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Manual de
Contabilidade
para Igrejas
Tudo o que você precisa saber sobre as
exigências para organizações religiosas.
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A contabilidade para igrejas é um assunto extremamente


necessário a ser abordado, considerando a relevância e
Neste material você encontrará
a seriedade do assunto. Independentemente das igrejas informações sobre:
serem isentas ao imposto de renda, toda igreja - assim
como qualquer outra empresa - tem deveres e obrigações 1. Abertura e regularização de igrejas
contábeis, e portanto, necessita obrigatoriamente de uma
2. Obrigações legais
assessoria contábil mensal.
3. Obrigações acessórias
Levando tudo isso em consideração, buscamos tirar todas 4. Obrigações trabalhistas
as dúvidas que possam surgir acerca da contabilidade 5. Impostos
para igrejas, a fim de guiar contadores, e com o intuito de
oferecer informações coerentes para pastores e líderes de 6. Isenções fiscais e tributárias
uma congregação. 7. Obrigações da igreja para com a contabilidade
8. Obrigações da contabilidade para com a igreja
9. Sustento / Prebenda pastoral
10. Principal erro contábil cometido e como evitar
11. Consequências para a igreja caso haja
descumprimento das obrigações
12. Como a tecnologia pode ajudar

Boa leitura!
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Abertura e regularização
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de igrejas

Inicialmente, é importante compreender como as organizações religiosas são vistas


sob o ponto de vista jurídico. Conforme a legislação, a igreja é vista como: “pessoa
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos.” Portanto, ela deve ser devidamente
registrada nos órgãos competentes para que seja efetivamente uma pessoa jurídica
de direito, sujeita a direitos e deveres.

Esse título jurídico, “organização religiosa”, foi uma conquista provinda do Código Civil
de 2002, tendo em vista que, anterior a isso, as igrejas eram consideradas e tratadas
como associações.

Nesse viés, e considerando as instituições congregacionais como pessoas jurídicas


de direito privado, há obrigações que toda igreja precisa cumprir para com a lei, que
devem ser criteriosamente obedecidas.

Após a abertura de uma igreja, existem alguns passos essenciais a serem cumpridos,
para que a igreja se torne legalmente regularizada. São eles:
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Elaboração do Estatuto Social:


Definição do nome da igreja - que engloba o nome fantasia, o nome razão e também
o slogan - da sede/endereço do prédio, definição da diretoria administrativa,
elaboração do edital de publicação e do livro ata.

Elaboração da documentação:
Neste momento, há a elaboração dos seguintes documentos: Ata de constituição,
estatuto social, regimento interno e ofício para registro junto ao cartório de registro
de pessoas jurídicas.

Assembleia Geral de Constituição:


Na assembleia geral ocorrerá o processo oficial para constituir a organização religiosa,
bem como para a eleição da diretoria e a aprovação do estatuto.

Registro dos atos:


Nessa fase, a igreja adquire personalidade jurídica. Dessa forma, torna-se necessário
a obtenção do CNPJ, que é feita pelo contador contratado.

Inscrição na prefeitura municipal e obtenção do Alvará de Funcionamento.


O processo de abertura e regularização da igreja pode levar de um a dois meses,
considerando a complexidade das etapas.

Após esse processo, a igreja precisa prestar informações para a Receita Federal, Mi-
nistério do Trabalho e Previdência. Por conta disso, torna-se necessária a contratação
de uma assessoria contábil especializada, visto que sem ela, a igreja corre o risco de
ter problemas com multas por não cumprir com as obrigações fiscais e contábeis.
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2 Obrigações legais
Pelo fato das igrejas serem instituições que possuem imunidade Associativa:
tributária, muitos pastores e líderes de congregações tendem Refere-se ao fato que os membros devem possuir um exemplar
a pensar que estão isentos de obrigações legais, jurídicas e do Estatuto, cujo conteúdo consta seus direitos e deveres.
tributárias.
Voluntariado:
Entretanto, são os registros contábeis que conferem genuinidade Não utilizar mão-de-obra de irmãos e irmãs que não seja
à escrituração da igreja. Inclusive, manter a documentação finan- direcionada para “atos de fé”, as quais incluem as funções
ceira em dia é um requisito para que se preserve a imunidade aderidas aos departamentos da igreja.
ao pagamento de impostos junto ao órgão fiscal.
Administrativa:
Toda organização religiosa, independente do número de Diz respeito às atribuições dos diretores estatutários, tais
membros e do tempo de abertura, possui obrigações legais a como presidente, vice-presidente, secretários, tesoureiros,
serem cumpridas junto aos órgãos responsáveis. Acompanhe: etc, no cumprimento de todas as suas funções.

