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Saiba que riscos estão rondando a sua igreja

Este artigo basea-se na percepção de que a maioria dos pastores e líderes tem pouco acesso a informações,
cursos e ferramentas a respeito de gestão ministerial. Sabemos que até mesmo as disciplinas de administração
eclesiástica oferecidas nos cursos de teologia não são suficientes para responder aos desafios dos pastores
frente aos diversos aspectos práticos e do dia-a-dia da igreja e ministérios.

Estes aspectos práticos estão diretamente relacionados com o fato de que, ao mesmo tempo em que a Igreja
é "de origem divina", ela é também “de composição humana". Como fato espiritual (origem divina) a Igreja
obedece, inegociavelmente, às orientações da Palavra de Deus. Como fato sociológico (composição humana) a
Igreja tem satisfações a dar à sociedade, sejam estas de natureza ética, trabalhista, contábil, financeira, civil
ou legal. Certamente, o cuidado com estas áreas nos leva a anunciarmos as boas-novas também através do
bom testemunho da igreja enquanto organização. “Pois zelamos do que é honesto, não só diante do Senhor,
mas também diante dos homens”. II Coríntios 8:21.

Riscos diferentes para áreas diferentes

No universo organizacional de nossas igrejas orbitam, com maior ou menor impacto, todas as áreas
mencionadas acima. Cada uma delas demanda diferentes competências de gestão e envolve equipes com
especialidades distintas. Mas, um fator comum a todas são os riscos envolvidos na sua gestão. O Aurélio
define risco como “perigo ou possibilidade de perigo”. Uma outra definição diz que risco é um “evento incerto,
futuro, que pode ter conseqüências positivas ou negativas para a organização”. Juridicamente se define como
“possibilidade de perda ou de responsabilidade pelo dano”.

Se analisarmos cada área já citada e pensarmos em como está a saúde de nossa igreja em cada uma delas,
certamente nos lembraremos de situações vivenciadas em que houve perda ou dano para a organização. Na
área trabalhista, por exemplo, quantas igrejas não têm enfrentado reclamatórias de ex-funcionários que não
receberam os honorários que lhe eram devidos? Uma outra situação muito comum é a de igrejas que não
guardam seus registros contábeis pelo prazo estipulado em lei e se arriscam em caso de eventuais
necessidades de comprovação contábil. Quantas igrejas não são construídas fora da área permitida pelo
zoneamento da cidade podendo ser responsabilizada civilmente?

O gerenciamento de riscos

O que fazer para minimizar estas “possibilidades de perigo” vividas pela igreja? Aplicar as ferramentas e
conceitos de gerenciamento de riscos! As boas práticas indicam que a identificação é o primeiro passo para
uma boa gerência deste assunto. Nesta etapa desenvolvemos uma listagem de riscos através do
reconhecimento dos efeitos e implicações para a organização.

Uma vez identificados todos os riscos inerentes à aquele projeto ou processo passamos para a fase de análise.
Aqui procura-se estimar a probabilidade e o impacto de cada um dos riscos relacionados gerando uma lista
com os riscos de maior peso no topo, avaliando sempre a causa e o efeito de cada um.

Em seguida, parte-se para a resposta ao risco que é a etapa que tem por objetivo implementar estratégias de
reação aos riscos listados. Aqui cabem perguntas como: a) De que forma este risco pode ser evitado ou
melhorado? b) Quais as implicações em aceitar este risco? c) Há opções alternativas? Com base nas respostas
resultantes parte-se para ação que pode ter caráter preventivo ou corretivo.

Um recurso para pensar o risco

Entendendo que o bom testemunho organizacional nos nossos dias é fundamental para que a igreja faça
diferença na sociedade, iniciaremos uma série de questionários que abordarão cada uma das áreas onde há
possibilidade de dano ou perda para a igreja.

Identificamos alguns riscos mais comuns considerando a diversidade de contextos e os listamos em formato
de questionário para lhe ajudar a fazer uma análise de cada um deles. Cada resposta equivalerá a um número
determinado de pontos e ao final do checklist você poderá fazer a somatória e saber como está a sua igreja
naquela área. Importante observar que o checklist não é exaustivo e completo, ou seja, ainda que liste os
riscos comuns, dependendo do contexto, outros riscos devem ser considerados. Caberá a você, pastor, e a sua
equipe decidirem posteriormente como irão responder ao que foi identificado. E lembre-se: um risco só é
eliminado quando atuamos sobre as suas causas.

