cerca de 7,0% e 3,06% do PIB, respectivamente).
Por outro lado, o maior volume de despesas continuou a concentrar-se nas despesas
correntes, fundamentalmente com pessoal.
100,00.00
80,000.00
Previsão
60,000.00
Execução
40,000.00
20,000.00
0.0
-20,000.00
Receitas Despesa Saldo Saldo
(base caixa) (base comp.)
Relatório e Contas 04
103
Relatório e Contas 04
105
Sector Monetário
Relatório e Contas 04
107
1. Programa financeiro
Os objectivos do Programa Financeiro do Governo angolano para o ano de 2004 foram
definidos no Programa Económico e Social (PES) para o período de 2003-2004 publicado
através da Lei n.º 1/03, de 7 de Janeiro, bem como na Lei n.º 29/03, de 30 de Dezembro,
que aprovou a estimativa de receita e fixou a despesa do Orçamento Geral do Estado
para o referido ano fiscal, sendo de destacar como prioridades no domínio económico
e financeiro:
2. Execução monetária
Relatório e Contas 04
109
Neste sentido, a política monetária continuou a ter a base monetária como instrumento
operacional para o alcance do seu objectivo final, consubstanciado na estabilização da
moeda nacional e na redução dos níveis de inflação à patamares considerados de
moderados. Para tal, o BNA continuou a contar com o apoio institucional do Ministério
das Finanças, com vista a harmonização das políticas monetária e fiscal, através de
encontros semanais de gestão e controlo da liquidez.
Para além dos instrumento da política cambial já atrás referidos, as operações de mercado
aberto, que serão desenvolvidos num capítulo especifico, desempenharam ao longo do
ano, igualmente um papel importante na condução da política monetário.
Em termos organizativos e com vista a tornar autónomas certas área do banco que
concorrem directamente para a implementação da política monetária, reunido em
sessão ordinária no dia 11 de Julho de 2004, o Conselho de Administração, no âmbito
do Projecto de Desenvolvimento Organizacional do BNA, analisou e decidiu aprovar a
nova estrutura orgânica da Instituição sendo de destacar o surgimentos de novas áreas
operacionais como: o Departamento de Sistema de Pagamentos e de Operações
Bancárias (DSP), o Departamento de Mercados de Activos (DMA) e o Departamento de
Meio Circulante (DMC), todos eles resultantes da desagregação da extinta Direcção de
Emissão e Crédito (DEC).
No que concerne a execução cambial, não obstante o aumento significativo das vendas
de divisas efectuadas pelo BNA no Mercado Cambial Interbancário e a execução de
despesas do Estado em moeda externa, as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) ao
passarem de USD 623,34 milhões em Dezembro de 2003 para USD 1.358,43 milhões
em Dezembro de 2004, registaram um significativo incremento de USD 735,09 milhões,
em linha com o aumento das reservas brutas na mesma proporção, o que permitiu o
aumento do rácio de reservas brutas sobre importação de bens e serviços, situando-se
á volta dos 2,5 meses.
Relatório e Contas 04
111
Gráfico 11: Variação dos Activos Externos Líquidos (Em milhões de Kwanzas)
250.000,00
0,00
Dez/03 Mar/04 Jun/04 Set/04 Dez/04
Em suma, o crescimento das RIL em 2004 foi influenciado pela entrada de financiamentos
externos, essencialmente em finais do ano, e pela evolução do preço do barril de
petróleo no mercado internacional que, provocou o aumento progressivo da arrecadação
mensal de impostos petrolíferos pelo Tesouro Nacional.
Após várias oscilações ao longo do ano, os activos e passivos do sistema bancário por
regularizar voltaram, em Dezembro de 2004, à uma posição próxima da registada em
Dezembro de 2003. Contudo, espera-se que os mesmos venham a beneficiar de um
tratamento adequado por altura da apresentação das contas definitivas.
Relatório e Contas 04
115
300.000,00
250.000,00
Moeda (M1)
150.000,00
Quase-Moeda
100.000,00
Outros Instrum. Financeiros
50.000,00
0,00
Dez/03 Mar/04 Jun/04 Set/04 Dez/04
9
Inclui para além da moeda (notas, moedas metálicas e depósitos à ordem) e da quase-moeda (depósitos à
prazo), os outros instrumentos financeiros como sejam os títulos, os empréstimos e acordos de recompra.
10
Valor total do passivo do Banco Central que, inclui as notas e moedas em circulação e os depósitos
das entidades financeiras no Banco Central. Em contrapartida, inclui do lado do activo, os activos externos
líquidos, e os activos internos líquidos (crédito líquido do Banco Central ao Estado, à economia e ao sistema
financeiro, bem como outros activos e passivos líquidos).
Relatório e Contas 04
117
Para além dos factores acima referidos a expansão da base monetária foi influenciada
igualmente pelas intervenções do BNA no Mercado Monetário Interbancário uma vez
que, os resgates de Títulos do Banco Central realizados em 2004 superaram o montante
das novas emissões, em virtude de não terem ocorrido voluntariamente emissões em
Outubro e Novembro.
Tabela 12: Situação dos depósitos nos bancos (Em milhões de Kwanzas)
Dez-03 Mar-04 Jun-04 Set-04 Dez-04 Variação Peso
Anual Relativo
BAI 38.509,59 45.181,97 45.946,42 49.762,41 51.483,86 33,69% 19,64%
BCA 3.579,98 4.849,71 3.299,87 4.998,51 7.510,14 109,78% 2,86%
BCI 12.113,33 13.294,82 14.704,85 17.472,76 18.158,69 49,91% 6,93%
BFA 50.061,27 54.565,52 59.877,61 68.529,48 76.650,72 53,11% 29,24%
BCP 3.534,57 3.295,16 3.367,70 3.637,93 3.873,95 9,60% 1,48%
BPC 36.696,76 49.479,92 51.076,58 56.782,23 64.657,85 76,19% 24,66%
BTA 11.518,24 12.817,40 14.294,33 12.643,58 13.387,44 16,23% 5,11%
BSOL 3.561,96 2.839,11 3.220,73 4.626,33 5.456,89 53,20% 2,08%
BESA 6.892,51 9.092,22 10.994,52 14.464,87 17.322,79 151,33% 6,61%
BRK 712,99 1.246,72 2.874,72 3.062,05 3.617,28 407,34% 1,38%
Novo Banco 0,00 0,00 0,00 24,43 63,27 655,53% 0,02%
Depósitos à ordem* 91.298,17 111.367,07 113.058,42 131.110,76 143.881,06 57,59% 54,88%
Depósitos à prazo* 53.299,90 59.668,83 65.564,79 74.087,39 79.931,79 49,97% 30,49%
Do Governo Central 5.772,32 5.196,22 8.832,18 6.729,37 9.454,69 63,79% 3,61%
De Fundos Autónomos 16.810,82 20.430,43 22.201,92 24.077,05 28.915,35 72,00% 11,03%
Depósitos em MN 57.515,23 75.102,04 80.494,65 95.270,45 116.198,15 102,03% 44,32%
Depósitos em ME 109.665,97 121.560,52 129.162,66 140.734,11 145.984,73 33,12% 55,68%
TOTAL 167.181,20 196.662,55 209.657,31 236.004,56 262.182,88 56,83% 100,00%
Relatório e Contas 04
119
A evolução dos depósitos por bancos mostra que, em termos percentuais, a maior variação
coube aos 3 últimos bancos a entrarem no mercado financeiro angolano (Banco Espírito
Santo de Angola- BESA, Banco Regional do Keve- BRK e o Novo Banco), uma vez que
a carteira de depósitos dos mesmos é ainda baixa. Destes, destaca-se todavia o BESA
cujo stock acumulado em Novembro de 2004 (Kz 17.322,79 milhões) suplantou a
carteira de depósitos de bancos que implantaram-se anteriormente no mercado, como
são os casos do Banco Comercial Angolano (BCA), Banco Comercial Português (BCP) e
o Banco Sol (BSOL).
Relatório e Contas 04
121
Desta feita, o peso do crédito de curto prazo no total evoluiu de 49,11% em Dezembro
de 2003 para 59,57% em Dezembro de 2004, reflectindo ao longo do ano uma certa
ascensão em detrimento do crédito de médio prazo que, inversamente, viu o seu peso
reduzir-se de 50,89% para 40,43%.
Relatório e Contas 04
123
A observação das taxas de juro nominais aplicadas pelas instituições bancárias ao crédito
concedido aos seus clientes revela que, apesar de alguma redução encetada em 2004
a mesma foi ainda tímida porquanto, situaram-se muito aquém do que era de se esperar
na sequência da redução da inflação. Se por um lado, as taxas de juro nominais para
as operações de crédito ao sector empresarial, em moeda nacional, até 180 dias, reduzi-
ram-se de 94,36%, ao ano, em Dezembro de 2003, para 70,42%, ao ano, em Dezembro
de 2004, em termos reais as mesmas comportaram-se de maneira contrária, passando
de 10,08% para 27,24%, respectivamente, o que sugere que a redução das taxas
nominais não acompanhou a queda da inflação, cujas expectativas, em princípio, são
incorporadas na determinação das taxas de juro.
Dep. a ordem 10,02% -37,69% 9,99% -30,07% 10,00% -23,70% 9,99%-18,20% 9,99% -17,88%
Dep a prazo até 90 dias 23,57% -30,02% 13,98% -27,54% 13,18% -21,49% 17,25%-12,81% 14,42% -14,57%
Dep a prazo de 91
a 180 dias 41,06% -20,11% 15,01% -26,88% 28% -10,88% 19,34%-11,25% 28,48% -4,08%
Dep a prazo de 181 dias a 1 ano
Para os prazos superiores e até um ano, a situação foi mais complexa, uma vez que o
nível das taxas de juro nominais registado em Dezembro de 2003 (67,54%) foi superado,
tendo culminado o ano em 74,77%. Em termos reais os créditos tornaram-se bastante
onerosos pois, as taxas de juro aplicáveis em Dezembro de 2004 (30,48%) afastaram-se
consideravelmente dos níveis negativos de Dezembro de 2003.
Ainda no que se refere às taxas activas, importa salientar que as taxas de juro nominais
para os prazos superiores à um ano, apesar de terem oscilado ao longo do ano, no final
Relatório e Contas 04
125
mantiveram-se nos patamares alcançados em 2003, isto é, a volta dos 75%, ao ano, o
que comparado com a inflação registada nos últimos doze meses impulsionou um
significativo aumento em termos reais de 0,5% (negativos), ao ano, em Dezembro de
2003, para taxas positivas da ordem dos de 30%, ao ano, em Dezembro de 2004.