Criminal:
Estatutária: Inibir a prática de ilícitos penais, por sua liderança ou membros.
Possuir o Estatuto Associativo averbado no cartório, o que
possibilita o cumprimento de deveres e a utilização dos direitos Financeira:
da organização religiosa. Instituir uma equipe de tesouraria, com o intuito de prestar contas
das contribuições recebidas e o pagamento de despesas.
Tributária:
Usufruir o direito à imunidade da pessoa jurídica - com relação
a impostos - de forma a requerer esse reconhecimento junto
aos órgãos públicos.
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3 Obrigações acessórias
“A obrigação é acessória quando por força de lei, a presta- DIRF (Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte):
ção a ser cumprida é a de fazer ou não fazer alguma coisa, É a declaração cujo objetivo é informar à Receita Federal os
ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no interesse da rendimentos pagos às pessoas físicas, o imposto sobre a
arrecadação ou da fiscalização dos tributos.” (artigo 113, § 2, renda e contribuições retidas na fonte.
do CTN).
SEFIP (Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações
Cabe ressaltar que, apesar das igrejas e centros religiosos à Previdência Social):
terem a imunidade (obrigação principal) tributária, elas não É a declaração mensal que abrange as principais informa-
estão isentas das obrigações acessórias. ções de apuração do INSS e do FGTS da organização religiosa.

As igrejas possuem a obrigação de cumprir com as seguintes DCTF (Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais):
obrigações acessórias: Essa declaração deve ser entregue com ou sem movimento.

ECF (Escrituração Contábil Fiscal):


É uma substituição à antiga DIPJ (Declaração de Informações
Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica).

ECD (Escrituração Contábil Digital):


É uma substituição dos livros contábeis físicos.

EFD Contribuições:
É a declaração sobre as informações de apuração do PIS, da
COFINS e do INSS.
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4 Obrigações trabalhistas
Esse tipo de obrigação tem como finalidade garantir alguns direitos aos profissionais
remunerados pela organização religiosa.

Dentre as obrigações trabalhistas devidas às organizações religiosas, tem-se:

GFIP (Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações à Previdência Social):


A entrega é mensal caso haja funcionário.

GFIP sem movimento:


Deve ser entregue sem movimento quando não há funcionários.

CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados):


É a declaração mensal que deve ser entregue por igrejas que possuem empregados
sob o regime da CLT.

RAIS (Relação Anual de Informações Sociais):


É uma declaração anual que engloba informações sobre os empregados e empre-
gadores do Brasil.
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5 Impostos
Por conta da imunidade tributária, as organizações religiosas - sejam elas cristãs,
islâmicas, judaicas, matrizes africanas, indígenas ou orientais - não devem pagar
impostos ao Fisco. Este é um direito estabelecido pela legislação brasileira na lei do
Sistema Tributário Nacional de 1966, e na Constituição da República Federativa do
Brasil de 1988.

Todavia, para que isso seja possível, as igrejas precisam obedecer a três requisitos:

• Manter a contabilidade regular; de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade.


• Aplicar toda a renda na finalidade fim da Organização Religiosa, conforme Estatuto,
em benfeitorias sociais úteis;
• Formar uma sociedade sem fins lucrativos.
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6 Isenções fiscais e tributárias


Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao Para além desta isenção, as igrejas também estão absolvidas
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Fede- de outras obrigações fiscais e tributárias. São elas:
ral e aos Municípios:
• Imposto sobre a Renda e Proventos de qualquer Natureza (IR);
VI – instituir impostos sobre:
• Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS);
a) Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) Templos de qualquer culto; • Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA);
As igrejas, classificadas juridicamente como organizações
religiosas, estão sujeitas à chamada imunidade tributária. • Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS)
Isso quer dizer que o Estado não pode efetuar a cobrança de • Imposto Territorial Rural (ITR);
impostos em qualquer organização religiosa. • Imposto sobre Transmissão Causa Mortis ou Doação de Bens
e Direitos (ITCD)
Essa imunidade compreende o patrimônio, a renda e os ser-
viços relacionados com finalidades essenciais da igreja, tais • Imposto sobre Transmissão Inter Vivos de Bens Imóveis (ITBI)
como aquelas inerentes à própria natureza da entidade, • Imposto sobre Importação (II)
abrangendo os bens imóveis e os móveis. • Imposto sobre Exportação (IE).
Pelo fato das igrejas serem sustentadas através de doações,
a imunidade tributária permite que o valor arrecadado seja
utilizado para projetos sociais, reformas, melhorias e obras
no imóvel e no prédio em si, aquisição de equipamentos de
uso nos cultos, etc.
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Obrigações da igreja para