Abaixo apresentamos os questionários:


Checklist de risco: Trabalhista
FINANÇAS E CONTABILIDADE

Quais são os riscos possíveis na área trabalhista de uma organização cristã? Multas e juros em caso de tributos,
indenizações e desgaste em caso de ações trabalhistas. As organizações cristãs estão sujeitas à mesma legislação que
as empresas, inclusive no que se refere às obrigações trabalhistas. Portanto, é necessário certo cuidado ao contratar
empregados. Há que se fazer o registro do empregado, recolher os impostos, prestar informações aos órgãos
fiscalizadores, cumprir prazos e documentar-se a fim de ter sustentação para uma possível fiscalização ou ação
judicial. Imprima e preencha este questionário e conheça a situação de risco de sua igreja ou organização.

1) Os empregados que trabalham para a igreja ou ministério estão devidamente registrados?


( ) sim - 1 ponto
( ) a maioria - 2 pontos
( ) alguns - 3 pontos
( ) não - 4 pontos

2) Os pastores estão inscritos na previdência e efetuando regularmente os seus recolhimentos?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

3) Os recolhimentos da previdência dos empregados são feitos mensalmente?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

4) Os recolhimentos de FGTS dos empregados são feitos mensalmente (SEFIP)?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

5) A RAIS está sendo entregue anualmente?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

6) O CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) está sendo entregue mensalmente?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

7) O Termo de Serviço Voluntário é conhecido e/ou utilizado em sua igreja?


( ) sim - 1 ponto
( ) não - 4 pontos

Faça a somatória dos pontos e identifique o risco:

7 pontos: risco baixo. Todos os cuidados com os riscos listados estão sendo tomados.
Entre 8 a 17: risco médio. A organização deve procurar um especialista na área trabalhista para regularizar as
ações que estão em desacordo com as normas vigentes.
Acima de 17: risco alto. A organização deve rever com urgência os procedimentos e cobrar do encarregado pela
área as providências cabíveis. A organização pode já estar sendo responsabilizada por perda ou possibilidade de
dano.
Checklist de risco: Contabilidade
FINANÇAS E CONTABILIDADE

Existe uma ligação histórica que poucos conhecem entre a Igreja e a contabilidade. Esta história, embora não ligada
institucionalmente à igreja, teve por personagem um frei consagrado como o pai da contabilidade. Foi no final do
século XV, mais precisamente em 1494, portanto antes da Reforma, quando foi publicado o Tratactus de Computis et
Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, enfatizando que à teoria contábil do débito e do
crédito corresponde à teoria dos números positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre
os ramos do conhecimento humano.

O religioso era conhecido por ser um brilhante matemático e chegou a influenciar seu contemporâneo Leonardo da
Vinci. Alguns dizem que na época que, quando trabalhou com o próspero comerciante judeu Antonio Rompiasi,
Paciolo poderia ter sido recomendado para desenvolver um sistema de cálculos que pudesse orientar os negócios,
para a tomada de decisões. Com este objetivo nasceria a metodologia de partidas dobradas (débito/crédito) sobre a
qual toda a teoria contábil estaria baseada.

Dessa forma, a contabilidade nasceu com o objetivo de ser instrumento para a avaliação e tomada de decisões, para
atender o (1) empreendedor. Seu sucesso imediato fez com que os (2) banqueiros obrigassem seus credores a tal
metodologia a fim de conhecer melhor a saúde financeira e dos negócios de seus clientes. O método foi tão eficaz
que os (3) Governos passaram a obrigar seus contribuintes com a finalidade de melhorar sua arrecadação de
impostos. Moral da história: a contabilidade passou a ser vista como uma obrigação fiscal.

Sob o ponto de vista da Igreja nos dias de hoje, a contabilidade tem algumas finalidades fundamentais:
(1) atendimento das obrigações perante o Governo;
(2) transparência e prestação de contas dos líderes das decisões que tomar com os recursos (mordomia);
(3) base para avaliação da situação atual e tomada de decisões necessárias aos desafios cotidianos.