Assim, de acordo com a informação preliminar, no final do ano de 2004, as taxas de juro
nominais para todas as maturidades ao situarem-se na faixa dos 70 - 75%, ao ano,
revelaram-se ainda muito altas pois, em termos reais, as mesmas proporcionaram às
instituições bancárias remunerações a volta dos 30%, ao ano.
Tal situação poderá ser invertida num futuro breve se se tiver em conta, por um lado,
a manutenção da estabilidade macro-económica, consubstanciada na estabilidade da
taxa de câmbio e da taxa de inflação e, por outro lado, os avanços constatados na
regulamentação dos direitos de propriedade que, em 2004, ficou patente na aprovação
da Lei n.º 9/04, de 9 de Novembro, que estabelece as bases gerais do regime jurídico
das terras, os direitos fundiários que sobre estas podem recair e o regime geral de transmissão,
constituição, exercício e extinção destes direitos. Estas poderão servir de garantias reais
aos seus proprietários e facilitar o acesso dos mesmos ao crédito bancário, o que de
certa forma reduzirá os riscos incorridos pelos bancos em caso de ausência de reembolso.
As taxas efectivas reais para as operações activas revelaram-se positivas ao longo do ano
com taxas de juro reais acima dos 2%. Inversamente, as taxas de juro para as operações
passivas foram negativas, embora se tenha notado ligeiras melhorias ao longo do ano.
Dep. a ordem 0,80% -3,63% 0,80% -1,33% 0,80% -1,14% 0,80% -1,14% 0,80% -1,49%
Dep a prazo até 90 dias 1,78% -2,70% 1,10% -1,04% 1,04 -0,91% 1,33% -0,21% 1,13% -1,16%
Dep a prazo de 91
a 180 dias 2,91% -1,62% 1,17% -0,97% 2,11% 0,15% 1,48% 0,06% 2,11% -0,20%
Dep. a prazo de 181 dias a 1 ano
4. Mercado de títulos
Conforme acima referido, no âmbito da restruturação do Banco Central e com vista a conferir
maior autonomia à área que trata especificamente da emissão e colocação de títulos públicos,
o Conselho de Administração decidiu pela criação de um Departamento autónomo que
doravante irá cuidar da implementação deste importante instrumento de política monetária.
Neste sentido, foram desenvolvidas várias acções de formação do pessoal do Departamento
no sentido de capacita-los para cumprirem cabalmente com o seu papel.
Relatório e Contas 04
127
Com vista a permitir que um maior número de agentes económicos possa ter acesso ao
mercado de títulos, em Setembro de 2004 a regulamentação concernente aos TBC foi
revista através do Aviso n.º5/04 que, dentre outros, estabelece na sua alínea g, do artigo
2.º ,a alteração das quantidades negociadas que deixaram de ser múltiplos de 100 e
passaram a ser múltiplos de 10.
Assim, em 2004 foram usados os TBC como um dos principais instrumentos de política
monetária utilizados pelo BNA. Contudo, devido a sua natureza específica, o recurso
aos mesmos efectuou-se em situações pontuais, razão pela qual nos meses de Outubro
e Novembro a colocação de novos TBC foi suspensa, vindo a ser retomada apenas em
Dezembro. Durante o ano, as emissões pelo valor líquido cifraram-se em Kz 34.534,63
milhões, inferiores em Kz 1.999,01 milhões ao montante do ano anterior ao passo que,
o total de resgates pelo valor nominal ao cifrar-se em Kz 38.455,4 milhões superou em
Kz 3.342,1 milhões o montante correspondente de 2003. Como resultado a colocação
líquida de TBC em 2004 foi negativa em Kz 3.920,77 milhões, o que contribuiu para
pressionar a base monetária.
De referir, no entanto, que, para inverter tal tendência, que já era perceptível no decorrer
do ano, e no sentido de permitir maior acesso do público às operações com títulos, o
BNA decidiu, a partir de Agosto de 2004, efectuar vendas directas a estes quer de TBC,
como de Bilhetes do Tesouro da sua carteira, o que contribuiu para a atracção de um
número maior de aforradores, em particular pessoas singulares, desejosas de encontrarem
alternativas de colocação para as suas poupanças.
No que concerne as taxas de juro, após se terem reduzido no primeiro trimestre, nos
períodos subsequentes voltaram a aumentar sem que, contudo, tenham atingido os
níveis de Dezembro de 2003, o que se explica pela redução da inflação. Nesta perspectiva,
as taxas de juro reais nas mais diversas maturidades após se terem revelado negativas em
Maio, devido ao elevado nível de inflação, retomaram uma trajectória ascendente até
Outubro, reduzindo-se ligeiramente a seguir mas, permanecendo positivas, o que
conferiu melhorias na remuneração deste tipo de aplicações. Esta situação prevaleceu
igualmente para os Bilhetes do Tesouro (BT) que, paralelamente, aos TBC foram
transaccionados no mercado monetário.
Taxa de inflação mensal 4,60% 2,16% 1,96% 1,55% 1,56% 1,89% 2,32%
** Bilhetes do Tesouro
A colocação de BT exclusivamente nas maturidades mais longas (91 e 182 dias) foi
bastante positiva, tendo a emissão de novos títulos superado os resgates realizados. Ao
longo do ano foram emitidos, por conta do Tesouro Nacional, BT pelo valor líquido de
Kz 36.786,45 milhões e resgatados pelo valor nominal Kz 20.489,00 milhões, do que
resultou a colocação líquida deste instrumento no valor de Kz 16.297,47 milhões, cuja
esterilização contribuiu para os êxitos alcançados na luta contra a inflação.
Relatório e Contas 04
131
Preços
Relatório e Contas 04
133
Preços
A desaceleração da inflação com vista a melhoria do nível e condições de vida das
populações têm constituído nos últimos anos um dos principais objectivos do Governo
angolano. Neste sentido, a condução da política monetária em 2004 não perdeu de
vista tal objectivo, o que permitiu que no final do ano, a inflação acumulada ao registar
31,02% correspondesse à uma redução de 45,55 pontos percentuais em relação aos
76,57% registados em 2003.
140,00%
120,00%
100,00%
80,00%
60,00%
40,00%
20,00%
0,00%
Jan-02
Mar-02
Mai-02
Jul-02
Set-02
Nov-02
Jan-03
Mar-03
Mai-03
Jul-03
Set-03
Nov-03
Jan-04
Mar-04
Mai-04
Jul-04
Set-04
Nov-04
Meses
Esta redução foi particularmente perceptível nos terceiro e quarto trimestres nos quais
as taxas de inflação acumuladas foram de apenas 4,68% e 5,88%, a que corresponderam
taxas médias mensais de 1,53% e 1,92%, respectivamente, apesar de se ter constatado,
essencialmente no quarto trimestre, uma aceleração da execução monetária e fiscal, por
conta, por um lado, da liquidação dos salários correspondentes ao décimo terceiro mês e,
por outro lado, da actualização dos preços de venda ao público dos produtos derivados de
petróleo bruto, bem como do reajustamento dos salários de base dos funcionários públicos.
120
100
80
60
40 2003
2004
20
0
Dez.
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
Meses
Relatório e Contas 04
135
Tal situação, revelou uma melhor compreensão das consequências que tais fenómenos
provocam sobre a economia angolana porquanto, devido ao ajustamento dos preços
dos produtos derivados do petróleo bruto ocorrido em Maio, a taxa de inflação mensal
ao registar o maior crescimento do ano (4,49%) contribuiu para que a inflação acumulada
no segundo trimestre, 9,07% (correspondente a uma média mensal de 2,94%), fosse a
mais alta, superando os 8,38% registados no primeiro trimestre (média mensal de
2,72%), resultante da excessiva execução fiscal e monetária do último trimestre do ano
anterior e cujos efeitos continuaram a fazer-se sentir no primeiro trimestre de 2004.
10
8 2003
6 2004
4
2
0
Dez.
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Mai.
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez
Meses
Todavia, o impacto da actualização dos preços dos produtos derivados de petróleo foi
maior na classe “Transporte” que, em parte, na decorrência disto, registou em 2004 um
aumento de 79,07% sendo de destacar, os incrementos registados em Novembro
(7,87%), Dezembro (10,15%) e, sobretudo, em Maio (35,13%).
Inversamente, a evolução dos preços dos serviços de telefonia móvel e fixa foram
bastante favoráveis para os usuários no ano em análise, tendo sido registado um de-
créscimo de 1,48% no nível de preços da classe “Comunicações”.
Relatório e Contas 04
137
Fonte: INE
Relatório e Contas 04
139
Sistema Financeiro
Relatório e Contas 04
141
1. Enquadramento
O presente exercício financeiro foi caracterizado por algumas alterações ao quadro
regulamentar da actividade bancária, nomeadamente no que se refere aos mercados
monetário e de títulos e sobre as regras de contabilização de algumas operações bancárias.
Neste contexto, destaque para o Aviso nº1/04, de 17 de Março, que num ambiente de
relativa estabilidade monetária e como sinal ao caminho a percorrer pelas taxas de juro
no mercado, estabeleceu uma redução significativa das taxas de redesconto do Banco
Central. Na mesma senda, e visando dinamizar o mercado monetário interbancário,
foram estabelecidas taxas de juro e modelos de contrato para as operações de cedência
de liquidez naquele mercado.
2. Cobertura geográfica
Dando claros sinais de crescimento e incentivo ao desenvolvimento da actividade
económica, a rede bancária conheceu relativa expansão, com a entrada em actividade
de mais um banco ( NovoBanco), direccionado para o mercado do micro-crédito e de
cerca de trinta novos balcões. No total, o mercado contou com doze bancos licenciados
e onze em funcionamento, havendo um total de aproximadamente cento e sessenta
balcões disseminados por toda a extensão do país, oferecendo ao mercado serviços
financeiros num ambiente de crescente competitividade.
Relatório e Contas 04
143
Na estrutura dos activos, há a destacar que numa análise separada por rubricas, depois
de longos anos, o Crédito sobre clientes passou a ser em Dezembro de 2004 o activo
de maior peso com 27% dos investimentos do sistema bancário, superando em 1,4 pontos
percentuais a rubrica Aplicações em instituições de crédito, que durante muito tempo
representou o maior activo dos bancos da praça. Esta tendência de alteração das operações
das instituições bancárias vinha sendo já sinalizada durante o ano de 2003 com o
Crédito a atingir 25% dos recursos activos totais.