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com a contabilidade
Há quem pense que é necessário recorrer ao contador apenas uma vez ao ano. Todavia,
as igrejas possuem obrigações mensais a serem cumpridas para com a contabilidade.

O pagamento das contas básicas e despesas e o recebimento dos dízimos e ofertas,


por exemplo, são movimentações frequentes, e portanto devem ser informadas ao
contador, de forma a serem processadas e contabilizadas sempre nos mês seguinte
ao seu acontecimento.

Recorrer ao contador somente uma vez ao ano pode facilmente gerar erros no pro-
cessamento de eventos fora do prazo correto, o que irá gerar multa. Por isso, a fim
de estar devidamente regularizada, a igreja precisa enviar mensalmente toda a sua
movimentação financeira para o escritório de contabilidade contratado.

A documentação a ser enviada todos os meses se trata de dois nichos: o contábil e


o trabalhista. Veja:
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1. Contábil: Dessa forma, não são considerados documentos hábeis


Todos os documentos que envolvem a movimentação financeira as contas em nome do pastor ou de qualquer membro da
da igreja (entradas e saídas). Igreja; as despesas de veículos em nome do pastor ou de
qualquer membro da Igreja; e os recibos que não possuam
• Extratos: bancários, de aplicações e cartões de crédito; o nome ou CNPJ da Igreja.
• Recibos: locação, honorários, despesas diversas e contratos
a pagar; 2. Trabalhista:
• Comprovantes diversos: de despesas e de receitas; Todos os documentos baseados na relação de trabalho.
• Arquivos eletrônicos: extratos bancários em arquivos OFX e
XML’s das notas fiscais. • Guias de impostos ou contribuições: INSS, FGTS e contribuição
• Notas fiscais: de entrada, de serviços tomados e compra sindical.
de bens para a Igreja; • Recibos de pagamento: Salários, férias e benefícios.
• Comprovantes de pagamentos dos impostos: como DARF • Comprovantes: atestados médicos e declarações de
de impostos pagos. funcionários.

É de extrema importância enfatizar que os documentos enviados Esses documentos são primordiais para o processamento da
mensalmente precisam ser devidamente considerados como folha de pagamento. Assim, devem ser entregues ao conta-
hábeis pela NBC (Norma Brasileira de Contabilidade). Essa do- dor no primeiro dia útil, com o propósito de evitar atrasos nas
cumentação hábil é toda aquela que comprova a operação obrigações trabalhistas.
realizada.
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Obrigações do contador
8 para com a igreja
O contador é peça fundamental não só na regularização e • Gerar e emitir documentos contábeis;
abertura de uma igreja, mas também na obtenção de outros • Manter as finanças em dia;
tipos de consultorias que serão abordadas a seguir.
• Lidar com a burocracia governamental;
No contexto da regularização de uma organização religiosa, • Lidar com as leis que regem as instituições religiosas;
o contador atua no envio das obrigações legais da igreja. É • Reduzir os riscos de multas devido o não cumprimento de
de responsabilidade do contador: obrigações acessórias;
• Reduzir os riscos de realização de registros errôneos e
consequentemente de acusações de possíveis desvios;
• Calcular os valores de taxas e impostos; • Reduzir os riscos de punição e multas devido a registros
• Entregar obrigações acessórias destes impostos na data incorretos e perda de prazos.
correta referente às áreas fiscal, contábil e trabalhista;