Abaixo seguem algumas perguntas básicas para uma primeira avaliação do estado atual da contabilidade de sua
igreja ou organização cristã:

1) A contabilidade da Igreja está sendo feita mensalmente


( ) Sim - 1 ponto
( ) A maioria das vezes - 2 pontos
( ) Alguns meses - 3 pontos
( ) Não - 4 pontos

2) A entrega da DIPJ está sendo feita anualmente, por contador habilitado


( ) Sim - 1 ponto
( ) Quase todos os anos - 2 pontos
( ) Alguns anos - 3 pontos
( ) Não - 4 pontos

3) Os documentos que fundamentam a escrituração são válidos ( notas fiscais, recibos, contratos )
( ) Sim - 1 ponto
( ) A maioria - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não há documentação - 4 pontos

4) Existe um arquivo organizado de todos os documentos contábeis dos últimos 5 anos


( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não estão guardados - 4 pontos

5) Os documentos relativos a previdência estão em boa guarda por 10 anos


( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Alguns - 3 pontos
( ) Não estão guardados - 4 pontos

6) O plano de contas está estruturado de tal maneira que não configure atividade comercial
( ) Sim - 1 ponto
( ) Grande parte - 2 pontos
( ) Aspecto não observado - 3 pontos
( ) Não - 4 pontos
7) Existe um conselho fiscal para aprovação das contas (balanço)
( ) Sim - 1 ponto
( ) Existe o conselho fiscal, mas não aprova as contas - 2 pontos
( ) Não - 4 pontos

Faça a somatória dos pontos e identifique o risco:

7 pontos: risco baixo. Todos os cuidados com os riscos listados estão sendo tomados.
Entre 8 a 17: risco médio. A organização deve procurar um especialista na área contábil para regularizar as ações
que estão em desacordo com as normas vigentes.
Acima de 17: risco alto. A organização deve rever com urgência os procedimentos e cobrar do encarregado pela
área as providências cabíveis. A organização já pode estar sendo responsabilizada por perda ou possibilidade de
dano.
Checklist de risco: Responsabilidade Civil
LEGISLAÇÃO E DIREITO

A quebra de deveres impostos pela lei pode importar em prejuízos (dano), de ordem material e/ou moral, que obrigatoriamente deverão ser
reparados pela igreja. O ordenamento jurídico nacional em hipótese alguma admite a alegação de desconhecimento da lei como escusa à
reparação civil e, em alguns casos, o dever de indenização persegue a instituição independentemente da existência ou comprovação de sua
culpa, mas pelo simples ‘risco’ da atividade pública desenvolvida.

Portanto, conhecer os liames da ‘responsabilidade civil’ e adotar (e fiscalizar) medidas freqüentes de prevenção ou amenização dos riscos é mai
que um dever dos líderes e administradores de nossas igrejas: é demonstração de prudente zelo na realização da Obra.

Abaixo seguem algumas perguntas fundamentais para uma primeira avaliação do estado atual da de sua igreja ou organização cristã quanto à
Responsabilidade Civil:

1) A Igreja possui seguro do templo, pátio e estacionamento?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Apenas dois itens - 2 pontos
( ) Apenas um item - 3 pontos
( ) Não possui seguro - 4 pontos

2) A manutenção da estrutura física do templo e das demais edificações da igreja é feita periodicamente?
( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

3) O templo possui saída de emergência ‘desobstruída’?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

4) A Igreja possui seguro de vida e acidentes dos empregados, obreiros e pastores?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Alguns - 2 pontos
( ) Não possui seguro - 3 pontos

5) Os veículos em nome da igreja estão segurados?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Alguns - 2 pontos
( ) Não possui seguro - 3 pontos

6) Existe algum controle do uso dos veículos da igreja?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

7) Os bens da Igreja estão legalizados e devidamente registrados em nome da própria Igreja?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Alguns - 2 pontos
( ) Não - 3 pontos

8) A Legislação Sonora e seus respectivos limites são conhecidos e respeitados pela sua Igreja?
( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

9) Você sabe em qual área (comercial, residencial ou mista) que está localizada sua igreja?
( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

10) Você sabe o que é PLANO DIRETOR?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

11) Você conhecesse o Estatuto da Cidade?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

12) Sua igreja possui Alvará de Funcionamento?