O sector privado da economia, à semelhança dos últimos anos, foi o principal beneficiário
com cerca de 85% dos recursos disponibilizados pelo conjunto das instituições
bancárias, onde se destacam os sectores de comércio e serviços.
Relatório e Contas 04
145
4. Rendibilidade
Este nível de intermediação permitiu ao sistema bancário um produto bancário de cerca
de Kz 27,13 biliões face aos cerca de Kz 23,4 biliões do período homólogo. Pela
primeira vez, depois de longos anos, a rendibilidade bancária foi significativamente
suportada por uma margem financeira de Kz 10,6 biliões, o que representa cerca de
40% do produto bancário. O resultado proveniente do comércio de divisas e reavaliação
cambial dos activos deixou o lugar cimeiro na estrutura de proveitos, tendo contribuído
no produto bancário com 24%, apenas 5 pontos percentuais acima das comissões recebidas
que totalizaram 19% daquele resultado.
A remuneração líquida dos activos (ROA) foi de 4,11% ao passo que o retorno dos
capitais próprios investidos foi de 24,25%. Comparativamente ao período anterior a
remuneração líquida do activo do sistema bancário manteve-se praticamente igual, ao
contrário da remuneração do investimento accionário que diminuiu em cerca de dois
pontos percentuais. Este ligeiro decréscimo nos indicadores de rendibilidade e a prepon-
derância da margem financeira relativamente aos proveitos resultantes do comércio de
divisas e reavaliação cambial, revela que o sistema bancário está a conhecer um claro
crescimento do processo de intermediação financeira e ao mesmo tempo maior com-
petitividade do negócio.
6. Perfil de riscos
Nas actuais circunstâncias da economia nacional, em geral, e do sistema financeiro, em
particular, os riscos mais expressivos da actividade bancária são o risco de crédito, o
risco de variação cambial e o risco de liquidez. O risco de crédito, que decorre da
incapacidade do mutuário em honrar os seus compromissos junto do banco, tem como
explicações a ainda alta taxa de inflação, a alta taxa de juros, a fragilidade das garantias
e do sistema judicial e os deficientes métodos de avaliação do perfil do mutuário por
parte dos bancos. Em Dezembro de 2004 a qualidade dos activos situou-se em níveis
aceitáveis, representando o crédito vencido, ou seja activos em risco de perda no total
da carteira de crédito consolidada de cerca de 8%, ao passo que o risco de deterioração
dos fundos próprios investido pelo conjunto das instituições bancárias situou-se em
13,6%.
Relatório e Contas 04
147
O risco cambial, que decorre da probabilidade de perdas nas posições activas e passivas
dos bancos, derivadas de uma variação das taxas de câmbio, é ainda bastante acentuado
em função dos desequilíbrios de que ainda se recente a economia angolana. No final
do ano em análise, a exposição cambial líquida dos bancos representava 64% dos fundos
próprios do sistema. Uma forte apreciação da moeda nacional em relação ao dólar
Americano, traduzir-se-ia em perdas consideráveis para os bancos, na medida em que
estes mantêm a maior parte dos seus investimentos em ME.
O risco de liquidez que decorre da incapacidade dos bancos em fazer face às suas
responsabilidades à medida que se vão vencendo, é uma característica do sistema pelo
facto de haver ainda grande preferência pela liquidez por parte dos agentes económicos
(depósitos a ordem versus depósitos a prazo pouco atractivos), explicada pela inflação,
pelo alto grau de dolarização da economia e também pelos requisitos de reservas
obrigatórias do Banco Central que sobre os depósitos em moeda estrangeira faz o
recolhimento em moeda nacional . Para além destes riscos, existe fortes razões para
crer que o risco operacional, que decorre de deficiências de controlo interno, de fraudes,
de falhas de sistemas e outros factores externos, seja elevado no sistema.
Porém, pela sua complexidade e inexistência de técnicas para a sua mensuração, não
tem merecido a atenção que requereria noutras circunstâncias. O risco reputacional,
que decorre da falta de confiança e segurança num banco ou no sistema em razão de
ineficiência, incumprimentos regulamentares, má prática bancária, erros de gestão, etc.,
é outro risco que, paulatinamente vem diminuindo, no sistema bancário nacional, so-
bretudo no seguimento às medidas de liberalização do mercado encetadas pelo BNA e
que tiveram início em Maio de 1999, bem secundada pelos grandes avanços registados
nos dois últimos anos, nomeadamente a rápida desaceleração da inflação e a relativa
estabilização da moeda nacional.
Relatório e Contas 04
149
Sistema de Pagamentos de Angola
Relatório e Contas 04
151
Relatório e Contas 04
153
Por outro lado, a EMIS tem vindo a trabalhar, com o suporte da SIBS, para a sua certificação
junto à VISA como processadora.
No contexto da estratégia definida, é obrigatório que em Angola haja uma única rede
de Caixas Automáticos (ATMs) e Terminais de Pagamento Automático (POSs), ou seja,
todos os ATMs e POSs instalados em Angola deverão ser certificados para a realização
de transacções com cartão MULTICAIXA, VISA ou outra bandeira de sistema de paga-
mento internacional que venha a ter bancos afiliados que operam em Angola.
Relatório e Contas 04
155
O PPSFP, cuja elaboração teve início em Outubro de 2004, foi concluído em Dezembro
de 2004, tendo sido submetido ao fórum decisório competente.
Relatório e Contas 04
157
Relatório e Contas 04
159
Relações com Organismos Internacionais
Relatório e Contas 04
161
Os Governadores anotaram com satisfação a aprovação, por parte dos Ministros das Fi-
nanças e Investimentos da Adenda ao Desenvolvimento de Instituições Financeiras, bem
como da intenção destes em realizar uma reunião com os Ministérios Públicos.
Os Ministros das Finanças e Investimentos haviam indicado o mês de Junho como prazo
para a finalização do projecto do Protocolo de Finanças e Investimentos, tendo para o
efeito o Secretariado da SADC preparado o esboço do projecto de Protocolo Zero, que
é uma estrutura global suportada por anexos reportados aos MOU já desenvolvidos.
Relatório e Contas 04
163
7. MOU sobre Harmonização dos Quadros Legais e Operacionais dos Bancos Centrais
da SADC
Relatório e Contas 04
165
O Comité Director para os Quadros Legais e Operacionais dos Bancos Centrais da SADC
reuniu-se a 27 de Agosto, para se debruçar sobre as sugestões e preocupações apresentadas
pelos Ministros das Finanças, relativamente ao respectivo MOU, na sequência da sua reunião
realizada a 10 de Agosto de 2004. Da referida reunião saíram as seguintes conclusões:
As linhas gerais do projecto, assim como o relatório das actividades desenvolvidas durante
o período que antecedeu a realização da reunião, foram apresentadas pelo Sr. Cas
Coovadia, Presidente da Associação. Os Governadores tomaram conhecimento do
referido documento e do respectivo anexo 1, reportado à Visão Geral do Ambiente
Normativo e Institucional das Parcerias Público Privadas (PPP) em Moçambique. Os
Governadores mostraram-se satisfeitos com o facto de a Associação valorizar a sua
interacção com o CCBG, estando convencidos de que esta interacção afigura-se im-
portante, à luz dos esforços de integração regional que têm actualmente vindo a ganhar
um certo ímpeto.
Relatório e Contas 04
167
Este assunto foi discutido em separado pelos Governadores dos Bancos Centrais que
compõem o Grupo de Trabalho e o Presidente do CCBG, tendo decidido que o Presidente
do CCBG escrevesse ao Presidente do ESAF com cópia para os restantes Governadores,
orientando-o a reportar-se ao CCBG como grupo de supervisão da SADC.
Relatório e Contas 04
169
Por outro lado, considerando que o documento é apresentado com periodicidade anual
nas reuniões de Agosto/Setembro, obedecendo ao princípio de rotatividade de apresentação
pelos bancos centrais, os Governadores foram informados de que o Banco de Moçambique
deverá elaborar o documento a ser apresentado à reunião de Setembro de 2005.
Uma outra missão do FMI esteve em Luanda de 7 a 21 de Julho, para discutir com as
autoridades angolanas questões pertinentes no âmbito do Artigo 4. No final da missão,
foi produzida uma declaração em jeito de conclusão, que realça os progressos significativos
alcançados no sentido da estabilização macro-económica durante o ano de 2003.
Relatório e Contas 04
173
Por último esteve em Luanda, no dia 2 de Novembro, o Sr. Takatoshi Kato, Director-
Geral Adjunto do FMI, cuja visita ao País visou manter contactos de trabalho com as au-
toridades económicas angolanas.
Durante o ano em análise, para além das várias acções de formação realizadas pelo
Instituto nos distintos países membros incluindo Angola, no quadro do seus programa
anual de actividades, destaca-se a realização em Luanda de 14 a 25 de Junho do Seminário
sobre Sistema de Grandes Pagamentos, no âmbito do programa de cursos especiais em
português para Angola. O objectivo principal do referido seminário foi a definição das
operações do Sistema de Pagamentos e do RTGS e da relação entre o Sistema de
Pagamentos e a Política Monetária.
Outro evento realizado em Luanda no âmbito das acções de formação do MEFMI, foi o
Seminário sobre o Quadro Legal e Regulador das Reformas do Sector Financeiro, que
teve lugar de 12 a 16 de Julho de 2004. Do evento participaram técnicos dos Ministério
das Finanças, do Planeamento e do Banco Nacional de Angola, para além de participantes
provenientes dos países membros da instituição. O objectivo principal do evento foi
criar entre os profissionais ligados às questões jurídicas e financeiras uma consciência
crítica sobre o impacto da gestão do sector financeiro.
De acordo com os objectivos para os quais foi criado, o Banco concede vários tipos de
apoios financeiros, designadamente: financiamento pré e pós exportação; abertura/confir-
mação de cartas de crédito; garantias de crédito à exportação; financiamento de projectos
voltados para a exportação, etc. Essas facilidades são geralmente concedidas por intermédio
de instituições financeiras denominadas Intermediários de Financiamento de Comércio
(IFCs). Porém, em determinadas circunstâncias, o Banco pode conceder empréstimos
directamente aos exportadores.