Certamente possuir um serviço e assessoria contábil tende


Além disso, fora do contexto de abertura e regularização, o a facilitar profundamente a vida dos pastores e líderes das
contador auxilia na consultoria normativa do setor, consultoria igrejas.
contábil e consultoria fiscal. São também atribuições do con-
tador para com a igreja:
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Sustento /
9 Prebenda pastoral
Por definição, a quantia recebida por pastores e ministros “salário”. Seu pagamento deve ser realizado mediante recibo
religiosos mensalmente não pode ser chamada “salário”, para que a igreja ou a instituição tenha uma comprovação
visto que esse conceito é próprio de situações que exigem contábil.
vinculação trabalhista. O exercício da vocação pastoral, porém,
não é considerada relação empregatícia de nenhum caráter Esse valor pago ao ministro de confissão religiosa, ainda, não
(empregado ou autônomo), pois considera-se “Ministro de pode ser considerado remuneração - considerando remu-
Confissão Religiosa”. neração apenas em casos em que o colaborador é pago
por tarefa executada - o que não é o caso dos pastores.
Nesse caso, como ministros de confissão religiosa, os pastores Nesse viés, por serem pagos mensalmente, a lei não considera o
são, mediante a lei, contribuintes individuais obrigatórios da sustento ou prebenda pastoral como remuneração, e portanto
Previdência Social, recaindo sobre estes a obrigação de esse não deve ser informado na GFIP e nem ser descontada
recolher por meio da Guia de Previdência Social – GPS sua a contribuição do religioso.
contribuição mensal ao Instituto Nacional do Seguro Social.
Assim, não deve também a instituição religiosa recolher sobre
Essa contribuição mensal, então, pode ser atribuída como: o valor pago ao ministro nenhum tipo de contribuição previ-
Côngrua, Proventos Ministeriais, Sustento Pastoral, Múnus denciária, nem reter nada a este título.
Eclesiástico, Prebenda ou ainda Honorário Pastoral, mas nunca
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Para a previdência social, os valores pagos aos ministros não Art. 167. As imunidades, isenções e não incidências de que trata
compõem base de cálculo para recolhimento da “quota pa- este Capítulo não eximem as pessoas jurídicas das demais obri-
tronal” sobre a folha de pagamento, ou seja 20% sobre o total gações previstas neste Decreto, especialmente as relativas
da remuneração. à retenção e recolhimento de impostos sobre rendimentos
pagos ou creditados e à prestação de informações (Lei nº 4.506,
Dessa forma, essa porcentagem de valor sobre o montante de 1964, art. 33).
declarado como recebido da instituição, deve estar entre o
salário mínimo nacional vigente e o teto da previdência social. Portanto, a respeito do valor destinado ao pastor deve ser
declarado sim o imposto de renda na fonte, conforme a
Mediante o exposto, conclui-se que: tabela progressiva do IRRF da Secretaria da Receita Federal.
A igreja deverá aplicar a tabela e reter o valor correspondente
e deverá recolher através da guia própria chamada DARF.
• Não existe relação empregatícia entre o pastor e a igreja;
• O pastor é considerado para fins previdenciários como Vale lembrar ainda, que a “prebenda pastoral” é considerada,
contribuinte individual; para além do valor recebido, todos os benefícios que o pastor
• A título de contribuição previdenciária, a igreja não deverá desfruta e que são concedidos pela igreja, tais como: planos de
descontar nada do pastor; saúde, fundo ministerial, seguro de vida, aluguel, condomínio,
• Os pagamentos efetuados ao pastor não devem constar água, luz, entre outros. Nesse viés, cabe ao pastor registrar
na GFIP. todos esses ganhos, além de fornecer à igreja um recibo de
tudo, para que a instituição tenha em sua contabilidade um
documento oficial de saída dos recursos.
Com relação à declaração do imposto de renda dos pastores,
têm-se que:
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Principal erro contábil


10 cometido e como evitar
Sem dúvidas, a confusão patrimonial é o principal erro contábil cometido pelas igrejas.

A confusão patrimonial, por definição, é o ato de manter o patrimônio da pessoa


física (pastor/ tesoureiro/ responsável pelas finanças) e o patrimônio da pessoa
jurídica (a igreja) no mesmo campo, sem uma distinção específica. O principal pro-
blema está em que essas situações podem ocasionar desvio de finalidade - quando
a pessoa física acoberta, por meios jurídicos, seus atos ilícitos - e consequentemente,
o abuso da personalidade jurídica.

Por conta disso, o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) adotou o Princípio da


Entidade, em que o patrimônio da pessoa jurídica não pode se confundir/misturar
ao patrimônio da pessoa física.

Em contrapartida, infelizmente esse erro é facilmente cometido pelos pastores e res-


ponsáveis das igrejas, que acabam por gerar confusão na gestão do caixa da igreja,
além de representar um mau testemunho da instituição em si e dos pastores.