( ) Sim - 1 ponto
( ) Não - 2 pontos

Faça a somatória dos pontos e identifique os riscos:

Menos de 16: risco baixo. Os cuidados com os riscos listados estão sendo tomados.
Entre 16 e 20: risco médio. A organização deve procurar um especialista na área de Direito Civil para regularizar as ações que estão em
desacordo com as normas vigentes.
Acima de 20: risco alto. A organização deve rever com urgência os procedimentos e cobrar do encarregado pela área as
providências cabíveis. A organização precisa de ajuda, pois já pode estar sendo responsabilizada por perda ou possibilidade de
dano.
Checklist de risco: Compra e Venda de Imóveis
ADMINISTRAÇÃO GERAL

Junto com o crescimento da igreja evangélica em nosso país aconteceu também a necessidade de ampliar os
templos para acomodar mais e mais pessoas. Isso é realmente muito agradável, muito bom, mas não
podemos ser afoitos na aquisição de imóveis, sem tomar alguns cuidados absolutamente necessários.

Isso porque há uma outra multiplicação acontecendo: as habilidades para o mal. Por exemplo, no momento da
aquisição de imóveis pode ocorrer venda de imóvel em duplicidade, imóvel em fase de início de
desapropriação, em processo judicial de execução, processos de falência ou dívida fiscais ou outras situações
desagradáveis.

Antes que ocorram grandes perdas financeiras de valores normalmente conquistados durante muitos anos,
não podemos nos esquecer que lidamos com dinheiro de dízimos e ofertas consagrados a Deus e por isso é
essencial que a igreja tenha toda a prudência. Na hora de adquirir um imóvel e iniciar trâmites para isso, tome
os cuidados para se assegurar de que não será vítima de uma armadilha que o mercado está sempre pronto a
oferecer.

Há uma série de documentos que devem ser solicitados ao vendedor para limitar os riscos acima descritos e
outros. Abaixo, um check-list para medir o risco na aquisição de imóveis. Experimente medi-los e tomar as
providências a respeito. Isso poderá valer mais do que se imagina.

1 - Você sabia que a aquisição de um imóvel só pode ocorrer estando em nome do legítimo
proprietário, que consta no Cartório de Registro de Imóveis?
( ) Sim – 1 ponto
( ) Não - 4 pontos

2 - Você sabe que para vender ou comprar um imóvel, estes três documentos devem ser
solicitados? Certidão negativa de ônus do imóvel, Certidão de inteiro teor (ou matrícula
atualizada) e Certidão negativa da Prefeitura referente ao imóvel.
( ) Sim, tenho conhecimento – 1 ponto
( ) Sabia de dois deles – 2 pontos
( ) Sabia de um documento – 3 pontos
( ) Não sabia – 4 pontos

3 – Você sabia que caso o proprietário do imóvel seja pessoa jurídica, os seguintes documentos
devem ser solicitados: Cópia autenticada do estatuto ou contrato social, Certidão negativa da
Justiça Federal, Certidão negativa de débitos do INSS e do FGTS e Certidão Negativa de tributos
federais?
( ) Sim, tenho conhecimento – 1 ponto
( ) Sabia de dois deles – 2 pontos
( ) Sabia de um documento - 3 pontos
( ) Não sabia – 4 pontos

4 – Caso o proprietário do imóvel seja pessoa física, os seguintes documentos devem ser
solicitados: Certidão negativa de protesto de títulos, Certidão negativa do cartório do
distribuidor, Certidão negativa da Justiça Federal e Documentos pessoais (CPF, RG, Comprovante
de Residência, Certidão de Nascimento ou Casamento?
( ) Sim, tenho conhecimento – 1 ponto
( ) Sabia de dois deles – 2 pontos
( ) Sabia de um documento – 3 pontos
( ) Não sabia – 4 pontos

5 – Para ter segurança em relação à própria igreja, é aconselhável solicitar os documentos do


item 3 acima. Sua igreja está em condições de retirar esses documentos rapidamente?
( ) Sim – 1 ponto
( ) Não – 4 pontos

6- Se o imóvel a ser adquirido ou vendido for imóvel rural, ainda os seguintes documentos devem
ser solicitados: CCIR ( Certidão de cadastro de imóvel rural ), 5 últimos anos do INCRA/ITR ou
certidão relativa ao imóvel junto a Receita Federal, Certidão negativa do Instituto Ambiental do
Estado. Se sua igreja tem imóvel rural, esses documentos estão disponíveis, e em boa guarda?
( ) Sim – 1 ponto
( ) Não – 4 pontos
7 – Caso haja problemas nas certidões entregues, a igreja envolve advogado ou departamento
jurídico para analisar?
( ) Sim – 1 ponto
( ) Não – 4 pontos

Faça a somatória dos pontos e identifique o risco:

7 pontos: risco baixo. Todos os cuidados com os riscos listados estão sendo tomados.
Entre 8 a 17: risco médio. A organização deve procurar um especialista na área para regularizar as ações
que estão em desacordo com as normas vigentes.
Acima de 17: risco alto. A organização deve rever com urgência os procedimentos e cobrar do encarregado
pela área as providências cabíveis. A organização já pode estar sendo responsabilizada por perda ou
possibilidade de dano.
Checklist de risco: Finanças
FINANÇAS E CONTABILIDADE

Temos muita facilidade em pregar sobre a importância de sermos servos, mas nem sempre ensinamos com a
devida profundidade sobre o ser mordomo. O que um mordomo faz? Em síntese, cuida dos recursos de seu
Senhor. Não para si mesmo, mas direcionando suas decisões aos interesses de seu Senhor.

Neste aspecto, a área financeira de uma Igreja torna-se muito importante. Infelizmente, poucos exercem estas
responsabilidades com o devido zelo, prudência e habilidade.

O presente checklist tem por objetivo ajudá-lo a avaliar a área financeira da Igreja objetivando ajustes que se
façam necessários.

1 - O recebimento e a contagem de dízimos e ofertas durante os trabalhos da Igreja são feitos


por pessoas:
( ) Por mais de uma pessoa de absoluta confiança com muito tempo no ministério – 1 ponto
( ) Por mais de uma pessoa de confiança, sem preocupar-me se está há muito tempo no ministério – 2 pontos
( ) Por mais de uma pessoa disponível no momento – 3 pontos
( ) Por uma única pessoa – 4 pontos

2 - Após a contagem dos valores recebidos é feito um relatório do total assinado pelos coletores:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

3 - Os recursos são depositados em um cofre do tipo “boca de lobo” para serem retirados no dia
seguinte:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

4 - Os depósitos são efetuados no primeiro dia útil subseqüente à coleta:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

5 - Existe conferência dos depósitos feitos com o relatório do dia da coleta:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

6 - São enviados relatórios periódicos aos contribuintes que se identificam de forma a dar
transparência e permitir que o próprio contribuinte confira seus valores:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

7 - Os pagamentos são feitos através de cheques assinados por duas pessoas em conjunto:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

8 - Uma das pessoas que assina costuma deixar alguns cheques em branco assinados:
( ) Nunca – 1 ponto
( ) Raramente – 2 pontos
( ) A maioria das vezes – 3 pontos
( ) Sempre – 4 pontos
9 - Existe definição de limites de autonomia para pagamentos e tais limites são respeitados:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

10 - Existe orçamento de entradas e saídas e tal orçamento orienta a contratação das despesas:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

11 - Existe provisão de caixa para a formação de uma reserva técnica de no mínimo um mês de
despesas:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

12 - As despesas com pessoal estão abaixo de 60% do total de despesas:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

13 - Os investimentos com imobilizado estão abaixo de 20%:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

14 - As despesas estão abaixo das receitas mensais:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

15 - Campanhas financeiras têm sido feitas de forma planejada ao longo de períodos de forma a
não pesar muito sobre o povo:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

16 - As receitas da Igreja provém em mais de 60% de dizimistas fiéis:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

17 - A contribuição com Missões atinge no mínimo 10% das receitas:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

18 - Todas as obrigações previdenciárias, fiscais, trabalhistas e contratuais são pagas em dia:


( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

19 - Reuniões periódicas são feitas com finalidade específica de analisar a situação financeira da
Igreja:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos
20 - Existe uma prestação de contas anual, com relatórios examinados por um Conselho Fiscal
que os aprova:
( ) Sempre – 1 ponto
( ) A maioria das vezes – 2 pontos
( ) Raramente – 3 pontos
( ) Nunca – 4 pontos

Faça a somatória dos pontos e identifique o risco:

Até 26 pontos: risco baixo. Os cuidados básicos com os riscos relacionados aos cuidados, organização,
controle e prestação de contas na área financeira estão sendo tomados.
Entre 27 e 45: risco médio. A organização deve procurar um especialista na área para regularizar as ações
que estão em desacordo com as boas práticas da mordomia e do zelo com as finanças.
Acima de 46: risco alto. A organização deve rever com urgência os procedimentos e processos e deve
cobrar do encarregado pela área financeira as providências cabíveis. A organização já pode estar sendo
responsabilizada por perda ou possibilidade de dano.

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