Relatório e Contas 04
177
De referir que durante a assembleia foi eleito o Governador do Banco Central dos Estados
da África Central para a Presidência da ABCA, ao passo que o Governador do Banco
Central do Gana foi eleito para a Vice-Presidência da instituição. Ficou acordado que a
29.ª Assembleia da instituição terá lugar no Gana, em data a anunciar. De igual modo,
a Assembleia decidiu que o simpósio para 2005 seja realizado sob o tema: “A supervisão
baseada no risco bancário: implicações do Acordo de Basileia II”.
Relatório e Contas 04
179
G. Banco de Portugal
O Banco Nacional de Angola (BNA) tem vindo a participar desde 1991 nos encontros
anuais de Lisboa, que por via de regra antecedem as assembleias anuais do Fundo
Monetário Internacional e do Banco Mundial. Esses encontros que reúnem anualmente
os Bancos Centrais dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e o Banco
de Portugal, este último na condição de anfitrião, apontam como objectivos principais
o estreitamento da cooperação entre os diversos bancos e a preparação da sua participação
nas Assembleias Anuais do FMI/Banco Mundial.
i. Assistência Técnica
iii. Visitas/Estágios
iv. Cursos/Seminários
De referir que no quadro das acções inseridas no programa de cooperação entre as duas
instituições referente ao ano em análise, realizaram-se algumas acções em Luanda e
Lisboa, para além de outras não previstas no programa, mas oportunamente solicitadas
pelo BNA.
Relatório e Contas 04
181
Perspectivas para o Ano de 2005
Relatório e Contas 04
183
De acordo com o Programa Geral do Governo para o biénio 2005-2006, prevê-se para
o referido período a consolidação dos ganhos já obtidos e o aprofundamento da correcção
dos desequilíbrios macro-económicos ainda existentes. Para tal, dentre os objectivos
específicos definidos, destaca-se no domínio macro-económico os seguintes:
Assim, para o ano 2005 perspectiva-se que a taxa de inflação registe uma variação anual
acumulada de 15% ao passo que, espera-se que o Produto Interno Bruto registe uma variação
de 16,1%, resultante do crescimento do sector petrolífero em 21,4% e do sector não
petrolífero em 10,4%. De salientar igualmente que, a exemplo do ano anterior espera-se
que as Reservas Internacionais Líquidas registem um aumento, desta feita, na ordem dos
USD 654 milhões.
Relatório e Contas 04
185
Balanço e Contas
Relatório e Contas 04
187
1 - Apresentação
Nos termos previstos no artigo 84º da Lei Orgânica do Banco Nacional de Angola,
apresentam-se os documentos de síntese contabilística (balanço, demonstração de resultados
e mapa de fluxos de caixa), relativos aos exercícios económicos encerrados em 2001,
2002, 2003 e 2004, aprovados pelo Conselho de Administração do banco.
As contas anuais do banco foram fiscalizadas por auditores externos que se pronunciaram
igualmente sobre as demonstrações financeiras.
Relatório e Contas 04
189
2004, transmitido uma opinião favorável sobre as demonstrações financeiras, que não
contêm distorções materialmente relevantes, e apresentam de forma apropriada a situação
financeira do Banco Nacional de Angola, bem como os resultados das operações no
referido exercício, de acordo com os princípios contabilísticos e critérios valorimétricos
descritos nos anexos às referidas demonstrações.
2 – Aspectos relevantes
Antes de outra apresentação de mais pormenor dos principais documentos contabilísticos,
evidenciam-se alguns aspectos que assumem maior relevância na análise da situação
contabilística e financeira do Banco Nacional de Angola.
O BNA apostado em potenciar uma cultura assente em critérios cada vez mais rigorosos
e transparentes, está a empreender o reforço da fiabilidade quer dos seus próprios
instrumentos e modelos de gestão, quer da informação que deve prestar sobre a sua
situação financeira.
O capital estatutário do banco fixado pela lei orgânica de Abril de 1997, no valor de kz
5.000.000,00 equivalente então a cerca de 30 milhões de us$, correspondia no final de
2004, apenas a usd$ 58.382,00
Por força dos elevados níveis de inflação a que o país tem estado sujeito, o capital social
do banco ficou completamente exposto à erosão, uma vez que não existe qualquer
fórmula instituída para proteger os capitais da depreciação da moeda nacional.
O funcionamento do ex- Banco CAP, S.A.R.L que desde a sua constituição foi suportado
financeiramente pelo BNA, fundamentalmente através de operações de redesconto, não
regularizadas por aquele banco até à sua extinção, contribuiu igualmente e, em grande
medida, para a situação, uma vez que os valores financiados estavam domiciliados em
moeda nacional. O saneamento e, em particular, o ónus financeiro da liquidação
Relatório e Contas 04
191
daquela entidade de capitais públicos, embora assumida pelo tesouro público, não se
concretizou porém, ainda, na proporção dos valores financiados.
Na falta da referida fórmula, e não se tornando possível constituir uma reserva alimentada
com os resultados obtidos em cada exercício, a incorporar paulatinamente no capital,
visto que nos três últimos exercícios o banco exerceu a sua actividade com um saldo de
prejuízos, o Banco Nacional de Angola deverá obter do Governo, através do Ministério
das Finanças, a dotação de fundos, ou a transferência para propriedade do banco, de
títulos do tesouro negociáveis nos termos do artº 5º da sua Lei orgânica.
Importa notar, que em 1997, o capital existente até essa data, havia sido totalmente
absorvido pela desvalorização da moeda, e que a realização do capital, fixado pela Lei
orgânica aprovada pela Assembleia Nacional em Fevereiro de 1997, resultou da incorporação
de reservas de reavaliação (do imobilizado) constituídas até aquela data, não se tendo
concretizado para o efeito, qualquer desembolso do orçamento do Estado, que tivesse
o condão de, com meios mais líquidos, rejuvenescer os capitais do banco.
Não cuidando por enquanto e aqui de buscar as causas o que é certo é que os resultados
dos exercícios, registaram uma linha de decréscimo, até atingir em 2003 o resultado
negativo do equivalente de us$ 93.739.581,00, já acrescido de us$ 21,8 milhões de
provisões, e em 2004, o resultado negativo do equivalente de us $ 63.119.766,00.
O artº 87º da lei orgânica do Banco Nacional de Angola, estabelece que caso o resultado
do exercício seja negativo, o Ministério das Finanças emitirá títulos da dívida pública a
favor do banco, pelo montante que se tornar necessário para que a situação seja sanada,
pelo que, na linha de recomposição dos capitais próprios do banco, recorrer-se-à ao
Governo, para colmatar esta deficiência de meios não libertos pela gestão dos dois
últimos exercícios.
3 - Notas ao balanço
3.1- Em Dezembro de 2004 os activos do banco central cifravam-se no equivalente de
usd 1.925,0 milhões a que corresponde um aumento de usd 698,5 milhões em relação
a 2003, isto é um incremento de 57 %. De notar que os activos do banco central no final
de Dezembro de 2003, cifravam-se no equivalente de usd 1.226,5 milhões a que
correspondeu um aumento da ordem de usd 190 milhões relativamente a 2002, isto é,
um incremento de 18,4%.
Relatório e Contas 04
193
Por outras palavras, os activos do banco central de 2002 a 2004 quase que duplicaram
(+85,9 %).
3.2 - Este aumento é explicado principalmente pelo significativo incremento dos activos
sobre o exterior que de usd 371,3 milhões em 2002, se dimensionaram em usd 635,5
milhões em 2003 (cerca de + 70%), e usd 1.384,6 milhões em 2004 (+ 117% rela-
tivamente a 2003 e + 273% relativamente a 2002 ) sendo de assinalar uma forte con-
tribuição dos depósitos a prazo no estrangeiro ( 85% do total em 2003 e 92,4% em 2004).
Na verdade, uma vez que se tem registado uma diminuição do crédito interno, por força
da interdição do crédito ao Estado, e da regularização de parte do crédito anteriormente
assumido pelo Ministério das Finanças, tem sido a melhoria significativa dos activos
sobre o exterior, a explicar o aumento do activo.
3.3 - Relativamente ao imobilizado, o seu valor está muito próximo da realidade depois
do trabalho de registo da reavaliação levado a cabo a partir de 1999, apesar de tudo,
ainda não concluído.
No final de 2004, o valor líquido do imobilizado registado no balanço (usd 151,0 milhões),
resultado de usd 186,0 milhões de imobilizações brutas e de usd 35,0 milhões de amor-
tizações acumuladas, e que representa um aumento de 5,8 milhões de dólares, rela-
tivamente ao exercício anterior, não reflecte porém, com propriedade, o intenso
movimento de investimentos em curso registado em 2003 e 2004.
3.5 - Ao já referido aumento dos activos da ordem de usd 698,5 milhões (+ 57 %),
contrapôs-se em 2004 um aumento do passivo da ordem de usd 769 milhões ( + 67,9%)
que de usd 1.133,6 milhões passou a registar o valor de usd 1.902,6 milhões, e um
decréscimo dos capitais próprios do banco central a representar apenas usd 22,4 milhões
e com o capital social a corresponder a irrisórios us $ 58.382,00.
Relatório e Contas 04
195
3.6 - No final de 2003 o aumento do passivo em usd 241 milhões ( usd 892 milhões para
usd 1.133 milhões ), era grandemente explicado pela necessidade de acorrer às necessidades
da economia nacional em moeda, tendo a rubrica “Notas e moedas em circulação”
registado um acréscimo de usd 122 milhões relativamente ao ano anterior, isto é, de usd
391 milhões para usd 513 milhões.
Contudo, não podemos escamotear a total incongruência da estrutura dos capitais, com
o capital social em linha de progressivo declínio por força da desvalorização, e as reservas
(fundamentalmente de reavaliação do imobilizado) a conferir algum equilíbrio a essa
desajustada estrutura.