É de extrema importância evitar que a confusão patrimonial ocorra na contabilidade da


igreja, visto que, a não observância de um princípio contábil sujeita a igreja a algumas
penalizações, sendo a maior delas a “desconsideração da personalidade jurídica”.
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Para evitar que esse erro ocorra, é importante atentar-se em alguns aspectos e práticas:

• Separar rigorosamente as contas da igreja e as contas do pastor ou responsável:


É primordial que as compras dos bens da igreja, assim como as contas e despesas,
estejam registradas através do CNPJ da pessoa jurídica (a igreja). Geralmente, pas-
tores que estão iniciando seu ministério recentemente, tendem a realizar toda a
movimentação financeira da igreja em seu nome e em seu CPF, o que acaba por
gerar uma confusão contábil e uma indistinção no que pertence à pessoa física e o
que pertence à instituição.

• Possuir contas bancárias distintas para a igreja e para o pastor ou responsável:


Se a organização religiosa em questão não possui uma conta bancária própria, é
de suma importância que se faça a abertura. Além de permitir que os membros da
igreja façam transferências e depósitos diretamente nessa conta - o que facilita o
recebimento dos dízimos e ofertas - ter uma conta bancária própria para a igreja
evita o risco de que uma pessoa física realize movimentações para a instituição em
si e seja tributada por isso.
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Consequências para a igreja


11 caso haja descumprimento
das obrigações
Infelizmente, caso a igreja não esteja em dia com seus requisitos básicos já abordados
(manter a contabilidade regular, aplicar toda a renda em benfeitorias sociais úteis e
formar uma sociedade sem fins lucrativos), ela terá seu CNPJ declarado como inapto.

Por conta disso, a contratação de uma boa assessoria contábil não é apenas uma opção,
mas uma necessidade. Todas as organizações religiosas possuem obrigações e o não
cumprimento dessas pode gerar problemas gravíssimos, tais como multas - que podem
variar por mês ou por fração de mês em atraso - e a baixa do CNPJ.

Ainda, caso a igreja omita informações do Fisco, poderá ser considerado crime fiscal, o que
certamente irá gerar problemas tanto para a instituição, quanto para os seus pastores.
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Como a tecnologia
12 pode ajudar
Hoje em dia existem softwares e plataformas que facilitam • Maior agilidade, eficiência e precisão nos processos contábeis;
o serviço que, anteriormente, o contador teria que realizar • extinção do trabalho manual e suscetível a erros;
inteiramente de forma manual. Através desse tipo de plata-
• facilidade no acesso aos dados de prestação de contas;
forma, é possível automatizar processos contábeis e organizá-los
de uma forma mais efetiva. • segurança em relação à consistência dos dados
• integração contábil completa com os principais ERPs;
Você já conhece o Atos6? • menor probabilidade de erros, para uma profissionalização
O Atos6 é uma plataforma de gestão financeira especializada e modernização da igreja; e
em igrejas que pode reduzir até 70% do tempo de trabalho • transparência em todos os processos.
dos contadores, ajudando-os a automatizar os processos
contábeis da igreja. Veja mais:

Com a nossa plataforma, as tarefas financeiras da igreja ficam


integradas com os principais sistemas contábeis do mercado
(SCI, Domínio, Alterdata, Nasajon).
materiais.atos6.com/contador-igreja
Veja outros benefícios que o Atos6 pode trazer na contabilidade
para igrejas:
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Além disso, para contadores que implementam a plataforma 1. Resumo financeiro


Atos6 para contabilidade, há um desconto no valor da mensa- 2. Demonstração de resultados
lidade para cada igreja que utilizar o Atos6 Gestão Financeira.
3. Eventos por categorias
Com a plataforma de gestão financeira é possível: 4. Contribuições por pessoas
5. Contribuições por data, categorias e cultos
6. Despesas por contas bancárias
• Cadastrar as contas bancárias e ver o saldo; 7. Centros de custo
• Verificar o extrato, o fluxo de caixa e vários relatórios gerenciais 8. Formas de pagamento e por fornecedores.
diretamente da ferramenta;
• Verificar plano de contas;
Veja mais:
• Visualizar contas a pagar;
• Acessar conciliação bancária;
• Visualizar anexos;
• Enviar diretamente para o contador da sua igreja os relatórios
gestao-financeira.atos6.com
financeiros baseado no plano de contas definido pela igreja; e
• Acessar relatórios e gráficos financeiros, que contém:
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Material produzido em parceria com:

Igreja integrada, digital e inteligente.

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