Relatório e Contas 04
197
3.9 - Conquanto uma estrutura de capitais pouco equilibrada, marcada pela insuficiência
de capitais próprios e resultados de sinal negativo transitados dos últimos exercícios,
em decorrência do facto de o financiamento por capitais alheios estar provindo ( e. em
crescendo ), de passivos de certo modo neutros, como a provisão do papel moeda ou
os títulos do tesouro, e considerando que contràriamente ao verificado no exercício de
2002 em que o aumento do crédito interno líquido em usd 443,00 milhões viciou
profundamente a variação de caixa, os movimentos de financiamento têm primado por
um sinal positivo e em progressivo aumento, como se demonstra a seguir, no resumo
dos mapas de fluxos de caixa, expresso em milhões US$:
Relatório e Contas 04
199
4.2 - Uma primeira leitura dos indicadores leva a extrair as seguintes conclusões
a) O resultado líquido acabou por ser sempre profundamente mitigado no período 2000
a 2002, por força do elevado montante de provisões constituídas como necessidade de
cobertura dos riscos advenientes da recuperação de activos e passivos em moeda
estrangeira e de desvalorização cambial, ritmo de provisionamento entretanto abrandado
em 2003, o que não obstou, um resultado líquido negativo nesse ano (usd 93,7 milhões)
explicado por uma diminuição do produto bancário, tornado insuficiente para cobertura
de despesas operacionais, como igualmente aconteceu em 2004 apesar da melhoria do
resultado cifrado em - usd 63,1 milhões .
O pagamento de juros pelos TBC (Títulos do Banco Central) emitidos, tem vindo a
crescer, uma vez que a sua emissão e juros a pagar, têm um custo elevado para o BNA,
sendo que os juros respeitantes à emissão de títulos do banco central, absorveram por
si só, 97% e 96% do total de juros e custos equiparados, cifrado em usd 41,8 milhões
e usd 57,8 milhões, respectivamente em 2004 e 2003.
Relatório e Contas 04
201
Estando interdito o crédito directo ao Estado, o valor registado nesta rubrica ( usd 27,8
milhões em 2004 e usd 4,8 milhões em 2003 ), refere-se ao montante de juros auferido
pelos bilhetes do tesouro que o banco central adquiriu.
Não se tratando de um acto de gestão sistemático, os proveitos dessa proveniência
devem ser tidos como acessórios, não se perseguindo como objectivo, a cobertura
proporcional dos custos com a emissão dos títulos da carteira do banco central, cujo
valor tem sido nítidamente superior.
Não obstante o aumento das reservas internacionais de 2002 para 2003, o incremento
verificado não se traduziu no aumento dos rendimentos das aplicações financeiras no
exterior, devido à redução das taxas de juros no mercado internacional para as aplicações
nos tradicionais e muito comuns depósitos à ordem e a prazo.
Relatório e Contas 04
203
e) Comissões
Logo que obtida, a completa centralização no BNA, quer dos impostos da concessionária
petrolífera nacional, quer de outros recursos da conta única do tesouro, os rendimentos
desta proveniência poderão aumentar em escala, pelas comissões respeitantes às ordens
de pagamento emitidas, estando o Banco Nacional de Angola a estudar a cobrança de
outros serviços, que poderão contribuir para o incremento dos seus rendimentos brutos.
Não obstante se tenha registado em 2003 e 2004, um aumento dos “custos de forneci-
mentos e serviços externos” quando comparado com os exercícios anteriores, o progressivo
Relatório e Contas 04
205
aumento dos custos com pessoal, que no decurso de 5 anos progrediram 2,8 vezes e
continuam a representar, cerca de 60% dos custos operacionais, constitui indiscutivelmente
o factor mais negativo de degradação dos custos operacionais e dos indicadores de
gestão da instituição
Uma abordagem, sobre a contribuição do pessoal, entendido não como um custo mas
como um “recurso”, no desempenho de qualquer instituição bancária, considera habitual-
mente as vertentes de análise do funcionamento (nº de empregados, nº médio de
empregados por balcão, nº médio de clientes por empregado etc) e a análise de produ-
tividade (Activos/nº médio de empregados, custos de estrutura/activos etc).
a) A evolução do efectivo
A evolução do efectivo não serve por si só, para explicar o aumento dos custos com o
pessoal, não tendo importância determinante para a análise, pois o aumento de 6,2%
do efectivo total no quinquénio 2000/2004 (média anual de crescimento de 1,44%) não
tem qualquer expressão. Aliás, pela sua qualidade, importaria sim evidenciar o aumento
de 20,4% no número de técnicos (+ 52), que portanto cresceu muito mais rápidamente
que o efectivo total, e que grosso modo representou metade do aumento total verificado
no quinquénio, que se situou em mais 114 funcionários.
Embora não fazendo parte do corpo de pessoal no activo, por motivo da sua extinção
(extinção formal a 26 de Maio de 2000 e nomeação da comissão liquidatária pelo despacho
conjunto de 9 de Junho), todo o pessoal do ex Banco CAP que não foi possível integrar
no serviço activo no banco central, passou a constituir um quadro supranumerário de
mais de 900 indivíduos em regime de suspensão da actividade laboral, configurando
uma situação similar a uma pré reforma, pois continuam a receber salários por inteiro e
alguns complementos.
O pessoal do ex- Banco CAP passou a constituir um custo suplementar, a partir de meados
do ano 2000, sendo que os custos com o pessoal que em 1999 representaram o equivalente
Relatório e Contas 04
207
de usd 21,3 milhões subiram para usd 30,1 milhões (mais 41,3%) em 2000 como resultado
da assumpção dessa responsabilidade acrescida.
Refira-se que a prevalência dessa situação, tem implicado a absorção simples e correlata
pelos designados ex-CAP de todos os benefícios proporcionados ao pessoal no activo.
Os reajustamentos à tabela salarial e alguns outros benefícios não têm deixado de
contemplar aquele corpo de pessoal.
Trata-se de um custo que evoluiu de usd 5,7 milhões em 2001 e usd 8,5 milhões em
2002, até atingir mais do dobro em três anos, pois o efectivo de pessoas nessa condição,
aumenta naturalmente de ano para ano, e os mesmos vêm beneficiando, a título de
incremento do valor das pensões, dos ajustamentos salariais proporcionados aos tra-
balhadores no activo.
É uma situação que exige uma equação diferente, pois se é verdade que o banco
pretende proteger os seus ex-servidores da insuficiência das condições do serviço
público de segurança social, poderá procurar fazê-lo com minimização de custos e melhoria
de eficiência administrativa, outorgando a sua gestão a um fundo de pensões autónomo.
A situação está a ser ser equacionada, para contemplar não apenas os actuais reformados,
mas igualmente como forma de acautelar o futuro dos actuais activos. Ainda que o
fundeamento inicial possa constituir um desembolso significativo, é preferível um sacrifício
hoje, em favor de uma gestão mais equilibrada no futuro.
É certo que os custos com o pagamento de pensões de reforma, bem como a assumpção
do pagamento do designado quadro de pessoal supranumerário da ex-CAP, assumem valores
por demais significativos na estrutura de custos com o pessoal, mas não escamoteamos que
a estrutura e os custos do pessoal no activo, enfermam de algumas situações que não
podem ser negligenciadas
- a existência de subemprego , que o processo de restruturação em curso se encarregará
de evidenciar, face às novas exigências e ao novo estilo e forma de actuação do banco
central;
- uma estrutura do efectivo pouco equilibrada, com o pessoal com formação técnica a
representar apenas 15% do efectivo total, mas com o pessoal administrativo e auxiliar
a representar cerca de 60% do quadro de pessoal;
Relatório e Contas 04
209
A este título entendemos salientar os custos que o banco central suporta com a emissão
de notas, indicando-se os respectivos valores em milhões de dólares norte-americanos,
e o respectivo peso específico no conjunto de custos operacionais. Embora com uma dis-
tinta classificação contabilística em “Fornecimentos e serviços de terceiros”, para melhor
análise, agregou-se no quadro a seguir, os encargos respeitantes ao transporte de valores.
Como se pode verificar o universo de encargos com a emissão de papel moeda assim
como o seu transporte no interior do país, tem vindo a crescer até atingir usd 11,2 milhões
e usd 18,5 milhões respectivamente em 2003 e 2004, sendo responsável por 9,6% e
12,7% dos custos operacionais nesses mesmos anos. Por sua vez o transporte de valores
que em 2003 explicou 24,4% dos custos com fornecimentos e serviços de terceiros,
representou 14,0% dos custos nessa rubrica em 2004, proporção igualmente significativa.
O comportamento dos custos desta rubrica teve uma variação pouco característica no
período 2001/2003, como se demonstra no resumo referenciado a seguir, expresso em
mil US$ em que se regista uma diminuição sensível dos encargos no exercício de 2002,
quando comparado com 2001.
Relatório e Contas 04
211
Importa igualmente salientar, que num período como o de 2003/2004 em que se registou
um intenso movimento de investimentos, nem sempre se tornou possível registar com
precisão, os encargos associados a investimento, daqueles que pela sua natureza
traduzem gastos correntes de exploração.
Por outro lado, 2003 e 2004 representam anos de viragem, em que foi muito marcante,
a necessidade de uma nova abertura ao nível de relacionamento com instituições financeiras
internacionais e da região austral, bem como de outros bancos congéneres, assim como
ao nível de formação e envolvimento da auditoria e consultoria externas, neste último
caso, para resposta mais cabal ao novo papel que o BNA é chamado a desempenhar.
Os resultados dos exercícios têm vindo a decrescer, tendo passado a reflectir os tipos de
operações que o BNA começou a realizar para conduzir adequadamente as políticas
monetária e cambial.
Este resultado negativo decorre de uma conjuntura interna bem concreta, sendo admissível
que esse custo suplementar da dívida pública deva ser assumido pelo Tesouro como
estabelece a Lei nº 6/97, como de igual modo o BNA repassará ao Tesouro sempre que
da sua actividade operacional resultarem ganhos líquidos.
A banca tem procurado alternativas para compensar a quebra de spreads, através do in-
cremento do volume de negócios, por via da busca incessante de comissões e a
diminuição dos custos operacionais.
Relatório e Contas 04
213
Não obstante o cumprimento do papel de banco central e emissor, tenha nuances diferentes
do sistema bancário clássico, os bancos centrais não podem deixar de pautar o seu
desempenho pela racionalidade económica, procurando a todo o momento que a cada
custo seja justificado por um correspondente e cada vez mais acrescido volume de
proveitos.
A ainda recente quão distinta actuação do BNA como banco central, no âmbito do
processo de estabilização macroeconómica, tem obrigado a suportação de custos elevados
para a realização das operações de controlo da liquidez, a que acresce uma inversa
redução dos proveitos das suas outras operações. A estabilização impõe para o BNA
um custo que tem obrigatòriamente de ser suportado em nome e em prol dos superiores
interesses de política económica e monetária do Governo e do Estado.
Nesta fase, torna-se mais relevante controlar a inflação, mesmo que temporáriamente à
custa de maior ónus sobre a dívida pública.
Não perdendo de vista o ressarcimento de custos que não são intrínsecos, incluindo a
regularização de situações herdadas do passado e, a necessidade de investir na capacitação
e reconversão do pessoal, o BNA tem vindo a procurar adaptar a sua estrutura e o modelo
de funcionamento, a parâmetros que tenham por divisa a procura de um acréscimo dos
proveitos e a diminuição dos seus custos operacionais, utilizando sempre que conveniente
técnicas utilizadas no mundo empresarial, dada a comprovada eficácia que as organi-
zações empresarias asseguram na combinação dos seus recursos.
Contudo, para que o BNA possa conduzir a política monetária de forma adequada, é in-
contornável e urgente repor uma relação mais equilibrada entre os capitais próprios e
o passivo da instituição e igualmente entre os capitais próprios e os activos.
Relatório e Contas 04
215
31.12.2001 31.12.2000
Akz Usd Akz Usd
Activo
Activos sobre o exterior 26.439.065,572 827,529,330 21,129,433,261 1,265,050,313
Crédito interno 496,186;328 15,530,379 338,753,910 20,281,694
Imobilizações 2,455,247,064 76,847,985 1,939,595,523 116,126,443
Participações 4,164,292 130,340 9,099 545
Flutuações 3,619,820,864 113,298,555 3,166,702,012 189,595,117
Outros valores activos 1,936,234,496 60,603,159 666,190,038 39,885,779
Total do Activo 34,950,718,616 1,093,939,748 27,240,683,843 1,630,939,891
Passivo
Notas e moedas em circulação 9,715,574,023 304,092,534 3,456,643,498 206,954,341
Títulos do Banco Central 3,526,000,000 110,362,010 237,500,000 14,219,475
Depósitos de residentes 5,379,897,493 168,388,060 14,916,867,244 893,094,827
Outras responsabilid.- residentes 421,096,850 13,180,118 1,608,962,992 96,330,986
Respons.externas - não residentes 7,898,973,174 247,233,851 3,792,989,310 227,091,862
Provisões 5,008,079,996 156,750,361 626,079,996 37,484,332
Outros valores passivos 1,268,700,740 39,709,689 589,626,216 35,301,791
33,218,322,276 1,039,716,623 25,228,669,256 1,510,477,614
Capitais Próprios
Capital 5,000,000 156,497 5,000,000 299,357
Reservas 1,868,722,399 58,490,062 1,793,959,907 107,407,024
Ajustamentos 0 0 361,639,546 21,651,893
Resultados transitados (148,584,866) (4,650,631) (150,415,968) (9,005,626)
Resultado do exercício 7,258,807 227,197 1,831,102 109,629
1,732,396,340 54,223,125 2,012,014,587 120,462,277
Total do Passivo e
Capitais Próprios 34,950,718,616 1,093,939,748 27,240,683,843 1,630,939,891
31.12.2001 31.12.2000
Contas Extrapatrimoniais Akz Usd Akz Usd
Garantias prestadas 7,642,284,921 239,199,638 7,642,284,921 457,554,862
Garantias recebidas 38,351,293,525 1,200,376,017 17,795,456,710 1,065,440,222
Compromissos perante terceiros - - 84,735,837 5,073,259
Resp.por prestação de serviços 7,005,631,845 219,272,720 2,592,847,608 155,237,608
Outras contas extrapatrimoniais 15,469,844,642 484,198,284 4,864,730,781 291,258,602
Relatório e Contas 04
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31.12.2001 31.12.2000
Akz Usd Akz Usd
Juros e Proveitos
Custos de Exploração
Custos com o pessoal 1,373,617,828 42,993,540 502,787,493 30,102,628
Fornecimento e serviços
de terceiros 495,164,949 15,498,412 262,032,923 15,688,299
Custos com a emissão de notas 24,750,419 774,676 24,750,419 1,481,844
Impostos e taxas 11,721,803 366,886 2,983,859 178,648
Outros custos e prejuízos 35,651,763 1,115,882 21,612,892 1,293,996
Amortizações do exercício 94,829,885 2,968,127 47,244,711 2,828,610
Total dos custos de exploração 2,035,736,647 63,717,523 861,412,297 51,574,025
Relatório e Contas 04
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31.12.2001 31.12.2000
Akz Usd Akz Usd
Actividades Operacionais
Resultado líquido do exercício 7,258,807 227,197 1,831,102 109,629
Ajustamentos:
Amortizações 94,829,885 2,968,127 47,244,711 2 ,828,610
Provisões 4,382,000,000 137,154,375 622,500,000 37,269,993
Var. de outros activos e passivos (957,076,500) (29,956,009) 565,849,278 33,878,230
Aumento de flutuação de valores (453,118,852) (14,182,390) (1,721,235,010) (103,052,876)
Fluxos das actividades operacionais 3,073,893,340 96,211,300 (483,809,919) (28,966,414)
Actividades de Investimento
Aumento de crédito interno líquido (157,432,418) (4,927,555) (20,109,650) (1,203,994)
Aumento do imobilizado (531,251,914) (16,627,915) (80,558,249) (4,823,141)
Compra de participações financeiras (4,155,193) (130,055) 0
Fluxos das actividades
de investimento (692,839,525) (21,685,525) (100,667,899) {6,027,135)
Actividades de Financiamento
Aumento da emissão de
notas e moedas 6,258,930,525 195,901,348 2,704,858,829 161,943,886
Aumento dos títulos do
Banco Central 3,288,500,000 102,928,381 230,500,000 13,800,375
Diminuição dos dep.-residentes (9,536,969,751) (298,502,311) 9,809,255,405 587,294,579
Diminuição das outras
resp. residentes (1,187,866,142) (37,179,607) 2,762,593,380 165,400,537
Resp. externas – não residentes 4,105,983,864 128,515,210 3,426,273,562 205,136,049
Fluxo das actividades de
financiamento 2,928,578,496 91,663,021 18,933,481,176 1,133,575,426
Variação de caixa e
seus equivalentes 5,309,632,311 166,188,796 18,349,003,358 1,098,581,877
Relatório e Contas 04
221
31.12.2002 31.12.2001
Akz Usd Akz Usd
Activo
Passivo
Notas e moedas em circulação 22,974,051,206 391,605,126 9,715,574,023 304,092,534
Títulos do Banco Central 5,332,250,000 90,891,085 3,526,000,000 110,362,010
Depósitos de residentes 15,118,155,622 257,697,137 5,379,897,493 168,388,060
Outras responsabilid. -residentes 511,345,581 8,716,162 421,096,850 13,180,118
Respons. externas – não residentes 6,491,463,225 110,650,501 7,898,973,174 247,233,851
Provisões 570,405,411 9,722,868 5,008,079,996 156,750,361
Outros valores passivos 1,388,932,191 23,675,100 1,268,700,740 39,709,689
52,386,603,236 892,957,979 33,218,322,276 1,039,716,623
Capitais Próprios
Capital 5,000,000 85,228 5,000,000 156,497
Reservas 8,476,447,087 144,485,624 1,868,722,399 58,490,062
Ajustamentos 10,752,545 183,283 0 0
Resultados transitados (141,326,059) (2,408,979) (148,584,866) (4,650,631)
Resultado do exercício 10,099,143 172,146 7,258,807 227,197
8,360,972,716 142,517,302 1,732,396,340 54,223,125
Total do Passivo e
Capitais Próprios 60,747,575,952 1,035,475,281 34,950,718,616 1,093,939,748
31.12.2002 31.12.2001
Contas Extrapatrimoniais Akz Usd Akz Usd
Garantias prestadas 7,642,284,921 130,266,879 7,642,284,921 239,199,638
Garantias recebidas 67,958,795,523 1,158,394,418 38,351,293,525 1,200,376,017
Resp.por prestação de serviços 9,731,226,556 165,874,019 7,005,631,845 219,272,719
Outras contas extrapatrimoniais 9,784,893 166,789 15,469,844,642 484,198,284
Relatório e Contas 04
223
31.12.2002 31.12.2001
Akz Usd Akz Usd
Juros e Proveitos
Custos de Exploração
Custos com o pessoal 3,308,751,066 56,399,452 1,373,617,828 42,993,540
Fornecimento e serviços de terceiros 590,717,717 10,069,101 495,164,949 15,498,412
Custos com a emissão de notas 50,431,957 859,640 24,750,419 774,676
Impostos e taxas 39,926,730 680,573 11,721,803 366,886
Outros custos e prejuízos 69,155,284 1,178,789 35,651,763 1,115,882
Amortizações do exercício 122,462,887 2,087,446 94,829,885 2,968,127
Total dos custos de exploração 4,181,445,641 71,275,001 2,035,736,647 63,717,523
Resultados antes de
ganhos extraord. (538,049,462) (9,171,343) 6,798,915 212,803
Relatório e Contas 04
225
31.12.2002 31.12.2001
Akz Usd Akz Usd
Actividades Operacionais
Actividades de Investimento
Aumento de crédito
interno líquido (25,989,374,866) (443,002,948) (157,432,418) (4,927,555)
Aumento do imobilizado (133,949,750) (2,283,246) (531,251,914) (16,627,915)
Compra de participações financeiras (7,155,864) (121,976) (4,155,193) (130,055)
Fluxos das actividades
de investimento (26,130,480,480) (445,408,170) (692,839,525) (21,685,525)
Actividades de Financiamento
Aumento da emissão
de notas e moedas 13,258,477,183 225,997,914 6,258,930,525 195,901,348
Aumento dos títulos
do Banco Central 1,806,250,000 30,788,508 3,288,500,000 102,928,381
Aumento dos depósitos
de residentes 9,738,258,129 165,993,876 (9,536,969,751) (298,502,311)
Aumento de outras
resp. - residentes 90,248,731 1,538,338 (1,187,866,142) (37,179,607)
Diminuição Respons.
Externas – não residentes (1,407,509,949) (23,991,768) 4,105,983,864 128,515,210
Fluxo das actividades
de financiamento 23,485,724,094 400,326,868 2,928,578,496 91,663,021
Variação de caixa e
seus equivalentes (4,656,091,270) (79,365,592) 5,309,632,311 166,188,796
Relatório e Contas 04
227
31.12.2003 31.12.2002
Akz Usd Akz Usd
Activo
Passivo
Notas e moedas em circulação 40,594,276,358 513,322,098 22,974,051,206 391,605,126
Títulos do Banco Central 11,778,200,000 148,937,507 5,332,250,000 90,891,085
Depósitos de residentes 30,949,677,730 391,364,373 15,118,155,622 257,697,137
Outras responsabilidades - residentes 0 0 511,345,581 8,716,162
Responsab. externas -
não residentes 2,661,042,590 33,649,373 6,491,463,225 110,650,501
Provisões 1,925,577,785 24,349,285 570,405,411 9,722,868
Outros valores passivos 1,745,612,749 22,073,594 1,388,932,191 23,675,100
89,654,387,212 1,133,696,230 52,386,603,236 892,957,979
Capitais Próprios
Capital 5,000,000 63,226 5,000,000 85,228
Reservas 10,447,099,422 132,105,496 8,476,447,087 144,485,624
Ajustamentos 3,554,004,440 44,941,040 10,752,545 183,283
Resultados transitados 749,917,119 9,482,840 (141,326,059) (2,408,979)
Resultado do exercício (7,413,065,628) (93,739,581) 10,099,143 172,146
7,342,955,353 92,853,021 8,360,972,716 142,517,302
Total do Passivo e
Capitais Próprios 96,997,342,565 1,226,549,251 60,747,575,952 1,035,475,281
31.12.2003 31.12.2002
Contas Extrapatrimoniais Akz Usd Akz Usd
Garantias prestadas 11,257,928,632 142,358,580 7,642,284,921 130,266,879
Garantias recebidas 152,784,800,221 1,931,991,927 67,958,795,523 1,158,394,418
Resp. por prestação de serviços 39,144,090,285 494,984,228 9,731,226,556 165,874,019
Outras contas extrapatrimoniais 13,322,591,644 168,466,624 9,784,893 166,789
Relatório e Contas 04
229
31.12.2003 31.12.2002
Akz Usd Akz Usd
Juros e Proveitos
Custos de Exploração
Custos com o pessoal 6,105,047,709 77,199,452 3,308,751,066 56,399,452
Fornecimento e serviços
de terceiros 1,852,057,779 23,419,613 590,717,717 10,069,101
Custos com a emissão de notas 441,118,742 5,578,028 50,431,957 859,640
Impostos e taxas 54,778,532 692,685 39,926,730 680,573
Outros custos e prejuízos 86,344,540 1,091,843 69,155,284 1,178,789
Amortizações do exercício 706,190,723 8,929,912 122,462,887 2,087,446
Total dos custos de exploração 9,245,538,025 116,911,533 4,181,445,641 71,275,001
Resultados antes de
ganhos extraord. (7,618,647,219) (96,339,198) (538,049,462) (9,171,343)
Relatório e Contas 04
231
31.12.2003 31.12.2002
Akz Usd Akz Usd
Actividades Operacionais
Actividades de Investimento
Aumento de crédito interno líquido 1,285,251,131 16,252,237 (25,989,374,866) (443,002,948)
Aumento do imobilizado (267,947,634) (3,388,247) (133,949,750) (2,283,246)
Compra de participações financeiras (8,394,858) (106,155) (7,155,864) (121,976)
Fluxos das actividades
de investimento 1,008,908,639 12,757,835 (26,130,480,480) (445,408,170)
Actividades de Financiamento
Aumento da emissão
de notas e moedas 17,620,225,152 222,810,993 13,258,477,183 225,997,914
Aumento dos títulos
do Banco Central 6,445,950,000 81,510,224 1,806,250,000 30,788,508
Aumento dos depósitos
de residentes 15,831,522,108 200,192,512 9,738,258,129 165,993,876
Diminuição de outras
resp.-residentes (511,345,581) (6,466,059) 90,248,731 1,538,338
Diminuição de Responsab.
externas - não resid. (3,830,420,635) (48,436,374) (1,407,509,949) (23,991,768)
Fluxo das actividades
de financiamento 35,555,931,044 449,611,296 23,485,724,094 400,326,868
Variação de caixa e
seus equivalentes 28,481,147,541 360,149,355 (4,656,091,270) (79,365,592)
Relatório e Contas 04
233
31.12.2004 31.12.2003
Akz Usd Akz Usd
Activo
Passivo
Notas e moedas em circulação 56,346,281,723 657,926,104 40,594,276,358 513,322,098
Títulos do Banco Central 11,215,650,000 130,959,287 11,778,200,000 148,937,507
Depósitos de residentes 89,122,855,072 1,040,641,031 30,949,677,730 391,364,373
Outras responsabilidades
- residentes 1,920,063,251 22,419,576 0 0
Responsab. externas -
não residentes 2,497,274,891 29,159,375 2,661,042,590 33,649,373
Provisões 695,082,307 8,116,113 1,925,577,785 24,349,285
Outros valores passivos 1,146,020,025 13,381,477 1,745,612,749 22,073,594
162,943,227,269 1,902,602,963 89,654,387,212 1,133,696,230
Capitais Próprios
Capital 5,000,000 58,382 5,000,000 63,226
Reservas 10,923,825,089 127,551,800 10,447,099,422 132,105,496
Ajustamentos 3,063,292,020 35,768,461 3,554,004,440 44,941,040
Resultados transitados (6,663,148,509) (77,802,105) 749,917,119 9,482,840
Resultado do exercício (5,405,719,781) (63,119,766) (7,413,065,628) (93,739,581)
1,923,248,819 22,456,772 7,342,955,353 92,853,021
Total do Passivo e
Capitais Próprios 164,866,476,088 1,925,059,735 96,997,342,565 1,226,549,251
31.12.2004 31.12.2003
Contas Extrapatrimoniais Akz Usd Akz Usd
Garantias prestadas 11,604,732,914 135,502,405 11,257,928,632 142,358,580
Garantias recebidas 168,671,117,432 1,969,484,546 152,784,800,221 1,931,991,927
Resp. por prestação de serviços 87,779,888,673 1,024,959,916 39,144,090,285 2,737,801,359
Outras contas extrapatrimoniais 211,075,539,728 2,464,618,839 13,322,591,644 168,466,624
Relatório e Contas 04
235
DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS
31.12.2004 31.12.2003
Akz Usd Akz Usd
Juros e Proveitos
Custos de Exploração
Custos com o pessoal 7,478,755,098 87,325,518 6,105,047,709 77.199,452
Fornecimento e serviços
de terceiros 2,824,718,313 32,982,762 1,852,057,779 23,419,613
Custos com a emissão de notas 1,194,508,042 13,947,644 441,118,742 5,578,028
Impostos e taxas 172,776,809 2,017,425 54,778,532 692,685
Outros custos e prejuízos 604,025,490 7,052,890 86,344,540 1,091,843
Amortizações do exercício 224,812,745 2,625,021 706,190,723 8,929,912
Total dos custos de exploração 12,499,596,497 145,951,260 9,245,538,025 116,911,533
Resultados antes de
ganhos extraord. (5,506,999,452) (64,302,356) (7,618,647,219) (96,339,198)
Relatório e Contas 04
237
31.12.2004 31.12.2003
Akz Usd Akz Usd
Actividades Operacionais
Actividades de Investimento
Aumento de crédito interno líquido 2,289,061,108 26,728,171 1,285,251,131 16,252,237
Aumento do imobilizado (1,196,848,624) (13,974,976) (267,947,634) (3,388,247)
Compra de participações
financeiras (54,899,615) (641,034) (8,394,858) (106,155)
Fluxos das actividades
de investimento 1,037,312,869 12,112,161 1,008,908,639 12,757,835
Actividades de Financiamento
Aumento da emissão
de notas e moedas 15,752,005,365 183,927,942 17,620,225,152 222,810,993
Aumento dos títulos
do Banco Central (562,550,000) (6,568,603) 6,445,950,000 81,510,224
Aumento dos depósitos
de residentes 58,173,177,342 679,257,810 15,831,522,108 200,192,512
Diminuição de outras
resp.-residentes 1,920,063,251 22,419,576 (511,345,581) (6,466,059)
Diminuição de Responsab.
externas - não resid. (163,767,699) (1,912,230) (3,830,420,635) (48,436,374)
Fluxo das actividades
de financiamento 75,118,928,259 887,124,495 35,555,931,044 449,611,296
Variação de caixa e
seus equivalentes 68,318,778,716 767,722,702 28,481,147,541 360,149,356
Relatório e Contas 04
239
Anexos
Relatório e Contas 04
241
ANEXO I - PESSOAL
A seguir serão apresentadas algumas actividades desenvolvidas no âmbito da Gestão de
Recursos Humanos, durante o ano de 2004.
A formação como uma das armas para munir o homem de conhecimentos técnico-
profissionais e científicos, cumpriu o seu papel com algumas acções desenvolvidas no
País como no estrangeiro. Neste contexto, as actividades realizadas durante o ano de
2004, estão descritas nas páginas subsequentes, destacando-se como principais actividades
desenvolvidas a nível dos recursos humanos as seguintes:
Relatório e Contas 04
243
Foi registado em 2004 o seguinte movimento de pessoal, que se reflecte no quadro que
a seguir se indica:
Com estas acções, no final de 2004 o quadro de recursos humanos do BNA era de
3.589 trabalhadores, fruto de algumas mudanças operadas na instituição, de acordo
com o processo de reestruturação do Banco Central, por um lado, e do compromisso
assumido pelo BNA de integrar em termos globais nos seus quadros alguns trabalhadores
da extinta CAP, por outro lado, verificou-se, a exemplo dos anos anteriores, um crescimento
do efectivo, sendo 1.936.no activo e 1.653 na situação de reforma . Os mapas abaixo
mostram esta realidade.
Relatório e Contas 04
245
2. Formação
3. Acção social
a. Centro infantil
Durante o ano, o Centro Infantil continuou a funcionar com várias dificuldades, devido ao
prolongado trabalho de obras de restauro do seu edifício. Não obstante esta situação,
conseguiu-se cumprir com as suas obrigações, como se pode verificar no quadro a seguir.
Relatório e Contas 04
247
b. Centro médico
Durante o ano de 2004, o centro médico do BNA realizou um total de 21.655 consultas
na sequência das quais, cerca de 19% dos casos foram transferidos para outras unidades
hospitalares por inexistência de algumas especialidades no Centro Médico. Por outro lado,
o processo de prevenção de doenças foi uma das grandes actividades desenvolvidas com
a realização de vacinas aos trabalhadores e familiares durante o período em referência.
Nos quadros abaixo, estão descritos os resultados destas acções.
Relatório e Contas 04
249
Relatório e Contas 04
251
• Lei n.º 1/04, de 13 de Fevereiro - Diário da República n.º 13, I.ª Série
Das Sociedades Comerciais. –Revoga toda a legislação que contrarie o disposto
na presente lei, nomeadamente os artigos 104.º a 206.º do Código Comercial,
a lei de 11 de Abril de 1901, Lei das Sociedades por Quotas, o Decreto-Lei n.º
598/73, de 8 de Novembro, sobre a Fusão e Cisão de Sociedades Comerciais, o
Decreto-Lei n.º 49381, de 15 de Novembro, sobre Fiscalização das Sociedades
Anónimas, o artigo 6.º da Lei n.º 9/91, de 20 de Abril e o artigo 3.º do Decreto
n.º 38/00, de 6 de Outubro.
Relatório e Contas 04
253
• Lei n.º 3/04, de 25 de Junho - Diário da República n.º 51, I.ª Série
Do Ordenamento do Território e do Urbanismo. – Revoga todas as disposições
que contrariem o disposto na presente lei.
Relatório e Contas 04
255
• Lei n.º 5/04, de 7 de Setembro - Diário da República n.º 72, I.ª Série
Das actividades industriais. – Revoga o Decreto n.º 46666 de 1965, posto em
vigor em Angola pela portaria n.º 15102, de 9 de Agosto de 1967, a Lei n.º 8/98,
de 11 de Setembro – Lei-Quadro da Indústria, bem como a demais legislação que
contrarie a presente lei.
Relatório e Contas 04
257
• Lei n.º 9/04, de 9 de Novembro - Diário da República n.º 90, I.ª Série
De Terras. – Revoga toda a legislação que contrarie o disposto na presente lei e
nos respectivos regulamentos, nomeadamente a Lei n.º 21-C/92, de 28 de Agosto
– Lei de Terras e o regulamento de concessões aprovados pelos Decretos n.ºs
32/95, de 8 de Dezembro e 46-A/92, de 9 de Setembro.
• Lei n.º 10/04, de 12 de Novembro - Diário da República n.º 91, I.ª Série
Das Actividades Petrolíferas. – Sem prejuízo do disposto no artigo 92.º fica revogada
toda a legislação que contrarie o disposto na presente lei, nomeadamente a Lei
n.º 13/78, de 26 de Agosto – Lei Geral das Actividades Petrolíferas.
• Lei n.º 11/04, de 12 de Novembro - Diário da República n.º 91, I.ª Série
Sobre o Regime Aduaneiro Aplicável ao Sector Petrolífero. – Revoga, na parte re-
speitante às normas relacionadas com o presente regime aduaneiro, toda a
matéria constante dos decretos-lei e decretos de concessão vigentes.
Relatório e Contas 04
259
• Lei n.º 14/04, de 28 de Dezembro - Diário da República n.º 104, I.ª Série
Aprova o Programa Geral do Governo para o biénio 2005-2006.
• Lei n.º 15/04, de 28 de Dezembro - Diário da República n.º 104, I.ª Série
Aprova a estimativa da receita e fixa a despesa do Orçamento Geral do Estado
para o ano fiscal de 2005.
Relatório e Contas 04
261
Relatório e Contas 04
263
Nota: Nova classificação da dívida com base na estrutura do novo sistema informático (DMFAS).
Relatório e Contas 04
Gráfico 14: Inflação acumulada Em milhões de Kz
Classes de Bens e serviços JAN.04 FEV.04 MAR.04 ABR.04 MAI.04 JUN.04 JUL.04 AGO.04 SET.04 OUT.04 NOV.04 DEZ.04 Média Inflação
Anual Anual
TOTAL
Índice de Preços no Consumidor 374,17 385,13 393,45 402,81 420,90 429,15 435,39 442,38 449,23 456,24 464,86 475,65
Taxa de Inflação Mensal 3,07 2,93 2,16 2,38 4,49 1,96 1,45 1,60 1,55 1,56 1,89 2,32 2,28 31,02
Taxa de Inflação Acumulada 3,07 6,09 8,38 10,96 15,94 18,22 19,94 21,86 23,75 25,68 28,05 31,02
ALIMENTAÇÃO E BEB. NÃO ALCOÓLICAS
Índice de Preços no Consumidor 409,90 427,15 439,67 449,83 462,56 473,70 480,19 488,17 497,10 507,44 514,64 524,01
Taxa de Inflação Mensal 3,92 4,21 2,93 2,31 2,83 2,41 1,37 1,66 1,83 2,08 1,42 1,82 2,40 32,85
Taxa de Inflação Acumulada 3,92 8,30 11,47 14,04 17,27 20,10 21,74 23,76 26,03 28,65 30,48 32,85
BEBIDAS ALCOÓLICAS E TABACO
Índice de Preços no Consumidor 370,58 390,00 399,48 404,55 407,75 409,09 411,02 412,58 413,98 416,59 419,46 424,46
Taxa de Inflação Mensal 4,64 5,24 2,43 1,27 0,79 0,33 0,47 0,38 0,34 0,63 0,69 1,19 1,52 19,85
Taxa de Inflação Acumulada 4,64 10,12 12,80 14,23 15,13 15,51 16,06 16,50 16,89 17,63 18,44 19,85
VESTUÁRIO E CALÇADO
Índice de Preços no Consumidor 388,80 391,80 395,56 407,54 419,73 434,97 454,63 474,04 487,08 498,52 508,24 515,16
Taxa de Inflação Mensal 2,48 0,77 0,96 3,03 2,99 3,63 4,52 4,27 2,75 2,35 1,95 1,36 2,58 35,78
Taxa de Inflação Acumulada 2,48 3,27 4,26 7,42 10,63 14,65 19,83 24,95 28,38 31,40 33,96 35,78
HAB. ÁGUA, ELECT. E COMBUST.
Índice de Preços no Consumidor 300,02 301,40 302,01 308,14 328,29 334,62 336,26 341,31 344,96 351,86 365,44 378,96
Taxa de Inflação Mensal 2,15 0,46 0,20 2,03 6,54 1,93 0,49 1,50 1,07 2,00 3,86 3,70 2,15 29,03
Taxa de Inflação Acumulada 2,15 2,62 2,83 4,91 11,77 13,93 14,49 16,21 17,45 19,80 24,42 29,03
MOB.. EQUIP. DOMESTICOS E MANUT.
Índice de Preços no Consumidor 361,20 370,44 379,89 385,47 388,83 395,51 405,56 412,66 421,24 424,11 428,09 431,35
Taxa de Inflação Mensal 1,94 2,56 2,55 1,47 0,87 1,72 2,54 1,75 2,08 0,68 0,94 0,76 1,65 21,74
Taxa de Inflação Acumulada 1,94 4,55 7,22 8,79 9,74 11,63 14,46 16,46 18,89 19,69 20,82 21,74
SAÚDE
Índice de Preços no Consumidor 235,76 238,54 239,57 239,95 240,24 241,73 244,07 247,20 249,32 249,79 250,27 251,35
Taxa de Inflação Mensal 1,30 1,18 0,43 0,16 0,12 0,62 0,97 1,28 0,86 0,19 0,19 0,43 0,64 8,00
Taxa de Inflação Acumulada 1,30 2,50 2,94 3,10 3,22 3,86 4,87 6,21 7,13 7,33 7,54 8,00
TRANSPORTES
Índice de Preços no Consumidor 300,10 301,51 303,41 329,93 445,84 445,84 445,88 446,73 449,41 449,41 484,78 534,03
Taxa de Inflação Mensal 0,63 0,47 0,63 8,74 35,13 0,00 0,01 0,19 0,60 0,00 7,87 10,16 4,97 79,07
Taxa de Inflação Acumulada 0,63 1,10 1,74 10,63 49,50 49,50 49,51 49,80 50,69 50,69 62,55 79,07
COMUNICAÇÕES
Índice de Preços no Consumidor 441,34 441,34 441,34 441,34 441,34 441,34 434,81 434,81 434,81 434,81 434,81 434,81
Taxa de Inflação Mensal 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1,48 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -0,12 -1,48
Taxa de Inflação Acumulada 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 -1,48 -1,48 -1,48 -1,48 -1,48 -1,48
LAZER, RECREAÇÃO E CULTURA
Índice de Preços no Consumidor 342,99 350,77 359,44 362,85 369,71 376,18 382,12 383,96 387,80 390,01 391,61 393,25
Taxa de inflação Mensal 0,67 2,27 2,47 0,95 1,89 1,75 1,58 0,48 1,00 0,57 0,41 0,42 1,20 15,42
Taxa de Inflação Acumulada 0,67 2,96 5,50 6,50 8,51 10,41 12,16 12,70 13,82 14,47 14,94 15,42
EDUCAÇÃO
Índice de Preços no Consumidor 269,00 277,96 280,18 280,18 280,18 280,18 282,76 284,43 284,43 284,43 284,43 284,43
Taxa de Inflação Mensal 0,92 3,33 0,80 0,00 0,00 0,00 0,92 0,59 0,00 0,00 0,00 0,00 0,54 6,71
Taxa de Inflação Acumulada 0,92 4,28 5,11 5,11 5,11 5,11 6,08 6,71 6,71 6,71 6,71 6,71
HOTÉIS,CAFÉS E RESTAURANTES
Índice de Preços no Consumidor 328,06 334,98 340,41 341,39 348,05 352,54 360,89 369,41 378,98 381,59 382,24 385,30
Taxa de Inflação Mensal 5,93 2,11 1,62 0,29 1,95 1,29 2,37 2,36 2,59 0,69 0,17 0,80 1,84 24,41
Taxa de Inflação Acumulada 5,93 8,17 9,92 10,24 12,39 13,84 16,53 19,28 22,37 23,22 23,43 24,41
BENS E SERVIÇOS DIVERSOS
Índice de Preços no Consumidor 338,14 342,00 350,65 361,98 367,88 374,94 383,23 387,44 390,50 392,42 394,54 401,09
Taxa de Inflação Mensal 1,17 1,14 2,53 3,23 1,63 1,92 2,21 1,10 0,79 0,49 0,54 1,66 1,53 20,00
Taxa de Inflação Acumulada 1,17 2,32 4,91 8,30 10,07 12,18 14,66 15,92 16,84 17,41 18,04 20,00
Relatório e Contas 04
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Relatório e Contas 04